Chegamos a um vilarejo tranquilo próximo das majestosas montanhas e da exuberante floresta, situado nas profundezas do interior da cidade de Aurora, no Colorado. O local era verdadeiramente deslumbrante, e pude perceber o suave aroma do rio que corria nas proximidades, enquanto avançava lentamente, explorando cada recanto daquele paraíso natural.À medida que adentrávamos mais profundamente no vilarejo, notei a aproximação de diversos lobos, que começaram a sussurrar entre si. Uma loba de pelagem resplandecente tomou a palavra:- Ela é uma híbrida! O que o Alfa está fazendo com uma criatura amaldiçoada?Um lobo de voz rouca e imponente respondeu:- Após isso, seremos todos considerados amaldiçoados, pois a Deusa não nos perdoará.Outro lobo, menor em estatura, juntou-se ao grupo e questionou:- Será que a fera roubou a lucidez de nosso rei?Me encolhi, seguindo o Lycan à minha frente, que parecia não se incomodar com os murmúrios de seu povo. No centro com uma imponente pedra, atraiu
Em uma majestosa cúpula de reunião, o Rei Lycan ocupava um trono imperial de proporções grandiosas, emanando uma postura majestosa e empoderada. Ao entrarem na sala, o Beta e os demais conselheiros tomaram seus assentos com uma ansiedade palpável, aguardando a reunião com seu estimado líder.- Permito que todos reassumam suas formas humanas - declarou o Alfa com autoridade, e todos prontamente atenderam à ordem, sob o olhar penetrante de seu rei.- Atualizem-me sobre o estado atual da alcateia - ordenou ele com determinação.- Nosso estoque de alimentos tem crescido consideravelmente, graças às bênçãos da Lua. Estamos bem providos - Comentou com elegância um lobo ancião.- Nossas fêmeas estão exibindo uma fertilidade notável, tal como Vossa Majestade previu. Os filhotes que nascem são de grande virtuosidade, prometendo futuros guerreiros excepcionais para nossa alcateia - Acrescentou uma loba de pelagem cinza escura com serenidade.- Quanto à guerra, tomamos posse do acampamento dos L
- Algo que nem eu mesma conheço - respondi, olhando-o com determinação. - Então, quando poderei finalmente ver meu sobrinho?- Humana... Não é só a sua alma que quero despir! - O lampejo de ousadia em seus olhos predominantes era claro.Seus olhos permaneceram fixos nos meus, e ele com delicadeza acariciou meus cabelos, colocando uma mecha atrás da orelha. Em seguida, segurou meu queixo e aproximou os lábios, roçando-os provocativamente. Instintivamente, dei um passo para trás, mas ele manteve sua mão firme em minha cintura, me obrigando a ficar no lugar.- Harvey? - sussurrei, incerta.- Hum? - seu gemido suave era tentador.- Já esperei por muito tempo. Por favor, eu te imploro, me deixe ver o Conan.Os olhos predatórios do Alfa haviam se suavizado, e ele recuou alguns passos, como se estivesse tentando se controlar. Sua respiração estava mais pesada e entrecortada.- Está tudo bem? - perguntei, desconfiada.- Solicitarei que tragam o Conan para você em breve. Você terá algumas hora
- Isto, meu pequeno, é só entre você e eu! - Sorri carinhosamente para Conan enquanto observava suas mãos, que pareciam mais robustas desde a última vez que o vi. Victória se aproximava lentamente, como um urubu à espera.- Sophie, é hora da soneca dele... preciso levá-lo! - Ela disse.- Posso ajudar a fazê-lo dormir e segurá-lo nos meus braços até que acorde, não me importo! - Dei de ombros.- Seu tempo com ele hoje já foi suficiente, humana. Agora, o filhote segue uma rotina e estamos cuidando de tudo! - Lycan respondeu com um humor azedo.- Harvey, por favor... - Ergui meus olhos para ele e minha voz falhou no final, transmitindo um profundo apelo - Deixe-me ficar com meu sobrinho!Alfa me examinou com um olhar penetrante, e eu pude sentir a malícia em sua expressão, assim como sua excitação e desejo de controle. Era evidente que ele estava incomodado por ter sido interrompido em suas tentativas, quaisquer que fossem, de satisfazer seus desejos.- Está bem, faça-o dormir. – Permiti
Tentei desesperadamente escapar da sala, mas suas mãos fortes me prenderam impiedosamente, empurrando-me de encontro à parede. Dessa vez, meu corpo estava voltado para ele, completamente vulnerável de costas, uma de suas mãos prendia meus braços no alto do topo da cabeça.Com a pressão de suas pernas, ele abriu as minhas, encaixando-se contra mim de maneira possessiva. Seus dedos se enroscaram nos meus cabelos, puxando-os com firmeza para trás, enquanto sua outra mão mantinha meus braços erguidos acima da minha cabeça.Aproximando seu rosto do meu ouvido, ele sussurrou de forma ameaçadora, sua voz carregada de autoridade e desejo. - Humana, não brinque com um Alfa... Eu não sou como os meros mortais com quem você já se envolveu.Um arrepio percorreu minha espinha quando suas palavras ecoaram. A verdade era que eu nunca estivera tão próxima de um homem como estava naquele momento. Eu era ingênua, uma romântica incurável que acreditava em almas gêmeas, destino e casamentos perfeitos.Co
- Vá logo ao assunto! – Harvey não era conhecido por sua paciência; assentindo, o beta iniciou.- Vaguei pelo mundo das bruxas fazendo perguntas. Uma bruxa mestiça disse que há uma história de amor proibida contada entre eles – Oliver avaliou a expressão do Alfa antes de prosseguir – A lenda conta que uma bruxa, descendente direta dos ancestrais antigos com poderes imensuráveis, uma vez avistou um lobo Alfa machucado após a guerra por domínio entre humanos e lobos.- Me recordo desse período. Seu antigo Rei, meu pai, também havia participado em favor à nossa espécie. Prossiga! – Gesticulou Harvey para o beta.- Esta bruxa se compadeceu da fera, a resgatando, escondendo-a e curando.- Estranho, as bruxas não tinham o hábito de se meter nas guerras! – Avaliou o Alfa.- É aí que tudo fica mais estranho. Não sabem a motivação da bruxa. Na lenda, o Alfa havia ficado grato por sua compaixão. Durante sua recuperação, um amor cresceu entre eles. – Fazendo uma pausa, Oliver prosseguiu – Disser
- Quanta benevolência - respondeu o Lycan com um sarcasmo carregado. - E quando eles bloquearem o fluxo das nossas águas e os nossos filhotes começarem a sofrer de sede, acredita que teremos a mesma compaixão por eles? - Um rosnado explodiu do peito do Alfa. - NÃO SEJA INSENSATO, BETA!Oliver abaixou a cabeça de forma submissa, reconhecendo os pontos levantados por seu rei. - Gostaria de propor uma abordagem menos agressiva, meu senhor, apenas isso - sua voz estava repleta de constrangimento.- O que tem em mente? - perguntou o Rei Lycan de forma analítica.- Um pouco mais acima do rio, seria possível bloquearmos as barragens temporariamente e soltá-las em um momento específico, criando uma grande onda de água - Oliver ergueu a cabeça enquanto continuava. - Essa onda varreria o acampamento inimigo, forçando-os a sair do local.- Mas e os filhotes? Eles não se afogariam? - Klevilli perguntou, visivelmente confuso.- Não necessariamente, - explicou o Beta. - De acordo com informações do
Segui lendo até me deparar com o nome Harvey Bloodclaw. O nome ressoou em minha mente como uma nota dissonante em uma sinfonia de segredos e mistérios que envolviam as alcateias. "Então, ele era filho do antigo Alfa Walker," murmurei para mim mesma, passando a mão em meus olhos cansados. "Ele não me pareceu ser um bom pai."Enquanto eu mergulhava nas profundezas da história das alcateias, pude perceber como pequenos confrontos haviam se instalado entre elas, alimentados pelo ego e pelo desejo de poder. Os Lua de Sangue, em particular, acreditavam que a Alcateia principal detinha um poder vantajoso concedido pela Deusa Lua, usando isso como justificativa para tirar vantagem das outras alcateias.Não demorou muito para que a Alcateia da Lua Crescente começasse a ter os mesmos questionamentos, convencida de que o poder não estava sendo igualmente compartilhado. Pequenas conflitos eclodiram, começando com ataques sutis, recusas em colaborar e, finalmente, escalando para confrontos diretos