— Eu não quis... — Mordi os lábios quando encontrei seus olhos em chamas.— Vamos descansar, retornaremos cedo para a alcateia... — Ele deu de ombros — Em seguida, resolveremos esse impasse da fera!— Resolveremos? — Um sorriso escapou dos meus lábios.— Ah, Sophie... — Me puxando, Harvey me deitou ao seu lado — Espero que continue com essa malícia quando controlarmos a fera.— Alfa, a minha fera está mais faminta que a sua... — Ri em confissão; latejava, o calor que me consumia estava demasiado.O cheiro da minha excitação permeava o ambiente.— Luna, assim fica impossível me conter! — O alfa rosnou, roçando o corpo no meu. — Você está me deixando louco.— Como acha que me sinto? — Mordi os lábios, virando de frente para ele, de forma ousada, peguei suas mãos, traçando um percurso perigoso pelo meu corpo.— Hibrida... — Ele alertou, subindo as mãos e agarrando meu pescoço, semicerrando os olhos — Está se divertindo com isso, não está?— O que me entregou? — Sorri ousada, fazendo-o ro
— Não somos seus brinquedos, Demônio, se afaste do meu alfa ou farei se arrepender de mexer com um lobo comprometido! — Brandei, sentindo meu peito subir e descer... A emoção era nova, algo fervia dentro de mim ao mesmo tempo, a insegurança era presente, mesmo sendo um demônio aquela mulher era incrivelmente linda até mesmo minha loba se via hipnotizada por ela.— Ouviu minha Luna, ela é mais feroz que minha fera! — Provocou o Alfa parecendo se divertir com a situação.Cedendo alguns passos para trás, comentar sobre a fera havia mudado a postura da Succubus, ela parecia temer a criatura.Caminhei alguns passos em sua direção rodando o corpo da criatura sedutora, ameaçadora.— Não vim para confrontos diretos, lobos, se quisesse os atacar já teríamos feito. — Ela sorriu sinalizando para cima onde várias outras como a Succubus surgiu, rindo divertidas.— Então, por que está nos seguindo? — Encarei firme, vendo o alfa farejar ao redor.— Estão com medo, buscam segurança! — Ele respondeu e
Dirigi-me imediatamente ao nosso quarto, fazia um bom tempo desde que desfrutava de um banho reparador ou simplesmente descansava. A verdade é que temia dormir, receando ser arrastada para mais uma sessão de tortura pelas sombras. Sempre que fechava os olhos, minha alma ecoava em desespero, experimentando aquela dor insuportável - era simplesmente avassalador.Suspirei profundamente ao trancar a porta, permitindo-me o luxo de mergulhar na banheira repleta de sais perfumados. Deixei-me afundar, entregando-me ao relaxamento, ao mesmo tempo em que revisava mentalmente as informações do Beta. Sabia que o Alfa estava certo; nada disso parecia correto. Como Oliver conseguiu adentrar um labirinto tão bem protegido? Permitiram sua entrada?Refleti sobre isso, esfregando a pele marcada por cicatrizes que contavam histórias de cada batalha desde o primeiro encontro com os lobos, desde o primeiro vislumbre de Harvey, tão arrogante naquela época.— Não que isso tenha mudado. — Sorri, balançando a
— Eu não duvido, sua fama precede até o purgatório. — Nyxara se soltou, beijando minhas mãos de forma ousada. — Por que não pode tocar em seu alfa?Virei o cálice que ela erguia em meus lábios, sentindo o corpo relaxar quase instantaneamente, meu corpo formigava como se o desejo massageasse por dentro.— Essa bebida é das boas... — Falei com a voz carregada de embriaguez. — Parece que, graças a vocês, despertaram o desejo da fera, e agora, aquele ser amaldiçoado deseja me tomar como o alfa faz.— Interessante... — Sorriu Nyxara. — A fera quer te machucar ou?— Não, se quisesse me machucar, já teria feito... Sabia que quase morri devido ao ataque da fera? — Gargalhei — Todos sempre tentam me matar.Tombei a cabeça para trás, sentindo as lágrimas rolarem.— Oh, querida, não chore... — Nyxara sentou-se atrás de mim e começou a pentear meus cabelos com os dedos. — Então, está me dizendo que a criatura amaldiçoada tem desejos por você?— Acho que nem mesmo a fera compreende o que sente, po
POV: HARVEYO envolvente aroma de Sophie era verdadeiramente inebriante, aguçando meus sentidos e intensificando ainda mais minha atração por ela. Eu a desejava intensamente, uma necessidade que ardia dentro de mim. No entanto, cada lampejo da minha excitação também despertava a fera que compartilhava esse mesmo desejo.— Covarde, fugindo! — A fera brandou com desdém em minha mente.Mesmo irritado, rosnando em resposta, não sentia vontade de entrar no jogo das provocações. Precisava encontrar uma maneira de controlar aquela criatura intratável. Além de lidar com sua fúria incontrolável, eu estava agora compelido a conter meus próprios desejos sexuais, uma tortura que parecia insuportável.Rugindo alto de frustração, rosnei aos quatro ventos.— Perdendo a cabeça, Alfa? — A fera gargalhou na minha mente. — Não há escapatória; ceda às minhas exigências e prometo não machucar sua humana!— VÁ PARA O INFERNO! — Rugi enfurecido, consumido pelo ciúme e ódio.— Quanto egoísmo, rei Lycan, e as
Franzi a testa, sentindo-me incomodado.— E se eu não confiar? — Inclinei meu corpo para trás, apoiando-me no cotovelo, enquanto deslizava a língua pelos lábios, percorrendo cada centímetro do seu corpo com os olhos. — Não quero que você se arrisque desnecessariamente.Sophie, provocativa, avançou, colocando os braços sobre meus ombros e fazendo seus seios roçarem próximos à minha boca. Rosnei excitado, o que a fez rir.— E se... — ela provocou, interrompendo-me. — Prometer que, ao menor sinal de perigo, vou recuar, sem me colocar em risco. Poderá assim confiar em mim?— Sophie... — Segurei-a pelo queixo, roçando nossos lábios. — Não confio na fera!— Que bom que não sou ela... — Sorriu, beijando-me de forma intensa e apaixonada.Uma leve batida na porta interrompeu nosso momento. Farejando, meus olhos escureceram.— Beta, na sala de reunião! — Rugi enfurecido, sentindo o aroma de pavor do meu subordinado através da porta.— Perdão, meu rei! — Oliver respondeu baixo do outro lado.— V
— Como o Senhor? — Ele estreitou os olhos confusos, então sorriu sem graça. — É um líder muito intuitivo meu rei, me nauseia os demais lobos duvidarem de sua liderança.— Estão com medo das criaturas do purgatório, visto que se alimentam de seus pecados. — Abri uma bebida que ficava ao canto da sala e virei no gargalho. — Victória não será poupada, Beta, mas concederei a forma como deseja que ela morra... Rápido ou lentamente?Oliver congelou no lugar com os ombros pesados caídos, apesar de quase recuperado, sua força parecia significativamente reduzido e ele sabia dos riscos para o seu posto.— Rápido e indolor, meu rei... Obrigado por sua benevolência! — O beta reverenciou — Retomarei aos treinamentos hoje, seguirei com a reparação da alma com as bruxas...— A bruxa... — Sorri, já havia notado o interesse de meu beta na filha de Elara.— Perdão, meu rei? — Oliver arqueou as sobrancelhas em choque. — Eu jamais desacataria nossa...Rosnei alto o fazendo estremecer diante do que falari
POV: SOPHIENão tenho noção do tempo que passei dormindo, mas percebi que foi bastante, felizmente as sombras não conseguiram invadir meus sonhos. Curiosamente, o sonho que experimentei pareceu surpreendentemente real, indo além das fronteiras habituais dos devaneios noturnos.Encontrei-me com um Conan já crescido, com cerca de treze anos, que me conduzia delicadamente até uma gruta oculta onde um deslumbrante lago cristalino aguardava. Divertimo-nos jogando água um no outro, rindo e trocando palavras, até que em determinado momento, ele parou e me fitou com olhos repletos de lágrimas.— Eu queria tanto que você fosse minha mãe! — confessou Conan.— Mas você é como um filho para mim, de coração. — Afaguei sua face — Meu corajoso!— Tia, eu só queria poder brincar com você... Sinto tanto a sua falta, mal aguento mais viver assim, estou quase desistindo. — Expressou ele aflito, abaixando a cabeça, permitindo que as lágrimas escorressem.Aproximei-me, envolvendo-o em um abraço forte e re