POV: SOPHIEContemplei o rio, observando-o partir rapidamente, enquanto meu reflexo na água delineava cada nova cicatriz em meu corpo. As extensões e elevações marcadas não eram apenas feridas físicas; compreendia agora, como havia lido no livro sagrado, que a rápida cicatrização da pele de um lobisomem não garantia o desaparecimento das marcas.Respirei profundamente, encarando o céu e permitindo que lágrimas escorressem por meu rosto. A dor não se limitava ao meu corpo; minha alma e emoções estavam destroçadas. Questionava até quando suportaria essa batalha.Estendi os braços, observando as marcas das correntes. Embora invisíveis aos olhos humanos, eu as sentia em meus ossos. A sensação constante de prisão e sufocamento me envolvia.— Como posso esperar que ele me deseje se mal consigo aceitar as condições em que me encontro? — Suspirei para mim mesma, fechando os olhos enquanto lágrimas escorriam.Saí do rio sagrado, pegando a toalha reservada junto às roupas em um baú próximo às m
— Por que está do lado dela? — Gritei, explodindo em fúria — Como pode, papai? Se sabe mesmo de tudo!— Sophie, se sua irmã fosse assim sempre, não teria ido até você em busca de amparo... Ela lhe entregou o filhote, você era a única pessoa em quem ela confiava. — Lambert gemeu, sentindo a magia se desfazer, levando-o ao estado espectro novamente. — Minha menina, ao menos, tente considerar essa ideia.— NÃO É JUSTO COMIGO! — Gritei, transformando-me em loba e correndo sem destino pela floresta.Corria tão rápido que sentia minhas patas queimarem, o ar gélido ardia em meus pulmões, e minhas orelhas balançavam a cada brisa fria que tocava a pelagem. Lágrimas escorriam, molhando o caminho por onde passava. Mesmo ainda machucada e cansada, não queria parar de correr; precisava me sentir livre, necessitava aliviar a sensação de estar acorrentada ao caos.Repentinamente, dei de encontro com um lobo grande, prateado com força, gemi de dor ao perceber que rolamos montanha abaixo entre as árvo
Senti dois dedos sendo aprofundados em movimentos de estocagem, rosnei alto, cravando as garras nas costas do Rei Lycan, que me levava à loucura somente com a boca. Rugindo de desejo, ele puxa meu quadril para mais, movimentando contra o seu rosto.Segui os movimentos enquanto sua boca faminta me sugava, seus dedos mergulhavam mais e mais, levando-me ao delírio do prazer.— Alfa! — Gemi alto — Por favor... Eu preciso mais...Falei manhosa, sentindo que estava prestes a explodir de prazer. Era tanto tesão que me contorcia, meu corpo reagia intensamente a cada movimento do homem entre as minhas pernas. Parando, provocador, ele mordeu as laterais das minhas coxas, subindo até os seios, sugando de novo e deixando a mão me masturbar de forma provocativa.— Eu a desejo muito, Sophie! — Harvey rosnou, balançando a cabeça de um lado para o outro. — Não posso...De repente, o Lycan ergueu abruptamente de cima de mim, se afastando para a entrada da caverna.— Por que não pode? — Rugi irritada,
Acordei com sussurros ecoando dentro da caverna, enquanto algo permanecia imóvel à entrada, curvado, encarando-me com firmeza, apoiado em um cajado. Lancei um olhar a Harvey, que permanecia adormecido. Com um faro aguçado, busquei sinais de perigo no ar, mas nada indicava sua presença, exceto pela sua sombra.— Quem é você? — Inquiri, minha voz reverberando por todo o ambiente. O Alfa se moveu levemente, mas não despertou, o que era extraordinário, dado seu estado de alerta constante.— Ele está exausto, a fera tem consumido mais dele do que o usual! — Uma figura sinistra, uma senhora, estava agora cara a cara comigo, respondendo enquanto avaliava a situação; o conjunto de vozes me causou arrepios.Rosnei, fazendo-a recuar um pouco.— Responda imediatamente, ou sua vida terá um fim! — Rugi de forma ameaçadora, posicionando-me à frente do rei Lycan como uma barreira protetora.— A vida é intrigante, não é mesmo? Antes, era ele quem a protegia, e agora, você assume esse papel. Fascinant
— Eu não quis... — Mordi os lábios quando encontrei seus olhos em chamas.— Vamos descansar, retornaremos cedo para a alcateia... — Ele deu de ombros — Em seguida, resolveremos esse impasse da fera!— Resolveremos? — Um sorriso escapou dos meus lábios.— Ah, Sophie... — Me puxando, Harvey me deitou ao seu lado — Espero que continue com essa malícia quando controlarmos a fera.— Alfa, a minha fera está mais faminta que a sua... — Ri em confissão; latejava, o calor que me consumia estava demasiado.O cheiro da minha excitação permeava o ambiente.— Luna, assim fica impossível me conter! — O alfa rosnou, roçando o corpo no meu. — Você está me deixando louco.— Como acha que me sinto? — Mordi os lábios, virando de frente para ele, de forma ousada, peguei suas mãos, traçando um percurso perigoso pelo meu corpo.— Hibrida... — Ele alertou, subindo as mãos e agarrando meu pescoço, semicerrando os olhos — Está se divertindo com isso, não está?— O que me entregou? — Sorri ousada, fazendo-o ro
— Não somos seus brinquedos, Demônio, se afaste do meu alfa ou farei se arrepender de mexer com um lobo comprometido! — Brandei, sentindo meu peito subir e descer... A emoção era nova, algo fervia dentro de mim ao mesmo tempo, a insegurança era presente, mesmo sendo um demônio aquela mulher era incrivelmente linda até mesmo minha loba se via hipnotizada por ela.— Ouviu minha Luna, ela é mais feroz que minha fera! — Provocou o Alfa parecendo se divertir com a situação.Cedendo alguns passos para trás, comentar sobre a fera havia mudado a postura da Succubus, ela parecia temer a criatura.Caminhei alguns passos em sua direção rodando o corpo da criatura sedutora, ameaçadora.— Não vim para confrontos diretos, lobos, se quisesse os atacar já teríamos feito. — Ela sorriu sinalizando para cima onde várias outras como a Succubus surgiu, rindo divertidas.— Então, por que está nos seguindo? — Encarei firme, vendo o alfa farejar ao redor.— Estão com medo, buscam segurança! — Ele respondeu e
Dirigi-me imediatamente ao nosso quarto, fazia um bom tempo desde que desfrutava de um banho reparador ou simplesmente descansava. A verdade é que temia dormir, receando ser arrastada para mais uma sessão de tortura pelas sombras. Sempre que fechava os olhos, minha alma ecoava em desespero, experimentando aquela dor insuportável - era simplesmente avassalador.Suspirei profundamente ao trancar a porta, permitindo-me o luxo de mergulhar na banheira repleta de sais perfumados. Deixei-me afundar, entregando-me ao relaxamento, ao mesmo tempo em que revisava mentalmente as informações do Beta. Sabia que o Alfa estava certo; nada disso parecia correto. Como Oliver conseguiu adentrar um labirinto tão bem protegido? Permitiram sua entrada?Refleti sobre isso, esfregando a pele marcada por cicatrizes que contavam histórias de cada batalha desde o primeiro encontro com os lobos, desde o primeiro vislumbre de Harvey, tão arrogante naquela época.— Não que isso tenha mudado. — Sorri, balançando a
— Eu não duvido, sua fama precede até o purgatório. — Nyxara se soltou, beijando minhas mãos de forma ousada. — Por que não pode tocar em seu alfa?Virei o cálice que ela erguia em meus lábios, sentindo o corpo relaxar quase instantaneamente, meu corpo formigava como se o desejo massageasse por dentro.— Essa bebida é das boas... — Falei com a voz carregada de embriaguez. — Parece que, graças a vocês, despertaram o desejo da fera, e agora, aquele ser amaldiçoado deseja me tomar como o alfa faz.— Interessante... — Sorriu Nyxara. — A fera quer te machucar ou?— Não, se quisesse me machucar, já teria feito... Sabia que quase morri devido ao ataque da fera? — Gargalhei — Todos sempre tentam me matar.Tombei a cabeça para trás, sentindo as lágrimas rolarem.— Oh, querida, não chore... — Nyxara sentou-se atrás de mim e começou a pentear meus cabelos com os dedos. — Então, está me dizendo que a criatura amaldiçoada tem desejos por você?— Acho que nem mesmo a fera compreende o que sente, po