Soluços ecoavam no ambiente escuro, enquanto calafrios percorriam como um sopro de vento que nos envolvia. Até que, em meio ao silêncio, um som cortante chamou nossa atenção.— Por favor, por favor, eu não aguento mais... — A voz de Sophie estava embargada, carregada de sofrimento.— Por aqui! — Rosnei irritado.Avançamos em direção a um local mergulhado em sombras de preto e cinza, onde a luz era escassa, revelando poças dispersas pelo chão. Ao fundo, um trono se erguia, ocupado por uma presença maligna que observava a híbrida acorrentada ao chão, as correntes emergindo das águas escuras.— Malditos, SOLTEM-NA! — Rugi estrondoso, atraindo a atenção das sombras que a cercavam. O ser misterioso no trono inclinou a cabeça para o lado.— Olha só, temos visitantes! — Ele disse enigmaticamente — Não são apenas visitantes, temos diante de nós o ilustre Alfa, o rei Lycan amaldiçoado. Que deleite e honra o conhecer pessoalmente!A criatura sombria esboçou, ao que parecia, um sorriso horripila
— Droga! — Lambert gritou, meio manco, aproximando-se — Como vamos sair daqui e limpar a mente da minha criança?Acariciando os cabelos de Sophie, ele a encarou e seguiu para me olhar.— Odeio esses Deuses... — Rosnei ciente do que seria necessário ser feito, rugi alto — DESTINO, FAÇO A ESCOLHA QUE PRECISA SE LIVRAR MINHA LUNA DAS SOMBRAS!Nenhuma resposta foi ouvida; gargalhando, o rei sombra parou à nossa frente, divertido.— Até mesmo aquele covarde receia as sombras! — Brandou a entidade erguendo as garras para nos rasgar.— É mesmo? — A voz empoderada do Destino, junto com sua intensa luz, preencheu o ambiente, fazendo as sombras ao redor correrem em gritos com medo. — Pelo que me lembre, em nossa última batalha, você fugiu escorregadio para o buraco de onde saiu com o rabo entre as pernas.— Não se gabe, sabe o motivo pelo qual declinei nossa pequena desavença. — O rei sombra puxou o braço de volta da luz que o clareava.— Fraqueza era o motivo, quer continuar de onde paramos ou
Sophie deslocou seus quadris para mais perto, colando nossos corpos. A pele, antes fria, adquiriu um calor compartilhado no momento, revelando sua doçura, mesmo após enfrentar tantos desafios.— Harvey... — Sussurrou ela, mordendo os lábios inferiores.— Sophie? — Sorri, liberando delicadamente sua boca enquanto meu dedão a acariciava.— Eu preciso... — Sophie, com as bochechas levemente coradas, deslizou as mãos de maneira ousada por meu tórax descoberto, descendo até a barriga. Sorrindo, suspirei enquanto ela subia as mãos até meus ombros, ficando na ponta dos pés, envolvendo os braços em meu pescoço. — Preciso sentir algo além da dor.Roçando os dentes nos lábios macios e carnudos dela, contive um rosnado ao sentir o aroma dos hormônios de Sophie envolvendo o ambiente. Sua proximidade me excitava instantaneamente.— Híbrida, você ainda precisa se recuperar! — Balancei a cabeça, deixando os lábios dela e seguindo para a bochecha, depois para o pescoço, onde depositei pequenas mordid
— VOCÊ FEZ A ESCOLHA, LYCAN, NÃO ACEITO ESTE DESTINO! — Rugiu a fera em minha mente, lançando-nos impiedosamente na água gélida.A correnteza se tornava avassaladora; era uma luta árdua nadar contra ela. O frio penetrante fazia com que as articulações se enrijecessem.— Tentando antecipar sua morte, antes mesmo de cumprir o seu destino, rei Lycan? — A voz da Deusa Lua ecoou pelo ambiente.— Deusa, se não se importa, estou um pouco ocupado agora. — Rosnei, nadando em direção às margens, buscando escapar das investidas da água tumultuada enquanto as presas se chocavam.— Em momentos como este, meus súditos costumam clamar por minha ajuda, Alfa. — A voz da deidade adquiriu um tom mais próximo, como se ela estivesse se aproximando.— Eles costumam fazer isso antes ou depois de terem seus destinos moldados pelos caprichos dos Deuses? — Brandi ofegante ao emergir da água, sacudindo os pelos encharcados para livrar-se do frio implacável.— Você sempre foi um lobo teimoso, desde filhote. — Na
POV: SOPHIEContemplei o rio, observando-o partir rapidamente, enquanto meu reflexo na água delineava cada nova cicatriz em meu corpo. As extensões e elevações marcadas não eram apenas feridas físicas; compreendia agora, como havia lido no livro sagrado, que a rápida cicatrização da pele de um lobisomem não garantia o desaparecimento das marcas.Respirei profundamente, encarando o céu e permitindo que lágrimas escorressem por meu rosto. A dor não se limitava ao meu corpo; minha alma e emoções estavam destroçadas. Questionava até quando suportaria essa batalha.Estendi os braços, observando as marcas das correntes. Embora invisíveis aos olhos humanos, eu as sentia em meus ossos. A sensação constante de prisão e sufocamento me envolvia.— Como posso esperar que ele me deseje se mal consigo aceitar as condições em que me encontro? — Suspirei para mim mesma, fechando os olhos enquanto lágrimas escorriam.Saí do rio sagrado, pegando a toalha reservada junto às roupas em um baú próximo às m
— Por que está do lado dela? — Gritei, explodindo em fúria — Como pode, papai? Se sabe mesmo de tudo!— Sophie, se sua irmã fosse assim sempre, não teria ido até você em busca de amparo... Ela lhe entregou o filhote, você era a única pessoa em quem ela confiava. — Lambert gemeu, sentindo a magia se desfazer, levando-o ao estado espectro novamente. — Minha menina, ao menos, tente considerar essa ideia.— NÃO É JUSTO COMIGO! — Gritei, transformando-me em loba e correndo sem destino pela floresta.Corria tão rápido que sentia minhas patas queimarem, o ar gélido ardia em meus pulmões, e minhas orelhas balançavam a cada brisa fria que tocava a pelagem. Lágrimas escorriam, molhando o caminho por onde passava. Mesmo ainda machucada e cansada, não queria parar de correr; precisava me sentir livre, necessitava aliviar a sensação de estar acorrentada ao caos.Repentinamente, dei de encontro com um lobo grande, prateado com força, gemi de dor ao perceber que rolamos montanha abaixo entre as árvo
Senti dois dedos sendo aprofundados em movimentos de estocagem, rosnei alto, cravando as garras nas costas do Rei Lycan, que me levava à loucura somente com a boca. Rugindo de desejo, ele puxa meu quadril para mais, movimentando contra o seu rosto.Segui os movimentos enquanto sua boca faminta me sugava, seus dedos mergulhavam mais e mais, levando-me ao delírio do prazer.— Alfa! — Gemi alto — Por favor... Eu preciso mais...Falei manhosa, sentindo que estava prestes a explodir de prazer. Era tanto tesão que me contorcia, meu corpo reagia intensamente a cada movimento do homem entre as minhas pernas. Parando, provocador, ele mordeu as laterais das minhas coxas, subindo até os seios, sugando de novo e deixando a mão me masturbar de forma provocativa.— Eu a desejo muito, Sophie! — Harvey rosnou, balançando a cabeça de um lado para o outro. — Não posso...De repente, o Lycan ergueu abruptamente de cima de mim, se afastando para a entrada da caverna.— Por que não pode? — Rugi irritada,
Acordei com sussurros ecoando dentro da caverna, enquanto algo permanecia imóvel à entrada, curvado, encarando-me com firmeza, apoiado em um cajado. Lancei um olhar a Harvey, que permanecia adormecido. Com um faro aguçado, busquei sinais de perigo no ar, mas nada indicava sua presença, exceto pela sua sombra.— Quem é você? — Inquiri, minha voz reverberando por todo o ambiente. O Alfa se moveu levemente, mas não despertou, o que era extraordinário, dado seu estado de alerta constante.— Ele está exausto, a fera tem consumido mais dele do que o usual! — Uma figura sinistra, uma senhora, estava agora cara a cara comigo, respondendo enquanto avaliava a situação; o conjunto de vozes me causou arrepios.Rosnei, fazendo-a recuar um pouco.— Responda imediatamente, ou sua vida terá um fim! — Rugi de forma ameaçadora, posicionando-me à frente do rei Lycan como uma barreira protetora.— A vida é intrigante, não é mesmo? Antes, era ele quem a protegia, e agora, você assume esse papel. Fascinant