Assoviando, Harry ria apressadamente enquanto avançava na minha direção com um olhar desafiador.— Olha só, como você é cheia de coragem. Mas sabemos que seu Alfa não está; farejamos sua magia reduzida! — Harry disse esnobe, aproximando-se lentamente devido à rajada de vento da tempestade — Não tememos sua loba!— Pois deveriam. Não imaginam sua força... Pergunte a Agatha! — Brandei, estufando o peito orgulhosa, encarando o espírito de minha irmã nas costas do beta.— A Agatha? — Henry perguntou curioso, chegando perto do escudo — Você é a Agatha.— Sou mesmo? — Sorri esnobe — Lobos realmente fracos por não notar a diferença.Ambos farejaram em minha direção, os olhos escureceram ressaltando a linha predatória; os irmãos se entreolharam, rosnando alto em raiva.— MALDITA, Você é a gêmea amaldiçoada! — Brandou o Alfa da lua de sangue — Como conseguiu ser exata...— Magia, lobo tolo! — Dei de ombros, alargando ainda mais meu sorriso — E aquilo foi apenas uma fração do meu poder.— Pare
Apesar da minha fera interna contestar, não havia escolha. Estávamos sozinhas e morreríamos ali se não usasse o resto de poder que tinha, mesmo que proibido, para nos libertar.— Vamos matá-la, evitem suas garras. — Ordenou Henry, o Alfa.— Deixem-na comigo! — Harry brandou em furia.— Foi o que você sempre quis, Beta... — Zombei o provocando.Harry se lançou em minha direção, de forma hábil ele evitava minhas garras mordendo parte da minha barriga e alto das costas. Grunhia em dor, ofegante, percebendo o preço da magia proibida, minhas forças vitais eram absorvidas!— Não vou morrer aqui! — Rugi balançando a cabeça e clamando a minha loba — Nós não vamos morrer!Rugindo em minha mente, a senti mais feroz. Nossa força parecia ter aumentado, junto a magia, ambas caminhavam juntas, senti os tremores pelo corpo até as presas ficarem mais proeminentes.— Olha só, acho que irritei a lobinha... — Zombou Harry.— Ande logo com isto, o furacão está perto! — Henry alertou olhando na direção em
Quando a escuridão envolveu meus olhos, uma presença sinistra agarrou minhas pernas com garras afiadas, arrastando-me para um abismo sem fim. Tentei desesperadamente agarrar o que parecia ser o chão, mas em vão; a força que me puxava era avassaladora.Uma única gota de sangue ressoou ao tocar o solo, transformando o piso em um mar vermelho de sangue onde meu reflexo desfigurado se revelou pelas feridas da batalha contra os lobos. Sobressaltei-me ao notar um sorriso maligno pairando sobre meus ombros, uma mão repousando e acariciando com uma sinistra satisfação.— Finalmente, você se aproxima da perfeição para nós! — proclamou o ser maligno, dirigindo-se ao meu próprio reflexo.Instintivamente, joguei-me para trás, arrastando-me com pavor, observando meu entorno.— Quem, ou o que, você é? — perguntei em meio ao vazio, sem avistar ninguém.A entidade emergiu da poça de sangue, emanando uma presença aterradora e um odor desconhecido, causando calafrios intensos. Minha mão parecia encolhe
— Seu destino foi selado antes mesmo de sua concepção, criança, e ao contrário do que dizem, isso não é uma maldição, mas uma bênção! — Suspirando, o ser de luz segurou novamente meus punhos — As correntes serão sua punição, estão seladas não apenas em sua carne, mas também em sua alma.— Não compreendo, quem me escolheu? Qual a razão? — Chorei ainda mais — Por favor, ajudem-me a libertar meu sobrinho, e farei tudo o que desejarem. Serei totalmente devota aos Ancestrais, à Lua e a você, destino. Por favor, não o deixem sofrer por minha culpa!— Apesar das enfermidades na mente da criança, ele não sente dor, asseguramos isso. — Afagando meus cabelos, o Destino disse — No entanto, não podemos intervir no curso da história; até mesmo seres como nós têm regras e corremos o risco da punição divina.— Posso me responsabilizar por essas punições? — Indaguei, mesmo com medo de mais dores que poderiam ser infligidas a mim.— Seu coração é puro, mas uma alma nunca suportaria tamanho castigo...
Acordei sentindo-me significativamente melhor., por ter sido ferida na forma de loba as feridas estavam praticamente curadas, deixando apenas um incômodo persistente na forma de uma gosma desagradável na garganta, cujo sabor repugnante persistia.— Já despertou? — Harvey falou preguiçoso rosnando, Sua ferida parou de sangrar, mas a cicatrização apresentava peculiaridades.— Você precisa ver isto, já era para estar curado! — Apontei para o local incomodada me aproximando — Quem ou o que fez isto com você?— Ficaria surpresa se eu te contasse. — Ele deu de ombros.— Deve ter sido um inferno, os sons que escapavam pela fresta eram aterrorizantes. — Comentei acariciando sobre sua ferida.— Não é um lugar interessante para se passear. — Rosnou o Alfa — Porém, não foi de todo mal... Tive o vislumbre de um fetiche realizado.— O que quer dizer com isto? — Rosnei sentindo a raiva se apoderar, o cheiro facilmente se exalava me fazendo cerrar os punhos.— Com ciúmes, minha Luna? — Ele provocou
POV: HARVEYSai da casa mutando para minha forma lupina, corri tão rápido que as patas pareciam queimar a cada passada, fui em direção ao vale das pedras onde espelhos mágicos foram erguidos conforme minha ordem. Quando comecei a perceber a maldição e o domínio de uma fera dentro do meu ser, compartilhando meu corpo, minha mente e minha alma!Parei, ofegante, encarando meu reflexo de frente e nas laterais dos espelhos.— APAREÇA, FERA MALDITA! — Rugi impacientemente.— Alfa... Você parece nervoso. — Riu o demônio — Por que tanta hostilidade?— Você sabe muito bem o motivo. O que queria com minha Luna? — Brandei, enfurecido.— Não sabe dividir um brinquedo? Que atitude feia para um rei Lycan! — Gargalhando, a Fera parou do outro lado do espelho.— DEIXE DE JOGOS! O que queria ao dominar meu corpo durante meu momento íntimo com minha Luna? — Rosnei, cerrando os punhos, minhas presas ameaçadoramente à mostra.— Você não me parece o tipo ciumento. — Ele brincou — Queria compreender o sabo
— Alfa... — De cabeça baixa, o ômega se aproximou tremendo.— O que um lobo insignificante como você quer? — Rosnei impaciente.— Perdão, meu rei... — Tremendo, Lukas respondeu gaguejando — A bruxa solicitou sua presença no círculo sagrado perto das margens do rio de cura da nossa Deusa; ela disse que é urgente!— Parece que tudo aqui se tornou urgente. — Rugi irritado — Suma da minha frente!Em um piscar de olhos, o lobo saiu correndo, desaparecendo. Segui até o local, vendo Sophie presa às correntes mágicas fincadas nas pedras, tentando a conter. Ela parecia possuída; até mesmo seu cheiro estava diferente. Erguendo a cabeça em minha direção, vi os olhos cobertos por uma escuridão sombria, no canto dos lábios uma gosma preta escorria.— O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? — Rugi, me aproximando rapidamente em minha forma Lobisomem.— Não é o que está pensando, Rei Lycan. — Elara se apressou ao responder.— Diga, bruxa anciã, o que estou pensando? — Rosnando, parei em frente a ela com as pre
Soluços ecoavam no ambiente escuro, enquanto calafrios percorriam como um sopro de vento que nos envolvia. Até que, em meio ao silêncio, um som cortante chamou nossa atenção.— Por favor, por favor, eu não aguento mais... — A voz de Sophie estava embargada, carregada de sofrimento.— Por aqui! — Rosnei irritado.Avançamos em direção a um local mergulhado em sombras de preto e cinza, onde a luz era escassa, revelando poças dispersas pelo chão. Ao fundo, um trono se erguia, ocupado por uma presença maligna que observava a híbrida acorrentada ao chão, as correntes emergindo das águas escuras.— Malditos, SOLTEM-NA! — Rugi estrondoso, atraindo a atenção das sombras que a cercavam. O ser misterioso no trono inclinou a cabeça para o lado.— Olha só, temos visitantes! — Ele disse enigmaticamente — Não são apenas visitantes, temos diante de nós o ilustre Alfa, o rei Lycan amaldiçoado. Que deleite e honra o conhecer pessoalmente!A criatura sombria esboçou, ao que parecia, um sorriso horripila