CAPÍTULO OITO

A noite era fria, a mais fria desde que o outono começara a colorir as folhas das árvores em tons de vermelho. A chuva caía com a força de um dilúvio e os trovões lançavam clarões capazes de anunciar o próprio fim dos tempos. Não havia estrelas ou lua para iluminar a escuridão que pairava em Alnwick, se não fosse pelas poucas velas espalhadas pelo quarto e os raios cortando o céu, seria impossível enxergar qualquer objeto que fosse. As duas mulheres dormiam juntas na mesma cama quando tudo começou. Beline acordara sentindo dores e percebeu que sua camisola estava molhada, no entanto, não conseguiu identificar de onde vinha o líquido. As dores pareciam aumentar de tempo em tempo, a cada minuto de dor a sensação de que estava prestes a ter seu corpo rasgado de dentro para fora a fazia querer urrar. Tentando respirar fundo e acalmar-se para não ass

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