7. Trabalho duro nunca foi o suficiente
POV: Carina

Uma mão gentil acaricia meus cabelos.

Despertar dói.

Sinto tudo ao mesmo tempo e numa intensidade anormal.

O gosto amargo na boca, a sensação de vazio no estômago, a dor nas articulações mas não o repuxar da pele característico da cicatrização.

Devo ter dormido muito tempo.

O mundo ao meu redor ainda é uma névoa, dedos gentis acariciam meus cabelos e me relaxam. Meu coração se aquece ao pensar que é ele, o homem bonito dos meus sonhos, aquele que se parece com os príncipes dos livros que leio.

Ainda devo estar sonhando.

Abro os olhos com esforço, esperando um vislumbre daquele rosto encantador. Mas o que vejo me faz recuar imediatamente.

Não é ele e estou desperta.

É minha mãe, Mira, acompanhada de uma garota estranha de expressão apática. O medo aperta meu peito, e meu corpo, ainda fraco pela doença, reage por instinto.

—Ah, você finalmente acordou, Carina,— diz minha mãe, seu tom doce e falso, como sempre. —Estávamos preocupadas.—

Sei que é mentira.

Seu olhar nunca
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