Próximo capítulo: O sequestro do príncipe Lycan
PASSADO - POV: NATHANIELMeus braços e mãos estão presos, minhas costas pressionadas na pedra úmida de uma cela.Não há nada além de um balde onde ocasionalmente posso fazer minhas necessidades e uma mesa de canto, onde ela coloca os objetos de tortura que usa em mim. Eu gozo todas as vezes, e me odeio por isso. O cheiro do incenso afrodisíaco se mistura com o do sedativo, que acende depois de limpar a cela ou após me foder com as mãos ou a boca.Os cortes feitos pelas restrições do pescoço, pulsos e pés estão ficando mais fundos, mas parei de forçá-los após ela ameaçar trocar por algemas de prata.Sinto vergonha por ter sido quebrado com tanta facilidade, mesmo meu pai dizendo que a tortura sempre vence o homem, é só questão de tempo e saber quais cordas puxar.A bruxa sabe.Ela não me alimenta ao acaso.A comida só vem depois de tirar de mim o que quer.Meu corpo responde a isso mais do que ao afrodisíaco, imagino.Sou jovem, quero viver. Vejo-me ansioso pela sua chegada, e sinto
POV: NathanielCarina está imóvel depois de ouvir quase toda a história.Narro com precisão sobre os açoites, o cativeiro, as correntes e a fome, mas não consigo falar sobre o resto. Ninguém além da minha mãe sabe disso, e lembrar desse detalhe agora faz meu coração se apertar, pois ainda é difícil para mim aceitar que ela se foi. Minha mente e meu espírito recusam essa ideia de tal forma que ainda não consigo processar o luto, lá no fundo tenho a impressão de que só está numa viagem distante, e logo aparecerá com sua velha lança em punho e seus conselhos sobre como inutilizar um oponente na batalha. Evitei falar sobre a motivação, ela não precisa saber que fui até a bruxa por querer vê-la, e muito menos que disse sim para todas as petições abjetas daquele demônio por causa das ameaças de trazê-la para o cativeiro. Embora hoje, tenho certeza que Sasha não ousaria invadir a fortaleza dos Starbane, era longe e protegida demais, só usou meu medo para me torturar mais.Ela se desvencilh
POV: NathanielCarina obedece sem questionar, ajoelhando-se perto da janela aberta.Meus aposentos ficam no terceiro andar do castelo, três lances de escadas inteiros, e as paredes são altas, mesmo se alguém olhar diretamente para a janela não verá nada muito claro. A luz atravessando a janela ilumina a figura encantadora da mulher que me vejo fantasiando possuir. Seus cabelos escuros, caem em ondas assimétricas por cima dos ombros esguios, é hipnotizante A camisola lilás de renda é comprida o suficiente para esconder seu corpo quase que por completo, ou deveria, mas ela se senta de um jeito que faz o tecido subir e expor parte das coxas. Carina não pode se sentar assim no salão de baile, ou acabarei lutando por ela com outro Alfa no meio do banquete. A ordem queima má ponta da minha língua, mas permito ser mais tolerante nesse ponto para não me privar da visão da sua pele exposta.Paro de respirar por um momento, pois está errado e o cheiro dela mudou.É quase como se minha garota
POV: Nathaniel Meu pau está dolorosamente duro, encarando o rosto travesso da garota. Ela está fazendo de propósito, e eu estou adorando sua impertinência porque sei que preciso colocá-la no lugar. Esse tipo de atrevimento não pode acontecer no baile, mas não vou desencorajá-la a ser assim no quarto. Talvez a raiva dela esteja se dissipando.Talvez seja mais um truque para me dobrar e fugir, mas não me importo. — Comida, bebida, nada disso é permitido. Coma o que o seu senhor lhe dá, ou a comida enviada especificamente para você. Eles tentarão fazê-la falhar, e se você falhar eu terei que castigá-la. Não quero fazer isso. —Respiro fundo, o cheiro doce de baunilha invade minhas narinas. Ela se move mais um pouco, no chão, como se estivesse a ponto de se levantar. Toco sua cabeça, indicando que não o faça. O banquete é longo, terá que ficar assim por muito tempo. Minha mão se move pelo rosto pequeno, a outra apanha um dos morangos com chocolate da mesa e ofereço. Ela morde a frut
POV: NathanielEla entreabre os lábios mas nenhum som sai além de um suspiro. Minha boca encontra a dela mas ainda não é um beijo. Sugo seu lábio inferior e minha mão vaga do traseiro dolorido para a cintura, apertando para que ela sinta o quanto a quero. Sua boca é macia, mas não tão acolhedora quanto sua boceta. Beijo-a com carinho e me movo um pouco na cadeira para abrir a calça e liberar meu pau. Minhas bolas estão me matando e eu preciso dela, mas também preciso que ela implore. — Por favor, eu preciso de você.— Não preciso de uma segunda ordem. Guio minha ereção até sua boceta, apreciando como se abre para mim pouco a pouco, lutando paga acomodar a cabeça larga e o comprimento. Ela choraminga sob meus lábios e fico encantado com a visão das pupilas dilatadas e corpo trêmulo. Carina está tão molhada, e tudo o que eu quero é me enterrar até o fundo, mas não dá, não sem machucá-la. Enterrando minha cabeça na curva do pescoço, depositando beijos suaves ali e acaricio seu clit
POV: NathanielA excitação se dissolve ao ouvir a pergunta. A ideia rasteja e se aloja em minha mente, mas todo meu corpo recusa a possibilidade. Ter um contrato de servidão com o nome dela anula qualquer tipo de relacionamento convencional para nós dois, e não quero isso.— Você ainda não confia em mim, confia?—Carina gargalha, levantando-se para apanhar uma toalha de linho e enrolar em volta do corpo, cobrindo-se. Ela não é tímida, nem se dá ao trabalho de dissimular isso. Seu olhar trava no meu e volta a se cobrir numa velocidade tão lenta que me tortura. Mais um pouco e estarei saltando sobre ela novamente.— Nem você, ou teria me dado seu nó. —A acusação faz meu lobo rosnar. Ele quer montar a garota e mostrar o quando está enganada sobre isso, mas eu o controlo. —Não deveria ter dormido comigo se não confia em mim.—Os braços se erguem, alongando o corpo que aos poucos ganha uma forma adorável. As coxas estão mais roliças, os cotovelos e joelhos não são mais nodosos. — É di
POV: CarinaNathaniel está confuso, e eu também.Odeio aulas, todas elas, então fiz o que meu corpo desejava e também algo que o faria interromper o ato. A tarde fazendo compras é mais divertida do que imaginei, apesar do olhar acusador do pessoal do palácio não abandonar minha lembrança.Eles me encaram como se fosse uma traidora indigna de piedade. Nathaniel caminha ao meu lado, as pessoas não se aproximam de nós, sua presença os atrai e repele ao mesmo tempo. Ao nos aproximarmos da taberna, o som abafado de risadas e conversas se torna alto o bastante para suprimir qualquer conversa discreta que alguém deseje iniciar. O ambiente é bonito, todos os estabelecimentos localizados nessa área são. As paredes de pedra da taberna são cobertas por plantas floridas que sobem, fixadas em espécies de pilastras de madeira finas, que simulam galhos de árvores. Um trabalho artesanal minucioso que deve ter custado uma fortuna. A placa de madeira acima da porta exibia o nome da taberna em le
Meu quarto está cheio de gente pela primeira vez, o som de vozes quebra a normal quietude do cômodo. Criadas entram e saem o tempo todo do banheiro, onde estão preparando Carina no meu vestíbulo. Ajeito mais uma vez o bracelete encomendado para encaixar a ponta da corrente que encomendei para esse dia. A porta se abre devagar e em silêncio, as criadas a trazem para mim. Ela surge, e por um momento, mal consigo respirar. Carina está deslumbrante. Seu vestido violeta possui uma coloração mais profunda da cor que faz seus olhos parecerem ainda mais vibrantes, ele envolve seu corpo com uma elegância, ajustado na cintura mas abrindo-se numa saia volumosa. O tecido do corpete é bordado com fios de ouro branco que brilham suavemente à luz das velas, na saia há pequenos cristais sem cor, mas que brilham, furtando a iluminação das chamas. Nas costas, uma linha de botões de ametista forma uma trilha de pedras até o fim de suas costas.O cabelo, normalmente solto e selvagem, está agora preso