Bom dia ❤️ Passando rapidinho para avisar que pretendo postar resumos dos capítulos no ttk e no it. A cada bloco irei disponibilizar um resuminho lá, assim quem estiver lendo e esquecer algo não precisa ficar voltando no livro para procurar. Beijos, até a próxima atualização.
POV: NathanielClaro, o cheiro, por isso não consigo pensar.A contragosto, recuo, afastando-me de uma Carina confusa e frustrada. Vou estragar tudo se continuar agindo assim. A necessidade me machuca, mas tenho que ser racional agora.Cuidei dela na propriedade dos Starbane.Cuidei dela aqui.Pelo modo como a garota parecia embriagada pelo cheiro da minha pele, a natureza estava fazendo um ótimo trabalho preparando-a para mim. Mas o que poderia fazer? A mulher é uma ômega, e é minha, por mais autocontrole que a família real tenha, não sou imune.Eu a cortejei inconscientemente, mas cortejei, e Carina parecia disposta a me aceitar.Se ela entrar no cio aqui, haverá luta. Posso ser o mais forte, mas sou um único homem. Talvez mate nós dois no processo, a viagem até a capital levará tempo, tenho dois caminhos, a reivindicação, que me afastaria do caso, ou o caminho de um monge. Escolher o último me mata por dentro.Saio da cama, mas bloqueio a porta ao abri-la, impedindo o espião de ent
Ainda sinto o calor dos lábios de Nathaniel nos meus, a sensação morna que percorreu meu corpo quando ele me beijou foi devastadora. Cada parte do meu ser está ciente que pertenço a ele. O príncipe foi tão cuidadoso, tão gentil. Nunca na minha vida alguém me tratou com tanta ternura. Estou acostumada com a brutalidade e frieza. Mas Nathaniel... ele é diferente.Toco meus lábios, ainda formigando com a lembrança do beijo. Meu primeiro beijo. Não sei lidar com esse nível de cuidado, mas descobri que ser protegida por alguém é bom, não quero que isso acabe. É como se meu coração estivesse sendo invadido por uma emoção que não consigo definir. Respiro fundo, tentando acalmar os pensamentos tumultuados. Nate parece um príncipe saído dos livros, e se comporta como um, o que torna tudo ainda mais difícil.O plano de seduzir Nathaniel está desmoronando. Em vez de fazer com que ele se apaixone por mim, sinto que sou eu quem está sendo seduzida.Desejo estar perto dele, sentir seus dedos f
“Tomei a liberdade de pedir que sirvam a comida aqui, espero que não se incomode em ter companhia.”O curandeiro sorridente entra, trazendo consigo a maleta de madeira repleta de ervas.Diferente da minha mãe, Embry não trata usando venenos, e pelo menos até agora, nenhum dos seus tratamentos foi doloroso. Disse não ser assim que os curandeiros nascidos em Lupine Grove trabalham. São os donos das terras mais férteis do reino, isso deve fornecer um número considerável de plantas para trabalhar, não é o caso de Celestial Spire, onde o solo é quase estéril e só temos as áspides e escorpiões como maior recurso para cura.O enxerido chamado Lucian o respeita, pois se senta quieto numa das quatro cadeiras ao lado da mesa do quarto, permitindo que o homem faça o tratamento em silêncio.Embry limpa minha mão e passa uma mistura de óleo de folhas de cravo e lavanda na área lesionada. A dor praticamente desaparece. —Sabe como funciona? Fico quieta, sem saber ao certo do quê está falando. D
POV: NathanielO banho frio foi suficiente para resolver minha situação, mas demorou mais do que tinha previsto.Quase fiquei feliz ao ver que Embry conseguiu resolver sem dificuldade alguma os problemas de Carina com a comida, quase… tudo foi levado pela fúria ao notar o que Lucian estava tentando fazer.Puxo Lucian da mesa, meus dedos cravam no braço dele, e sinto os músculos tensos sob minha mão, mas ele não resiste.Carina está distraída pela conversa, não percebe o que está acontecendo.Empurro Lucian para dentro de um cômodo adjacente, fechando a porta com um estrondo que ressoa pelo corredor. O espaço ao nosso redor é apertado. O ar está pesado com o cheiro de cera derretida e um leve aroma de tabaco, o que é bom, pois afasta o cheiro dela, que apesar de fraco segue em minha memória. — Então é isso, meu pai acha que os Starbane fazem parte da Insurreição. Há células de rebeldes espalhadas pelo reino, ansiosos por reviver os antigos costumes, mas sempre foram mantidos sob cont
POV: CarinaSaímos no dia seguinte.Diferente da caminhada dentro da cidade murada, dessa vez fui na carruagem. Nathaniel me evita a todo tempo, embora seus olhos continuem fixos em mim sempre que olho pela janela para apreciar a paisagem. Devo ter feito algo de errado ao tentar seduzi-lo, talvez meu beijo não fosse bom o suficiente. O beijo era a chave para todo o resto.Fui fácil demais? O cheiro dele era bom demais para resistir, só de lembrar sinto minhas bochechas corarem. Embry disse que levaremos cerca de uma semana na estrada para chegar até a ponte que me levará para a trilha certa. Diferente do que está nos mapas que possuía na torre, a ponte não fica nos domínios de Celestial Spire, e sim em Whispering Hollows, domínio da família Shadowfen. São os espiões do reino, treinados na arte da furtividade e leais à família real. Talvez fugir seja mais difícil do que planejei. Passo os primeiros dias tentando recobrar minhas forças.Três dias que se arrastam numa viagem que é c
POV: Nathaniel Observei a garota pelos próximos dias de perto, também ameacei os soldados para que não se aproximassem dela.Embry me disse a razão por sempre comer junto a Carina, ela provavelmente tinha medo que a envenenassem. A desconfiança me machuca, mas é compreensível. Ser arrastada por estranhos e tratada como uma criminosa deve ser assustador para uma mulher que cresceu numa redoma de vidro.Não há nada no comportamento que faça alusão aos relatos além da paranoia, que acho justificada.Carina é gentil com todos, menos Lucian.Quase nunca perde a calma desde o início da viagem, encara com olhos curiosos as coisas mais insignificantes na viagem. É arrebatador observá-la caminhando pela trilha e abaixando-se para examinar flores e ervas. O pedido em si é estranho.Nobres costumam cavalgar, é algo que uma garota da sua classe deveria saber, mas não acho inútil ensiná-la.A carruagem atrasa o percurso.Chegamos ao ponto de descanso, a propriedade é uma visão bem-vinda após a
POV: NathanielEu a observo fugir, um sorriso predatório se espalha pelo meu rosto. De tempos em tempos Carina volta a face para trás, e vejo seus olhos brilharem de desejo enquanto a persigo, meu corpo se move com uma graça felina que dualiza com minha forma humana e preciso lutar para não me transformar e assustá-la. Resolvo conceder-lhe alguma vantagem, só para ver até onde a audácia da garota nos leva.Gosto desse jogo perigoso mais do que quero admitir.Estendo a mão, meus dedos roçam sua manga e ela escapa por pouco do meu aperto. Uma risada baixa sai da minha garganta ao notar que ela também está se divertindo, consigo sentir daqui o cheiro da sua excitação.—Ah, você acha que correr vai te salvar? Você se esqueceu de quem eu sou, Carina? A caça me atrai, me instiga.O aroma dela, misturado com a adrenalina da fuga, é inebriante, puxando-me ainda mais para dentro dessa brincadeira que nenhum de nós parece disposto a parar.Seus passos são rápidos, a julgar pelo som de sua res
Nate rasteja pelo meu corpo exausto, acomodando-se entre as minhas pernas. Posso senti-lo duro contra minha coxa, mas ele não faz nada além de estender a mão para afastar uma mecha de cabelo do meu rosto, traçando o contorno do meu queixo com a ponta dos dedos. Isso não correu como planejado.Sempre soube que ele me capturaria, mas não tão rápido.Propus o jogo para descobrir quanto de vantagem precisaria ter para pelo menos ter uma chance, e perdi.Meu coração me confunde, ou é meu corpo, ainda em chamas. Por um instante, enquanto ele me chupava, senti que iria morrer, então tudo explodiu, varrendo meus sentidos com uma potência que nunca consegui alcançar sozinha, na torre. É quase como se ele soubesse quais cordas puxar para me fazer implorar por ele.O peso do meu corpo está apoiado nos cotovelos, e já consigo sentir o incômodo das escoriações. Devo ter me movido demais sem perceber, lutando para manter o equilíbrio.O aperto em minhas coxas aumenta, e ele estava prestes a me be