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Capítulo -2- Viagem

Pov- Ângela.

Revirei meus olhos não me importando com que os meus irmãos estavam falando até porque eu tenho certeza absoluta de que eles estavam fazendo isso apenas para me deixar irritada, depois de tomar o café da manhã meus pais me levaram para o lado de fora onde Luiza estava no carro esperando, ele ajudou a minha mãe a me criar e foi um ótimo avô mesmo que não fizesse parte da família tocava violão para mim todas as manhãs e fazia com o que eu pudesse andar a cavalo nas plantações de cacau para ajudar a saber quando eles estavam prontos, isso não tudo que eu sei sobre cozinhar e sobre o que fazer com o cacau até ele se transformar em chocolate com as minhas próprias mãos assim como meu pai e a minha mãe.

Fernanda - vai com Deus minha filha - eu abracei a minha mãe e ganhei um beijo na testa depois eu olhei para o meu pai aqui me puxou para seus braços, uma lágrima escapou dos meus olhos porque realmente book estava certo eu não aguentava ficar muito tempo longe do meu pai e passava a maior parte do meu tempo quando estava na fazenda com ele nas plantações tentando aprender tudo o que sabia.

Ângela - eu te amo mais que o mundo - eu falei enquanto ainda estava abraçada com meu pai.

Lucas - se precisar de alguma - falou - qualquer coisa, me ligue - Então ele me deu um beijo na testa e logo em seguida Book pegou a minha mala e colocou dentro da caminhonete, ele passou a mão pelos meus cabelos os bagunçando antes de subir as escadas, eu olhei para Levi que levantou a mão se despedindo E então eu entrei dentro do carro, Essa é a minha última vez na fazenda até que eu pudesse terminar a faculdade e voltar para casa, precisava aguentar e ficar longe da minha família.

Luiz- vai dar tudo certo Ângela - eu deixei um sorriso aparecer afirmando com a cabeça quando a poeira apagou a minha imagem dos meus pais e então já estávamos passando pelas plantações de cacau, era o lugar que eu mais gostava de ficar na minha vida e foi por isso que os meus pais pagaram meus estudos para que eu pudesse estudar em casa e ter toda a minha educação, minha alimentação e também várias visitas ao médico para saber se aquela cicatriz poderia desaparecer as minhas costas, a cicatriz que matou a minha mãe Gisele - no que você está pensando?

Ângela - a minha mãe Gisele, como será que ela deveria ter sido se ainda estivesse viva?- o sorriso no rosto de Luiz desapareceu assim que chegamos na cidade, ele me olhou triste mas não respondeu até porque acho que ninguém iria saber mas todo mundo aqui ainda acreditava que a minha mãe poderia fazer milagres e por isso o seu túmulo sempre estava coberto de rosas e flores, muitos levavam brinquedos e bonecas para que o espírito da minha mãe pudesse se lembrar de mim o que era impressionante era que todo mundo evitava se aproximar da fazenda e todos tinham medo - eu ainda tento entender porque todo mundo tem medo da fazenda, eu sei que faz muitos anos depois de que tudo aquilo aconteceu e meu pai realmente parece ser um homem muito ruim mas por que será que o povo da cidade tem medo até de se aproximar da minha mãe?

Luiz- porque foi pela sua mãe que seu pai deformou aquele homem, ele ficou tão desfigurado que o apelidaram de monstro e seu pai ficou conhecido como o diabo de Laurence - eu afirmei com a cabeça então se todo mundo da cidade acreditava que o meu pai era o diabo então fazia com que eu e os meus irmãos pudessem ser conhecido como demônios então? - e vocês são os pequenos capetinhas dele - sorriu apertando meu nariz - o medo é apenas uma palavra Ângela, quando experimentar o medo real você vai ver que o medo que esse pessoal da cidade sente dos seus pais não é nada em comparação com o medo real .

Ângela - eu nunca quero sentir o medo assim- eu falei afirmando com a cabeça porque realmente queria que ele pudesse acreditar em mim, não queria sentir um terror tão grande como a minha mãe e o meu pai sentiram no passado por culpa daquele desgraçado que não quero nem citar o nome - eu não quero sentir o medo que ele fez a minha mãe sentir.

Luiz- você não vai sentir medo algum até porque o seu pai vai matar qualquer um que tente - paramos o carro na rodoviária então ele tirou as minhas malas da caminhonete e segurou meu braço me levando para onde o ônibus estaria esperando, o motorista já estava ali pegando as passagens quando me aproximei, Luiz colocou a minha mala dentro do ônibus e então se aproximou de mim me dando um abraço apertado e um beijo na testa - seja feliz enquanto estiver em Salina e volte logo para assumir a empresa - ele piscou para mim antes de entregar a minha passagem para o motorista, eu deixei um sorriso aparecer antes de subir dentro do ônibus e me sentar em um banco onde eu ainda poderia ver Luiz, ele levantou a mão se despedindo quando o ônibus começou a se locomover saindo da rodoviária, nesse momento apoiei a minha cabeça olhando ao longe, onde eu poderia ver a plantação de cacau, a distância era realmente muito grande porém aquele lugar era o paraíso na terra, o lugar onde eu fui feliz durante toda a minha infância e onde meus pais não me deixaram faltar nada, eu vou fazer a minha faculdade e então voltar para casa e finalmente dar orgulho aos meus pais, eu vou esquecer o passado e fazer o possível para seguir em frente assim como a minha mãe fez e finalmente eu vou ser feliz ao lado das pessoas que eu amo, vou dar orgulho principalmente ao meu pai que me criou como se eu fosse sua filha biológica e me deu todo o amor do mundo vou continuar dando orgulho para ele mesmo que não esteja comigo para ver...

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