Pov- Ângela.
Revirei meus olhos não me importando com que os meus irmãos estavam falando até porque eu tenho certeza absoluta de que eles estavam fazendo isso apenas para me deixar irritada, depois de tomar o café da manhã meus pais me levaram para o lado de fora onde Luiza estava no carro esperando, ele ajudou a minha mãe a me criar e foi um ótimo avô mesmo que não fizesse parte da família tocava violão para mim todas as manhãs e fazia com o que eu pudesse andar a cavalo nas plantações de cacau para ajudar a saber quando eles estavam prontos, isso não tudo que eu sei sobre cozinhar e sobre o que fazer com o cacau até ele se transformar em chocolate com as minhas próprias mãos assim como meu pai e a minha mãe.
Fernanda - vai com Deus minha filha - eu abracei a minha mãe e ganhei um beijo na testa depois eu olhei para o meu pai aqui me puxou para seus braços, uma lágrima escapou dos meus olhos porque realmente book estava certo eu não aguentava ficar muito tempo longe do meu pai e passava a maior parte do meu tempo quando estava na fazenda com ele nas plantações tentando aprender tudo o que sabia.
Ângela - eu te amo mais que o mundo - eu falei enquanto ainda estava abraçada com meu pai.

Luiz- vai dar tudo certo Ângela - eu deixei um sorriso aparecer afirmando com a cabeça quando a poeira apagou a minha imagem dos meus pais e então já estávamos passando pelas plantações de cacau, era o lugar que eu mais gostava de ficar na minha vida e foi por isso que os meus pais pagaram meus estudos para que eu pudesse estudar em casa e ter toda a minha educação, minha alimentação e também várias visitas ao médico para saber se aquela cicatriz poderia desaparecer as minhas costas, a cicatriz que matou a minha mãe Gisele - no que você está pensando?
Ângela - a minha mãe Gisele, como será que ela deveria ter sido se ainda estivesse viva?- o sorriso no rosto de Luiz desapareceu assim que chegamos na cidade, ele me olhou triste mas não respondeu até porque acho que ninguém iria saber mas todo mundo aqui ainda acreditava que a minha mãe poderia fazer milagres e por isso o seu túmulo sempre estava coberto de rosas e flores, muitos levavam brinquedos e bonecas para que o espírito da minha mãe pudesse se lembrar de mim o que era impressionante era que todo mundo evitava se aproximar da fazenda e todos tinham medo - eu ainda tento entender porque todo mundo tem medo da fazenda, eu sei que faz muitos anos depois de que tudo aquilo aconteceu e meu pai realmente parece ser um homem muito ruim mas por que será que o povo da cidade tem medo até de se aproximar da minha mãe?
Luiz- porque foi pela sua mãe que seu pai deformou aquele homem, ele ficou tão desfigurado que o apelidaram de monstro e seu pai ficou conhecido como o diabo de Laurence - eu afirmei com a cabeça então se todo mundo da cidade acreditava que o meu pai era o diabo então fazia com que eu e os meus irmãos pudessem ser conhecido como demônios então? - e vocês são os pequenos capetinhas dele - sorriu apertando meu nariz - o medo é apenas uma palavra Ângela, quando experimentar o medo real você vai ver que o medo que esse pessoal da cidade sente dos seus pais não é nada em comparação com o medo real .
Ângela - eu nunca quero sentir o medo assim- eu falei afirmando com a cabeça porque realmente queria que ele pudesse acreditar em mim, não queria sentir um terror tão grande como a minha mãe e o meu pai sentiram no passado por culpa daquele desgraçado que não quero nem citar o nome - eu não quero sentir o medo que ele fez a minha mãe sentir.
Luiz- você não vai sentir medo algum até porque o seu pai vai matar qualquer um que tente - paramos o carro na rodoviária então ele tirou as minhas malas da caminhonete e segurou meu braço me levando para onde o ônibus estaria esperando, o motorista já estava ali pegando as passagens quando me aproximei, Luiz colocou a minha mala dentro do ônibus e então se aproximou de mim me dando um abraço apertado e um beijo na testa - seja feliz enquanto estiver em Salina e volte logo para assumir a empresa - ele piscou para mim antes de entregar a minha passagem para o motorista, eu deixei um sorriso aparecer antes de subir dentro do ônibus e me sentar em um banco onde eu ainda poderia ver Luiz, ele levantou a mão se despedindo quando o ônibus começou a se locomover saindo da rodoviária, nesse momento apoiei a minha cabeça olhando ao longe, onde eu poderia ver a plantação de cacau, a distância era realmente muito grande porém aquele lugar era o paraíso na terra, o lugar onde eu fui feliz durante toda a minha infância e onde meus pais não me deixaram faltar nada, eu vou fazer a minha faculdade e então voltar para casa e finalmente dar orgulho aos meus pais, eu vou esquecer o passado e fazer o possível para seguir em frente assim como a minha mãe fez e finalmente eu vou ser feliz ao lado das pessoas que eu amo, vou dar orgulho principalmente ao meu pai que me criou como se eu fosse sua filha biológica e me deu todo o amor do mundo vou continuar dando orgulho para ele mesmo que não esteja comigo para ver...
Pov- Ângela.Ângela - A viagem não foi tão cansativa quanto esperava, acho que estava tão ansiosa que acabei comendo todas as barras de chocolate que meu pai havia colocado na minha bolsa, o ruim era saber que depois iria ter uma dor de cabeça por acabar ingerindo muito açúcar, mas ainda assim fazia com que eu pudesse me sentir relaxada e quando paramos na rodoviária de Salina, Finalmente eu deixei um sorriso aparecer nos meus lábios, o motorista me ajudou a descer as malas e então eu olhei ao redor, muitas pessoas estavam andando de um lado para o outro cuidando de suas vidas, provavelmente outros indo e vindo do trabalho.Ângela - cheguei - eu estava sorrindo até que eu vi alguém gritar logo atrás de mim.XXX- CUIDADO !- assim que eu me virei, uma garota acertou o seu corpo com tudo em mim e nós duas paramos no chão, meu cabelo esparmou todo ao redor de nós enquanto ela ainda estava deitada em cima de mim, se levantou com cuidado e se ajoelhou ao meu lado colocando uma mão na testa
Pov- Ângela.Depois de ficar encantada com a minha casa decidi arrumar as minhas malas, eu iria ficar quase dois anos em Salina para fazer a faculdade mas meu pai queria que eu pudesse ficar em casa e fazer a faculdade online, iria fazer exatamente a mesma coisa porém eu queria experimentar coisas novas e fazer o mesmo que a minha mãe, minha mãe se mudou por uma cidade sem saber o que iria acontecer e estava grávida esperando o meu irmão Booker , então eu tenho certeza absoluta de que eu consigo fazer o mesmo, minha mãe era uma mulher forte e eu vou ser também.Terminei de arrumar as minhas malas dobrando e colocando dentro do closet, depois aproveitando que ainda estava arrumada, me decidir para cozinha prestar atenção nos armários e ter certeza se estava faltando alguma coisa, o que foi basicamente um erro porque os armários estavam cheios de alimento, a geladeira estava cheia de frutas e verduras e o freezer estava cheio de carne, porém um dos armários estavam cheios de doces e cho
Pov- Ângela.Ângela - Estava tão ansiosa para chegar na faculdade que me levantei muito cedo, terminei de arrumar todas as minhas coisas e seu devido lugar e tomei um banho, assim que terminei de me arrumar olhei para o meu reflexo no espelho, meus lábios estavam bem rosados por causa da ansiedade mas o meu cabelo estava uma bagunça esvoaçante ao meu redor, na mesma bagunça que eu amava todos os dias deixar enquanto estava na fazenda mas sabia que não iria funcionar aqui ontem eu não conhecia nada, fiz um rabo de cavalo bem feito no alto da cabeça e passei apenas um pouco de rímel nos olhos, estava perfeita para simplesmente seguir o meu caminho, fui para o quarto e finalmente peguei a minha mochila colocando nas costas antes de colocar na minha carteira no bolso de lado, meu celular foi para meu bolso do moletom que estava usando e finalmente eu estava pronta.Corri para cozinha abrindo a geladeira e pegando apenas uma maçã antes de pegar o meu molho de Chaves em cima da mesinha de c
Pov- Ângela.Depois das aulas encontrei com Érica novamente no Campos, ela deixou um sorriso aparecer nos lábios assim que chegamos ao lado de fora. Erica- Vamos para a lanchonete - eu afirmei com a cabeça andando com ela pela calçada, Ela olhava para todos os lados e eu também porque estava tentando entender tudo sobre essa cidade e também tinha que começar a aprender a caminhar por essas ruas sem me perder, não iria ter Érica do meu lado o tempo todo e precisava urgentemente saber isso porque agora iria arrumar um trabalho e precisava saber como chegar aqui - você vai ter certeza absoluta de que essa cidade é muito boa para se morar, embora aconteça algumas coisas nos bastidores assim como acontece em todas as cidades. Ângela - como assim?- eu parei na sua frente fazendo com que ela pudesse olhar nos meus olhos - o que acontece nos bastidores de Salina que você sabe e eu não?Erica- existe um grupo de motoqueiros da cidade, todo mundo comenta que eles são na verdade um grupo de as
Pov- Ângela.Ângela - Erica sorriu de lado quando colocou outras rosquinhas em cima da mesa de pedra, O óleo já estava quente o suficiente para que eu pudesse colocar dentro da frigideira para fritar, ela a todo momento me ajudava a decorar e a colocar do lado de fora, chegou em um momento da tarde em que todo mundo pareceu gostar da lanchonete que entrou, em alguns minutos eu tive que ficar fritando as rosquinhas sozinha enquanto Érica fazia o sorvete o milk shake das pessoas, logo em seguida chegou um senhor que começou a fazer os hambúrgueres.Erica - eu sei que deve ser difícil para você ter chegado de Viagem ontem já deve estar trabalhando hoje, mas eu tenho certeza absoluta de que vai compensar no final do mês porque você vai receber semanalmente - eu deixei um sorriso aparecer nos meus lábios porque sabia exatamente o que era isso eu poderia ter o meu próprio dinheiro sem gastar um único centavo da família do meu pai e nenhum centavo que vinha da conta da minha mãe, eu poderia
Pov- Ângela.Depois do abraço seguimos para dentro da lanchonete onde me sentei junto com ela esperando que uma mulher pudesse aparecer, ela estava vestida com uma roupa de boneca e um patins no pé, então deixa um sorriso largo aparecer nos lábios quando se sentou junto com nós com a prancheta nas mãos.Atendente - o que vão querer?- Ela perguntou toda sorridente então eu olhei para o menu que estava na minha frente para escolher aquilo que eu iria comer, Érica deixou um sorriso parecer conversando com ela sobre assuntos aleatórios sobre trabalhar em lanchonete enquanto eu ainda estava escolhendo o que iria querer.Ângela - uma porção de batata frita com bacon e um milk shake de menta com lascas de chocolate - Érica deixou um sorriso aparecer antes de finalmente escolher o mesmo que eu só tirando o milk shake que ela escolheu de morango com menta, então a atendente foi embora para provavelmente preparar nosso pedido. Erica- O que você vai fazer quando voltar para Laurence?- eu senti
Pov- Ângela.Ângela - Quando cheguei em casa, joguei minha mochila no sofá e segui para o banheiro, tirei a roupa do corpo e tomei um banho relaxante , logo após coloquei meu pijama e segui para a cama , assim que fechei meus olhos tudo parecia certo , até eu me lembrar que tinha que ligar para minha mãe. Peguei meu celular olhando para as mensagens e a maioria era de Levi e Booker , revirei meus olhos começando a ligação e desejando que pelo menos meu pai atendesse.Ligação On: Lucas - Amor - ele falou me fazendo instantaneamente saíram um sorriso dos meus lábios, eu amava falar com o meu pai. - como você meu brotinho de cacau ? Ângela - estou bem pai - respondi - tenho uma boa notícia, estou trabalhando em uma lanchonete, consegui um emprego. Lucas - que orgulho meu amor - ele falou me deixando feliz - seus irmãos estão felizes e sua mãe radiante , Fernanda está muito feliz em estar ouvindo tudo que você está dizendo, sua mãe está deitada porque estava com um pouco de dor de cab
Pov- Ângela.Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa a porta foi aberta novamente , alguns que estavam atrás do galpão entrarão novamente dentro do lugar, então eu olhei para o rosto de Érica e apontei com o dedo para que ela pudesse ficar em silêncio e juntas começamos a caminhar silenciosamente atrás das árvores para que ninguém pudesse perceber o que nós estávamos fazendo, ela estava nervosa e tremendo e eu podia ver isso até que finalmente saímos de tratar das árvores e eu deixei o sorriso aparecer para ela porque sabia que agora tudo poderia dar certo.Ângela - vamos embora - quando começamos a caminhar ela tropeçou justamente onde ficava as motocicletas derrubando todas elas como se fosse peças de dominó, o barulho alto fez com que todos os homens de dentro do galpão saíssem para fora, ou mais alto deu alguns passos olhando para nós minha alma gelou dentro do peito e a dela também quando se levantou.Erica- O que a gente faz?- ela veio para mim juntas demos alguns passos pa