Dylan Cooper Um ano. Faz exatamente um ano que Mia e Amber voltaram para Nova York. Um ano e dois meses que conheci Mia e minha vida mudou completamente. O aniversário de cinco anos de nossa filha foi uma festa completamente incrível, com diversas abelhas, joaninhas, borboletas e cigarras tecnológicas que voavam para todo o lado. Foi um espetáculo, além de ter custado uma pequena fortuna. Confesso que ver a alegria dela fez valer cada mísero centavo. Digo mais, gastaria até dez vezes mais para ver a felicidade desmedida da minha princesa. Mia tem uma fascinação incomum por insetos, o que torna relativamente peculiar presenteá-la com todo o tipo de coisa relacionada a eles, sejam pelúcias, protótipos, livros, ou o que ela prefere constantemente, passeios em parques, museus ou locais que ela possa observá-los in loco e sem pressa. Fecho a porta do quartinho que montei para ela no meu apartamento e sigo para o meu quarto pensativo. Raramente ela dormia aqui, pois eu e Amber moramos no
Dylan Cooper — Dylan — ela fala meu nome em completo pânico — tem uma barata, uma barata muito, muito grande — pisco algumas vezes ao entender o que está acontecendo, mas a expressão chorosa e desesperada dela me faz conter o riso que sinto vontade de soltar. — Certo! — Falo, procurando a tal da barata — onde ela está? — Mamãe! — Mia aparece na porta da cozinha, ainda preocupada. — Sai daqui, filha! — Tem uma barata gigante na cozinha! Seu pai vai matar ela e aí você volta e ... O que aconteceu depois foi uma cena completamente inesperada. A tal da barata começou a voar, e o caos se instalou naquela cozinha. O grito que Amber deu foi tão alto e desesperado que me deixou preocupado, e como toda boa barata que se preze, ela sempre voa na direção de quem tem mais medo. Bem, a situação não foi diferente dessa vez. A barata voou diretamente para Amber, que aos gritos se jogou em minha direção, que para não a ver se estatelar no chão, a agarrei no colo, e logo ela se enganchou com pern
Amber BrownOlhei para o relógio pela trigésima vez. Eu não conseguia entender a razão de estar tão nervosa com essa reunião. É exatamente isso, Amber, uma simples reunião para resolver aspectos importantes da nossa filha, fortaleço esse pensamento. Nos vemos absolutamente todos os dias desde que voltei com Mia para Nova York. Durante o café da manhã e durante o jantar. Não existem razões para todo esse drama, é apenas mais um dia.Suspiro profundamente e vou até o banheiro lavar toda a maquiagem que tinha feito.— Isso é ridículo! — afirmo para mim mesma quando me olho mais uma vez no espelho. Sombra, base, blush rímel e batom. Para quê? — Isso não é um encontro, Amber. — Falo em voz alta, talvez assim as coisas fiquem mais fáceis.Depois já de cara limpa, passo apenas um blush, um gloss e assinto satisfeita. Ótimo! É o suficiente. Volto para o quarto e retiro o vestido que uso, como estamos no verão e tem feito muito calor, pego um short molinho bege e uma blusa estampada, calço um
Amber Brown Saber que Mia não me contou que Dylan morava no mesmo prédio me deixou um pouco ciumenta, mas me surpreendeu como eu não senti raiva de Dylan por ter escondido essa informação. Não era como se ele usasse isso ao seu favor, mas de algum modo estranho eu me senti cuidada pelo fato de ele estar esse tempo todo sempre tão perto de nós duas. De imediato me veio a lembrança do dia anterior, quando uma barata gigantesca surgiu no apartamento e de como ele imediatamente apareceu ali para me salvar, mesmo sem eu ter aberto a porta para ele. Ele estava perto, e tinha a chave de lá, mas ainda assim, nunca tinha a aberto, apenas o fez por uma emergência. Dylan continuava o mesmo que eu conheci há mais de dez anos atrás, gentil, cuidadoso, protetor e carinhoso. Mia me contava que sempre que ela dormia no apartamento dele, ele levava café da manhã na cama para ela, ela me contou também que ele montou um jardim cheio de insetos para ela. Soaria estranho para qualquer pessoa que não apre
Dylan Cooper Eu não esperava. Definitivamente, eu não esperava que Amber tomasse a atitude de me beijar. Foram milésimos de segundos para entender o que estava acontecendo, mas a compreensão veio e eu fiz aquilo que desejei fazer desde o momento que a vi quando fui até a Pensilvânia atrás dela e de Mia. Ergui seu corpo e a levei diretamente para o meu quarto. O beijo era intenso, saudoso, nossas línguas dançavam com uma sintonia nova e perfeita. O beijo molhado e doce. Delicioso. Eu tinha memórias sobre como era gostoso beijá-la, mas nada se comparava a isso, tudo parecia um sonho distante comparado com a realidade que eu estava vivendo agora. Deitei seu corpo na cama e nesse momento nosso beijo se quebrou, fazendo com que nossos olhos se cruzassem. Pude ver em seu olhar toda a determinação e confiança exalando dela, uma das características que sempre me atraíram nela era exatamente essa. Um sorriso malicioso surge em seus lábios avermelhados e faz um sorriso de resposta surgir no m
Amber Brown Uma preguiça gostosa toma todo o meu corpo, a única vontade que tenho é de ficar por horas e horas deitada nessa cama macia com a mão quente de Dylan sobre as minhas costas. Antes mesmo de abrir os olhos me dou conta de que estou sorrindo. Todas as lembranças da noite mágica que tivemos me traz uma sensação de alegria tão novos que penso que quero acordar me sentindo assim todas as manhãs. Abro os olhos devagar, me despedindo desse momento após acordar e a primeira coisa que vejo são cachos castanhos bagunçados. Meu sorriso aumenta ainda mais, então tomo meu tempo para observá-lo dormindo. Seus traços marcantes, sua expressão suave, ele parece flutuar em algum lugar muito bom. Quando me dou conta toco de leve a ponta do seu cabelo, afastando a mecha da testa para poder contemplá-lo melhor. Ele é lindo. Mia é igualzinha a ele. O nariz afilado, os lábios cheios, o formato do rosto, os cabelos, os olhos. Ela é todinha ele. Fico por algum tempo apenas observando, até que mi
Amber Brown— Mamãe! Papai! — A voz de Mia é estridente, e ela corre animada até mim. Atrás dela Jackson e Carter vem correndo para nos abraçar. Conheci os meninos pouco depois de ter me entendido com Sophie. Faz mais ou menos um ano isso, mas ainda era difícil para mim chamá-la de mãe, eu não sabia se conseguiria algum dia, mas ela não me cobrava nada, Sophie parecia contente o suficiente de me ter por perto. Eu desejava fazer algum dia isso, lhe dar essa alegria, mas ainda não me sentia pronta, contudo, uma coisa que eu tenho feito, era vê-la e ver os meninos toda a semana.Ela havia me contado que a mansão foi comprada por Dylan durante o leilão após perdermos tudo anos atrás. Tanto ela como Dylan e o Bob concordaram em passar a mansão para o meu nome novamente, e eles se mudariam dali para que eu pudesse retornar a minha casa. Por muito tempo eu pensei que seria quase um sonho voltar a ter essa mansão como lar, mas um lugar menor, onde Mia estava sempre por perto, me parecia mais
Amber BrownA manhã chegou e o meado da primavera trouxe com ela um dia ensolarado e florido. Fazia sete meses que eu e Dylan tínhamos noivado oficialmente. O pedido foi feito num café da manhã, junto da nossa filha, com uma caixinha de abelha escolhida por ela, depois Dylan me confessou que teve que ceder sobre a caixinha, pois ela queria que a pedra do anel fosse em formato de abelha, e nisso ele não estava disposto a ceder. Eu ri com a revelação e com ele contando como foi ir com ela escolher a aliança e toda a empolgação que ela demonstrava com a novidade.Ele se mexe ao meu lado e sinto sua mão subir lentamente até o topo da minha barriga, o calor era sempre bem vindo, acalmava o menino agitado que crescia dentro dela durante os seis meses de gestação. Não nos prevenimos desde que reatamos, apenas deixamos acontecer, e não demorou até que ele acontecesse.— Bom dia — sua voz soa rouca antes dele dar um beijo nos meus lábios e depois fazer o mesmo na minha barriga — como vai meu g