Assim que desceu do táxi, Mônica reconheceu várias pessoas que estavam entrando. Eram todos figurões, grandes empresários, alguns dos quais nem apareciam nas revistas de negócios. Ela ficou surpresa.A festa era muito maior do que Noêmia havia mencionado.Quando Mônica chegou à entrada, um dos atendentes a parou:— Senhorita, poderia me mostrar seu convite?Mônica entregou o convite com o código de barras.O atendente verificou em seu celular e, com um olhar constrangido, disse:— Desculpe, senhorita. Seu convite está vinculado à Srta. Noêmia. Você só pode entrar quando ela chegar. Sozinha, a senhora não pode entrar.Que absurdo!— Não dá para abrir uma exceção? Está muito quente aqui fora. — Mônica insistiu, tentando convencer o atendente. — Posso esperar lá dentro, à vista de vocês.— Senhorita, o jardim e a entrada estão equipados com sistema de climatização. Não vai sentir calor. — respondeu o atendente com um sorriso educado.Mônica ouviu uma risada baixa atrás de si, e a voz que
Mônica ficou surpresa ao reconhecer o homem à distância:— Henry? Tem certeza que é ele?O diretor de filmes de suspense era famoso, e Mônica sempre teve uma certa admiração por seu trabalho.— Sim, é ele mesmo! — Noêmia agarrou o braço de Mônica e a puxou em direção ao diretor, sussurrando enquanto caminhavam. — Mana, por favor, pega leve! Lembra que eu ainda sou uma atriz desconhecida...Mônica quase riu daquilo. Uma "desconhecida" que já tinha contratos com marcas como Dior e Valentino? Difícil de acreditar.As duas se aproximaram de Henry.— Bonsoir, monsieur Henry. — Mônica sabia que o diretor era francês e não gostava muito de falar inglês, então o cumprimentou em francês, com um sorriso educado. — É um prazer conhecê-lo.O diretor ficou intrigado com o francês fluente de Mônica e começou a conversar com ela, mostrando-se interessado na conversa.Após algumas trocas de palavras, Mônica aproveitou para apresentar Noêmia:— Essa é minha irmã mais nova, Noêmia. Ela começou recenteme
— Eu nunca disse o contrário. — Respondeu Mônica.— Você é insuportável! — Íris já estava a ponto de perder o controle, mas Rubem, com uma leve tosse, a cortou, demonstrando sua crescente irritação.— Íris, controle-se.Ela bufou, insatisfeita, mas não teve outra escolha senão se calar. Antes de se afastar, lançou um último olhar mortal para Mônica.— Não quero que aquilo se repita. — Rubem murmurou em seu ouvido enquanto a guiava pela multidão. Sua voz baixa, mas afiada, não deixava margem para dúvidas. — Entendeu?Íris ficou tensa, gaguejando:— Eu... Eu não fiz nada de errado ultimamente. Só estou focada nas gravações. Agora, aquela Noêmia... Ela deve ter algum padrinho, porque roubou todos os meus contratos de marcas de luxo!Rubem parou de andar e, sem rodeios, deixou claro:— Estou falando das fotos. — Ele não estava mais disposto a fingir. — Você não tem nada a ver com a Mônica, e o casamento dela não é da sua conta. O que estava tentando provar?Íris mordeu os lábios, inquieta.
Ela olhou para os olhos profundos do homem à sua frente e travou:— Douglas?Será que ele estava usando lentes de contato castanhas?— Parece que minha tentativa de disfarce foi um fracasso, Nataly. Você acabou me reconhecendo. — Douglas sussurrou com um sorriso no canto dos lábios enquanto giravam na pista de dança. — Faz tempo que não dançamos juntos, não é?No instante em que o reconheceu, Mônica ficou completamente rígida. Seus passos perderam a naturalidade, mas Douglas, com sua habilidade, a conduzia de uma maneira que ela não conseguia se desviar do ritmo.Aos poucos, a música foi se tornando mais lenta, e os casais ao redor começaram a se balançar suavemente, abraçados.Douglas tirou a máscara, revelando seu rosto impecável. Ele encostou o rosto no pescoço de Mônica, inalando seu perfume suave, sentindo a saudade apertar no peito. Ele queria tanto abraçá-la.Mônica, com a mão presa pela dele, tentou se desvencilhar em vão. Com raiva, perguntou:— Douglas, o que você quer exatam
Aproveitando o momento exato em que os casais giravam, Rubem empurrou levemente a cintura de Íris com a palma da mão, jogando-a nos braços de Douglas, enquanto puxava Mônica para si.Tudo aconteceu em menos de três segundos. Quando Douglas percebeu, quem ele estava segurando agora era Íris, e ele lançou um olhar sombrio na direção de Rubem.Íris ficou indignada. Como Rubem podia trocá-la por Mônica assim, sem mais nem menos? Era um completo absurdo!— Sr. Rubem? — Mônica olhou para ele, ainda meio atordoada. O que foi que acabou de acontecer?Rubem assentiu, tão calmo quanto sempre, e começou a conduzi-la para fora:— Fique tranquila, durante o próximo mês eu vou cuidar de você. Afinal, você também é minha funcionária.— Obrigada. — Mônica murmurou, sentindo-se um pouco desconfortável.Rubem ainda tinha outros compromissos, então, após acompanhá-la até a saída, soltou sua mão. No entanto, Íris, que vinha logo atrás, empurrou Mônica com força nas costas, como se estivesse descontando su
— Então, obrigada, Sr. Rubem.Eles desceram os degraus e caminharam juntos até o estacionamento. No entanto, assim que entraram no espaço aberto, um Bentley preto, estacionado bem perto deles, explodiu sem aviso.Rubem reagiu rapidamente, empurrando Mônica para o chão e protegendo-a com seu corpo.Ele estava vestindo apenas uma camisa branca fina, e um dos estilhaços voou em sua direção, cravando-se em seu braço. O sangue começou a jorrar, e ele soltou um gemido de dor.Mônica sentiu o líquido quente escorrer e percebeu que Rubem estava ferido. Seu rosto empalideceu imediatamente.— Sr. Rubem!— Estou bem. — Rubem a ajudou a se levantar e olhou-a de cima a baixo. — Você se machucou?Mônica balançou a cabeça, ainda em choque.O Bentley explodiu, mas não pegou fogo, então o incidente não afetou os arredores imediatamente. No entanto, o barulho atraíra os seguranças e os funcionários.Rubem explicou rapidamente a situação aos seguranças.Eles disseram que fariam uma investigação e lhe dar
Rubem tentou soltar a mão dela, mas parecia estar preso em um pesadelo. O suor em sua testa aumentava, e ele apertava a mão de Mônica com tanta força que seu rosto ficou pálido de dor. Ela puxava o ar com dificuldade, lutando para não gritar.— Tio Rubem, solta a minha mão! — Mônica implorou, tentando se desvencilhar. A dor era intensa, e ela sentia como se seus ossos fossem quebrar. Foi então que ela percebeu que a camisa de Rubem estava completamente encharcada de suor, colada em seu peito definido.O coração de Mônica começou a bater mais rápido, e suas orelhas ficaram vermelhas instantaneamente. Ela virou o rosto, tentando disfarçar o embaraço.Será que ele estava tendo um pesadelo?Preocupada que algo pior pudesse acontecer, Mônica pensou em chamar um médico. Mas, de repente, a pressão em sua mão diminuiu, e ela rapidamente a puxou de volta, massageando os dedos doloridos. Rubem parecia ter voltado ao normal.— Sr. Rubem? — Mônica chamou, apreensiva.Rubem abriu os olhos devagar e
— O que está acontecendo? — Perguntou Rubem.— Bom dia, Sr. Rubem. — Mônica sorriu, tentando parecer despreocupada. — Ouvi dizer que você está precisando de alguém para cuidar das suas refeições. Então, resolvi me voluntariar. Espero que não se incomode.Por fora, ela sorria, mas por dentro pensava: “Você acha que eu queria estar aqui? Só estou tentando pagar minha dívida o mais rápido possível, porque não quero passar o resto da vida trabalhando para o Grupo Pimentel!”Rubem olhou para Tomás, com uma expressão divertida:— Ah é? Eu estou precisando de ajuda?— Sim, Sr. Rubem. — Tomás respondeu, sentindo um arrepio nas costas. Ele ajustou os óculos, tentando disfarçar o nervosismo. — A diarista disse que vai precisar resolver uns problemas e não poderá vir nos próximos dias.Tomás continuou, sem vacilar:— Eu também estou com muitas coisas para resolver e, para não deixar nada pendente, trouxe a Srta. Mônica, que além de cozinhar bem, é bastante competente.Mônica balançou a cabeça rap