— Muito obrigada pelo apoio de vocês. — Mônica sorriu, agradecida.Ela já havia preparado tudo, esperando que Helen fosse a primeira a atacar. Helen queria vê-la humilhada, mas agora era Helen quem estava provando o gosto amargo da humilhação.— Mônica! — A voz enraivecida de Helen ecoou pelo saguão.Ela empurrou as pessoas ao seu redor para abrir caminho, caminhando com passos firmes até Mônica. Seu olhar era feroz, como se quisesse devorá-la viva.— O acidente do Leopoldo, esse vídeo... Foi você quem armou tudo, não foi? — Helen acusou enquanto levantava a mão, pronta para dar um tapa em Mônica.Mas Mônica, preparada para o golpe, rapidamente segurou o braço de Helen com facilidade. Controlando-se, respondeu com uma expressão de cansaço:— Helen, você já roubou meu marido. Eu tenho aguentado isso, mas o que mais você quer? Eu e Leopoldo ainda somos casados. A reputação dele também afeta a minha. Acha mesmo que eu ia querer expor algo que também me prejudicaria?Helen soltou uma risad
As pessoas ao redor começaram a ficar hesitantes, sem saber de que lado ficar.Embora Helen estivesse saindo com Leopoldo, que era casado, Mônica também não era santa, saindo para bares à procura de homens.Nesse momento, a tela, que havia permanecido apagada por um tempo, voltou a se acender.As imagens mostravam a cena de Mônica flagrando a traição no quarto de hotel, mas o áudio era de Helen e Leopoldo.Helen dizia:— Quando o gerente da Mônica fizer aniversário, a gente embebeda ela e arruma um cara pra levar ela pro hotel. Aí, ela não escapa. Vamos ver se ainda vai ter cara de continuar no Grupo Pimentel depois disso.Leopoldo elogiava:— Amor, você é brilhante, esse plano é perfeito. Você é realmente o meu tesouro!— Claro! Só estou esperando vocês se divorciarem!O áudio era curto, mas foi suficiente para deixar todos boquiabertos.Até Helen ficou paralisada. Ela não esperava que Mônica tivesse gravado aquela conversa. A gravação era ainda mais incriminadora do que o vídeo, e ag
Ele lançou um olhar frio para Tomás, que estava ao seu lado.— Tenho certeza de que não havia repórteres naquele dia. Não sei como essas fotos foram tiradas. — Tomás disse em voz baixa. — Vou investigar isso agora mesmo e trazer uma explicação para o senhor, Sr. Rubem.De repente, a tela de vídeo começou a exibir novamente a conversa entre Helen e Leopoldo.Rubem ouviu as palavras, e suas sobrancelhas se uniram ainda mais, enquanto seus olhos fixavam Helen.— Gerente Helen, pode me explicar isso?— Chefe Rubem, eu... — Helen gaguejava, incapaz de encontrar uma desculpa convincente.Nesse momento, o chefe do departamento de RH, Gilson, forçou caminho pela multidão até chegar à frente de Rubem. Assim que o viu, ficou visivelmente nervoso.— Chefe Rubem, o senhor aqui?— Vim resolver alguns assuntos. — Rubem respondeu, olhando para Gilson, que parecia aflito. — O que está acontecendo?Gilson limpou o suor da testa, tentando parecer calmo:— Bem, chefe Rubem, a designer que convidamos pess
— Sr. Rubem, nós todos somos leais à empresa!Os funcionários ao redor começaram a murmurar e lançaram olhares de reprovação para Helen, como se dissessem: "Se não sabe o que falar, é melhor ficar calada!"— Helen, não é a primeira vez que você se mete em assuntos de outros departamentos. Eu posso até passar muito tempo fora do país, mas ainda não cheguei ao ponto de estar por fora de tudo que acontece por aqui. — Rubem declarou. — E os profissionais que o Grupo Pimentel contrata com tanto esforço não podem ser demitidos por você.Gilson assentiu vigorosamente. Exato! Ele havia lutado para contratar aquele talento e agora Helen achava que podia demitir quem quisesse? Que absurdo!Helen esfregava as mãos, querendo dizer algo, mas encontrou o olhar sombrio de Rubem.— O mais importante. — Continuou Rubem, com voz firme. — É que você prejudicou a imagem da empresa. Não só você, mas Leopoldo também está demitido. Ele se virou para Tomás e acrescentou: — Acompanhe Helen na transição das r
Depois de pensar um pouco, Mônica decidiu mandar um e-mail para Rubem, agradecendo.Apesar de saber que resolveria a situação de qualquer forma, Rubem havia facilitado as coisas ao demitir Helen. Afinal, Helen tinha boas relações com alguns dos vice-presidentes.Para sua surpresa, Rubem respondeu rapidamente: [De nada.]Mônica ficou olhando para o e-mail por alguns minutos, refletindo. Rubem não mencionou nada sobre ela lhe dever um favor, o que a deixou aliviada. Ela já sentia que devia tantas a ele que poderia dar a volta ao mundo!Mais tarde, naquela tarde, Leopoldo, provavelmente após ver alguma notícia, começou a ligar insistentemente para Mônica.Quando ela finalmente atendeu, ele começou a gritar:— Mônica, eu não acredito que você seja tão desprezível! Foi você que armou o acidente, não foi? Fala! Você vai pagar por isso, eu vou te processar por tentativa de homicídio! Quer o divórcio? Nem pensar! Você conseguiu que me demitissem do Grupo Pimentel, mas eu não vou deixar você em
O homem tinha uma aparência refinada e sua voz era suave, mas Leopoldo sentia uma enorme pressão, como se o olhar daquele homem estivesse apertando seu pescoço, sufocando-o. O medo foi tanto que ele acabou urinando nas calças.Então o acidente não foi um acaso. Foi tudo orquestrado por esse homem!Leopoldo conhecia todos os amigos próximos de Mônica, mas aquele homem... Nunca tinha visto antes.Quem era ele, afinal? Qual era sua relação com Mônica?— Vo-você... E Mônica... — Leopoldo gaguejou de medo, sua voz trêmula, tentando perguntar qual era a relação entre o homem e Mônica, mas as palavras simplesmente não saíam por completo.O homem apenas sorriu levemente, pegou o celular que estava sobre a mesa ao lado e o entregou a Leopoldo:— Agora, ligue para ela e diga que você concorda com o divórcio. Peça para ela vir ao hospital com os papéis de divórcio, está bem?Sob a pressão daquele homem, Leopoldo não teve escolha. Tremendo, pegou o celular e discou para Mônica, repetindo as palavr
— Ai, mana, dessa vez eu tô sendo sincera, eu juro que me preocupo com a nossa mãe! — Noêmia balançou a mão de Mônica, fazendo biquinho. — Eu sei que fui meio irresponsável antes, mas eu tô crescendo, né? E, convenhamos, sou mais presente que o Lucas. De vez em quando eu apareço por aqui, mas ele? Vive trancado naquela escola e já deve ter esquecido da gente.— Ele estuda em um colégio interno, não é como se ele pudesse sair quando quisesse. — Mônica deu um tapa leve na cabeça da irmã. — Pelo menos ele não gasta tanto meu dinheiro quanto você! E você? Quanto eu te dou, você gasta!— Ai, mana! — Noêmia colocou a mão na cabeça, fazendo cara de dor. Ela sempre achava que não era muito esperta porque Mônica vivia batendo nela. Até pensava que, com tantos tapas, mesmo um gênio acabaria perdendo uns neurônios!Malena interveio:— Vocês duas podem brincar o quanto quiserem, mas vamos voltar para casa primeiro, certo?Mônica queria levar Malena a um restaurante, para que não precisassem cozinh
Mônica percebeu o olhar fixo de Noêmia sobre ela e começou a ficar incomodada.— Por que você está me olhando assim? — Perguntou Mônica, impaciente, antes de dar um leve tapa em Noêmia. — Chegamos ao andar!Noêmia fez um beicinho.— Já falei pra não me bater! Daqui a pouco vou acabar ficando abobada com tantos tapas.Quando entraram na loja, Mônica queria comprar algumas roupas para Malena, e Noêmia, que geralmente reclamava de cansaço ao fazer compras, agora se apressava em escolher peças para a mãe e até tentava pagar.— Deixa comigo, mana! Eu pago, tô com dinheiro!Depois de comprarem algumas roupas, desceram até o subsolo do shopping para comprar mantimentos e, em seguida, voltaram para o apartamento onde Malena morava.Ela ainda vivia no mesmo prédio antigo que os acolheu quando eram crianças. Embora Mônica já tivesse sugerido várias vezes que Malena se mudasse para um lugar mais próximo ao centro, ela nunca quis. Dizia que aquele bairro ainda era o melhor lugar para se viver.Ass