Capítulo 119
Lucas olhou para Mônica. Ela era pequena e magra, muito menor que ele, mas parecia ter uma força que vinha de outro mundo. Com um pedaço de madeira na mão, ela desferia golpes fortes nos colegas que o estavam agredindo, protegendo-o com o próprio corpo.

— Ele não tá sozinho, porque tem a mim! — Mônica gritou, com os olhos ardendo de raiva. — Amanhã mesmo vou na escola denunciar vocês. Quero todo mundo pedindo desculpas pro meu irmão! E se tentarem encostar nele de novo, eu juro que quebro as pernas de cada um de vocês!

Um dos colegas, achando graça, respondeu com arrogância:

— Ele é fácil de bater. E daí que a gente bateu nele?

Antes que terminasse a frase, Mônica desceu outro golpe com toda a força, calando o garoto imediatamente.

Depois de dar a lição neles, Mônica não disse mais nada. Apenas segurou a mão de Lucas, levou-o para casa, tratou seus ferimentos e costurou o uniforme rasgado. Durante todo o tempo, não falou uma única palavra que o fizesse sentir menosprezado ou
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