Em um hospital privado de Vilarrosa.Elder, que estava andando de um lado para o outro no corredor, com a expressão sombria e uma sensação de ansiedade pairando sobre ele, não conseguia se acalmar.Assim que a porta do quarto foi aberta, ele foi rapidamente até o médico que estava saindo e perguntou, com a voz tensa:— E aí, como está?— Não é ótimo. — Respondeu o médico, com tom grave, olhando para o quarto. O homem na cama estava pálido, com os olhos cerrados e a testa franzida, demonstrando como estava sofrendo.Elder sentiu o coração apertar e, com a voz quase inaudível, perguntou:— Quanto tempo ele ainda aguenta?— Depende do Sr. Douglas. — O médico respondeu. — Se ele ficar no hospital e manter a calma, pode durar pelo menos três anos. Mas se continuar se sobrecarregando, só vai aguentar mais um ano.O médico fez uma pausa, olhando para a cama, e perguntou:— O que foi que o Sr. Douglas viu naquele dia? Ele vomitou sangue e desmaiou à noite. Se ele continuar assim, nem metade de
— O que você está fazendo, Lucas? — Malena rapidamente impediu Lucas e, com um tom calmo, tentou convencê-lo. — Esse médico ajudou a sua irmã, pelo menos deve dizer “obrigado”.— Que médico ele é! — Lucas respondeu com desprezo, olhando para Eduardo com um sorriso frio. — Você sabe muito bem o que fez minha irmã chegar a esse ponto!Eduardo assumiu a culpa: — Realmente, foi erro do meu irmão.Não esperava que Mônica fosse tão afetada. Se não tivesse vindo, provavelmente ela teria ficado com a cabeça queimada de tanto febre.No final das contas, era culpa do Rubem.— Só um erro? — Lucas forçou as palavras, falando com um tom ríspido. — Minha irmã nunca deve nada a ele, mas ele a tratou como um palhaço!— Diga ao Rubem que nunca mais apareça na frente da minha irmã, ou não vou ser educado! Se eu quiser bater nele, ninguém ao redor dele vai poder protegê-lo!Eduardo suspirou.Lucas estava com raiva, e o que ele poderia argumentar contra isso?Após dar a injeção, Eduardo saiu e, no corredo
Quando Mônica acordou, sua cabeça estava um pouco tonta e sua garganta ardia de dor.Ela percebeu que o lugar onde estava parecia ser um quarto de hospital. Viu também Malena, que estava tricotando ao lado, e, com esforço, usou os braços para se sentar na cama.Com a voz rouca, ela disse:— Mãe.— Nataly, você acordou? — Malena largou rapidamente o que estava fazendo e se aproximou, com a expressão cheia de preocupação. — Você esteve com febre por três dias, quase me matou de susto, eu e seu irmão.— Três dias?Malena assentiu e foi buscar água para ela.— É, o médico te deu algumas injeções, mas a febre não passava. Depois veio um tal de Dr. Eduardo, que te deu uma injeção e...— Aqui, beba um pouco de água. — Malena entregou o copo e perguntou: — Está se sentindo bem? Algo te incomodando?Mônica balançou a cabeça, bebendo metade da água.A partir de Malena, Mônica soube que, nos últimos dias, ela e Lucas estavam sempre ao seu lado, sem sair de perto. Hoje, Lucas recebeu uma ligação,
— P*ta que pariu! O Rubem é um desgraçado! — Emma estava indignada, cuspindo palavras como se fossem balas. — A família Pimentel está em briga interna, se ele queria ajuda, devia ter procurado o Francisco ou outros! Por que tem que envolver você? E ainda por cima, sem te avisar antes?Quanto mais falava, mais furiosa ficava.Emma falava cada vez mais animada, saliva voando por todos os lados.— Que canalha! Depois de fazer isso com você, virou a cara e já se envolve com aquela Srta. Maitê! — Nossa, você não sabe! A Íris foi numa entrevista e não para de mencionar a Maitê. Ainda a chamava de ‘cunhada’! Qualquer um que ouvir já vai perceber que o Rubem e a Maitê estão quase casando!As palavras fizeram o coração de Mônica doer um pouco.Afinal, era um homem que ela já amou.Mas ignorou rapidamente o incômodo, mantendo uma expressão serena e um tom indiferente:— Eles já estavam noivos. Mesmo que o Rubem não esteja mais no Grupo Pimentel, casar com a Srta. Maitê só traz benefícios para el
— Você não tem medo de que o Francisco fique com ciúmes, agindo tão descaradamente? — Mônica brincou.— Eu estou é com raiva dele! — Emma bufou. — Ele sabe que somos amigos, deveria ter nos contado sobre as armações do Rubem, mas ficou calado esse tempo todo.— No fim das contas, o Rubem ainda é família dele. — Mônica mordeu o lábio antes de continuar: — Emma, amanhã, quando for à empresa, tente descobrir para mim quando vai ser o funeral do Leopoldo.Emma assentiu.Afinal, Leopoldo também era da família Pimentel. Naquela noite, a notícia da sua morte já tinha se espalhado, e muitos jornalistas correram para o hospital, mas ninguém sabia exatamente como ele tinha morrido.— Sempre o achei um canalha... — Emma comentou. — Mas… nunca imaginei que isso ia acontecer.A dor no peito de Mônica ficou insuportável.Se Leopoldo não tivesse se jogado para protegê-la daquela bala, nada disso teria acontecido.A dívida que tinha com ele agora era eterna.Emma tirou um dia de folga e ficou com Môni
— Me desculpe.Talvez o casamento dela com Leopoldo tivesse começado com segundas intenções, mas, ao longo de um ano, ele sempre a tratou bem. Tirando o momento da separação, quando brigaram de forma feia, nunca haviam discutido antes.E agora, por causa dela, a vida dele tinha parado aos 25 anos.— Me desculpe. Se realmente houver reencarnação, eu juro que amarei apenas você. Leopoldo, eu prometo que vou vingar você.— Mônica, o que você está fazendo aqui?! — Foi Rebeca quem a reconheceu primeiro e gritou com raiva. — O Leopoldo está aqui por sua culpa! Ele não precisa da sua hipocrisia! Suma daqui!Talita, que chorava tanto que parecia prestes a desmaiar, ouviu as palavras de Rebeca e olhou na direção de Mônica.Ao vê-la, seu olhar se encheu de ódio. Empurrou as pessoas que tentavam segurá-la e se atirou sobre Mônica.— Mônica! Me devolva o meu filho! ME DEVOLVA O MEU FILHO! — Ela agarrou o pescoço de Mônica com força, sacudindo-a violentamente enquanto gritava, completamente fora de
— Eu e a Mônica namoramos normalmente. — Rubem empurrou sua cadeira de rodas para frente. Sua voz era calma, mas carregava um peso que ninguém ousava ignorar. — A gravidez dela simplesmente não foi divulgada.Talita exclamou, indignada:— Rubem, quem morreu foi seu primo! E você ainda a defende?!Rubem pousou as mãos sobre os apoios da cadeira e disse, com a mesma tranquilidade:— A morte do Leopoldo também é algo que me deixa profundamente culpado. Fique tranquila, eu prometo investigar tudo e descobrir a verdade. Espero que você não se desgaste com preocupações desnecessárias.Ele fez uma pausa antes de acrescentar:— E não precisa se preocupar em ficar sozinha. Conversei com minha tia e o Henrique será adotado como seu herdeiro. No futuro, ele e a Eulália cuidarão de você. Além disso, agora você tem mais um neto.— Obviamente, tudo que precisar será providenciado pela família Pimentel. Também providenciei para que o Leopoldo fosse incluído na árvore genealógica da família Pimentel.
— Minha irmã não está bem, precisa descansar. — Lucas bloqueou o caminho de Rubem, os punhos trêmulos de raiva contida. — Saia da frente!— Lucas. — A voz de Mônica era baixa. — Vai esperar no carro. Preciso resolver isso.Ela também queria devolver o anel ao senhor Conrado.Lucas não teve escolha a não ser se afastar, mas lançou um olhar severo para Rubem, avisando:— Sr. Rubem, pare com essa falsidade. Se ousar fazer algo contra minha irmã, juro que…— Lucas!Assim que Mônica e Rubem saíram, Íris se colou em Lucas como sombra.Mas, no segundo seguinte, ele a afastou rudemente.— Não fique bravo comigo! — Íris o olhou com olhos suplicantes, sentindo-se injustiçada. — Eu realmente não sabia do que o Rubem estava tramando. Eu não sou cúmplice dele!— Você é família dele.— Então eu posso cortar relações com ele! — Ela puxou a manga dele, insistente. — Além disso, eu sou uma garota! Não pode me tratar assim!Lucas lhe lançou um olhar frio.— Me solta.— Você está sendo muito cruel comigo