Ulisses — UAU, foi o gato do pai que te mandou essas aí? Eu adorei. — O buquê era lindo, uma pena que Judy não gosta de flores e nem se quer deu valor. Ela estava pensativa e triste, assim como eu também estava. Precisava tomar coragem para enfrentar meus pais e isso não iria ser uma conversa fácil, mas eu detestava ver minha amiga triste, ainda mais quando o motivo era desconhecido.— Não acha isso estranho demais? Primeiro ele só queria se aproximar de você depois do que aconteceu com seu pai, depois veio te chamando para jantar e agora até mandou mensagem se desculpando… qual será a próxima coisa que ele vai fazer? — Não vou fazer nada, Ulisses. Ramon é um cara rico, eu apenas trabalho na empresa dele. Aceitei sua ajuda porque ele e meu pai sempre foram amigos, mas pretendo pagar cada centavo depois. No máximo ele só quer alguma noite de diversão, o que não vai rolar comigo. Quanto ao Andrew, ele sempre me viu como uma irmã, agora de repente tudo mudou e ele acredita ter sentime
Um mês depois…Judy Os dias não têm sido nada fáceis, não por causa do trabalho, mas porque eu não estou conseguindo me concentrar em nada desde que Ramon tem se aproximado de mim. Hoje seria o último dia de trabalho antes de mudarmos para o outro prédio, Mary não estava muito afim de ir para festa que iriam fazer por isso, então convidei ela e a filhinha dela para irmos ao cinema. Ulisses era indeciso até para escolher vestido e nem era pra ele, porque sua roupa era apenas uma calça e uma camisa de gola alta com um sobretudo por cima e só. — Por que sempre se limita a usar vestidos? Você fica tão bonita. — Sei lá, me sinto menos desprotegida e por isso só uso quando você sai comigo. Como hoje é um dia desses, qual você prefere; o lilás ou o bege? — Segurei um em cada mão e levantei a altura dos seus olhos. Ulisses analisava nem cada um deles e eu sabia que ele iria escolher o lilás, afinal, pensamos muito parecido. — O bege é lindo, mas esse decote nos seios acho que não é uma c
UlissesMary era uma pessoa amável assim como sua filhinha que era tão pequena e frágil. Judy havia saído com Ramon para buscar pipoca e água, mas estavam demorando a voltar e Mary que estava querendo perguntar e sem jeito, então resolvi puxar conversa como o bom amigo que sou. — Eles dois são?... — Não, eles não são namorados, Mary. Ramon é o melhor amigo do pai da Judy, eles se conhecem há muitos anos, antes mesmo do nascimento da Judy. Embora eu ache que os dois formam um casal, Judy não acha isso. — O jeito que ele olha pra ela é como se a amasse. Acha mesmo que ela não gosta dele também? — Eu acho que ela também gosta dele, mas Judy tem muito medo de julgamentos da sociedade e para isso ela não está preparada ainda. Sem tirar que seu pai mataria o Ramon se isso acontecesse. — Eu também pensava dessa forma até perder o homem que eu amei mais que tudo na minha vida. Ele me deu tudo quando eu não tinha nada. Me tirou de uma profunda depressão, me acolheu em seus braços e quando
Ramon— Bom dia, pai! Precisamos conversar, o senhor não acha? — Andrew se mantinha de pé ao meu lado, enquanto eu caminhava até meu quarto. — Amanhã nós conversamos, Andrew. Vá dormir! — Não. Você não pode ficar cercando a Judy desse jeito, o senhor sabe que eu… — Que você foi o que sempre difamou ela por aí? Ou acha que eu também não tenho meu grupo de resenha aos finais de semana? Andrew, meu filho. Eu nunca disse isso a Judy por nunca sermos amigos, mas, não vai ser agora que direi. Mas, já lhe deixo avisado que não vou cobrir você quando isso acontecer. — Pai… quando foi que o senhor mudou tão rápido? Onde está aquele Ramon que sempre esteve comigo? — Ele continuará sempre aqui, mas não para coisas erradas. Ao decorrer dos anos você tem se tornado mais rebelde e isso tem me decepcionado. Já não é mais uma criança, o que deu em você e na sua irmã nesses últimos anos? Será que foi a falta de uma mãe? Será que eu não os criei direito? — Me desculpa, mas eu já não tenho mais 10
Judy Tudo aquilo me causava um misto de sensações. Ramon era perfeito. Carinhoso, atencioso e cuidador. Eu me sentia segura ao seu lado, era como se ao medir tivesse uma cortina invisível de sua proteção. — Por que vestiu um biquíni tão pequeno? Estava adivinhando que víamos aqui? — Ramon sussurrava em meu ouvido, como se ele não reconhecesse uma peça de lingerie. Mas, se ele queria ouvir, pois bem: — Não é biquíni. É uma lingerie. Você gostou? — Me aproximei dele, por baixo da água, peguei suas mãos e as coloquei por cima da minha bunda. Seus olhos automaticamente se fecharam e ele puxou meu corpo para o seu, causando um impacto que me fez soltar um gemido em seu ouvido. Suas mãos me suspenderam para cima, fazendo com que eu entrelaçasse minhas pernas em sua cintura. Seu pau* estava duro. Senti sua ereção e ele sorriu.— Eu adorei a peça. — Seu hálito quente estava muito próximo ao meu ouvido, me causando arrepios instantâneos. Ramos estavam me carregando para mais fundo, onde a
Judy Três dias já se passaram e Ramon sequer mandou alguma mensagem. Eram quase três da manhã quando eu estava fazendo as massas para os pães e bolos, esses dias estou sem trabalhar por causa da mudança de lugar. Ulisses estava dormindo profundamente encolhido no sofá, conversou comigo até que o sono o venceu. Esses dias não foram nada fáceis também, estamos dando dura para que não falta nada pra gente também. Essa semana é o seu aniversário e eu quero ter dinheiro para lhe comprar algo bacana ao menos. Beirando às quatro da manhã eu havia acabado de fazer as últimas geleias quando meu celular vibrou com a notificação de mensagens. "Bom dia amiga, hoje estarei indo buscar vocês para curtir um pouco. Beijos, Mel". Achei que fosse Ramon. Tomei um banho pra relaxar um pouco, quando chegou mais mensagens, deixei para responder a Mel quando acordar e fui dormir um pouco, estava exausta. Ramon Com os dias corridos eu mal tive tempo de pegar no celular. Estava ansioso para ver a Judy n
Judy Mais três dias se passaram e nenhuma mensagem de Ramon. Estava indo ao hospital sozinha, perguntei algumas vezes as enfermeiras se ele havia aparecido por lá, mas as respostas eram sempre um não. Estava voltando para casa quando parei em uma cafeteria para comprar o jantar, bolo e café! — Boa noite, eu vou querer o de sempre, para duas pessoas desta vez. — A atendente já me conhecia, pois durante anos eu quase todos os dias ia lá beber o mesmo café. — Anotado! Daqui a dez minutinhos estará pronto. As mesas estavam todas ocupadas, então eu não tive escolhas a não ser esperar ali mesmo onde eu já estava. Pela milésima vez eu peguei o celular na esperança que tivesse ao menos um boa noite do Ramon, mas não havia nada, nem mesmo seu visto por último aparecia mais. Acho que eu fui idiota demais em cair naquela boa lábios que ele tem, é isso! Ramon Com toda a correria que eu tive esses dias, não tive tempo para ir ver meu amigo e nem sua filha. Não quis enviar mensagens, queria
Lúcio— Bom dia querido! — Aquela voz não me era estranha, era a mesma voz que Vanuza tinha e… — Não me reconhece mais meu amor? Vim assim que soube o que houve com você, por que não me avisou antes? Era ela, em carne e osso, mas como ela me encontrou e como eu irei explicar isso para Judy? — Vanuza… — Disse em um tom de espanto por vê-la tão sorridente ali em minha frente. — Sim, sou eu! Eu fiquei preocupada com você, Lúcio. Você sumiu durante meses e não me deu notícias, como eu tinha o número do Ramon, liguei para ele que disse que você estava aqui. Vanuza era uma mulher elegante, gentil e acima de tudo simpática e muito generosa. Eu a amava, mas ainda não havia falado sobre ela para minha filha, apenas e que, Judy sempre foi uma garota com a mente aberta e sempre me perguntava porque eu não havia casado novamente. — Eu… eu cheguei em uma hora ruim? — Ela perguntou tristonha. — Claro que não, eu estou surpreso em te ver e estava com tantas saudades. Eu não te liguei porque est