Lúcio— Bom dia querido! — Aquela voz não me era estranha, era a mesma voz que Vanuza tinha e… — Não me reconhece mais meu amor? Vim assim que soube o que houve com você, por que não me avisou antes? Era ela, em carne e osso, mas como ela me encontrou e como eu irei explicar isso para Judy? — Vanuza… — Disse em um tom de espanto por vê-la tão sorridente ali em minha frente. — Sim, sou eu! Eu fiquei preocupada com você, Lúcio. Você sumiu durante meses e não me deu notícias, como eu tinha o número do Ramon, liguei para ele que disse que você estava aqui. Vanuza era uma mulher elegante, gentil e acima de tudo simpática e muito generosa. Eu a amava, mas ainda não havia falado sobre ela para minha filha, apenas e que, Judy sempre foi uma garota com a mente aberta e sempre me perguntava porque eu não havia casado novamente. — Eu… eu cheguei em uma hora ruim? — Ela perguntou tristonha. — Claro que não, eu estou surpreso em te ver e estava com tantas saudades. Eu não te liguei porque est
VictoriaMinha querida sobrinha estava na cidade, uma péssima companhia que se espelhava em absolutamente tudo que eu fazia, desejando até mesmo Ramon quando ainda morávamos juntos. Mel é descarada ao ponto de trair qualquer pessoa, mas dessa vez ela vai ter meu homem, também não lhe darei o divórcio e eu sei como tê-lo para mim novamente, Ramon é um homem de mente fraca e no fundo, bem lá no fundo do seu coração, ele me ama. — Ouvir boates que vai haver a inauguração de uma joalheria tua, é verdade? — Nos lábios dela logo se formou um sorriso largo, mostrando seus dentes brancos enquanto sentava ao meu lado. — Tia Vic, creio que isso não lhe convém, afinal, sempre fez questão de jogar em minha cara que eu não servia para absolutamente nada. — Eu fiz uma simples pergunta, custa responder? — Se essa é a sua curiosidade, então tudo bem! Minha joalheria irá inaugurar daqui há dois ou três dias, ainda estou terminando uns últimos ajustes. Mas, porquê do interesse? — Mel sempre pensava
RamonAntes que ela baixasse a porta, segurei suas mãos e a fiz olhar para mim. Ulisses que havia acabado de arrumar os capotes, nos olhou e sorriu dizendo em seguida: — Podem ir, eu fecho aqui. — Judy parecia contestar o amigo pelo olhar que lhe lançou, mas eu o agradeci e ela então saiu da Quitanda e parou em frente a mesma, ainda sem me olhar. — O que você quer? Agora que meu pai está em casa eu não sei como as coisas vão… — Calei sua boca no momento seguinte com um beijo, o mesmo foi correspondido e então eu percebi o quanto ela me quer, assim como eu a quero com todo o meu ser. — Se pensa que irei desistir de você está mais que enganada. Eu a quero para mim com todo meu ser, Judy. Eu não vou desistir de você porque Lúcio voltou para casa, na verdade eu acho que com isso você terá mais tempo para você agora que Vanuza está aqui e sem dúvidas vai ajudar a cuidar dele. — Eu sei que sim, Ramon. — Ela suspirou forte e encostou o corpo contra o meu carro que estava parado à frente
Judy Mal podia acreditar que eu estava amando, e não era um amor que passaria com os dias, pelo contrário, a cada dia que se passava, me sentia mais presa ao Ramon. (...)Finalmente Vanuza chegou, estávamos com a mesa posta, Ramon sentado ao lado do meu pai, Ulisses ao meu lado e Vanuza ao lado de Ulisses. — Eu quero começar pedindo desculpas por aquele dia, eu não tinha intenção de tratar você mal ou algo do tipo, jamais foi minha intenção. Eu só…— Ficou surpresa? — Vanuza respondeu sorrindo, enquanto olhava para o meu pai com um olhar matador. — Eu também ficaria, querida, não é nada com você. — Sendo assim, vamos comer que eu estou faminta. Então, você pretende mudar-se para cá? Digo, para a cidade? Até porque não seria uma má ideia vocês dois morarem juntos logo, já estão juntos há anos mesmo. — Ramon me deu um aperto na coxa e eu resmunguei. — Fico feliz que você esteja tão empolgada, minha filha. — Ah, Lucin, para que esperar o tempo passar longe de quem ama? Você dois já
Ramon No telefone Victoria já não me deixava em paz. Judy não deu notícias, mas estava sendo exatamente como eu esperava e assim, eu iria ganhar esse tempo para colocar um ponto final em toda relação que já havia se passado da hora de ter um fim definitivo. Em meu escritório ela me esperava, sentada na mesa, com as pernas cruzadas e os botões da blusa abertos. — Espero que tenha vindo trazer alguma notícia boa. Sua presença aqui já é uma grande perda de tempo. — Que mal eu te fiz, Ramon? Afinal, por que tanta pressa para o divórcio? Logo mais você estará livre de mim de uma vez por todas. — Finalmente ela me mostrou uma coisa interessante. Victoria estendeu sua mão segurando um envelope, o peguei com desconfiança, mas pela sua cara não deveria ser algo beneficente a ela. E lá estava a mais esperada notícia! O Juiz está de acordo com o divórcio, e o melhor, terei que pagar apenas uma mesada para ela, que para mim não fará falta alguma. — Finalmente algo decente. — Disse ol
Judy Me custa acreditar no que eu ouvir. Como ele pôde ter tamanha coragem em mentir para mim daquela forma? As horas pareciam não se passar, e pra piorar, no final da tarde ele reuniu todos para uma breve reunião onde se falava da união e empatia entre os funcionários. Agradeci quando aquilo terminou, já não suportava mais olhar em sua cara sem pensar no que ele fazia com ela enquanto eu, idiota estava em casa pensando nele. Talvez ter escolhido seu filho não fosse algo tão ruim assim! — Judy, o chefe te espera na sala dele, disse que é algo importante. — Mary estava parada em minha frente com um largo sorriso no rosto. — Não pense que isso será um encontro, as coisas não estão nada bem entre nós. Acho que é o fim, Mary. — Antes que ela perguntasse alguma coisa, eu tomei coragem e dei meia volta, subindo as escadas vagarosamente para chegar o mais tardar possível. Em frente a sua porta, puxei o ar e respirei fundo. Os funcionários já havia ido embora, então, lá fora havia soment
Alguns dias depois… Lúcio— Judy está estranha, assim como Ramon e nada me sai da cabeça que eles dois estão escondendo alguma coisa de mim. Não sou tonto, Vanuza, ou você também não percebeu? — Vanuza me questionava enquanto assistia ao meu lado. — Você mesmo disse que eles dois nunca foram muito próximos. Talvez por estar trabalhando no mesmo local que ele, ou melhor, onde ele é o chefe, ela fique sem jeito. — Não é apenas isso, mulher. Ramon e Judy nunca foram íntimos e de repente quando um está perto do outro ficam sem graça, principalmente se for na minha frente. — Isso deve ser coisa da sua cabeça, Lúcio. Vamos terminar de assistir e depois vamos dormir, tudo bem? — Não. Eu não quero viver com o pensamento do "e se"... — Levantei com auxílio dela e estava determinado a ir até o apartamento de Judy. — Me leve até a casa dela, por favor. — Pelo amor de Deus, Ramon, não vai criar confusão com a sua filha agora homem. Sem mais nada a dizer e contra sua vontade, Vanuza tirou o
Ramon Judy não merecia desconfianças do Lúcio, apesar dele ser cabeça aberta para muitas coisas, compreendo que não esperava nunca uma notícia onde sua filhas estaria se relacionando com o seu melhor amigo, assim como se fosse a Vivian eu também acharia estranho, porém Judy é mais velha ques minha filha e portanto não infringimos nada que não fosse de nossa vontade. Dentro de um vestido verde musgo, ela estava linda, sem dúvidas a mulher mais bonita que eu já vi até hoje, poderia facilmente dizer que ela me enfeitiçou de tal forma que não consigo nem mesmo me desprender dela. — Ramon, estava pensando se não seria melhor a gente pensar nas coisas daqui em diante. — Colocando os cabelos atrás da orelha, ela estava envergonhada e vermelha. — Sabe, eu te amo e não sei se aceito perder você. Não me vejo pensando em viver mais sem você, sabe quando a gente sente que pertence a alguém? Pois bem, não me vejo sem você. — Acho que nos encontramos no momento perfeito. A gente sempre esteve t