CAPÍTULO: 5

†****Miriam***

Tenho 54 anos. Cinquenta e quatro anos de uma vida marcada por dores que nunca cicatrizaram. Olhando para trás, vejo um rastro de derrotas, de escolhas erradas e de sonhos que nunca se concretizaram. Aos 13 anos, minha infância se perdeu no peso do trabalho, sustentando os vícios de pais que nunca me deram nada além de t***s e humilhações. Nunca um abraço, nunca um "eu te amo". Para eles, eu não era uma filha, era uma coisa, um fardo, um incômodo.

Minha saúde mental já dava sinais de fraqueza quando conheci aquele homem. O pai de Yelena. Eu acreditei que ele seria meu porto seguro, o amor da minha vida. Mas amor de verdade não some no momento em que mais se precisa dele. Quando minha barriga cresceu, ele desapareceu. Me deixou sozinha, prestes a dar à luz, mergulhada num desespero que me consumiu inteira. A depressão pós-parto me engoliu e eu não conseguia olhar para Yelena sem sentir que falhei.

Fui parar em uma casa de apoio para mães solteiras. Lá, Yelena cresceu sem meu carinho, sem meu toque, sem meu olhar. Eu a evitei. A verdade é que preferia ser a escrava daquele lugar do que encarar minha filha. Eu não sabia ser mãe. Eu não queria ser mãe. O que eu podia oferecer àquele bebê? Nada. A única coisa que sabia fazer era me esconder dentro da minha própria miséria.

Os anos passaram, e com eles, minha amargura cresceu como um tumor. Ódio do homem que me abandonou, ódio de mim mesma por ter acreditado nele, ódio do mundo por nunca ter me dado nada além de dor. Quando Yelena fez oito anos, saí daquela casa e tentei construir algo para nós. Consegui um emprego como garçonete em um bar. Foi ali que comecei a beber. Um gole, depois outro, depois a garrafa inteira. A bebida anestesiava a dor, afogava os gritos da minha mente.

Me envolvi com o dono do bar. Paixão momentânea, tesão passageiro, erro irreversível. Me casei com ele, achando que talvez a vida fosse me dar uma trégua. Mas o sofrimento estava só começando. A cada dia, eu apanhava mais. Yelena ficava trancada no quarto, sobrevivendo de cereal, leite e água. Crescendo no mesmo abandono que eu cresci. Aos 15 anos, ela ganhou uma irmã, Maysa. Aquela menina é minha cópia, enquanto Yelena carrega no rosto os traços do homem que me destruiu. Olhar para ela é reviver o passado, é me enxergar fraca, sem força, sem saída. Ela me dá raiva por isso. Porque é a sombra do que eu fui, do que eu nunca quis ser.

Quando recebi a notícia da morte dos meus pais, não senti nada. Apenas gargalhei. Eles nunca me deram amor, nunca me fizeram falta.

E agora, Yelena também quer se afastar de mim. Eu sou um monstro para ela, e ela tem razão. Eu dei a ela uma cicatriz, uma marca que vai lembrá-la para sempre do horror que foi crescer ao meu lado. E eu? Eu vou beber até morrer. Porque só assim elas ficarão bem. Só assim nenhuma delas será como eu. Fraca. Deus, me perdoe. Se puder.

que mais se precisa dele. Quando minha barriga cresceu, ele desapareceu. Me deixou sozinha, prestes a dar à luz, mergulhada num desespero que me consumiu inteira. A depressão pós-parto me engoliu e eu não conseguia olhar para Yelena sem sentir que falhei.

Fui parar em uma casa de apoio para mães solteiras. Lá, Yelena cresceu sem meu carinho, sem meu toque, sem meu olhar. Eu a evitei. A verdade é que preferia ser a escrava daquele lugar do que encarar minha filha. Eu não sabia ser mãe. Eu não queria ser mãe. O que eu podia oferecer àquele bebê? Nada. A única coisa que sabia fazer era me esconder dentro da minha própria miséria.

Os anos passaram, e com eles, minha amargura cresceu como um tumor. Ódio do homem que me abandonou, ódio de mim mesma por ter acreditado nele, ódio do mundo por nunca ter me dado nada além de dor. Quando Yelena fez oito anos, saí daquela casa e tentei construir algo para nós. Consegui um emprego como garçonete em um bar. Foi ali que comecei a beber. Um gole, depois outro, depois a garrafa inteira. A bebida anestesiava a dor, afogava os gritos da minha mente.

Me envolvi com o dono do bar. Paixão momentânea, tesão passageiro, erro irreversível. Me casei com ele, achando que talvez a vida fosse me dar uma trégua. Mas o sofrimento estava só começando. A cada dia, eu apanhava mais. Yelena ficava trancada no quarto, sobrevivendo de cereal, leite e água. Crescendo no mesmo abandono que eu cresci. Aos 15 anos, ela ganhou uma irmã, Maysa. Aquela menina é minha cópia, enquanto Yelena carrega no rosto os traços do homem que me destruiu. Olhar para ela é reviver o passado, é me enxergar fraca, sem força, sem saída. Ela me dá raiva por isso. Porque é a sombra do que eu fui, do que eu nunca quis ser.

Quando recebi a notícia da morte dos meus pais, não senti nada. Apenas gargalhei. Eles nunca me deram amor, nunca me fizeram falta.

E agora, Yelena também quer se afastar de mim. Eu sou um monstro para ela, e ela tem razão. Eu dei a ela uma cicatriz, uma marca que vai lembrá-la para sempre do horror que foi crescer ao meu lado. E eu? Eu vou beber até morrer. Porque só assim elas ficarão bem. Só assim nenhuma delas será como eu. Fraca. Deus, me perdoe. Se puder.

Faz uma semana que eu estou fora de casa, estou na casa de uma colega ela também é alcoólatra e assim nos dormimos, com cada homem que esteja disposto a pagar uma garrafa de vodka para nois, e não penso em sair daqui tão cedo, pretendo ficar aqui e morrer de tanto beber, eu não como nada apenas bebo e fumo, isso está sendo meu alicerce e tô interina ainda rsrsrsrs pô consigo nem levantar do chão, estou toda mijada preciso de um banho homens são enjoados e não vão querer me comer neste estado, me levanto com bastante dificuldade, caindo e tropeçando em tudo pela minha frente, meus pés estão em um ritmo que eles não conseguem levar, até que consigo escorar em uma parede, vou seguindo até o banheiro em baixo de cada palavrão proferidos de minha boca, chego ao banheiro com mais de uma hora eu consigo retirar, minhas peças de roupa, e porra quando o chuveiro é ligado e água entra em contato com meu corpo eu grito um palavrão, merda fico ali mais de uma hora, lavei meu cabelo e me depilei hoje preciso estar apresentável e pelo jeito está água está sendo a cura da minha bebedeira de momentos atrás.

Quando estou terminado de coar meu café eu me sento, relaxo meu corpo e tomo meu café forte e sem açúcar para essa ressaca passar, quando estou me sentindo bem, Cindy minha amiga entra na cozinha gritando e me xingando

CINDY: Vadia desgraçada sai da minha casa, sua pilantra talarica de merda, eu vou te matar

sinto quando Cindy taca a panela no meu rosto, e eu não sou nem uma otária, literalmente eu pulo em seu pescoço e ela cai no chão deitada, e eu a enforcando, e cuspo em seu rosto e sorrio, quando eu vejo que ela não consegue mais lutar eu a solto e mando a mão em sua cara, saio da cozinha a deixando jogada no chão, pego minha bolsa e vou para a rua, é garotas foi bom enquanto durou eu estou voltando.

Depois de 4 horas andando eu avisto a minha casa, e vou com passos mais apressados, chego e já abro essa desgrama de portão velho já é noite e posso sentir o cheiro de janta, minha barriga ronca, entro em casa e vejo que as garotas estão jantando na sala, fico olhando de uma a outra e as observo de cima a baixo, vejo que no prato tem carne bata e coca cola na mesa, olho com a sombrancelha arqueada e sorrio.

MIRIAM: Boa noite, YELENA leva minha comida até o quarto, e sobre isso no prato espero que não esteja fazendo igual eu em dando a buceta em troca de algo isso não se faz.

YELENA: Não mãe, eu não estou a senhora está enganada.

MÍRIAM: E você Maysa desfaz essa cara de bosta de como que não gostou da minha presença aqui em, a casa e minha para mim botar vocês na rua é rapidinho, cuidado com os olhar.

Digo e viro minhas, costas para ir embora e as deixo ali sozinha, preciso comer e dormi, estou morta na verdade morrendo de sono.

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