A FLORISTA & O CEO IMPLACÁVEL
A FLORISTA & O CEO IMPLACÁVEL
Por: Thaay_Fariia
CAPÍTULO: 1

Alexandre,**

Há dez anos, ninguém imaginaria que eu me tornaria um CEO implacável e bilionário. Naquele período, eu era apenas a sombra de um parasita. Estava noivo — uma lembrança que me causa certo sorriso amargo agora —, preso à ilusão de um amor juvenil. Flávia era uma mulher atraente, loira, esbelta, com seios siliconados e um olhar sedutor. Ela afirmava que eu era o homem de sua vida, e eu, ingênuo, acreditei.

Tínhamos planos. Nossa filha estava a caminho, com três meses de gestação. Eu me sentia nas nuvens, comprando tudo o que via para aquela criança, certo de que minha vida finalmente estava tomando o rumo certo. Recém-formado, consegui um estágio na empresa do meu irmão, Justen. Tudo parecia perfeito, até aquela fatídica noite.

O passado me envolve por um momento, mas sou despertado de meus pensamentos por batidas na porta do meu escritório.

— Entre — digo, impaciente.

Minha secretária entra, de cabeça baixa. Ela cuida da minha agenda pessoal e empresarial, e é uma funcionária de confiança, até certo ponto. Sei que ela tenta me seduzir sempre que pode. Ingênua. Não percebe que jamais me rebaixaria a tais jogos.

Ela avança com um comportamento submisso, uma postura que eu impus. Se deseja permanecer aqui, precisa entender seu lugar.

— Os documentos estão todos revisados, senhor. Sua reunião está agendada para as 10h — informa, deixando as pastas sobre a mesa.

Apenas aceno, indicando que ela pode se retirar.

— Tenha um bom dia, senhor.

Não me dou ao trabalho de responder. Assim que ela fecha a porta, respiro fundo e olho para o relógio. Faltam dez minutos para a reunião com os chineses. Eles são negociadores obstinados, sempre buscando barganhar até o último centavo. Não dependo deles, mas uma parceria pode ser vantajosa.

### Horas depois...

A reunião foi um verdadeiro inferno. Longa e desgastante, mas, ao final, cederam. Fechamos um contrato de um milhão de dólares. No mínimo, dobrarão esse valor com o nosso software de inteligência artificial. Eles não são tolos. Sabem que nossa empresa domina o mercado de tecnologia, e só no Brasil conseguiriam um sistema desse nível de IA, graças aos meus engenheiros de robótica.

Já passa das 18h. Preciso sair, relaxar um pouco e, quem sabe, encontrar uma distração para a noite.

Dentro da minha SUV preta blindada, respondo mensagens e e-mails enquanto Alexandre, meu motorista, dirige. De repente, o carro para. Olho para o relógio e percebo que já estamos parados há dez minutos. Isso me irrita.

Alexandre: espero que tenha um motivo muito bom para estarmos parados há exatos dez minutos nesta rua.

Ele hesita.

— Senhor, peço desculpas, mas há uma jovem discutindo com um homem. Parece que estão brigando. Ele está bloqueando o trânsito e dificultando a passagem dos carros...

Reviro os olhos, interrompendo-o.

— Não me importa. Tire este carro do lugar agora ou considere-se um homem desempregado. E convenhamos, ninguém mais pagaria quatro mil reais por mês a você. Com uma esposa doente e um monte de filhos para sustentar, você deveria valorizar seu emprego.

— Sim, senhor. Isso não se repetirá.

A SUV acelera em alta velocidade na contramão, deixando para trás o caos. São pessoas fracas e irresponsáveis que acreditam que o mundo deve parar para resolver seus dramas pessoais.

Eu? Sigo em frente. Sempre.

Chego à boate de Nicolas e vou direto ao meu camarote, reservado exclusivamente para mim. Sento-me e já solicito o meu whisky à funcionária que está presente. Ela prontamente se dirige ao bar para preparar a bebida. Enquanto saboreio e aprecio a vista em busca de alguma companhia interessante, percebo que não encontro ninguém. Minha mente divaga sobre a viagem que terei no próximo mês a Nova York para encontrar meu irmão. Precisamos realizar uma reunião para discutir as questões relacionadas à minha empresa. Ele teve um desempenho excepcional ao firmar o negócio comigo; a sede dele é poderosa por lá, mas a minha se tornou a mais influente aqui.

Retorno aos meus pensamentos quando ouço Nicolas me chamando. Ao olhá-lo, percebo que ele já está sentado, cercado por duas mulheres loiras. Um desgosto. Eu realmente não aprecio loiras; adquiri uma aversão depois daquela m*****a chamada Flávia.

Entro em um ambiente aconchegante e cumprimento a todos com uma boa noite. As mulheres me cumprimentam de maneira efusiva; percebo pelo olhar e pela forma como se comportam na minha presença que chamo atenção. Não sou ingênuo e sei que isso pode ser devido à minha altura ou aos meus olhos verde-escuros. Decido não dar abertura para as provocadoras que se aproximam com sorrisos insinuantes e inicio uma conversa com Nicolas, como se elas não estivessem ali.

Uma mulher loira, aparentemente mais velha e com algumas marcas de expressão que sugerem experiência, demonstra estar incomodada e tenta chamar minha atenção. Para sua infelicidade, aborda-me diretamente, revelando sua pateticidade. Se soubesse o tipo de homem que sou, certamente me deixaria em paz.

— Prazer, sou Carla. Notei que você não se apresentou, qual é o seu nome? — diz ela, com um tom de voz que soa forçado e cheio de inocência, o que me causa repulsa.

— Não estou afim de transar com você nem com essa outra que está ao seu lado. Não dê o trabalho de se fingir simpática para conseguir o meu dinheiro.

Antes que ela continue falando, eu me levanto e me despeço do meu amigo, e vou em direção ao meu carro, onde deixei o motorista. Ele ficou exatamente como eu o deixei. E, porra, ele quer mesmo manter esse emprego. Não me sinto culpado pelo que eu havia dito à loira e muito menos por usar aquelas palavras dolorosas ao meu motorista hoje na hora de vir para cá. Me aproximo do carro, ele abre a porta e eu entro. Minha cabeça começa a funcionar direito, mas eu não consigo pensar e me concentrar por causa dos sons altos demais.

Na porra da boate, não consegui encontrar uma desgraçada que fosse para eu me atolar dentro dela e foder loucamente.

Estávamos a caminho do meu apartamento quando, de repente, meu motorista freou o carro. Ele desceu e eu o acompanhei. Uma florista, toda suja, havia parado na frente do veículo, e eu já estava irritado o suficiente para lidar com uma pessoa em situação de rua.

Fui até ela e a segurei pelos braços, apertando.

Com o cabelo caindo sobre o rosto, ela me olhou assustada.

Alexandre: Está querendo morrer, sua mendiga inútil?

Sigue leyendo en Buenovela
Escanea el código para descargar la APP
capítulo anteriorcapítulo siguiente

Capítulos relacionados

Último capítulo

Escanea el código para leer en la APP