O pai protetor
— Não devia me abraçar desse jeito — disse ela, tentando se distanciar.

Recusando-se a soltá-la, ele a manteve presa em seus braços musculosos. Tocando em sua nuca, recostou o rosto de Justine em seu peitoral rijo enquanto suspirava.

Cerrando os olhos, ela sentia o carinho no alto da cabeça. Aquele era o homem por quem ela se apaixonou anos atrás.

— Não se preocupe com Beatrice… — o barítono aveludado tentou acalentar o seu coração agitado.

— Por favor, não deixe ela mandar o meu filho para um colégio interno. — Ela ergueu o rosto.

Kevin segurou o seu queixo entre o polegar e o indicador, sentindo a maciez de sua pele. Com o corpo pressionado contra o dela, ele deslizou a outra mão sobre os seus ombros até chegar na base de seu pescoço, onde a acariciou.

— Por que mentiu para mim outra vez?

Os cílios claros de Justine tremeluziam sob olhos dourados que continuavam presos aos dele.

— Não sei do que está falando. — Ela baixou o rosto, interrompendo o contato visual.

Os dedos de
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