A decisão de entrar no carro foi imediata. Justine não permaneceria mais um segundo longe de seu filho.Sob o olhar atento de Kevin, ela respirou fundo e caminhou diretamente para o lado de Bryan. O menino, visivelmente agitado, agarrou-se ao pescoço da mãe, que abraçou-o com firmeza.— Mamãe, não vai embora — implorou Bryan, com os bracinhos envolvendo o pescoço dela.— Claro que não, meu anjo, nunca vou te deixar — assegurou Justine, abraçando-o com carinho.Gradualmente, o choro de Bryan deu lugar a leves soluços, até que ele adormeceu nos braços da mãe durante o trajeto para o hangar, onde o jato particular do senhor Caccini os esperava.Ao chegarem, Justine não hesitou. Com Bryan ainda adormecido em seu colo, ela ignorou a preocupação que lhe rondava a mente.— Não quer mesmo que eu te ajude com o Bryan? — indagou dona Laura, em tom cuidadoso. — Acho que o pai dele quer conversar com você.— Obrigada, mas prefiro ficar perto do meu filho — respondeu Justine enquanto seguia para a
Ao abrir a porta da suíte, Kevin deu um passo para o lado, enquanto a sua ex permanecia no mesmo lugar. — Não vou ficar no mesmo quarto onde você dormia com a Beatrice — ela afirmou, mantendo a postura firme. — Isso é importante para você? — O homem com semblante austero estava arqueando a sobrancelha com aparente desdém. — Você passou anos transando com ela aqui — Justine lançou um olhar de desprezo para a cama King size. Os olhos de Justine percorriam cada detalhe, sem perceber que tudo permanecia exatamente como ela mesma havia decorado. Ele sentia um amargor ao constatar como aqueles móveis de pés curvos no estilo Luís XV, escolhidos por ela, ainda carregavam vestígios de uma história que ele preferia enterrar. A lembrança do passado parecia emergir em cada canto do cômodo, trazendo à tona emoções que ele lutava para manter sob controle. Por vários anos, ele evitou entrar naquele quarto após a separação. Beatrice insistia em usá-lo, argumentando que era apenas um espaço fís
A luz suave do quarto criava sombras dançantes nas paredes quando Kevin se inclinou sobre ela e os seus olhos se encontraram num momento de silêncio antes de os seus lábios se encontrarem, e então ele começou a explorar o seu rosto. Os beijos desceram pelo pescoço, onde ele parou para sentir a pulsação da vida sob a sua pele. Movendo-se com um toque reverente, Kevin desceu, beijando a clavícula e seguindo para os ombros. As mãos compridas deslizavam com delicadeza ao longo de seu corpo quando ele se deteve nos seios, onde contornou o mamilo túmido com a língua e logo em seguida, capturou o seu bico numa sucção profunda. Apoiando-se no braço direito, que afundava no colchão um pouco acima da cabeça de Justine, ele deslizou a mão esquerda por seu ventre até chegar à entrada da fenda quente e convidativa. Ao sentir o seu calor, ele emitiu um leve rosnado enquanto acariciava o clitóris e, ao mesmo tempo, chupava o seu outro seio com sofreguidão. — Hum! — Um gemido escapou de seus l
O quarto continuava imerso numa quietude pesada.Por um instante fugaz, Justine olhou para o próprio corpo e puxou o vestido que ainda usava, cobrindo-se. — Não me diga que agora está constrangida, porque isso não me convence. — Passando a mão na barba, Kevin a avaliou. — Você nunca gostou de usar calcinhas e isso não é nenhuma novidade. Optando por evitar dar uma resposta à altura da crítica mordaz do ex-marido, ela desviou o olhar para a parede toda branca e ajeitou os seios no decote do vestido.— Estou curioso para saber onde você arrumou isso e o porquê de esconder com o casaco! — Ele puxou o tecido da malha, examinando a mancha da roupa de Justine.— Derramei café sem querer. — Disse ela, sem permitir que ele a intimidasse.— Já chega dessa ladainha, fique de quatro.Ao invés de acatar a ordem de Kevin, ela se sentou e começou a se arrastar pelos lençóis até chegar à beirada da cama.— Onde pensa que vai? — Tocou em seu braço, impedindo-a de sair.— Você quer me usar para se s
Por alguns minutos, Justine ficou sozinha com seus pensamentos. Embora houvesse uma quietude a sua volta, ela ainda não conseguia dormir, não depois do que Kevin falou. Alguns minutos depois, a porta do banheiro abriu, ela cerrou as pálpebras e fingiu estar dormindo.Discretamente, Justine deu algumas olhadas para o homem de costas largas que, sem pressa, abria a porta do closet à procura de um dos ternos Slim do empório Armani que tanto apreciava. Virou-se para o outro lado, tentando relaxar, mas o som dos passos pesados no quarto a perturbava. Embora estivesse de costas para ele, a sensação de olhar fixo sobre ela era inegável. — Algumas das suas roupas e calçados continuam no closet. — A voz imponente avisou.“Pensei que ele já tivesse devolvido no dia do divórcio”, ela refletiu, confusa. — Jogue esse trapo no lixo… — Kevin comentou, referindo-se ao vestido manchado que estava no chão. Pelo som, ela percebeu que o ex-marido já havia colocado os sapatos. Mantendo os olhos fecha
Minutos antes, Kevin deixou o filho aos cuidados de uma das empregadas depois que o segurança se aproximou para alertar sobre uma discussão na cozinha. O som das vozes exaltadas o fez apressar os passos pelos corredores. Ao chegar à porta da cozinha, ele se deparou com uma cena caótica. — O que está acontecendo aqui? — Ele repetiu a pergunta, olhando para Justine. — Os seus funcionários não me deixam comer — Justine alegou, indignada. Kevin observou o chão, onde cereal e leite estavam espalhados. — Quem fez essa bagunça? — inquiriu, estreitando o olhar. — Foi a sua ex-esposa, senhor! — A governanta acusou. — Está omitindo algo, Helena? — Dona Laura interveio. — Você tentou impedir que a Justine terminasse de preparar o café da manhã dela. Sem hesitar, Justine pegou um pano e começou a limpar o chão. No mesmo instante, o senhor Harrison caminhou até ela com as mãos nos bolsos. Quando a viu de joelhos para secar o piso, tocou-lhe o braço, instigando-a a se levantar. — Não! — di
A língua de Kevin percorria o seu pescoço e Justine se rendia as mordiscadas e aos chupões, que faziam o calor subir por suas coxas. Ela não conseguia reunir forças para se desvencilhar dos braços fortes. O Sr. Harrison a carregou pelo corredor até um dos escritórios no primeiro piso. — O que você está fazendo? — Justine indagou, ofegante. — Alguém pode nos ver… — A casa é minha e eu vou te foder onde quiser. — Não podemos… não agora. — Quem disse que não? — inquiriu ele, ao abrir a porta e levá-la para dentro do escritório. Com um chute, ele fechou a porta atrás deles. Segurando a gravata de seda cinza do ex, Justine o puxou enquanto ele a colocava sobre a mesa enorme. A mão subiu por seu pescoço, alcançando a nuca, onde agarrou as suas mechas, forçando sua cabeça para trás. A língua dele deslizou pela lateral de seus lábios e invadiu a sua boca. Kevin deslizou a mão por sua coxa, erguendo o seu vestido. Os beijos famintos traçaram um caminho de seu pescoço até o decote. Com um
— Espere-me na sala de reuniões e convoque os sócios para uma teleconferência. — A voz imponente deu a ordem. — Estarei lá em meia hora. — Avisou ao Alessandro.— Sim, chefe.Depois que ouviu os passos do assistente se afastando, Kevin fechou os dois botões do blazer, do terno em lã e cashmere, ele caminhou até que ficou atrás de sua mesa. Justine reparou na forma como aquele blazer slim-fit ficava perfeito naquele homem. Kevin abriu uma das gavetas, de onde tirou uma chave e pôs sobre a mesa.— O que é isso? — Ela fitou sem compreender.— A chave do cômodo que você usava para criar as roupas das suas clientes. — Ele ajustou as lapelas espelhadas. — Nos vemos mais tarde — disse Kevin secamente enquanto rumava para a porta.— Sério? — Ultrajada, Justine o fitou. — Vai continuar me tratando com indiferença? — Não vou te dar atenção agora. — Destrancou a porta. — Eu não sei o que a Beatrice aprontou, mas isso está incomodando os meus sócios.— Ela está magoada e foi enxotada desta casa