Minutos antes, Kevin deixou o filho aos cuidados de uma das empregadas depois que o segurança se aproximou para alertar sobre uma discussão na cozinha. O som das vozes exaltadas o fez apressar os passos pelos corredores. Ao chegar à porta da cozinha, ele se deparou com uma cena caótica. — O que está acontecendo aqui? — Ele repetiu a pergunta, olhando para Justine. — Os seus funcionários não me deixam comer — Justine alegou, indignada. Kevin observou o chão, onde cereal e leite estavam espalhados. — Quem fez essa bagunça? — inquiriu, estreitando o olhar. — Foi a sua ex-esposa, senhor! — A governanta acusou. — Está omitindo algo, Helena? — Dona Laura interveio. — Você tentou impedir que a Justine terminasse de preparar o café da manhã dela. Sem hesitar, Justine pegou um pano e começou a limpar o chão. No mesmo instante, o senhor Harrison caminhou até ela com as mãos nos bolsos. Quando a viu de joelhos para secar o piso, tocou-lhe o braço, instigando-a a se levantar. — Não! — di
A língua de Kevin percorria o seu pescoço e Justine se rendia as mordiscadas e aos chupões, que faziam o calor subir por suas coxas. Ela não conseguia reunir forças para se desvencilhar dos braços fortes. O Sr. Harrison a carregou pelo corredor até um dos escritórios no primeiro piso. — O que você está fazendo? — Justine indagou, ofegante. — Alguém pode nos ver… — A casa é minha e eu vou te foder onde quiser. — Não podemos… não agora. — Quem disse que não? — inquiriu ele, ao abrir a porta e levá-la para dentro do escritório. Com um chute, ele fechou a porta atrás deles. Segurando a gravata de seda cinza do ex, Justine o puxou enquanto ele a colocava sobre a mesa enorme. A mão subiu por seu pescoço, alcançando a nuca, onde agarrou as suas mechas, forçando sua cabeça para trás. A língua dele deslizou pela lateral de seus lábios e invadiu a sua boca. Kevin deslizou a mão por sua coxa, erguendo o seu vestido. Os beijos famintos traçaram um caminho de seu pescoço até o decote. Com um
— Espere-me na sala de reuniões e convoque os sócios para uma teleconferência. — A voz imponente deu a ordem. — Estarei lá em meia hora. — Avisou ao Alessandro.— Sim, chefe.Depois que ouviu os passos do assistente se afastando, Kevin fechou os dois botões do blazer, do terno em lã e cashmere, ele caminhou até que ficou atrás de sua mesa. Justine reparou na forma como aquele blazer slim-fit ficava perfeito naquele homem. Kevin abriu uma das gavetas, de onde tirou uma chave e pôs sobre a mesa.— O que é isso? — Ela fitou sem compreender.— A chave do cômodo que você usava para criar as roupas das suas clientes. — Ele ajustou as lapelas espelhadas. — Nos vemos mais tarde — disse Kevin secamente enquanto rumava para a porta.— Sério? — Ultrajada, Justine o fitou. — Vai continuar me tratando com indiferença? — Não vou te dar atenção agora. — Destrancou a porta. — Eu não sei o que a Beatrice aprontou, mas isso está incomodando os meus sócios.— Ela está magoada e foi enxotada desta casa
Depois de passar algum tempo com o filho, Justine pegou o vestido e a chave da sala, que ficava no primeiro piso. Chegando lá, ela fitou o manequim de moulage e os últimos croquis que ainda estavam sobre a mesa. Embora a sala estivesse limpa, nada foi tirado dali.Pelo resto da tarde, Justine pôs o vestido de seda no manequim moulage e abriu uma fenda que revelaria a sua coxa direita. Ela usou o tecido organza que ia da saia até o pé e adicionou camadas de tule em um lado do decote tomara que caia e um ombro só com laço de organza negro.Para valorizar a silhueta, ela acrescentou uma faixa na cintura, com um laço elegante nas costas.Em algumas horas, ela havia transformado o modelo reto para um glamouroso vestido evasê. Quando terminou de costurar, fez questão de experimentar. Justine deu uma breve olhada no espelho e gostou do que viu. O tecido de organza farfalhava enquanto ela caminhava e abria um pouco para revelar a coxa na fenda. Com sua visão criativa e atenção aos detalhes, Ju
— Claro que não! — Replicou ele, pouco convincente. — Você é Designer de Moda, deveria usar algo mais apropriado.Ela sabia onde ele queria chegar… Quando estavam casados anos atrás, ela costumava se vestir no estilo Glam. Não era apenas o tipo de roupa, mas precisava caminhar bem alinhada, mantendo uma boa postura e autoconfiança em todas as ocasiões. Estava claro que o senhor Harrison desejava que ela voltasse a ser uma mulher Glam.— Passei parte da manhã trabalhando no meu vestido de casamento, por isso, eu não tive tempo de criar roupas sofisticadas. — Ela mexia as mãos enquanto explicava. — Aliás, só tem vestidos de festas no closet.— Onde estão as roupas e os acessórios que mandei te entregar quando nos divorciamos? — Ele deu uma rápida olhada para o cropped que mal cobria a barriga e para o short que revelava as coxas da ex-mulher.Um leve sorriso apareceu no canto dos lábios de Justine.— Qual a graça? — Ele alterou a voz. — Por acaso, eu sou um piadista?— Vendi todas aquela
As palavras pareciam ter escapado da mente de Justine. Aquele homem exalava uma aura sedutora que a deixava embasbacada. Apesar do desejo de se mover, seus pés pareciam fincados no chão.— Estou atrapalhando? — a voz penetrante do homem adentrou seus ouvidos, quebrando o transe.— Não! — Justine proferiu ao lado de Kevin. — Eu apenas esbarrei neste senhor.Seu olhar estava fixo na expressão fechada de Kevin, que endireitou os ombros e estufou o peito, como se estivesse se preparando para contra-atacar.— De onde vocês se conhecem? — o senhor Harrison indagou, com um olhar desconfiado.— Eu não conheço… — Justine omitiu, balançando a cabeça negativamente.Kevin, avaliando a situação com um olhar apreensivo, declarou:— É um prazer conhecê-lo pessoalmente, senhor Harrison. Enrico estendeu a mão, mas Kevin se recusou a cumprimentá-lo.— Não posso dizer o mesmo… — as palavras dele estavam repletas de rancor. — A propósito, compareça à reunião do conselho; temos algumas coisas a acertar…
Aquele momento era crucial tanto para Bryan quanto para a mãe dele. Não havia mais espaço para mentiras piedosas ou verdades disfarçadas. — Sim, meu amor. — Justine afirmou com suavidade. — O senhor Harrison é o seu pai de verdade. — Por que ele não morava com a gente, mãe? Os pais dos meus amigos voltavam para casa depois do trabalho.Justine respirou fundo, era difícil para uma criança compreender a complexidade das relações adultas.— Às vezes, as pessoas se separam porque precisam de coisas diferentes.Mexendo na caixa do videogame, Bryan lutava para entender os sentimentos que pareciam tão distantes de sua realidade.— Então, se você e o papai se gostam, podem ficar juntos de novo? — A lógica infantil ressoava em sua mente.— É uma situação bastante complicada, meu anjo. — Justine respondeu com sinceridade. — O mais importante é que sempre seremos uma família, não importa como.Dona Laura observava a cena, oferecendo um olhar complacente. Contudo, Justine notou quando o ex se a
Um sorriso fugaz apareceu no rosto de Justine diante da repentina cena de ciúmes do ex-marido.— Não brinque comigo, Justine.— Acha mesmo que estou fazendo joguinhos para te provocar?— Você hipnotiza um homem com apenas um olhar e não tem vergonha de fazer isso com os meus funcionários.— Eu não sou uma mulher fatal.— Claro que é. — Ele disparou com frieza. — Você me seduziu e após me trair, destruiu-me sem piedade. — Enquanto falava, o rosto dele assumia uma aparência fria e calculista. — Sei do que você é capaz de fazer para qualquer homem ficar aos seus pés… — Quantas vezes vou ter que dizer que me arrependi do que fiz? — Os olhos dela cintilavam enquanto o encarava. — Não acredito em você…— Eu nunca te traí com outro homem…— Então, roubar segredos da minha empresa e entregar para o meu rival não é uma traição?O seu rosto começou a queimar, não conseguiu conter a sua frustração por não encontrar palavras à altura daquele interrogatório insolente do ex-marido. — Solte-me! —