Um sorriso fugaz apareceu no rosto de Justine diante da repentina cena de ciúmes do ex-marido.— Não brinque comigo, Justine.— Acha mesmo que estou fazendo joguinhos para te provocar?— Você hipnotiza um homem com apenas um olhar e não tem vergonha de fazer isso com os meus funcionários.— Eu não sou uma mulher fatal.— Claro que é. — Ele disparou com frieza. — Você me seduziu e após me trair, destruiu-me sem piedade. — Enquanto falava, o rosto dele assumia uma aparência fria e calculista. — Sei do que você é capaz de fazer para qualquer homem ficar aos seus pés… — Quantas vezes vou ter que dizer que me arrependi do que fiz? — Os olhos dela cintilavam enquanto o encarava. — Não acredito em você…— Eu nunca te traí com outro homem…— Então, roubar segredos da minha empresa e entregar para o meu rival não é uma traição?O seu rosto começou a queimar, não conseguiu conter a sua frustração por não encontrar palavras à altura daquele interrogatório insolente do ex-marido. — Solte-me! —
Segurando o rosto de Justine com firmeza, o senhor Harrison prolongava o beijo de uma forma que ela não conseguia pensar em mais nada além dele.A boca dele moveu-se lentamente até a base de seu pescoço, onde ele a beijava com intensidade.Num movimento brusco, Kevin abriu o sobretudo que ela usava, os botões se soltaram e voaram pelo quarto.Sem hesitar, ele enfiou a mão por debaixo do cropped, começando a massagear seu seio com precisão.— Esperei a tarde toda por isso — sussurrou no seu ouvido dela.Impaciente, ele puxou a manga do sobretudo, deixando-o escorregar pelos braços de Justine até cair no chão. Em seguida, retirou o cropped, deslizando-o pelos ombros e, sem desviar o olhar, observava atentamente o corpo dela. Seus olhos percorreram seus ombros, desceram pelos seios e pararam na barriga, enquanto ele segurava o cós da bermuda curta que ela usava. A malícia estampada em seu olhar se intensificava quando ele a segurou pela cintura e conduziu-a para a cama. O corpo de Kevin
Diante da resistência da ex, ele franziu o cenho e desistiu. Deitada de bruços, Justine relaxou um pouco e fechou os olhos. Do outro lado da cama, Kevin pegou o celular e, depois de algum tempo lendo os e-mails, ele levantou e largou o dispositivo móvel na mesa de cabeceira. Com os olhos semicerrados, Justine viu quando o ex vestiu um roupão preto e fechou o laço antes de se olhar no espelho e passar as mãos nos cabelos. Ela respirou aliviada no segundo em que Kevin saiu e bateu a porta da suíte atrás de si. Em certo momento, ela mirou no ecrã brilhante do celular que tocava sobre a mesinha. “Quem ligaria para ele naquela hora?” Perguntou-se, curiosa. “Será que havia outras mulheres além de Beatrice?” A dúvida tomou conta dos seus pensamentos. “Talvez fosse o maledetto assistente…” Justine concluiu em sua mente enquanto se mexia na cama. Ela virou de um lado para o outro por mais alguns minutos, mesmo cansada, não conseguia dormir. A curiosidade era grande. Por mais qu
Kevin passou quase toda a noite nervoso e agitado, mas adormeceu nas últimas horas da madrugada. Já passava das sete da manhã quando ele despertou, sentindo as pálpebras pesadas e uma leve pontada na nuca.Deveria acordar mais relaxado com a mulher ao lado, mas ainda estava apreensivo pelo que faria depois que todos soubessem que ele recasou com a ex.Não havia muitas pessoas próximas de sua família desde que os pais faleceram. Apenas uma prima distante com quem ele teve uma afinidade no passado, mas não durou muito, pois o marido dela vivia enciumado.Justine se mexeu sobre os lençóis, mas continuou a dormir. Estava bastante relaxada após a segunda vez em que transaram.Saindo da cama, ele deu uma breve olhada no celular e digitou a mensagem: “Não tenho culpa se você mudou o horário do seu vôo. Não posso te buscar durante a manhã, tenho compromisso. Pedirei ao meu assistente para te pegar no aeroporto”, terminou de escrever a mensagem e em seguida, enviou.Firmando os pés no chão, ele
— Que tipo de compromisso você tinha para não me buscar no aeroporto? Depois de tantos anos sem me ver, você mandou aquele assistente ir me buscar? — O rosto de Carol estava sério quando indagou sem fazer pausas.— Desculpe, tive um contratempo…“Contratempo?” Como ele podia se referir daquela maneira ao dia do casamento? Revoltada, Justine levantou-se e ajeitou o vestido preto que criou para aquela ocasião.— Não gostei muito do seu assistente… — Carol sussurrou para Kevin.— Ele te maltratou? — O senhor Harrison franziu a testa.— Não, eu apenas não gostei dele… — Retrucou Carol.— Deixe o Alessandro para lá. Estou muito feliz que você finalmente encontrou tempo na sua agenda para visitar a minha humilde casa. — Mudando de assunto, Kevin deu um sorriso para a outra mulher. — Desculpa, mas essa mansão não tem nada de humilde. — Ela jogou os cabelos negros para trás dos ombros. O sorriso dele alargou ainda mais. O senhor Harrison estava mostrando os dentes bem alinhados e branquinho
Embora estivesse adorando toda aquela situação por dentro, Justine se afastou quando Kevin avançou com intenção de pegar em seu braço.— Sei o que está fazendo, pare com isso! — Aborrecido, ele exigiu.— Quer que eu pare com o quê? — Ela perguntou num tom displicente.— Você jogou chá quente em Carol de propósito. — Ao dizer, avaliou-a.Independente do que ele pensava, Justine estava desempenhando o papel que assumiu novamente, não tinha a intenção de deixar outra pessoa se meter entre ela e o marido de novo.— Por acaso, está tentando me impressionar com essa encenação de ciúmes? — O olhar inquisidor a fulminou.— Eu só tropecei. — Justine reafirmou.— Já te vi andando em saltos bem maiores do que esses, — fez um gesto para a sandália que ela calçava. — Você nunca se desequilibrou dessa maneira. — Não quero que a sua prima fique na nossa casa. — Justine falou o primeiro pensamento que veio à sua mente.Por alguns segundos, os olhos captaram um ar de frustração no semblante do marido.
Kevin continuava com a mão no interior de suas coxas, dedilhando em seu clitóris numa carícia sôfrega, deixando-a ainda mais encharcada. — Quentinha e molhada, do jeito que eu gosto! — Sibilou antes de beijá-la.— Ah, Kevin! — Justine sussurrou o nome dele, quando escutou ele abrindo o zíper da calça. — E se algum dos seus funcionários entrar?— Foda-se! — Retrucou com um palavrão e, logo, esfregou o robusto membro no meio de suas pernas. — Quero e vou continuar trepando com a minha mulher… — vociferou, exasperado.— Tenho receio de a Dona Laura vir e… Excitado, ele silenciou Justine ao pôr os lábios contra os seus.Embora estivesse apreensiva, ela era consumida pelo calor que se intensificava na parte onde ele friccionava na fenda. Os beijos e toques ávidos do senhor Harrison atiçaram o desejo. A intensidade daquele beijo mesclada ao jeito brusco de Kevin acelerava os seus batimentos.— Coloque! — Ela choramingou.Empunhando a extensão dura, o senhor Harrison encaixou-se e empurrou
Kevin continuava sob o jato quente do chuveiro, relaxando enquanto deixava a água lavar o corpo, mas foi impossível continuar a tomar um banho enquanto ela estava ali parada, olhando para ele. — Ela o amava? — perguntou Justine, a voz mais baixa do que de costume, mas carregada de uma dor contida.Desligando o chuveiro, ele levantou as sobrancelhas, absorvendo a pergunta. “Por que está fazendo isso agora, Justine?”, pensou, mas manteve o rosto impassível.— Não pode me cobrar satisfação sobre algo que…— Por que não me contou que havia outra pessoa além da Beatrice? — Ela o interrompeu, sem dar espaço para que ele continuasse. — Espera, você traia a Beatrice com a... — Justine hesitou, o olhar perdido por um segundo, ponderando o que estava prestes a dizer. — Chega! — Pegando a toalha, ele começou a se enxugar.— É alguém que eu conheço? — Insistiu ela enquanto seus olhos repararam nos músculos do homem que se secava.Kevin soltou um riso seco que nada tinha de humor.— Está falando