ʕ •ᴥ•ʔゝ☆ E aí, como estão? Deixando mais um capítulo para vocês. Será que Kevin e Justine vão fazer as pazes pelo filho ou ele vai continuar fazendo de tudo para destruir a ex-esposa? Em breve, lançarei mais capítulos. ʕᵔᴥᵔʔ
Justine observava a palidez do ex-marido, como se a cor da vida tivesse sido drenada de seu rosto. O ambiente ao redor era uma confusão de vozes baixas e murmúrios ansiosos. — Não posso deixar o senhor nessas condições — Justine insistiu, tentando manter a calma enquanto olhava para o homem enfraquecido. Os olhos azuis de seu ex-marido estavam mais fundos e sombrios, demonstrando a fraqueza que ele não conseguia disfarçar. — Peça aos seus guarda-costas para deixá-lo em casa. Ele tentou permanecer ereto, mas o corpo tremeu levemente. — Não! — disse com veemência. — Vou ficar aqui até ter notícias do meu filho. — A voz rouca era quase inaudível. Era irônico vê-lo enchendo a boca para dizer “meu filho” após ter rejeitado Bryan quando ainda estava no ventre da mãe. Sete anos haviam se passado e Kevin, com todo o seu orgulho e distanciamento, estava reconhecendo a importância de seu herdeiro, mas de uma forma dolorosamente tardia. Justine estava tão concentrada em tentar ajudar
— Desculpe, não tinha intenção de acordá-lo. — Como está o Bryan? — A doutora Spina disse que conteve a hemorragia, mas ele continua na unidade de terapia intensiva, recebendo o sangue que o senhor doou. — Só fiz o que estava ao meu alcance para salvar a vida do meu filho. — Kevin respondeu em um tom neutro, recuperando a postura enquanto ajeitava as costas no travesseiro. — Farei o possível para que os melhores médicos cuidarem dele e para dar a vida que o meu filho tem direito. — O que está querendo dizer com isso? — Justine indagou, incrédula. — Como você sabe, eu já pedi a transferência do meu filho para o hospital de Turim. Aliás, eu planejo criar meu filho em minha casa, a qual é o lugar dele. A mente não conseguia formular as palavras certas para expressar o que sentia. Justine precisou de mais quinze segundos para vencer a incredulidade, e Kevin encarou aquele extenso silêncio como encorajamento para continuar a propor: — Logo, vou me casar e adoraria cuidar
Os olhos de Beatrice arregalaram mais quando Justine se afastou de Kevin, enrubescendo profundamente de vergonha. A situação era incrivelmente desconfortável. — O que está acontecendo aqui? — Beatrice perguntou. Justine abaixou a cabeça, incapaz de olhar nos olhos da outra mulher. — Eu estava agradecendo ao seu noivo por doar sangue para o meu filho. — Justine redarguiu cautelosa quando percebeu o olhar do ex-marido. Beatrice cruzou os braços, tentando mascarar a dúvida e o ciúme que se agitava dentro dela. — Não é o que parece para mim. — A noiva enciumada fez uma pausa, lutando para encontrar as palavras certas. — Não é o que está pensando, querida! — Percebendo o quão ruim a situação parecia, Kevin proferiu. — Quando o Alessandro contou que você desmaiou, vim correndo para o hospital e te encontrei abraçando essa traidora. — Desta vez, Beatrice mirou em Kevin. — O que eu devia pensar? Justine deu um passo para o lado, estava claramente desconfortável. — Por favor, não v
— Vim até aqui para saber como está o meu filho.— Ele vai ficar bem, Bryan é um garoto forte. — Justine disparou sem olhar no rosto dele.— Já pensou na proposta que te fiz?— O meu filho não está à venda. — Justine replicou secamente. — Não foi isso que insinuei. — A voz profunda de Kevin redarguiu. — Eu te aconselho a se dedicar a sua carreira ao invés de desperdiçar o seu tempo como uma subalterna em uma fábrica de costura. Você já fez muito pelo nosso filho nos últimos anos. De hoje em diante, eu posso cuidar do Bryan enquanto você se dedica a sua profissão.A raiva corroía Justine cada vez que ela ouvia a voz irritante do ex-marido.— Quantas vezes vou ter de dizer que não quero o seu dinheiro? — Levantou o rosto, mirando nos olhos azuis do ex-marido enquanto continuava a falar. — Prefiro ficar com o meu filho. Além disso, eu posso me dedicar a minha vida profissional e recomeçar de onde parei quando estiver na França. Era difícil para o Senhor Harrison aceitar um “Não” como re
Justine abriu os olhos com dificuldade, a cabeça latejando como um martelo em fúria. Uma silhueta esguia se destacava no quarto, desfocada e quase fantasmagórica. Ela piscou, tentando clarear a visão, até que a figura se tornou reconhecível. Beatrice usava um vestido preto de manga longa da Balenciaga. O tecido assimétrico, com torção, realçava sua silhueta magra enquanto andava pelo cômodo do pequeno apartamento com móveis rústicos. — Como se sente, querida? — Beatrice cortou o silêncio. Justine tentou se levantar, mas a dor na cabeça a fez cambalear de volta para a cama.— Traga um pouco de água para ela! — Ao olhar para o guarda-costas, Beatrice ordenou. Os ouvidos de Justine captaram as passadas pesadas e, em seguida, o ranger da porta abrindo e fechando. — Foi o seu noivo quem mandou você me sequestrar? — A voz de Justine era um fio de seda, desaparecendo num sussurro. — Ah, não, o Kevin não tem nada a ver com isso! — Beatrice deu uma risada seca e sem humor. — Aliás, o
O escritório, que normalmente era um santuário de poder e controle, naquele minuto, assemelhava-se ao palco de fúria. O CEO implacável estava à beira de um ataque.— Onde está o meu advogado, porra? — A voz ficava mais rouca quando ele berrava.O assistente engoliu em seco enquanto o suor frio escorria pela testa.— Ele está a caminho, senhor!— Por que está demorando tanto? — Esbravejou Kevin.— Ele estava em uma audiência importante, senhor.O senhor Harrison ajeitou o nó da gravata, sentindo a seda fria contra a pele quente de seus dedos. As veias na testa latejavam, o rosto ficava cada vez mais vermelho. Ele queria reconhecer a paternidade formalmente e colocar o nome na certidão de nascimento do filho de uma vez por todas; mas antes, precisava que Justine cedesse os documentos originais da criança.— Encontrou a minha ex? — Kevin manteve o olhar gélido fixo em Alessandro quando indagou.— Não, senhor! — respondeu o assistente ao tocar no nariz. — A enfermeira do hospital disse qu
Inerte, Justine permanecia presa ao olhar do homem que aguardava por uma resposta. No segundo em que os lábios dela se moveram, o motorista do táxi apareceu.— Quem vai pagar essa corrida?Só naquele instante, Justine sentiu falta da bolsa.— Eu, eu acho que fui roubada… — disse ela, olhando para a idosa ao lado. — Essa senhora me ajudou a chegar aqui.— Desculpe, mas isso não é da minha alçada, — replicou o taxista. — Eu só quero que pague a corrida de Giambellino até aqui.Em silêncio, Kevin franzia o rosto, olhando da ex-mulher para o motorista que exigia o pagamento.— Quanto foi a corrida? — A voz rouca do senhor Harrison se meteu na conversa. — € 17,65 — foi o valor que cobrou o motorista.Tirando a carteira do bolso do longo casaco marrom-escuro, Kevin pegou uma nota de 100 euros e olhou para a senhora ao lado de Justine antes de pagar ao condutor do táxi.— Leve essa senhora de volta e dê o troco para ela.— Muito obrigada, senhor.Com certa relutância, a idosa direcionou um o
O silêncio de Justine o encorajou a continuar:— Por que você tinha que me trair com o meu maior inimigo? — Questionou-a entre dentes. — Você passou uma hora na casa do seu amante, imagino que tenha se divertido muito com Andrew naquele dia.Perplexa, Justine ouvia o interrogatório do ex. Ele sequer notou a maneira como a insultava.— O Andrew nunca foi o meu amante… — respondeu ela antes que Kevin continuasse insultando seus princípios morais.— Então, quer dizer que ele era seu melhor amigo? — A voz profunda estava repleta de sarcasmo.— O Andrew era meu padrasto. — As lágrimas escaparam de seus olhos no momento em que confessou.Cerrando os olhos, Kevin sentiu o nó no estômago. Ele havia se casado com a enteada do homem que fez de tudo para destruir os seus negócios. As pálpebras abriram e os olhos azuis miravam na mulher sentada ao lado da cama do menino que dormia placidamente.— Antes do nosso casamento, você disse que era órfã.Cabisbaixa, ela assentiu com um leve aceno de cabe