Amélia Se lançar na luxúria sem preocupações, não era uma tarefa fácil. Mas ela estava viciada nesse prazer, nesse frenezi erótico e delicioso que somente Ícaro, seu Mestre poderia proporcionar. Para ela, não era estranho ou doloroso ter joias presas aos seus mamilos, pressionando cada vez mais aquele ponto sensível. Ao menor toque arrepiante dele naquela região, o calor crescia consumindo a pele que se eriçava, querendo mais. Esperava por cada surpresa, cada sensação. Admitia que se sentia uma safada por reagir daquele jeito, mas não se importava mais com isso. Foi ensinada a olhar para o seu corpo com repúdio e pudor. Mas quando estava com Ícaro, obedecendo seus comandos, sentia como se todas as críticas, a depreciação e a humilhação por ser assim, fossem completamente invalidados. A valorização, o desejo e o domínio que se misturavam naquele lago de prata que a observava atentamente. Se prostrar diante dele não foi um problema, entendia o que o termo “submissa” signif
A língua macia dele desbravou a carne quente da buceta exposta. - OH..ohh. - Seu castigo pela petulância... – ele começou, agarrando as bandas das nádegas dela com força. - ... é não GEMER! – a estocada de sua língua e a frieza metal esférico no clitóris, quase fez ela urrar. Amélia trancou o maxilar, fechando os olhos. - Entendeu, minha pequena? Os dedos dele abriram seus sulcos, as esferas geladas entraram devagar, provocando uma sensação delirante de prazer. Arqueou as costas, louca para gritar. - Se gemer, vai receber um castigo mais severo. – Ícaro beijou as costas dela, descendo até morder a bunda dela. – Seja boazinha, pequena. As esferas começaram a vibrar dentro dela, ela trincou os dentes, seus olhos encheram de lágrimas. O sangue dela ferveu, em êxtase. - Está indo muito bem, Amélia. – a mão dele manuseava aquelas esferas em movimentos de vai e vem, fazendo ela empinar contra as mãos dele cada vez mais. – Goze para mim! Os impulsos elétricos aumentara
Ícaro O fim de semana chegou rápido, e a irritação de Ícaro pirou conforme o sábado chegava ao fim. A mudança de humor se dava pela viagem aos Estados Unidos agendada para a segunda-feira. As sessões com Amélia estavam cada vez mais intensas e prazerosas. Ela era uma sub atrevida, que gostava de desafiá-lo, somente para dar mais prazer em castigá-la. No fim, ela sempre amolecia em seus braços, exausta, com um sorriso satisfeito. Iniciar essa mulher era desafiador e ao mesmo tempo emocionante. Há tempos considerou a prática de dominação morta para ele. Em razão de tudo que aconteceu com Astrid, não conseguia se conectar nesse nível tão profundo com alguém. A garota de olhos suplicantes, vestida com um corselet preto atingiu o ponto adormecido. As mulheres olhavam para ele com ganância e luxúria, ver aquela expressão em seus rostos desprovidos de emoções verdadeiras, era tão banal e mecânico. Com Amélia, foi totalmente diferente. As lágrimas contidas em seus olhos sob a más
Samanta A caixa preta em cima da cama permanecia aberta, os detalhes vermelhos e o logo no cartão, inicialmente eram desconhecidos. O conteúdo consistia em uma máscara de couro feminina. Sam pegou a máscara em suas mãos pela milionésima vez, suas iniciais foram gravadas na parte de dentro da peça sofisticada. Agora entendia o que significava essa caixa. Ela era um convite. Um convite exclusivo para conhecer a Masmorra Diè. O clube de BDSM mais seletivo do país. Conhecia aquele lugar de longe apenas, passou de frente a mansão enorme e bem restrita, mas nunca imaginou que aquele era um clube. Foi até a Masmorra Diè algumas noites atrás, os seguranças pediram o convite e ela o mostrou sem titubear. Precisava saber quem enviou aquilo e se Alberto tinha alguma conexão com esse clube. Passou pelo portão principal e seguiu pelo caminho de pedras planas até a fachada da mansão enorme com aspecto dark. Estava prestes a descer do carro e entregar seu carro ao manobrista, quando viu
Conversar com Amélia no último fim de semana foi reconfortante e desafiador. Por diversas vezes quase revelou a identidade de Alberto. A reprovação de sua prima tinha motivos, se observado pela visão dela, era um relacionamento tóxico. Mas Mel não sabia de praticamente nada sobre eles. Ela não conhecia a profundidade de seus sentimentos, nem mesmo os sonhos que construiu com esse homem. Alberto insistia em ir até sua casa, mas ela se recusava a recebê-lo. Bloqueou as ligações e mensagens, não queria olhar para ele e ver aquela imagem odiosa novamente. Pensando bem, ela era culpada por isso. Tudo entre eles mudou depois daquela sessão de dominação sádica. Sam se sentia fraca e irrelevante para o homem que tinha ao seu lado. Depois daquilo, ele se tornou reticente e às vezes frio, mas abandonou o relacionamento que tinham. O sexo se tornou convencional, e Sam desenvolveu a ideia obsessiva de preencher esse vazio no peito com um bebe. Certamente, esse também era mais um motiv
Amélia A raiva fervilhava dentro dela só de olhar o estado apático de Samanta. Soube na última conversa que tiveram, que o namorado escrota estava traindo sua prima. O que para ela, não era surpreendente. Esse homem era um lixo, que só fazia mal a Sam. Totalmente diferente de Ícaro, que cuidava dela em todos os sentidos. - Sam, você precisa dar um basta nessa situação. Nada de bom pode surgir do envolvimento com esse babaca. – Amélia segurou as mãos dela por cima da mesa. O restaurante estava pouco movimentado depois das duas da tarde, e assim, se sentiu mais tranquila para falar abertamente com ela. - Eu sei que preciso terminar. Mas ainda não consigo olhar para ele. – os olhos dela marejaram, Sam bebeu a taça de vinho de uma vez. O hábito de se afogar no álcool a cada frustração e desilusão, preocupava Amélia. Esse problema vinha desde que Sam perdeu Pietro. Nem mesmo os sentimentos sinceros de Guilherme, foram o suficiente para resgatá-la daquela trilha de auto des
A conversa com Samanta naquela tarde a dois dias, ficou martelando na cabeça de Amélia. Não queria pensar em sentimentos, não quando tinha certeza de que eles só servem para manipular as mulheres. Ícaro era um ser humano fora da curva, mas não deixava de ser homem. Saber da possibilidade dessa descoberta a deixou confusa e preocupada. Às vezes, quando estavam juntos transando ou fazendo qualquer coisa em casa como parceiros, ela se perdia no medo desproporcional que sentia com relação a isso. A perspicácia dele era afiada, logo notou que havia algo incomodando Amélia. Ela jogou a viagem dele como motivo. Ícaro estava evitando falar sobre a viagem aos Estados Unidos por algum motivo desconhecido. Portanto, essa desculpa foi bem eficaz. Ao término de uma sessão maravilhosa, ele disse que viajariam juntos. Amélia, que estava tentando se manter distante dos próprios sentimentos e enfiar a cabeça na terra, ficou em pânico. Pediu para ficar, com várias alegações de trabalho e s
Ao abrir a caixa, o choque e a dor tomou conta dela. Amélia não conseguia conter as lágrimas, pressionando os lábios para silenciar qualquer som. Dentro do embrulho havia um bolo, com o formato de uma cabeça de porca. A voz de Fernando ecoou dentro da cabeça dela. “Você sempre será uma porquinha. Meu bichinho de estimação!” “Onde você pensa que vai, porquinha?!” “Ande de quatro, como a porca que você é!” Não se lembrava de como chegou a sua sala naquele dia. Levou um tempo para que conseguisse parar de chorar. Para piorar, naquela tarde houve uma reunião emergencial com o departamento de criação. Algumas mudanças foram solicitadas para o projeto Bahamas e a equipe estava em um beco sem saída com essas novas exigências dos sócios. Alberto coordenava a equipe. Furioso com a incapacidade de encontrarem uma solução, ele lançou olhares glaciais na direção de todos. Amélia não escapou ilesa. Houve críticas ferozes à demanda crescente da aprovação orçamentária que passava por s