ÍcaroOs olhos dela saltaram na imagem no espelho, quando percebeu que ele não parou de se mover e nem saiu de dentro dela depois de gozar. Ícaro sorriu diabolicamente, torcendo seu mamilo duro até ela gritar.- Ahhhhhhh OHHHHHH MESTRE!! – o grito dela foi como um potente afrodisíaco para ele. Seus movimentos dentro dela continuaram vigorosos, enquanto ele movia o vibrador pra frente e pra trás no seu rabo gostoso.Podia sentir a bunda dela se contrair, de tensão e dor ao mesmo tempo. Mas não dava para esperar mais. Desde que viu o que ela colocou naquela caixa, seu corpo entrou em ebulição instantaneamente.Se Amélia queria fazer com que ele perdesse o controle, ela conseguiu com louvor. Porque assim que saiu do banheiro e viu as velas, e sentiu o cheiro dela, já sabia que ela tinha se preparado para satisfazer como submissa. Ver ela vestida como uma gata da noite mascarada, sua pele morena reluzindo de óleo corporal foi o mesmo que convidá-lo para se enterrar dentro dela a
AméliaCinco meses depois...- Você está de brincadeira comigo?! – ela perguntou furiosa, olhando para o marido que se recusava a deixar o médico de plantão realizar o exame de toque vaginal.- Nenhum homem vai enfiar a mão dentro da minha mulher! – ele respondeu rispidamente. Sentada na cama de hospital, Amélia lançou um olhar furioso para ele. Há duas horas a sua bolsa rompeu enquanto ela escovava os dentes em casa. Apesar do desespero de Ícaro, ela estava calma e suportando as contrações tranquilamente.O problema, é que não contava com essa atitude dele. A médica obstetra que estava responsável por ela ainda estava a caminho, e o médico de plantão precisava agilizar os exames para o parto iminente.- Você é um troglodita! Como pode pensar em ciúmes em uma hora como essa?!- Não é questão de ciúme. – Ícaro fulminou o médico que esperava pela decisão do casal. – Ele não vai pôr a mão aí!- A sua filha precisa nascer! – Amélia rebateu, apertando a mão dele quando a contração forte c
Maya nasceu exatamente na data prevista pela médica obstetra. Segundo a Dr. Castro, a gestação não chegaria aos nove meses devido às lesões que Amélia tinha no útero, esse fato impediria a expansão total do órgão para comportar o bebê.Ela era forte e saudável, e não precisou de nenhum cuidado específico após o nascimento. O que foi um alívio para Amélia, porque Ícaro estava deixando todas as enfermeiras malucas com sua super proteção. Ele questionava tudo e não se afastava de Maya por mais de dez minutos.Quando ele olhava para ela, e a pegava nos braços, era como se seu coração pertencesse aquela garotinha. Até o sorriso dele era diferente quando falava com ela.Amélia olhou para Ícaro ao seu lado, esperando ela terminar de amamentar sua linda garotinha. Maya resmungou satisfeita quando soltou seu mamilo, abriu seus olhinhos acinzentados por alguns segundos, e os fechou embalando no sono despreocupado.Sentir o calor do corpinho dela junto ao seu e o cheirinho indescritível que ela
Dois meses depois...- Oi.... sou eu... – Amélia murmurou, olhando para a lápide sofisticada. - Não consegui vir antes… e confesso que venho adiantando isso a muito tempo.“Leonora Martins Rockfeller. Esposa e mãe. Uma visionária das virtudes da beleza,”Amélia sorriu tristemente ao ler aquela dedicatória. Sua mão apertou o envelope preto com força. Ele já estava amassado de tanto passar pelo mesmo processo várias vezes.- Você tem uma neta... Achei que gostaria de saber. – respirou fundo. – O nome dela é Maya, ela tem dois meses... O vento fresco do mês de julho bagunçou seus cabelos um pouco mais compridos que o habitual.- Felizmente, ela se parece mais com o pai dela do que comigo, então eu acho que você gostaria dela um pouco... – lágrimas se formaram em seus olhos e ela fungou.Se sentou na grama verde, abraçando os próprios joelhos.- Eu nunca te contei, mas me formei em arquitetura. Sou responsável por diversos projetos da Acrópole, e também ganhei um prêmio. – ela fez uma pa
Seis anos depois... - Por que a cara daquela moça é tão colorida? – a pergunta atrevida e descarada partiu de Maya. Amélia tapou sua boca, fechando a cara para a filha de língua afiada. - Essa criança não tinha como se parecer mais com o pai dela?! Amélia reclamou com Ícaro que havia acabado de chegar. Ela pediu aos céus que a mulher que transitava próximo ao seu estande não tivesse ouvido o comentário de sua filha. Vestida de fada da floresta, seu personagem de hoje, Maya saltitava ao redor do pai e do irmãozinho de dois anos que segurava a mão de Ícaro. - Como foi a soneca, meu amor? – Amélia perguntou se dirigindo ao seu filho mais novo, com um sorriso carinhoso. Thay é um garotinho doce e amável, com seus cabelos castanhos claros como os de Ícaro, mas os olhos verdes como os dela e de seu avô, Aurélio. - Colo mamãe... – ele disse com sua vozinha infantil. Maya grudou no pescoço dela enciumada, fazendo Amélia olhar para Ícaro com uma expressão de: “Por que ess
São PauloAmélia BastosMais que aberração é essa?! - um homem gritou.Ela se levantou, virando a cabeça para se desculpar pelo ocorrido. A visão periférica era limitada dentro da cabeça de camaleão. - De que buraco essa GORDA do inferno saiu?!!!! - o homem olhava para ela com raiva. Cuspindo ofensas, o cara continuava indignado apontando ou gesticulando para ela. As pessoas começaram a se aglomerar, querendo saber o que aconteceu.Amélia ficou parada, como se seus pés criassem raízes ali. Seus olhos se marejaram pelas lágrimas. -Ela fez de propósito! Quem fica parado na porta de uma loja com uma roupa bizarra dessa? Tá ocupando toda a saída, sua coisa gorda! - Talvez ela não tenha percebido que era grande demais para ficar aqui… - Não, acho que ela sabia o que estava fazendo… - Nossa tudo isso para vender?... que ridículo….As pessoas opinavam e julgavam com aquele olhar. Amélia sentia o peito apertado, como se o ar faltasse, enquanto as palavras cruéis ainda ecoavam na sua ca
Odiava aquela voz asquerosa.Bastou ouvir seu nome dito naquele tom áspero e autoritário para que Amélia sentisse o estômago revirar. Ela parou no meio do corredor, cerrando os punhos. Ela pretendia apenas trocar de roupa e respirar por um instante, mas claro que seu chefe insuportável tinha que estragar até isso.— Pode esperar um minuto? Acabei de voltar da galeria, preciso me trocar.— Na minha sala. Agora! — ele ralhou, com a grosseria de sempre.Amélia inspirou fundo, se recompondo do caos interior enquanto batia na porta do escritório dele. “Respira. Não perca a paciência.” Mas por dentro, sua frustração ardia como fogo. Soltou um suspiro de desgosto.Jaime Caetano sempre dava trabalho extra a Amélia quase no fim do expediente. Ele não gostou da sua contratação, que foi feita pelo gerente geral das lojas. Segundo ele, Amélia não tinha a imagem que a Color Graphic precisava para seus atendentes.Antes de entrar, puxou o ar com força e tentou adquirir uma serenidade que estava l
Palavrões e impropérios escapavam de sua boca.Parada sob a chuva, Amélia tentava apertar a tampa traseira do fusca, quando sentiu um impacto muito forte e ouviu um barulho alto de freada brusca.O som ao seu redor foi sumindo repentinamente, enquanto ela perdia os sentidos.O barulho de um assovio ensurdecedor na sua cabeça foi a primeira coisa que tomou consciência, sentia uma dor aguda em partes do corpo. Alguém estava tocando seu rosto, um pavor aterrorizante a tomou por não conseguir se mexer.Seus sentidos voltavam letárgicamente, a visão estava embaçada demais, a chuva foi a segunda coisa que conseguiu distinguir. No instante seguinte ouviu uma voz profunda a chamando.A pessoa dizia alguma coisa, mas ela não conseguia entender o que era.Compreendeu então, que sofreu um acidente. O que estavam dizendo? Será que a poça que sentia sob seu corpo era água da chuva ou sangue?- Você... me atropelou... – Amélia conseguiu dizer, ainda não enxergava quase nada e nem sabia se a pessoa t