Amélia vestiu uma calça jeans e uma blusa regata preta, calçou seu par de tênis velho e arrumou algumas coisas em sua mochila. Se ele estava pensando que ela aceitaria essa situação absurda, estava muito enganado. Ícaro estava no escritório, no primeiro piso. Portanto foi fácil sair da casa sem ninguém notar. Onde já se viu, fazer uma coisa dessas sem considerar suas escolhas e vontades. Ele era maluco, não tinha outra explicação. A rua estava deserta, as outras casas não eram tão suntuosas quanto o triplex dele, mas todas eram muito luxuosas. As ruas eram ladeadas de palmeiras, as casas de tons claros cor de areia, lembravam um ambiente suave e paradisíaco da costa do Pacífico. Bem, se pretendia ir embora, tinha que se mexer. Admirar o condomínio fechado não levava a nada. Vinte minutos caminhando a passos largos pela rua larga, e não tinha chegado à metade dela. Que merda de lugar grande, pra que tanto espaço para esses riquinhos mimados. - Merda! – praguejou, passando a
- Como está o seu muffin? – perguntou Ticiano. Estavam em um restaurante próximo a Avenida Paulista. Um lugarzinho aconchegante, que servia comida caseira e deliciosos bolinhos, como o muffin de chocolate com doce de leite e damascos na frente dela. - Delicioso. Se não me apresentasse a esse lugar, minha vida seria mais cinza. - Só você para dizer algo tão irreverente assim. - Você me entende, preciso de açúcar nos dias que tenho que lidar com a diretoria. – Amélia mordeu o bolinho. Seus olhos encontraram o olhar fixo de seu amigo em seu pescoço adornado com a “coleira”. Depois do episódio da fuga frustrada, Ícaro deixou a joia sobre a cama e disse que a decisão de usar aquele objeto era dela. Mas que se assim fizesse, ela estava aceitando ser sua submissa e também ser a sua parceira. Amélia ponderou sobre a posição em que estava o resto do dia. Ser uma submissa não era assustador para ela, o que a deixava hesitante, era a parceria. Dividir sua vida e abrir seu coração par
Ícaro A última entrega das roupas encomendadas para Amélia, ainda estava embalada no quarto que dividiam agora. Dessa vez, ela participou da escolha das peças. Gostava de comprar roupas sensuais para aquela garota atrevida. Ícaro assistia fascinado, a sua metamorfose quando se arrumava com aqueles diferentes tecidos, texturas, laços, acessórios e joias. O prazer de vê-la se vestir e se arrumar para ele, se tornou um estimulante poderoso. - A senhorita acabou de entrar no condomínio, senhor. Devo continuar? - Está dispensado por hoje. Ícaro se serviu de uma dose de Bourbon, no bar da sala de estar. Amélia frequentava as aulas da faculdade no período noturno, ela não concordou com uma carona nos dias em que ele estava menos atarefado. Obviamente, para não ser vista com ele publicamente. Mas isso não significava que ela estava sozinha. O carro dela estava em perfeitas condições agora, nem a reforma completa Amélia permitiu. Disse que um fusca conservado, com aspecto de co
O couro brilhante do corselet que ela usava reluzia contra a pouca luz do quarto. As costas, se fechavam em tiras de tecido macio trançados, formando uma silhueta atraente. A calcinha pequena cobria pouco na frente e atrás. A cinta liga era trabalhada em cristais negros, que cintilavam a cada menor movimento dela. Amélia usava meias pretas que terminavam nas coxas grossas. O salto alto vermelho ficou incrivelmente sexy. Ícaro prendeu o jogo de correntes delicados que mesclam couro e metal, no pescoço dela, os delicados elos desciam até os seios gostosos sustentados pela armação vazada do corselet. Acariciou o mamilo enrijecido, antes de prender uma das joias vermelhas de pressão, na ponta da pele sensível. A corrente dourada ligava a joia ao conjunto inteiro. Fez o mesmo com o outro mamilo, se segurando para não penetrar Amélia a cada gemidinho que ela deixava escapar. - Está perfeita, pequena. – ele se afastou alguns passos, contornando o corpo dela, fazendo uma minuciosa
Amélia Se lançar na luxúria sem preocupações, não era uma tarefa fácil. Mas ela estava viciada nesse prazer, nesse frenezi erótico e delicioso que somente Ícaro, seu Mestre poderia proporcionar. Para ela, não era estranho ou doloroso ter joias presas aos seus mamilos, pressionando cada vez mais aquele ponto sensível. Ao menor toque arrepiante dele naquela região, o calor crescia consumindo a pele que se eriçava, querendo mais. Esperava por cada surpresa, cada sensação. Admitia que se sentia uma safada por reagir daquele jeito, mas não se importava mais com isso. Foi ensinada a olhar para o seu corpo com repúdio e pudor. Mas quando estava com Ícaro, obedecendo seus comandos, sentia como se todas as críticas, a depreciação e a humilhação por ser assim, fossem completamente invalidados. A valorização, o desejo e o domínio que se misturavam naquele lago de prata que a observava atentamente. Se prostrar diante dele não foi um problema, entendia o que o termo “submissa” signif
A língua macia dele desbravou a carne quente da buceta exposta. - OH..ohh. - Seu castigo pela petulância... – ele começou, agarrando as bandas das nádegas dela com força. - ... é não GEMER! – a estocada de sua língua e a frieza metal esférico no clitóris, quase fez ela urrar. Amélia trancou o maxilar, fechando os olhos. - Entendeu, minha pequena? Os dedos dele abriram seus sulcos, as esferas geladas entraram devagar, provocando uma sensação delirante de prazer. Arqueou as costas, louca para gritar. - Se gemer, vai receber um castigo mais severo. – Ícaro beijou as costas dela, descendo até morder a bunda dela. – Seja boazinha, pequena. As esferas começaram a vibrar dentro dela, ela trincou os dentes, seus olhos encheram de lágrimas. O sangue dela ferveu, em êxtase. - Está indo muito bem, Amélia. – a mão dele manuseava aquelas esferas em movimentos de vai e vem, fazendo ela empinar contra as mãos dele cada vez mais. – Goze para mim! Os impulsos elétricos aumentara
Ícaro O fim de semana chegou rápido, e a irritação de Ícaro pirou conforme o sábado chegava ao fim. A mudança de humor se dava pela viagem aos Estados Unidos agendada para a segunda-feira. As sessões com Amélia estavam cada vez mais intensas e prazerosas. Ela era uma sub atrevida, que gostava de desafiá-lo, somente para dar mais prazer em castigá-la. No fim, ela sempre amolecia em seus braços, exausta, com um sorriso satisfeito. Iniciar essa mulher era desafiador e ao mesmo tempo emocionante. Há tempos considerou a prática de dominação morta para ele. Em razão de tudo que aconteceu com Astrid, não conseguia se conectar nesse nível tão profundo com alguém. A garota de olhos suplicantes, vestida com um corselet preto atingiu o ponto adormecido. As mulheres olhavam para ele com ganância e luxúria, ver aquela expressão em seus rostos desprovidos de emoções verdadeiras, era tão banal e mecânico. Com Amélia, foi totalmente diferente. As lágrimas contidas em seus olhos sob a más
Samanta A caixa preta em cima da cama permanecia aberta, os detalhes vermelhos e o logo no cartão, inicialmente eram desconhecidos. O conteúdo consistia em uma máscara de couro feminina. Sam pegou a máscara em suas mãos pela milionésima vez, suas iniciais foram gravadas na parte de dentro da peça sofisticada. Agora entendia o que significava essa caixa. Ela era um convite. Um convite exclusivo para conhecer a Masmorra Diè. O clube de BDSM mais seletivo do país. Conhecia aquele lugar de longe apenas, passou de frente a mansão enorme e bem restrita, mas nunca imaginou que aquele era um clube. Foi até a Masmorra Diè algumas noites atrás, os seguranças pediram o convite e ela o mostrou sem titubear. Precisava saber quem enviou aquilo e se Alberto tinha alguma conexão com esse clube. Passou pelo portão principal e seguiu pelo caminho de pedras planas até a fachada da mansão enorme com aspecto dark. Estava prestes a descer do carro e entregar seu carro ao manobrista, quando viu