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Capítulo 5 Adeus Camaleão

Ainda com vestido nas mãos ela não conseguia chegar a uma conclusão sobre aquilo.       

O vestido era perfeito, serviu como uma luva quando ela decidiu usar. Não sabia nada sobre aquele homem, e ele deduziu o seu tamanho com uma só olhada?!

Tudo estava confuso demais. O que aconteceu com fantasia de camaleão, e por que ele se deu ao trabanho de comprar uma roupa daquelas para uma desconhecida que ele considerava uma maluca?!

No espelho do banheiro ela deu uma ultima olhada em seu reflexo. Seus cabelos estavam embaraçados e molhados, seu rosto estava horrível, com um inchaço enorme no formato de bola na testa; um corte no lábio e um na sobrancelha esquerda; parecia cuspida pelo próprio desespero.

Mas a roupa trazia a dignidade que precisava para sair desse quarto. Ela pagaria pelo vestido, obviamente.

Saiu do quarto sem olhar para o homem. Quando sentiu uma tensão estranha e só ouviu o silêncio, resolveu apelar para seu orgulho próprio.

- O que aconteceu com minha roupa? – ela levantou os olhos, alinhando os ombros, com tudo que conseguiu reunir.

Os olhos do homem percorriam sua figura, como um animal que farejava a presa que cercava. Amélia estremeceu sob ele, mesmo com toda a sua coragem, queria se encolher e sair correndo.

- Aquela coisa estava suja e molhada. – ele respondeu, travando seus olhos nos dela, sua expressão severa e intimidadora faziam ela querer gritar de frustração.

- Obrigado pelo vestido. Pagarei por ele assim que possível. Só preciso dos seus dados bancários. – ela disse o acompanhando pelo corredor.

As pessoas começaram a notá-los. Amélia se sentiu desconfortável, ficando um passo para trás.

O homem se virou, quase colidindo com ela. Uma única avaliação ao seu redor, por cima da cabeça dela, foi o suficiente para que ele compreendesse seu receio.

Inesperadamente, ele agarrou sua mão, mantendo-a em um aperto firme, para que não pudesse se libertar.

- O que está fazendo?! Ficou louco! – vociferou entre dentes.

A ignorando completamente, ele voltou a caminhar, praticamente a arrastando até o corredor que levava ao estacionamento.

O tal homem era um troglodita! a conduziu entre os carros mantendo sua mão segura na dele. Os olhares curiosos a incomodava demais, todos com quem cruzavam, paravam o que estavam fazendo somente para olhar para eles.

- Pare com isso, todos estão olhando. – Amélia protestou.

Chegaram perto de um modelo luxuoso de cor escura, não era esportivo como ela imaginou, o carro dele é um suv enorme e robusto.

Abriu a porta do carro para ela, e a empurrou levemente para dentro.

Amélia ficou surpresa com o seu cavalheirismo rude, foi tão instantâneo que não conseguiu esconder sua reação. Entrou no veículo, sem olhar pra ele, e assim permaneceu até mesmo quando passava seu endereço em um tom de voz baixo.

O homem acenou com a cabeça desinteressado e digitou rapidamente no seu celular antes de sair com o carro para a rua molhada.

Amélia se voltou para a janela, queria evitar a todo custo o constrangimento dessa situação.

Sabia exatamente o que pessoas como ele, pensava sobre indivíduos como ela. Seu comportamento grosseiro só reafirmava esse fato.

Esse pensamento, aumentava sua vontade de se fundir ao banco do carro para que ele esquecesse que ela estava ali.

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