Amélia não saberia dizer exatamente o que a acordou, se era a claridade do sol da manhã ou o som de risadas animadas que vinham de algum lugar da casa. Sonolenta e com as memórias embaralhadas, seguiu o barulho até sua fonte. Amélia parou no batente da porta da cozinha desconcertada, deveria estar sonhando porque só isso para justificar aquela cena. Ícaro sentado confortavelmente à mesa, tomando café com Samanta que ria descontraída de algo que ele acabou de dizer. Espera! Por que ele estava aqui? - Bom dia Mel. – Sam a notou logo depois de seguir o olhar divertido de Ícaro. - Bom dia, desculpe se a acordamos. – ele a cumprimentou formando aquele sorriso de canto de boca que derreteria qualquer iceberg. Ela observou o safado levar a xícara de café aos lábios. A barba dele estava perfeitamente alinhada, os cabelos arrumados. - Bom dia... – foi a única frase que conseguiu murmurar. Se conectar com suas lembranças da noite anterior estava muito difícil, ainda não conse
O ritmo sincronizado fazia ela entrar em compulsão, seu corpo queimava e delirava sob as mãos desse homem, seus lábios desejavam os dele com um desespero que a assustava. Arqueando as costas, ela empinava de encontro a pélvis dele, obedecendo seus comandos obscenos. - Se toque para mim – Ícaro conduziu a mão dela até o clitóris inchado e sensível, manuseando seus dedos lentamente. – Isso, assim. Boa menina.- AHHH... Ícaro.. isso é..- Delicioso, não é mesmo? – suas palavras eram acompanhadas das investidas potentes dentro dela. – Agora abra mais as pernas, vou te comer até você gozar. Entendeu?Perguntou ele dando um tapa forte em suas nádegas.- Oh... oh oh..- Responda, Amélia. – Ícaro agarrou os seios dela, beliscando seus mamilos.- E.. entendi..- Você deve dizer, Sim ou Não. – acariciou a pele sensível do mamilo intumescido. – Agora diga. Você entendeu a minha ordem, Amélia?- Si.. SIM! – gritou, quando ele afundou em seu corpo de uma só vez.Os gemidos dela ecoaram pelo q
Samanta - Por que eu estou aqui? – a voz grave do homem impecavelmente vestido e arrumado ao lado dela, causou um ligeiro arrepio na espinha de Sam. - Fui ao mercado para dar privacidade a Mel, mas quando voltei, o Ícaro ainda estava lá. - E o que isso tem a ver comigo, Samanta? - Não quero ficar na minha casa, podemos ir para o seu apartamento? Pelo menos até que eles resolvam sair do quarto. Sam levou a mão hesitante até a coxa do homem estático atrás da direção do carro luxuoso. Quando ligou para ele, pedindo que viesse até sua casa, não imaginou que viria realmente. Mas ele estava ali. - Não vou fingir uma amnésia. Você foi clara o suficiente naquele coquetel ontem. O que tínhamos acabou. - Eu estava nervosa, sabe que eu não disse aquilo pra valer. O incidente do evento da noite passada, passou pela mente dela. No trabalho, muitas vezes era direcionada a clientes novos para dar uma atenção especial. Isso fazia parte de suas funções c
AméliaO olhar insistente de Samanta estava deixando Amélia cada vez mais irritada.- O que foi, Sam? – com a caneca de café em suas mãos, havia sentado a mesa da cozinha.A prima estava preparando uma omelete, e desde que ela chegou, não parava de encarar. Observando cada detalhe de sua expressão.- É sério que você vai fingir que não temos nada para conversar?- Sam, me dê um tempo...- Você me contou na outra noite, que acabou transando com o seu chefe. Ficou de me contar tudo e veio com essa mesma desculpa esfarrapada de que precisava de tempo. – Sam se sentou, de frente para ela.- Eu não sei o que te falar. – Amélia respondeu, com um suspiro.- Conte tudo, ora bolas. – ela soltou uma risada. – Levei um baita susto quando aquele homem delicioso entrou aqui na cozinha de manhãzinha.- Me desculpe por isso.... eu não sei onde estava com a...- Ei! Eu não estou te recriminando. Só quero que você seja feliz. - Sam, as coisas não são dessa forma..- Você permitiu que alguém se aproxi
Ícaro ainda estava pensando no que viu na rua da casa da sua garota. Alberto só podia estar alí por um motivo; Samanta.Não teve tempo de falar com o irmão, mas amanhã Alberto ia esclarecer essa história. É uma merda que justo o mais mulherengo estivesse traçando a prima da sua mulher.Os voluntários se reuniram para tirar uma foto. Muitas crianças e adolescentes estavam presentes no evento daquela noite, junto ao seu assistente e o assistente social que trabalhava na ong Vida Ativa. De bermuda e camiseta, Ícaro ajudou na distribuição dos lanches e bebidas. Os medalhistas de judô se aproximaram com um sorriso largo e orgulhoso.A competição foi um sucesso. Várias crianças se cadastraram, e as famílias estavam confiantes e esperançosas por um futuro melhor. Ticiano estava feliz em participar desse evento. Foi aqui que ele cresceu, nessa periferia onde tudo era precário, e as pessoas não tinham acesso ao básico do conforto e educação.Foi difícil no início. Esse lugar era tão caren
AméliaA Acrópole estava movimentada nesta manhã de segunda feira. As pessoas pareciam apressadas e as recepcionistas nem mesmo olharam para ela como de costume.Amélia entrou no elevador, um bocejo foi disfarçado com sua mão. Havia trabalhado quase a noite toda no projeto da premiação anual. Alguns detalhes do tamanho da planta não foram salvos, por algum bug do sistema, e ela teve que ligar para Ticiano e pedir a tabela de recomendações padrão.O bom amigo estava estranho ontem a noite. Quando ela brincou sobre irem para o barzinho juntos, ele desconversou e disse que precisava desligar. Logo em seguida a chamada foi interrompida bruscamente.Por um instante, ela jurava que tinha ouvido a voz de Ícaro. Mas depois desprezou a ideia, imaginando que estava ficando paranoica.O vidro do elevador refletia sua imagem. O vestido preto tubinho com o blazer off-white que usava, combinava muito bem com o peep toe vermelho de camurça. Esse sapato foi um dos últimos presentes de Samanta, e el
ÍcaroAmélia ficou calada ao seu lado durante todo o percurso. Ele a observou, seu perfil sério e tenso não era um bom sinal.Depois da “brincadeira” na sala dela, Amélia evitava seus olhos quando se encontravam no corredor ou na sala de conferências. Ela rejeitou o convite para o almoço, sem nem mesmo se justificar.Pelo menos, não foi vista almoçando com Ticiano, e isso já era o suficiente para ele.Com um vestido soltinho, preto com estampa de girassois, ela permanecia de pernas cruzadas, aparentemente sem nenhuma lingerie por baixo. “Bom”, pensou.- Onde estamos indo? – ela perguntou em um tom baixo.O que havia de errado? Ela estava diferente, distante e incomodada.- Para minha casa. – respondeu, estendendo a mão para a sua coxa parcialmente desnuda.Sem nenhuma reação, ela permitiu o toque, mas não disse nenhuma palavra.Ao chegarem ao condomínio, percebeu que ela observava tudo à sua volta. O apartamento de três andares ficava no final da quinta rua à esquerda. Icaro estaciono
AméliaSeus olhos turvos pelo sono focalizaram as paredes negras com detalhes dourados. As cortinas translúcidas escuras que adornavam o dossel da cama enorme oscilavam com o vento que entrava no quarto.Flashs de momentos intensamente eróticos começaram a passar pela sua cabeça. Ícaro algemando suas mãos, explorando seu corpo com suas mãos habilidosas, ordenando comandos autoritários, e o chicote de couro que ardia em sua pele a cada vez que se esquecia de responder corretamente.Amélia sentiu-se quente ao se lembrar daquelas cenas. Fazer sexo com alguém tão experiente era sempre tão bom assim. Olhou para o lado. O divã em formato estranho foi palco de uma das experiências mais deliciosas que já sentiu na vida. Ícaro a colocou ali de quatro, cordas de seda amarraram seu corpo com nos intricados, a cada movimento, o tecido e a pressão estimulavam ao máximo seus sentidos. Ele a provocou com instrumentos leves em pontos apertados pela corda, e instrumentos rústicos em seus pontos ma