Kaeidh e Saphyre desceram para a biblioteca novamente, leram, desta vez, sobre as raças que existiam no continente primitivo.
- Oh, isto é muito bom! Lobos, homens Lobos.- Disse Ambhar- Metamorfos? Nós temos aqui! - Falou Kaeidh.- Não são metamorfos. São homens que têm uma fera dentro de si. Eles se transformam apenas em noite de lua cheia. Completamente claro. Porque eles querendo ou não, o lobo, a fera sempre está à espreita. A descrição é " como se fossem duas almas em um corpo, lupino e humano. Ambos coexistindo em uma existência longa e feroz", inacreditável. - olhou para Saphyre. - são lobisomens Saphyre, lembra que ouvíamos sempre sobre isso nas lendas do nosso planeta?- Sim ! Mas no nosso planeta eles são puro instinto, se alimentam de pessoas. Aqui seriam assim também?- Não faço ideia, nunca ouvimos faVoltaram as ilhas flutuantes no dia seguinte. Levavam consigo muitas informações e todos os mapas antigos dos locais. Alguns diziam que seria ao norte de Balahad, em outros eles viram que o local estava ao sul de Citadelly, o que era muito estranho pois ficavam em locais distantes. Então resolveram fazer duas rotas e a partir disto, enviar os batedores para investigação.Àsgar deu mais notícias a respeito de Sírius. Eles disseram que a elfa que vivia ali atrás dos muros que Borag levantou, era noiva dele. Claro que não por sua própria vontade. Disse que ele ficaria uma semana sem visitá-la, mas que deviam tomar cuidado pois ele sempre a vigiava, ela não sabia como. Então, Tamany sempre ia até ela, na forma invisível. E o sinal de que Tamany estava ali, eram sons de pedrinhas caindo no lago.Elas se comunicavam com lápis e papel, já que a elfa os tinha para desenhar e escrever, e em alguns casos, elas se falavam com sussurros, no escuro da noite, antes dela ir dormir. Por enqua
Abriu os olhos. Algo calmante, úmido e maravilhoso caía com gotículas etéreas em sua face. Fitou a copa das árvores, e logo acima o azul profundo do término da noite dissipando-se no colorido da luz do dia, haviam três luas ou planetas um ao lado do outro, além de pequenas estrelas que aos poucos iam sumindo. Sentiu-se estranha, entorpecida, como se tivesse dormido um longo período de tempo. Havia dormido tanto assim? E porque estaria ali, naquele local? Baixando o olhar viu que estava em uma pequena clareira em uma floresta! Será que havia ido acampar e sofrido algum acidente? Olhou ao redor, estava em meio a uns arbustos multicoloridos, com flores desconhecidas, pelo menos pareciam flores, não tinha certeza. Nada estava certo, pensou alarmada. Tentou sentar-se e ficou aliviada por conseguir sem problemas. Mas estava um pouco dolorida, apoiou com as mãos no chão e empurrou para ficar de pé. O cheiro daquele lugar, era maravilhoso, e a terra aos seus pés era colorida, de um verde e
Resolveu que precisava comer. Sentou e se alimentou com frutas, legumes e um caldo fumegante e muito saboroso que restaurou sua energia. Bebeu um líquido vermelho e refrescante. Em seguida usou o banheiro, despiu-se e entrou na pequena cachoeira aquecida, imaginou que poderia estar mais quente e percebeu que ela se aquecia como se tivesse mexido em algum botão.- Que estranho! - Falou consigo mesma. Ficou por algum tempo deitada, apreciando a água tépida na pele. Ao lado viu que havia uma barra arredondada e pegou, era um sabão que usou para se lavar. Quando decidiu sair percebeu que não tinha outras roupas, olhando pelo aposento viu algumas peças de roupas na cama. Levantou, se enxugou e foi se vestir. As roupas eram de um tecido macio e bem aconchegante. Deitou e para sua surpresa teve muito sono e rapidamente dormiu. Esquecida sentiu uma carícia suave no rosto, se assustou e ao mesmo tempo suas mãos aqueceram, o que a fez acordar subitamente . Havia um pequeno animalzinho salt
Kaeidh se despediu de todos e entrou em seu quarto, precisava pensar, tentar entender ao menos uma parte de tudo que estava acontecendo, a vinda de uma elfa, uma prometida? Uma coincidência, mero acaso? Justamente ao mesmo tempo em que ele pensava que estava pronto para receber sua âme sœur. Sua raça não sentia nada como o amor, emoções que um parceiro deveria sentir para que não se confundissem e se unissem com pessoas erradas. As uniões eram completas, corpo e alma e o chamado era sutil e conforme convivesse iam aumentando até a conexão, que seria alcançada juntos. Kaeidh havia tido o âme sœur antes, mas sua companheira estava doente e morreu sem nem ao menos saber sobre o que ele sentia. Portanto ele nunca teve a chance de ver o sentimento crescer, mas agora, ele havia sentido o interesse pela Esquecida e estava muito preocupado pois não sabia se ela se interessaria do mesmo jeito por ele, não eram da mesma espécie, achava. Não sabia se isso seria um problema, dado que nunca
Kaeidh mostrou o quarto e o local de banho e higiene pessoal. Saiu e foi até a cozinha ver o que havia para comerem. Separou pães, frutas, queijos, o caldo maravilhoso de leguminosas e folhas típico do vilarejo. Arrumou tudo em uma bandeja e bateu a porta, esperou um pouco, não ouviu nada e voltou a cozinha, depositou a bandeja na mesa e esperou . Ouviu ela o chamar e foi rapidamente levando a bandeja, bateu à porta novamente, ela respondeu. - Entre. - Kaeidh entrou e ficou surpreso. Ela estava enrolada em uma toalha gigante, apenas os braços de fora e o cabelo molhado, solto, caindo pelas costas. A pele ainda um pouco úmida do vapor da água, ela disse envergonhada. - Não sei onde encontrar roupas e as minhas estão manchadas de sangue. Fiquei na dúvida, procurei mas não achei. Só pensei em te chamar . Desculpe. Não trouxe nada comigo, achei que voltaríamos para o castelo ainda hoje. Kaeidh respirou forte, havia prendido a respiração e esquecido de voltar a respirar. Abri
Zoltark havia ido até a entrada do complexo após perceber mais conversas. Voltou com outro de sua mesma espécie.-Kae, Caleb veio do vilarejo da ponte de Sayra, ela tem outra pessoa com ela, uma que também veio das florestas, também não se lembra de muito, mas procura alguém chamada Saphyre. Seu nome é Ambhar -Ambhar, sim, minha irmã.-olhou Kaeidh, seus olhos repletos de lágrimas- Eu me lembro disso.- Kaeidh segurou suas mãos.- Eu estou me lembrando dela. Deuses! - O abraçou- Onde ela está Caleb? - perguntou Kaeidh - Está com Sayra, está segura.- disse Caleb- Poderia preparar tudo para que ela venha para cá ou prefere que a leve ao palácio? - Você decide Saphyre. -disse Kae a chamando pelo nome pela primeira vez. - Temos que encontrar ela e, temos que ir a cidade de Nárë, a terra dos dragões, para que você aprenda a controlar seu poder. Ou, podemos ir direto para Nárë e a enviar junto com Caleb até lá. Demoraremos 1 dia mesmo com a carruagem, para chegar em Sa
Kae andou com ela até as ondas baterem em seu torso. Ela pulou e o abraçou pelo pescoço, beijaram-se apaixonadamente. Suas línguas se entrelaçaram enquanto o mar morno os balançava de um lado ao outro. Abriu os olhos e a viu iluminada pelo brilho fraco das estrelas e molhada pela água quente, seus longos cílios com pingos de água, sua face dourada com gotículas escorrendo, seus lábios generosos e seus olhos amendoados apertados de prazer, dos beijos, do abraço. Seus lábios roçaram seu pescoço. Suspirou tentando se conter. As pernas fortes dela roçaram os lados de seus quadris e logo em seguida as sentiu enrolando em sua cintura. Seu calor abrasador roçando em sua barriga.- Ah, meus deuses! Tarine, vai me matar assim! - Não morra, eu quero você Kae.Ele andou apressadamente, na velocidade de elfo. Ela deu um gritinho, surpresa pela velocidade. Logo, estavam ambos nas grandes almofadas da sala, ela ainda enroscada em seus quadris. Ambos completamente molhados, as roupas
Já estavam há duas horas tendo como paisagem, apenas mar, por todos os lados e a perder de vista, o mar se estendia, azul profundo. Vez ou outra apareciam milhares de animais marítimos pulando alegremente e alguns tão grandes que nem conseguia dimensionar. Algumas sereias de sexo diferente e pele azul tomavam sol, boiando na superfície da água, extremamente belos e atrativos. Acenaram quando nos viram passar e acenamos de volta. - Um dia voltaremos aqui e levarei você para conhecer a cidade deles.- Seria maravilhoso! - fiz um monte de perguntas, ávida por saber tudo sobre aquele lugar embaixo d'água. E como já havia sido informada, poderia respirar tranquilamente pois meu corpo se adaptava às condições de vida do lugar e eu criaria guelras e barbatanas para nadar e respirar. Kae me explicou que o rei era um dos que estavam tomando sol e que todos ali eram companheiros dele, os homens e as mulheres. Eles se relacionavam com harmonia e tinham uma união perfeita entre eles.