Resolveu que precisava comer. Sentou e se alimentou com frutas, legumes e um caldo fumegante e muito saboroso que restaurou sua energia. Bebeu um líquido vermelho e refrescante. Em seguida usou o banheiro, despiu-se e entrou na pequena cachoeira aquecida, imaginou que poderia estar mais quente e percebeu que ela se aquecia como se tivesse mexido em algum botão.
- Que estranho! - Falou consigo mesma. Ficou por algum tempo deitada, apreciando a água tépida na pele. Ao lado viu que havia uma barra arredondada e pegou, era um sabão que usou para se lavar. Quando decidiu sair percebeu que não tinha outras roupas, olhando pelo aposento viu algumas peças de roupas na cama. Levantou, se enxugou e foi se vestir. As roupas eram de um tecido macio e bem aconchegante. Deitou e para sua surpresa teve muito sono e rapidamente dormiu. Esquecida sentiu uma carícia suave no rosto, se assustou e ao mesmo tempo suas mãos aqueceram, o que a fez acordar subitamente . Havia um pequeno animalzinho saltitando de sua cama e correndo esconder-se atrás de uma poltrona, foi quando percebeu o cheiro de queimado e fumaça subindo. Pulando da cama e tentando apagar o fogo, percebeu que suas mãos é que o causaram e que ela estava toda iluminada, suas veias estavam brilhantes como rios de lava em sua pele. Correu pelo quarto pulando na água da banheira e seu corpo foi esfriando enquanto a água fervia e evaporava.- Mas o que está acontecendo comigo? O que eu sou? - disse voltando ao normal aos poucos. O animalzinho que a havia assustado, deu um leve gemido e a olhou como se pedisse desculpas.- Ok, pequenino, não se preocupe, apenas me assustei com tudo isso. Não tenha medo, venha! - O chamou com a mão, que já estava normal.- Quem é você, hein? - Perguntou enquanto o pequeno peludo vinha andando em duas patas na sua direção. Enquanto o acariciava pensou que deveria chamar alguém e lembrou que bastava dizer Leigh.- Leigh, por favor, preciso de ajuda. - No mesmo instante a linda princesa se materializou em seu quarto e a olhou surpresa.- Quando Kaeidh disse que bastava pensar em você e você apareceria, não pensei que seria assim.- Cada povo tem uma ou mais habilidades, acho que uma hora você vai se acostumar. Mas o quê aconteceu com você Esquecida? - disse, Leigh, estendendo a mão para ajudá-la a sair da banheira.- Eu também não faço ideia do que aconteceu comigo. Simplesmente senti esse pequenino me acariciar no rosto e quando me assustei senti que pegou fogo na cama, em meu corpo todo, mas principalmente em minhas mãos. Corri pra água porque entendi que se eu estava pegando fogo, precisava apagar. Agora além de não saber quem eu sou, não sei o quê sou! - disse.- Espere, venha, vou lhe ajudar a se trocar e vamos falar com Kaeidh. Vamos explicar tudo que pudermos ou soubermos. - disse, Leigh caminhando, pegando uma toalha e a ajudando a se secar.- Obrigada, realmente preciso de respostas, desde que acordei estou seguindo todos sem saber nada do que ocorre neste planeta, ou não sei o quê. Ao mesmo tempo sei que o correto é ser ajudada por vocês do mesmo jeito que sei que as criaturas que saíram da floresta não eram coisas boas. Sinto isso em meu ser - disse a Esquecida, olhando a marca escurecida de queimado que fazia o formato de seu corpo nos lençóis. - Isso, é porque você realmente sabe. - Respondeu Leigh - É do nosso povo. Se mentir, saberemos, mas às vezes nós ignoramos esta habilidade. Agora o que não é do nosso povo é pegar fogo. Isso eu nunca vi. Me conte melhor como foi?- Sim, estava assustada com esse pequeno serzinho aqui, - disse afagando o animalzinho - e senti cheiro de fumaça, de algo pegando fogo, olhei e era meu corpo todo, minhas mãos incendiando os lençóis, minhas veias pareciam lava em minha pele e eu estava brilhando. A única coisa que consegui pensar foi em pular na água. - Leigh a olhou atentamente com uma sobrancelha levantada e falou:- Pelo que vejo parece que você não é puramente da nossa raça. Mas vamos até meu irmão. Conseguiremos pensar melhor sobre isso tudo.Trocou-se colocando uma roupa branca, azul e dourada com uma calça parecida com a da princesa Leigh, o tecido parecia como se fosse couro, mas muito mais macio e confortável, ela moldava seu corpo até a cintura, combinando com a blusa azul ajustada e uma túnica justa até o quadril. Leigh arrumou seus cabelos numa trança transversal e finalizou com um prendedor dourado. Olhando-se pela primeira vez, desde que acordou na floresta, viu uma mulher alta, morena, forte, de olhos verdes amendoados, lábios grossos, e cabelos longos e negros. Ao seu lado a princesa sorriu e falou: - Vamos! Kaeidh nos espera e estou ansiosa por nossa conversa também.Saíram do quarto acompanhadas pelo pequenino que saltitava em volta das pernas das duas alegremente.- Este é um filodi, eles nos adotam como amigos. Pode acreditar quando digo que eles dariam a vida por nós. Você tem que nomeá-lo. São mágicos, como tudo neste nosso planeta, sempre que nascem, voam e escolhem alguém pra amar. Pelo jeito você foi a escolhida. A Esquecida olhou aquele pequeno e feliz ser e sorriu. Era muito lindo, gordinho e seus pêlos eram intercalados com escamas azuis que pareciam peroladas, tinha quatro patas semelhantes a mãos mas andava em pé saltitando, seus olhos grandes lilases e redondos, orelhinhas caídas, focinho rosa, bochechinhas redondas com pelinhos da mesma cor das escamas e com uma calda larga que obviamente o ajudava no equilíbrio e nos saltos.-Ah, então eu o chamarei de Moony. - logo que falou o pequeno filodi pulou mais e mais até que desapareceu e logo estava em seu colo, a abraçando ternamente pelo pescoço. - ela riu e a princesa Leigh falou.- Como eu disse, são mágicos e ele está lhe agradecendo o amor retribuído. Terá sua lealdade por toda vida. A Esquecida sorriu e deu um afago em Moony. Continuaram andando pelo longo corredor e chegando a uma sala enorme com cadeiras em toda sua volta e com várias pessoas de diferentes características e idades sentadas nelas. Todos conversavam animadamente e silenciaram aos poucos a olhando. Pararam no meio e Leigh sussurrou.- São todos do Conselho, cada um de um povo e povoado diferente do nosso planeta. Todos estão empolgados com sua chegada. Todos tem as vozes dos antepassados e podem falar suas versões da profecia.- Esquecida, seja bem vinda ao Conselho da Vida. Sentem-se aqui ao meu lado e vamos ouvir a todos para descobrimos tudo que pudermos sobre a profecia. Peço desculpas por não ter nada pronto. Até dois dias atrás achávamos que você era uma lenda. Vivemos sem imaginar que um dia você estaria aqui de verdade. - disse Kaeidh se abaixando e a olhando nos olhos. Leigh pegou em seu braço e foram as duas sentar nas cadeiras indicadas.- Olá, Esquecida, sou Travalt do povo do norte - disse um homem alto e grisalho. - Meus antepassados gostariam de falar agora, posso? Kaeidh a olhou e fez que sim com a cabeça. Ela fez que sim também e o olhou atenta. De um colar que carregava no pescoço, surgiu uma luz, que flutuou iluminando a sala e bem ao meio no grande espaço vazio, surgiram imagens de pessoas nelas.- Há dez mil anos, disseram que nasceriam de novo dez discípulos da Vida, que escolheram nascer pela água ao mesmo tempo, e selaram suas vidas em prol dos povos - na imagem dez pessoas apareciam vestidos roupas curtas em cores diferentes, entravam em um lago cristalino e brilhante, imediatamente suas pernas, pés e braços, criavam escamas e barbatanas, em seu pescoço abriram-se guelras e eles mergulhavam no lago, indo até o fundo e lá uma energia como se fosse uma árvore brilhante que se movimentava em uma mistura de luzes de um azul claro, branco e azul escuro. Eles tocaram nela e a luz estava em seus corpos, saindo pela boca, mãos, cabelos e olhos. Eles ficaram estáticos suspensos na água. - Eles receberam a dádiva de cuidar e proteger seus povos. Mas receberam mais do que isso, quando retornaram falaram que precisavam documentar o que diriam a seguir. Todos ficaram preocupados pois demoraram dois dias para emergir e isso nunca aconteceu em todas as eras. Infelizmente somente os escolhidos podem emergir no lago da Vida. Vieram escribas de todos os povos, e usaram portais para que chegassem mais rápido dado a urgência do ocorrido. Sentaram-se nesta sala e escreveram por dias e dias. Milhares de pergaminhos documentados. Esses pergaminhos foram lidos e guardados e depois perdidos nos incêndios causados por Borag. - e nas imagens foram aparecendo tudo o que Travalt descreveu. Depois, mais pessoas foram se apresentando, inclusive os representantes dos povos de Pirim, Alanda e o povo de Zoltark, os Century. Mais imagens foram aparecendo, com mais histórias contadas, em alguns desenhos feitos por um dos escolhidos, lá estava ela. Com os mesmos olhos verdes, cor da pele, mesmo cabelo.E em um deles ela brilhava e estava suspensa no ar com uma espada de luz. Kaeidh explicou que eles sofriam metamorfoses conforme o ambiente que estavam. Se na água, eles criavam guelras e barbatanas e se precisavam voar, o corpo criava uma espécie de asa, sendo assim um povo que se adaptava a praticamente tudo. Ao final das apresentações que duraram mais ou menos quatro horas, foram todos se despedindo para descansarem em seus aposentos, se alimentarem para que pudessem concluir a investigação dos fatos . Todos iriam trabalhar em cima dos papiros que sobraram e das jóias do passado de cada povoado no dia seguinte. Precisavam saber qual seria o próximo passo e qual era a missão da Esquecida.Ficaram algumas semanas concentrados nos estudos. Cada dia aprendiam mais. Esquecida percebeu que Kaeidh a olhava pensativo às vezes. E ela também se pegava admirando ele ,sua inteligência e seu porte alto. Era educado e solícito com todos e um pouco hesitante com ela às vezes. Ficavam muitas horas juntos. Parecia que inconscientemente buscavam se sentar ou estar juntos o tempo todo, mesmo na biblioteca imensa ou na mesa comunitária da sala de refeições. Sempre se procuravam com os olhos e se sentavam juntos. Leigh até tinha brincado e disse.- Os dois parecem enamorados. Está sentindo algo pelo meu irmão ? Já posso te chamar de "sis" ? - E riaNem conseguiu responder a Leigh e Kaeidh apareceu do seu lado .- Esquecida, podemos dar um passeio pelo entorno do castelo? Preciso que me conte sobre tudo que vc sabe desde que acordou. - disse Kaeidh- Sim, vamos. Também quero saber mais. - Disse a Esquecida , fazendo careta para Leigh e saindo com Kaeidh- Esquecida, podemos dar um passeio pelo entorno do castelo? Preciso que me conte sobre tudo que você sabe desde que acordou. - disse Kaeidh- Sim, vamos. Também quero saber mais. - disse a Esquecida. Saíram do Palácio por uma enorme porta, desceram por um gramado com flores e árvores em volta em direção à uma fonte de água cristalina e sentaram-se nela. As águas se mexeram e tilintaram, como se soubesse que eles estavam ali. A Esquecida olhou um pouco espantada e Kaeidh sorriu.- É a fonte da vida, ela está apenas nos dizendo oi. Ela é viva, não somente uma fonte na qual possamos saciar a sede. Ela é realmente vida. Você se acostumará. A Esquecida aproximou a mão da água e ela subiu, abraçando sua mão toda. Sentindo uma calidez e uma alegria vindo dela, a Esquecida ouviu o que a água pensava e ela começou a entender a estranha linguagem da fonte de vida.- Ela me disse bem vinda, que para ela é uma alegria que eu esteja aqui. Estou entendendo a língua dela, como se fôssemos você e eu falando. Kaeidh ficou espantado- Isto nunca aconteceu com nenhum povo. Nunca conversamos com ela, não se não formos escolhidos dos povos e mesmo eles, nunca conversaram com as águas na superfície. Nunca como você está fazendo agora. Recebemos informações da árvore da vida mas nunca conversamos com ela. Você é mesmo especial Esquecida.- Estou surpresa também, desde que acordei, parece que mesmo que eu não saiba disso, sei conversar em todas as linguagens de todos os povos que conheci em sua sala. Sinto vocês como se os conhecesse de outras vidas. E eu pretendo descobrir tudo que está acontecendo ou e conhecer tudo sobre mim, sobre a água e sobre a profecia - recontou a ele as poucas coisas que aconteceram desde que abriu os olhos na floresta. Ele a olhava atento e fez questão de prestar atenção a cada movimento de mãos e corpo dela. A forma como seus lábios mexiam ou enrugavam levemente os cantos dos olhos quando ela pensava sobre o que dizia e ponderava cada coisa de que se lembrava.Sua pele bronzeada era encantadora e Kaeidh estava preso por esse encantamento. Sinceramente, pela primeira vez em tanto, tanto tempo, ele teve interesse real por uma elfa . E essa tão especial e de tirar o fôlego de qualquer um, estava presa aos olhos e pensamentos de Kaeidh.Kaeidh se despediu de todos e entrou em seu quarto, precisava pensar, tentar entender ao menos uma parte de tudo que estava acontecendo, a vinda de uma elfa, uma prometida? Uma coincidência, mero acaso? Justamente ao mesmo tempo em que ele pensava que estava pronto para receber sua âme sœur. Sua raça não sentia nada como o amor, emoções que um parceiro deveria sentir para que não se confundissem e se unissem com pessoas erradas. As uniões eram completas, corpo e alma e o chamado era sutil e conforme convivesse iam aumentando até a conexão, que seria alcançada juntos. Kaeidh havia tido o âme sœur antes, mas sua companheira estava doente e morreu sem nem ao menos saber sobre o que ele sentia. Portanto ele nunca teve a chance de ver o sentimento crescer, mas agora, ele havia sentido o interesse pela Esquecida e estava muito preocupado pois não sabia se ela se interessaria do mesmo jeito por ele, não eram da mesma espécie, achava. Não sabia se isso seria um problema, dado que nunca
Kaeidh mostrou o quarto e o local de banho e higiene pessoal. Saiu e foi até a cozinha ver o que havia para comerem. Separou pães, frutas, queijos, o caldo maravilhoso de leguminosas e folhas típico do vilarejo. Arrumou tudo em uma bandeja e bateu a porta, esperou um pouco, não ouviu nada e voltou a cozinha, depositou a bandeja na mesa e esperou . Ouviu ela o chamar e foi rapidamente levando a bandeja, bateu à porta novamente, ela respondeu. - Entre. - Kaeidh entrou e ficou surpreso. Ela estava enrolada em uma toalha gigante, apenas os braços de fora e o cabelo molhado, solto, caindo pelas costas. A pele ainda um pouco úmida do vapor da água, ela disse envergonhada. - Não sei onde encontrar roupas e as minhas estão manchadas de sangue. Fiquei na dúvida, procurei mas não achei. Só pensei em te chamar . Desculpe. Não trouxe nada comigo, achei que voltaríamos para o castelo ainda hoje. Kaeidh respirou forte, havia prendido a respiração e esquecido de voltar a respirar. Abri
Zoltark havia ido até a entrada do complexo após perceber mais conversas. Voltou com outro de sua mesma espécie.-Kae, Caleb veio do vilarejo da ponte de Sayra, ela tem outra pessoa com ela, uma que também veio das florestas, também não se lembra de muito, mas procura alguém chamada Saphyre. Seu nome é Ambhar -Ambhar, sim, minha irmã.-olhou Kaeidh, seus olhos repletos de lágrimas- Eu me lembro disso.- Kaeidh segurou suas mãos.- Eu estou me lembrando dela. Deuses! - O abraçou- Onde ela está Caleb? - perguntou Kaeidh - Está com Sayra, está segura.- disse Caleb- Poderia preparar tudo para que ela venha para cá ou prefere que a leve ao palácio? - Você decide Saphyre. -disse Kae a chamando pelo nome pela primeira vez. - Temos que encontrar ela e, temos que ir a cidade de Nárë, a terra dos dragões, para que você aprenda a controlar seu poder. Ou, podemos ir direto para Nárë e a enviar junto com Caleb até lá. Demoraremos 1 dia mesmo com a carruagem, para chegar em Sa
Kae andou com ela até as ondas baterem em seu torso. Ela pulou e o abraçou pelo pescoço, beijaram-se apaixonadamente. Suas línguas se entrelaçaram enquanto o mar morno os balançava de um lado ao outro. Abriu os olhos e a viu iluminada pelo brilho fraco das estrelas e molhada pela água quente, seus longos cílios com pingos de água, sua face dourada com gotículas escorrendo, seus lábios generosos e seus olhos amendoados apertados de prazer, dos beijos, do abraço. Seus lábios roçaram seu pescoço. Suspirou tentando se conter. As pernas fortes dela roçaram os lados de seus quadris e logo em seguida as sentiu enrolando em sua cintura. Seu calor abrasador roçando em sua barriga.- Ah, meus deuses! Tarine, vai me matar assim! - Não morra, eu quero você Kae.Ele andou apressadamente, na velocidade de elfo. Ela deu um gritinho, surpresa pela velocidade. Logo, estavam ambos nas grandes almofadas da sala, ela ainda enroscada em seus quadris. Ambos completamente molhados, as roupas
Já estavam há duas horas tendo como paisagem, apenas mar, por todos os lados e a perder de vista, o mar se estendia, azul profundo. Vez ou outra apareciam milhares de animais marítimos pulando alegremente e alguns tão grandes que nem conseguia dimensionar. Algumas sereias de sexo diferente e pele azul tomavam sol, boiando na superfície da água, extremamente belos e atrativos. Acenaram quando nos viram passar e acenamos de volta. - Um dia voltaremos aqui e levarei você para conhecer a cidade deles.- Seria maravilhoso! - fiz um monte de perguntas, ávida por saber tudo sobre aquele lugar embaixo d'água. E como já havia sido informada, poderia respirar tranquilamente pois meu corpo se adaptava às condições de vida do lugar e eu criaria guelras e barbatanas para nadar e respirar. Kae me explicou que o rei era um dos que estavam tomando sol e que todos ali eram companheiros dele, os homens e as mulheres. Eles se relacionavam com harmonia e tinham uma união perfeita entre eles.
- Então está decidido, vamos fazer novamente uma armada e procurar sobrevoando a floresta. Precisaremos de toda ajuda alada que obtivemos.- Kae disse.- Acha que devemos contatar o rei Sírius? Voce sabe que desde que a família dele foi atacada e morta ele se isolou de todos e se tornou um guerreiro.- Dizem que ele já matou tantos têntri que perdeu a conta. Solano,o rei fae, nos disse que o seus guardas o viram numa varredura e ele vagando na floresta. Disse que estava quase nu e seu corpo estava ainda mais musculoso que antes. Talvez buscasse têntris? Para matar? -falou Àsgar- Ele está vivendo fora do muro de proteção então? Como sobreviveu aos têntris até hoje Àsgar? -Perguntou Zenit. - Não sabemos Zen. O único que sabemos é que ele jamais voltou ao castelo novamente. Isso fazem três séculos já. É muito tempo co
As ondas gigantescas de luz e fogo azuis flutuaram no abismo abaixo da ilha. Saphyre caiu de joelhos nas gramíneas verdes e desmaiou, exausta com a intensidade de seus poderes. As pessoas correram, alguns gritando ordens. Outros pegando baldes de água para tentar apagar o fogo que pegou em alguns locais da ilha, antes do castelo.Kaeidh estava se vestindo quando a sensação da existência dela saiu de sua mente, como um apagão. Ficou desesperado e correu rapidamente fazendo o mesmo caminho que ela quando viu ao sair todos apressados apagando fogos azuis aqui e ali e vários pontos de incêndio, o avisaram onde ela estava e ele foi pro lado dela, chegando perto de uma desesperada mbhar, enquanto ela apagava o fogo de Saphyre com panos úmidos. Seus olhos preocupados e vermelhos de chorar.- Saphyre! - Kaeidh abaixou do lado dela colocando sua cabeça em seu peito para saber se estava respirando.- ela est&aa
Em algum lugar da floresta, Borag cavalgava em seu têntri Alazôr. Feliz porque seu experimento havia sido um sucesso desta vez! Após encerrar três cativos em sua cela nas profundezas da montanha que havia tomado para si, conseguiu retirar da fêmea mais velha o sangue necessário para mesclar ao seu e a sua magia para criar em um century o seu cavalo têntri alado. Alazôr era o nome do jovem century, havia pensado em lhe dar outro mas achou que teria mais poder ainda sobre ele o chamando continuamente pelo nome que seus bondosos e honrados pais mortos o haviam batizado. Riu alto, sentiu quase como se escarnecesse deles. Lembrou com carinho como o olhou surpreso quando completou a transfusão e o transfomou na montaria ideal. Jovem, forte, obstinado e voluntarioso, além de que quebrado pelo seu punho até se curvar aos seus desejos. Poder era realmente bom! E Borag tinha sede de poder. Aproveitara as notícias de