Kae andou com ela até as ondas baterem em seu torso. Ela pulou e o abraçou pelo pescoço, beijaram-se apaixonadamente. Suas línguas se entrelaçaram enquanto o mar morno os balançava de um lado ao outro. Abriu os olhos e a viu iluminada pelo brilho fraco das estrelas e molhada pela água quente, seus longos cílios com pingos de água, sua face dourada com gotículas escorrendo, seus lábios generosos e seus olhos amendoados apertados de prazer, dos beijos, do abraço. Seus lábios roçaram seu pescoço. Suspirou tentando se conter. As pernas fortes dela roçaram os lados de seus quadris e logo em seguida as sentiu enrolando em sua cintura. Seu calor abrasador roçando em sua barriga.
- Ah, meus deuses! Tarine, vai me matar assim!- Não morra, eu quero você Kae.Ele andou apressadamente, na velocidade de elfo. Ela deu um gritinho, surpresa pela velocidade. Logo, estavam ambos nas grandes almofadas da sala, ela ainda enroscada em seus quadris.Ambos completamente molhados, as roupasJá estavam há duas horas tendo como paisagem, apenas mar, por todos os lados e a perder de vista, o mar se estendia, azul profundo. Vez ou outra apareciam milhares de animais marítimos pulando alegremente e alguns tão grandes que nem conseguia dimensionar. Algumas sereias de sexo diferente e pele azul tomavam sol, boiando na superfície da água, extremamente belos e atrativos. Acenaram quando nos viram passar e acenamos de volta. - Um dia voltaremos aqui e levarei você para conhecer a cidade deles.- Seria maravilhoso! - fiz um monte de perguntas, ávida por saber tudo sobre aquele lugar embaixo d'água. E como já havia sido informada, poderia respirar tranquilamente pois meu corpo se adaptava às condições de vida do lugar e eu criaria guelras e barbatanas para nadar e respirar. Kae me explicou que o rei era um dos que estavam tomando sol e que todos ali eram companheiros dele, os homens e as mulheres. Eles se relacionavam com harmonia e tinham uma união perfeita entre eles.
- Então está decidido, vamos fazer novamente uma armada e procurar sobrevoando a floresta. Precisaremos de toda ajuda alada que obtivemos.- Kae disse.- Acha que devemos contatar o rei Sírius? Voce sabe que desde que a família dele foi atacada e morta ele se isolou de todos e se tornou um guerreiro.- Dizem que ele já matou tantos têntri que perdeu a conta. Solano,o rei fae, nos disse que o seus guardas o viram numa varredura e ele vagando na floresta. Disse que estava quase nu e seu corpo estava ainda mais musculoso que antes. Talvez buscasse têntris? Para matar? -falou Àsgar- Ele está vivendo fora do muro de proteção então? Como sobreviveu aos têntris até hoje Àsgar? -Perguntou Zenit. - Não sabemos Zen. O único que sabemos é que ele jamais voltou ao castelo novamente. Isso fazem três séculos já. É muito tempo co
As ondas gigantescas de luz e fogo azuis flutuaram no abismo abaixo da ilha. Saphyre caiu de joelhos nas gramíneas verdes e desmaiou, exausta com a intensidade de seus poderes. As pessoas correram, alguns gritando ordens. Outros pegando baldes de água para tentar apagar o fogo que pegou em alguns locais da ilha, antes do castelo.Kaeidh estava se vestindo quando a sensação da existência dela saiu de sua mente, como um apagão. Ficou desesperado e correu rapidamente fazendo o mesmo caminho que ela quando viu ao sair todos apressados apagando fogos azuis aqui e ali e vários pontos de incêndio, o avisaram onde ela estava e ele foi pro lado dela, chegando perto de uma desesperada mbhar, enquanto ela apagava o fogo de Saphyre com panos úmidos. Seus olhos preocupados e vermelhos de chorar.- Saphyre! - Kaeidh abaixou do lado dela colocando sua cabeça em seu peito para saber se estava respirando.- ela est&aa
Em algum lugar da floresta, Borag cavalgava em seu têntri Alazôr. Feliz porque seu experimento havia sido um sucesso desta vez! Após encerrar três cativos em sua cela nas profundezas da montanha que havia tomado para si, conseguiu retirar da fêmea mais velha o sangue necessário para mesclar ao seu e a sua magia para criar em um century o seu cavalo têntri alado. Alazôr era o nome do jovem century, havia pensado em lhe dar outro mas achou que teria mais poder ainda sobre ele o chamando continuamente pelo nome que seus bondosos e honrados pais mortos o haviam batizado. Riu alto, sentiu quase como se escarnecesse deles. Lembrou com carinho como o olhou surpreso quando completou a transfusão e o transfomou na montaria ideal. Jovem, forte, obstinado e voluntarioso, além de que quebrado pelo seu punho até se curvar aos seus desejos. Poder era realmente bom! E Borag tinha sede de poder. Aproveitara as notícias de
Dois dias a mais se passaram e Saphyre acordou em seu novo quarto, separada de Kaeidh. Haviam resolvido ficar em alas diferentes do castelo por enquanto, para proteção de todos da ilha flutuante. Kaeidh havia ido com alguns dragões, Zenit e Zarin fazer rondas, para distrair a cabeça e parar de pensar um pouco em Saphyre, no dia anterior. Quem sabe eles iriam encontrar Sirius ali por perto. Com um dragão adulto em plena formação, eles poderiam cobrir várias milhas em norte, sul, leste e oeste em um único dia. No final do dia de ontem ela e Kae conversaram e quiseram ficar separados para que ela aproveitasse esse tempo para focar no treinamento.Hoje era dia de mais treino, só que hoje, mbhar e ela, fariam o treino com Fayne e Sola. Ambas especialistas em explosões. Após quatro dias de tentativas sem sucesso para acender as piras, tentariam explodir coisas. Talvez quem sabe, dessa vez desse em algo. Estava tensa e frustrada, queria estar com Kae. Desesperadamente. Mas sabia que ele
mbhar fez que sim com a cabeça e falou.- Acho que mamãe sabia o que ia acontecer, ou ao menos sabia que tinhamos esses poderes. Sempre me lembro dela dizendo algumas palavras todos os dias ao final do dia em volta de nossa casa. - Quero que tudo isso seja solucionado o mais breve possível. E mbhar, mudando de assunto, eu queria perguntar, porque fiquei curiosa.- falou Saphyre para mbhar. - Elas entram naquele edifício para se transformar, porquê?- Ah bem, elas não se transformam com roupas, sabe? - Saphyre abriu a boca.- Sério? Então foi por isso que você ficou chocada quando Fayne se transformou na sua frente? Ela estava nua! - olhou a mbhar e ela corou.- Sim! Mas fica quieta! Elas vem vindo! - Ah irmãzinha. Pode deixar, boquinha de siri! - riram e mbhar ficou toda envergonhada quando Fayne e Sola chegaram próximas a elas em suas formas de dragões. - Subam! -
Amanhecendo o dia Zarin, Zenit, Kaeidh, Samy e Fion começaram a preparar as coisas para a caça do dia. Os dragões nadavam bem e eram certeiros na caçada dentro do mar, mas não podiam ficar muito tempo dentro da água. Eram como o tiro de um canhão no mar, batiam na água tão forte e rápido que era difícil escapar deles. Geralmente voltavam com um ou outro ser já abatido, o qual colocavam nos cestos, com cuidado e respeito pelo animal ter dado sua vida, agradecendo à mãe vida pelo alimento. A competição sempre era por melhor mergulho e melhor caça do dia. Kaeidh teria guelras e rapidez mas não tanto quanto os dragões. Zenit passou muito tempo a beira mar com Zarin, eram inseparáveis. Os irmãos, eram quase iguais em quase todos os aspectos, aparência, altura e os sorrisos e cabelos, mas Zenit tinha um apreço maior pela caça dentro do mar. Não pela caça, mas pela queda e pelo mergulho. Zenit sempre subia a uma altura maior do que os outros, conferindo assim, maior velocidade no mergu
Sírius passou seis noites dormindo no topo de árvores, a cada dia subia mais a parede de pedras, mas ao final da tarde ele tinha que caçar para que pudesse se alimentar. De manhã, sentava e esperava a água cair das folhas das árvores para encher novamente sua bolsa e tinha que, mesmo com o enorme esforço corporal desprendido, tentar fazer durar o alimento e a água, pois sempre poderia ficar sem um ou outro.No segundo dia, Sirius olhava para o alto e não imaginava de onde havia saído essa parede, se era natural ou fora feita por alguém e se fora feita, quanto tempo, quais e quantos seres haviam feito algo tão alto. Sabia que o muro não era visível pelos céus por causa que as copas das árvores eternas chegavam aos céus até quase tocar as nuvens e que para chegar até ele pela terra demandava muitas semanas de caminhada, adentrando muito fundo