- E ali, naquela barraca, aquela elfa de cabelos cor de cobre, pegando comida para meu sobrinho Sorag, é a minha irmã Leigh. - apontou Kaeidh - Logo virão se juntar a nós.- Falou e voltou-se para Kasphio de novo. - A rainha Alanda havia mandado procurarem por você, mas não haviam te encontrado em nenhum lugar de Filanthopia.
- Sim? Que coincidência. Esquecida você disse? Há uma profecia sobre isto. Mas voltando ao assunto, eu vim diretamente para cá em busca de conhecimento. - Falou mais baixo em tom de conspiração. - Estava em uma biblioteca em Filanthopia e vi um livro com uma marcação, o livro era antigo, feito de papiros e me deixou extremamente curioso. Nem as bordas eram aparadas. Na marca em dourado havia uma mensão a biblioteca de Satiriant. Fiquei intrigado, fui pesquisar nos mapas, nenhum deles tinham absolutamente nada sobre Satiriant. Passei dois meses em buscas noPassaram o restante da noite pesquisando, Kasphio ajudava muito, era extremamente sagaz e muito apto a descobrir coisas escondidas e ler nas entrelinhas. Era uma coisa inigualável, acho que por isto os bibliotecários passavam seus ofícios de pais para filhos. Era incrível como ele conseguia catalogar tudo tão rapidamente mentalmente. Deveras impressionante.Anotaram parte da profecia que ele recitara para todos novamente e depois ficou tão tarde que eles simplesmente foram cada um à suas camas. Ambhar pensava em Fayne e na conversa que haviam tido na noite passada. E após, Ambhar deitou-se com ela mas não conseguiu dormir, saiu e foi para seu quarto no castelo. E logo cedo arrumou suas poucas coisas e foi em direção a plataforma de pouso das carruagens. Sentia-se solitária, vendo Leigh com Tarwin e Saphyre com Kaeidh. Dois casais tão perfeitos! Bem, não sabia se T
Saphyre e Kaeidh desceram ao salão logo cedo no dia seguinte. Leigh havia buscado Sorag cedo, antes das oito da manhã. Estava com uma aparência de cansada e preocupada. Eu e Kae não perguntamos nada para ela, pois ela nos contaria se necessitasse.Nos alimentamos com o restante do grupo e migramos todos, direto de volta à biblioteca. Dessa vez, subimos ao terceiro andar onde havia uma mesa maior com muito mais espaço para os livros que iríamos ler, e com sofás e poltronas mais confortáveis para nós. Iríamos passar o dia por ali. Kaeidh, Saphyre, Ambhar, Faleey, Tarwin, Leigh e Kasphio estavam debruçados cada um em seus livros. Kasphio estava totalmente empolgado por conhecer duas fêmeas mistas de elementar com elfo. Falou que ouvirá falar sobre elementais há muito tempo mas que fazia muito mais tempo ainda, que não ouvira sequer qualquer menção a eles, nem
Kaeidh e Saphyre desceram para a biblioteca novamente, leram, desta vez, sobre as raças que existiam no continente primitivo.- Oh, isto é muito bom! Lobos, homens Lobos.- Disse Ambhar- Metamorfos? Nós temos aqui! - Falou Kaeidh.- Não são metamorfos. São homens que têm uma fera dentro de si. Eles se transformam apenas em noite de lua cheia. Completamente claro. Porque eles querendo ou não, o lobo, a fera sempre está à espreita. A descrição é " como se fossem duas almas em um corpo, lupino e humano. Ambos coexistindo em uma existência longa e feroz", inacreditável. - olhou para Saphyre. - são lobisomens Saphyre, lembra que ouvíamos sempre sobre isso nas lendas do nosso planeta?- Sim ! Mas no nosso planeta eles são puro instinto, se alimentam de pessoas. Aqui seriam assim também? - Não faço ideia, nunca ouvimos fa
Voltaram as ilhas flutuantes no dia seguinte. Levavam consigo muitas informações e todos os mapas antigos dos locais. Alguns diziam que seria ao norte de Balahad, em outros eles viram que o local estava ao sul de Citadelly, o que era muito estranho pois ficavam em locais distantes. Então resolveram fazer duas rotas e a partir disto, enviar os batedores para investigação.Àsgar deu mais notícias a respeito de Sírius. Eles disseram que a elfa que vivia ali atrás dos muros que Borag levantou, era noiva dele. Claro que não por sua própria vontade. Disse que ele ficaria uma semana sem visitá-la, mas que deviam tomar cuidado pois ele sempre a vigiava, ela não sabia como. Então, Tamany sempre ia até ela, na forma invisível. E o sinal de que Tamany estava ali, eram sons de pedrinhas caindo no lago.Elas se comunicavam com lápis e papel, já que a elfa os tinha para desenhar e escrever, e em alguns casos, elas se falavam com sussurros, no escuro da noite, antes dela ir dormir. Por enqua
Abriu os olhos. Algo calmante, úmido e maravilhoso caía com gotículas etéreas em sua face. Fitou a copa das árvores, e logo acima o azul profundo do término da noite dissipando-se no colorido da luz do dia, haviam três luas ou planetas um ao lado do outro, além de pequenas estrelas que aos poucos iam sumindo. Sentiu-se estranha, entorpecida, como se tivesse dormido um longo período de tempo. Havia dormido tanto assim? E porque estaria ali, naquele local? Baixando o olhar viu que estava em uma pequena clareira em uma floresta! Será que havia ido acampar e sofrido algum acidente? Olhou ao redor, estava em meio a uns arbustos multicoloridos, com flores desconhecidas, pelo menos pareciam flores, não tinha certeza. Nada estava certo, pensou alarmada. Tentou sentar-se e ficou aliviada por conseguir sem problemas. Mas estava um pouco dolorida, apoiou com as mãos no chão e empurrou para ficar de pé. O cheiro daquele lugar, era maravilhoso, e a terra aos seus pés era colorida, de um verde e
Resolveu que precisava comer. Sentou e se alimentou com frutas, legumes e um caldo fumegante e muito saboroso que restaurou sua energia. Bebeu um líquido vermelho e refrescante. Em seguida usou o banheiro, despiu-se e entrou na pequena cachoeira aquecida, imaginou que poderia estar mais quente e percebeu que ela se aquecia como se tivesse mexido em algum botão.- Que estranho! - Falou consigo mesma. Ficou por algum tempo deitada, apreciando a água tépida na pele. Ao lado viu que havia uma barra arredondada e pegou, era um sabão que usou para se lavar. Quando decidiu sair percebeu que não tinha outras roupas, olhando pelo aposento viu algumas peças de roupas na cama. Levantou, se enxugou e foi se vestir. As roupas eram de um tecido macio e bem aconchegante. Deitou e para sua surpresa teve muito sono e rapidamente dormiu. Esquecida sentiu uma carícia suave no rosto, se assustou e ao mesmo tempo suas mãos aqueceram, o que a fez acordar subitamente . Havia um pequeno animalzinho salt
Kaeidh se despediu de todos e entrou em seu quarto, precisava pensar, tentar entender ao menos uma parte de tudo que estava acontecendo, a vinda de uma elfa, uma prometida? Uma coincidência, mero acaso? Justamente ao mesmo tempo em que ele pensava que estava pronto para receber sua âme sœur. Sua raça não sentia nada como o amor, emoções que um parceiro deveria sentir para que não se confundissem e se unissem com pessoas erradas. As uniões eram completas, corpo e alma e o chamado era sutil e conforme convivesse iam aumentando até a conexão, que seria alcançada juntos. Kaeidh havia tido o âme sœur antes, mas sua companheira estava doente e morreu sem nem ao menos saber sobre o que ele sentia. Portanto ele nunca teve a chance de ver o sentimento crescer, mas agora, ele havia sentido o interesse pela Esquecida e estava muito preocupado pois não sabia se ela se interessaria do mesmo jeito por ele, não eram da mesma espécie, achava. Não sabia se isso seria um problema, dado que nunca
Kaeidh mostrou o quarto e o local de banho e higiene pessoal. Saiu e foi até a cozinha ver o que havia para comerem. Separou pães, frutas, queijos, o caldo maravilhoso de leguminosas e folhas típico do vilarejo. Arrumou tudo em uma bandeja e bateu a porta, esperou um pouco, não ouviu nada e voltou a cozinha, depositou a bandeja na mesa e esperou . Ouviu ela o chamar e foi rapidamente levando a bandeja, bateu à porta novamente, ela respondeu. - Entre. - Kaeidh entrou e ficou surpreso. Ela estava enrolada em uma toalha gigante, apenas os braços de fora e o cabelo molhado, solto, caindo pelas costas. A pele ainda um pouco úmida do vapor da água, ela disse envergonhada. - Não sei onde encontrar roupas e as minhas estão manchadas de sangue. Fiquei na dúvida, procurei mas não achei. Só pensei em te chamar . Desculpe. Não trouxe nada comigo, achei que voltaríamos para o castelo ainda hoje. Kaeidh respirou forte, havia prendido a respiração e esquecido de voltar a respirar. Abri