Discutiram o que fazer, se seguir em frente e ver a muralha ou voltar boa parte e ir até a vila que haviam visto ali próximo do rio Stifhe. E ao final acabaram por decidir voltar para casa.
Ásgar tinha certeza que haviam descoberto algo ali. E também não queria admitir, mas ficou intrigado com a bruxa.- Alguém reparou o quanto essa bruxa era atraente? E mais, o estranho clima entre Ásgar e ela quando entramos? Foi bem estranho. O que houve lá dentro Ásgar? - falou Zarin curioso.- Impossível não reparar nisso Zarin. E Eu não sei, eu apenas me surpreendi com sua beleza e o fato dela parecer saber quem nós éramos, ela teve um visão, quando me viu, na porta, apenas por uma fresta da porta. Eu travei quando a vi completamente, depois ela foi falando honestamente tudo que podia ou não falar e me pediu humildemente para não forçá-la. Depois de analisar sua cabana vi o pequeno par de calçados de menina, mas não havia uma menina na cabana. Entendem? Pode ser que a sua criança eEnquanto isso, Ágar em sua meia transformação voava com a cesta de comida e bebidas em seus braços fortes. Chegando próximo a cabana pousou cuidadosamente em um dos galhos, caminhou sobre eles até chegar na varanda da porta larga da sala. Sabia que ela o veria de dentro se estivesse na sala, estava certo. Ela abriu uma das duas portas. Era ainda mais linda a luz do dia, os seus cabelos brilhavam vermelhos como fogo vivo. E seus olhos díspares eram encantadores. - O que quer agora rei Ásgar? - Nada, vim somente trazer alguma comida- disse estendendo a cesta repleta para ela ver - Não sei se sabe mas meu povo tem uma tradição de comemorar o primeiro salto e transformação de seus filhos, fazemos um festival para isso e muitas pessoas vêm de longe para o participar tanto das festas quanto do comércio. Então temos muito alimento diversificado e pensei em trazer
Àsgar chegou à praça principal da ilha flutuante em sua meia forma de dragão e com suas asas negras abertas. Pousando no palco onde os adolescentes seriam apresentados por ele para a primeira transformação. Todos silenciaram e o olharam com os olhos arregalados. Ele viu a multidão de seu povo, misturado aos montes de povos que estavam no festival, todos muito curiosos e espantados. Viu seus primos vindo vestidos com as armaduras ainda alargadas em seus corpos. Subiram no palco junto a Ásgar e todos ficaram ainda mais espantados. Os dois, Zarin e Zenit, começaram a se transformar parcialmente. Ouviram-se murmurinhos. As pessoas todas falando sobre o que estava acontecendo. Ásgar deu um passo à frente. - Olá a todos. Sejam bem-vindos ao festival do Salto de dragões. E como vocês podem ver estamos eu e meus primos Zarin e Zenit meio transformados. Eu sei, que todos vocês foram i
Todos ficaram calados, ponderando sobre o que Àsgar havia dito. - Acalmem-se todos. Não há necessidade de se alterarem. Por mim vamos à guerra. - disse Soldyn, rei dos Fae. - Por mim também iremos. - Falou Travalt, rei do povo do norte. Todos concordaram. Saphyre levantou-se e falou:- Temos mais uma irmã, Emeraldy, além de nossos pais. Morávamos em outro planeta, fomos criadas como humanas, nossa mãe, acho eu, nos enfeitiçou para que nossas aparências fossem de humanos e nossos poderes fossem amarrados, deduzimos eu e Ambhar.Ambhar continuou:- Vivemos nossa infância e adolescência neste planeta, o planeta Sarte. Todas nós ao completar doze anos, colocamos fogo em algo. Até que nossa mãe, nessas ocasiões, cantou algo em uma língua desconhecida, segurando nossas mãos, e nunca mais aconteceu. Ela nos assegurou que não aconteceria. Mas nos treinou com gestos e lutas, contra a vontade de nosso pai, Até que certa noite, fomos acordadas por eles, que sussurrando
Àsgar encerrou a reunião. - Por enquanto é isto. Somente, peço que ao voltar aos seus reinos façam o pedido para que quem quiser alistar e treinar para a guerra, se quiserem podem treinar com os meus. Enviem quantos quiserem. E se vocês tiverem medo por suas famílias e as famílias das pessoas nas vilas, avisem, que temos a ilha flutuante Solariana. Fica mais acima e pode abrigar muitos seres. Só me avisar, que teremos abrigo para quem quiser. Obrigada a todos e aproveitem o festival. - Sinalizou para Zenit, Zarin, Tarwin, Alanda, Kae, Saphyre, Ambhar e Leigh permanecerem, enquanto foi falar com Faleey. O esbelto fauno era todo elegante e parecia com um lorde, seus cabelos encaracolados, jogados para trás, desciam numa trança amarrada por um laço e seus pelos faciais concentravam-se no queixo. Os óculos desciam de vez em quando pelo nariz, enquanto ele falava. Era muito bonito se você
Tarwin nem acreditava que iria passar este dia com Leigh e seu filho Sorag. A criança era extremamente inteligente e esperta e se encantava com tudo que ele fazia e dizia. Era participativo e se empolgava com todas as atividades que Tarwin sugeria para se divertirem. Olhando Leigh, percebeu que ela estava mais tranquila e menos irritada do que estava antes de sair da sala de reuniões e de Saphyre a seguir e ficarem um bom tempo conversando. Queria descobrir do que falaram para que essa mudança ocorresse. A olhou de soslaio, e foi vendo as pequenas mudanças na aparência, da jovem que conheceu e que se transformou na mulher de agora. Suas maçãs do rosto altas e seu queixo delicado. As bochechas com furinhos ao sorrir estavam mais magras, do que na época que a viu pela primeira vez, como se ela não tivesse mais prazer em comer e não comia o suficiente. Ficou imaginando o que ela sentiu ao se ver sozinha com um bebê nos braços. Sabia que a perda do âme sœur era como a morte para quem te
Os onze meses se passaram lentamente, os dias se arrastaram, os estudos não distraiam sua mente, o trabalho sim. Portanto trabalhou o máximo que podia, geralmente carregando peso e em coisas que teria que fazer muito esforço. Sempre saía das casas onde moravam temporariamente e procurava nos locais de ajuda e estudo os piores e mais cansativos trabalhos. Isso além de fazê-lo gastar energia era o melhor sonífero, pois ao deitar, acabava apagando de cansaço. E assim retomava o dia seguinte. Kae havia perguntado o que havia ocorrido com ele. Se tinha algo que queria desabafar, mas ele dizia que não, que só estava querendo experiências diferentes e pronto. Não sabia se Kae acreditava nele, ou apenas respeitava a decisão de ele não dizer nada. Passaram pelos mais longínquos vilarejos. Descobriram milhões de coisas e chegou o dia de voltarem. Estavam muito longe e teriam ain
Saphyre e Kaeidh passaram o dia no festival, se divertindo com Tarwin, Leigh e Sorag, Zenit e Zarin, Ambhar, Feyne e Sola. Conversaram com muitos seres. Alguns inclusive se encantaram com Moony que não saía do lado de Saphyre. Saphyre ficou incentivando Ambhar a se apresentar, todos ficaram curiosos, mas ela, muito tímida, ficou dizendo que não. Passava um momento e lá ia Saphyre de novo, atormentar a irmã. Ambhar ria, lisonjeada com os elogios de Saphyre, o que foi deixando o grupo mais e mais interessado na apresentação. - Mas qual é a habilidade de Ambhar meu amor? - Perguntou Kaeidh, intrigado, à Saphyre. - Você vai ver, vou convencê-la. Todos vão se encantar. Prometo. Tem algo que ela pode beber para se soltar um pouco? Não muito, apenas um pouco. - Perguntou ela para Kaeidh. - Como soltar, o que você quer dizer?- Em nosso planeta, no planeta em que nasc
Sírius colheu algumas das maiores folhas das árvores eternas mais antigas, próximas ao topo do muro. Pegou tantas quantas conseguiu. Juntando muitas das pedras soltas e madeira seca de algumas árvores lenhosas, foi empilhando as pedras ao lado das madeiras e galhos. Queria fazer um abrigo com elas, que se mesclassem e parecessem a continuação do próprio muro, que tinha alguns metros de largura. Aproveitaria essa largura para fazer não só o abrigo, mas também pequenas armadilhas para alguns animais que viviam por ali. Ansioso para vigiar o outro lado, deitou no chão e rastejando foi até a beira para olhar lá embaixo. Tirando da cintura com extremo cuidado a caixinha contendo o pequeno binóculo de e um olho, feito em cristal que seu pai havia lhe dado para olhar as estrelas. O binóculo tinha algumas pequenas lentes, cada uma com seus graus de aumento. Eram ao todo seis lentes de me