Àsgar chegou à praça principal da ilha flutuante em sua meia forma de dragão e com suas asas negras abertas. Pousando no palco onde os adolescentes seriam apresentados por ele para a primeira transformação. Todos silenciaram e o olharam com os olhos arregalados. Ele viu a multidão de seu povo, misturado aos montes de povos que estavam no festival, todos muito curiosos e espantados. Viu seus primos vindo vestidos com as armaduras ainda alargadas em seus corpos. Subiram no palco junto a Ásgar e todos ficaram ainda mais espantados. Os dois, Zarin e Zenit, começaram a se transformar parcialmente. Ouviram-se murmurinhos. As pessoas todas falando sobre o que estava acontecendo. Ásgar deu um passo à frente.
- Olá a todos. Sejam bem-vindos ao festival do Salto de dragões. E como vocês podem ver estamos eu e meus primos Zarin e Zenit meio transformados. Eu sei, que todos vocês foram iTodos ficaram calados, ponderando sobre o que Àsgar havia dito. - Acalmem-se todos. Não há necessidade de se alterarem. Por mim vamos à guerra. - disse Soldyn, rei dos Fae. - Por mim também iremos. - Falou Travalt, rei do povo do norte. Todos concordaram. Saphyre levantou-se e falou:- Temos mais uma irmã, Emeraldy, além de nossos pais. Morávamos em outro planeta, fomos criadas como humanas, nossa mãe, acho eu, nos enfeitiçou para que nossas aparências fossem de humanos e nossos poderes fossem amarrados, deduzimos eu e Ambhar.Ambhar continuou:- Vivemos nossa infância e adolescência neste planeta, o planeta Sarte. Todas nós ao completar doze anos, colocamos fogo em algo. Até que nossa mãe, nessas ocasiões, cantou algo em uma língua desconhecida, segurando nossas mãos, e nunca mais aconteceu. Ela nos assegurou que não aconteceria. Mas nos treinou com gestos e lutas, contra a vontade de nosso pai, Até que certa noite, fomos acordadas por eles, que sussurrando
Àsgar encerrou a reunião. - Por enquanto é isto. Somente, peço que ao voltar aos seus reinos façam o pedido para que quem quiser alistar e treinar para a guerra, se quiserem podem treinar com os meus. Enviem quantos quiserem. E se vocês tiverem medo por suas famílias e as famílias das pessoas nas vilas, avisem, que temos a ilha flutuante Solariana. Fica mais acima e pode abrigar muitos seres. Só me avisar, que teremos abrigo para quem quiser. Obrigada a todos e aproveitem o festival. - Sinalizou para Zenit, Zarin, Tarwin, Alanda, Kae, Saphyre, Ambhar e Leigh permanecerem, enquanto foi falar com Faleey. O esbelto fauno era todo elegante e parecia com um lorde, seus cabelos encaracolados, jogados para trás, desciam numa trança amarrada por um laço e seus pelos faciais concentravam-se no queixo. Os óculos desciam de vez em quando pelo nariz, enquanto ele falava. Era muito bonito se você
Tarwin nem acreditava que iria passar este dia com Leigh e seu filho Sorag. A criança era extremamente inteligente e esperta e se encantava com tudo que ele fazia e dizia. Era participativo e se empolgava com todas as atividades que Tarwin sugeria para se divertirem. Olhando Leigh, percebeu que ela estava mais tranquila e menos irritada do que estava antes de sair da sala de reuniões e de Saphyre a seguir e ficarem um bom tempo conversando. Queria descobrir do que falaram para que essa mudança ocorresse. A olhou de soslaio, e foi vendo as pequenas mudanças na aparência, da jovem que conheceu e que se transformou na mulher de agora. Suas maçãs do rosto altas e seu queixo delicado. As bochechas com furinhos ao sorrir estavam mais magras, do que na época que a viu pela primeira vez, como se ela não tivesse mais prazer em comer e não comia o suficiente. Ficou imaginando o que ela sentiu ao se ver sozinha com um bebê nos braços. Sabia que a perda do âme sœur era como a morte para quem te
Os onze meses se passaram lentamente, os dias se arrastaram, os estudos não distraiam sua mente, o trabalho sim. Portanto trabalhou o máximo que podia, geralmente carregando peso e em coisas que teria que fazer muito esforço. Sempre saía das casas onde moravam temporariamente e procurava nos locais de ajuda e estudo os piores e mais cansativos trabalhos. Isso além de fazê-lo gastar energia era o melhor sonífero, pois ao deitar, acabava apagando de cansaço. E assim retomava o dia seguinte. Kae havia perguntado o que havia ocorrido com ele. Se tinha algo que queria desabafar, mas ele dizia que não, que só estava querendo experiências diferentes e pronto. Não sabia se Kae acreditava nele, ou apenas respeitava a decisão de ele não dizer nada. Passaram pelos mais longínquos vilarejos. Descobriram milhões de coisas e chegou o dia de voltarem. Estavam muito longe e teriam ain
Saphyre e Kaeidh passaram o dia no festival, se divertindo com Tarwin, Leigh e Sorag, Zenit e Zarin, Ambhar, Feyne e Sola. Conversaram com muitos seres. Alguns inclusive se encantaram com Moony que não saía do lado de Saphyre. Saphyre ficou incentivando Ambhar a se apresentar, todos ficaram curiosos, mas ela, muito tímida, ficou dizendo que não. Passava um momento e lá ia Saphyre de novo, atormentar a irmã. Ambhar ria, lisonjeada com os elogios de Saphyre, o que foi deixando o grupo mais e mais interessado na apresentação. - Mas qual é a habilidade de Ambhar meu amor? - Perguntou Kaeidh, intrigado, à Saphyre. - Você vai ver, vou convencê-la. Todos vão se encantar. Prometo. Tem algo que ela pode beber para se soltar um pouco? Não muito, apenas um pouco. - Perguntou ela para Kaeidh. - Como soltar, o que você quer dizer?- Em nosso planeta, no planeta em que nasc
Sírius colheu algumas das maiores folhas das árvores eternas mais antigas, próximas ao topo do muro. Pegou tantas quantas conseguiu. Juntando muitas das pedras soltas e madeira seca de algumas árvores lenhosas, foi empilhando as pedras ao lado das madeiras e galhos. Queria fazer um abrigo com elas, que se mesclassem e parecessem a continuação do próprio muro, que tinha alguns metros de largura. Aproveitaria essa largura para fazer não só o abrigo, mas também pequenas armadilhas para alguns animais que viviam por ali. Ansioso para vigiar o outro lado, deitou no chão e rastejando foi até a beira para olhar lá embaixo. Tirando da cintura com extremo cuidado a caixinha contendo o pequeno binóculo de e um olho, feito em cristal que seu pai havia lhe dado para olhar as estrelas. O binóculo tinha algumas pequenas lentes, cada uma com seus graus de aumento. Eram ao todo seis lentes de me
Ásgar deixou a ilha ao amanhecer, carregando mais um cesta, agora um pouco menor da que havia levado, e com porções de comida menores. Esperava que ela gostasse de tudo. Queria vê-la alimentada e forte para o que viria. Estava levando também alguns livros de quebra de maldições antigas, como parecia ser o caso dela. Passara a noite na biblioteca e acabou dormindo sobre os livros, teve que procurar as sessões corretas pois a biblioteca não era tão grande quanto a de outros locais e por isto não tinha um bibliotecário há muito tempo. Talvez por isto a falta de tantos livros necessários para estudos de todas as artes. Mais coisas que precisaria providenciar. Sobrevoando a floresta novamente Ásgar ouviu um rebuliço em algum lugar que não conseguia ver. Planou lentamente e pousou em um galho, caminhou por ele sem nem um barulho e foi descendo por outros para ver o q
Ficou olhando para o espelho a cada minuto. Se ele estivesse apenas com desejo, isso poderia ser uma diversão entre os dois. Não dava pra se apaixonar por alguém em alguns dias não é? Filanthe não tinha muita certeza, parecia que havia algo mais que desejo. Aquela pele dele. Os cabelos e as pequenas escamas em alguns locais... Era tão excitante. Era desejo. Mas se fosse só isso, porque não sentiu isso pelos primos deles? Também eram lindos, grandes e tinham pequenas escamas. Zenit era super sexy com os cabelos trançados no topo da cabeça. Mas ele não era Àsgar. Era somente Àsgar que a interessava, a curva do lábio dele, a testa franzida e o rosto sempre tão sério. Queria muito ver o sorriso dele. Nunca o tinha visto. Mas se começasse isso, teria que ser cautelosa, falar a verdade sempre. Ele teria que prometer que seria somente sexo. Amizad