Eron
Ela é desafiadora, não recua e levanta o focinho apenas para me afrontar encarando meus olhos, mas eu gosto da sua falta de amor à vida. Será que ela não sabe que não deve olhar um alfa nos olhos e desafiá-lo?
Ficamos nos encarando por um tempo até que eu me lembro que tenho um dia daqueles esperando por mim na sede da matilha.
— Espere por mim mais tarde no mesmo lugar em que tivemos nossa ligação. Você não pode fugir já que é a minha destinada.
— Nos seus sonhos que eu sou sua destinada, não aconteceu nada entre nós além de sexo e essa marca idiota em mim. — ela rosna alto para mim.
— Vai continuar em negação? É melhor você aceitar o que somos um para o outro logo, não tem muito o que se fazer agora além de aceitar. Pensa que estou feliz com isso? — me imponho sob ela com minha figura mais alta — Eu estava bem vivendo o meu luto até você cruzar o meu caminho e me enlouquecer… Eu preciso ir agora, a quero mais tarde no mesmo lugar em que nossa ligação nos uniu.
Ela sai correndo para outra direção sem me responder se vai estar à minha espera. Eu acabo de me lembrar que deixei meu celular na sede da matilha ontem e preciso dele antes de ir trabalhar.
Vou até uma árvore oca onde costumo deixar uma muda de roupas, voltando a minha forma humana visto as roupas e corro para a sede da matilha. Vou até a minha sala e pego meu celular na mesa, mas quando estou saindo, passando pelo salão central vejo uma mulher se aproximando.
— Quem é você e o que está fazendo aqui? — pergunto, mas ela se aproxima mais.
Parando na minha frente, observo seu nariz fungar como se estivesse me cheirando, depois de dormir com a jovem mulher de cabelos brancos e do nosso encontro quente na floresta não passei em casa para tomar um banho. Então estou com o cheiro dela, do sexo dela impregnado em mim… O que não me incomoda, pelo contrário, estou gostando.
— Você é muda por acaso? — me sinto incomodado com ela tão perto.
— Se eu não estiver enganada estou na sede da matilha do carvalho negro, não é? — ela pergunta.
— Sim, você está! E daí?
— E você deve ser o alfa Eron, estou certa?
— Quem é você?
— Sou Hannah, pertenço à matilha lobos do norte. Sou filha do alfa de lá e vim conhecer o meu futuro noivo.
Dou risada, eles realmente se anteciparam desse jeito apenas para colocar a corda no meu pescoço e depois puxar?
— Acho que está equivocada, não pretendo me casar com ninguém da sua matilha. — me afasto e me viro de costas para ela para andar na direção da porta dos fundos.
— Tenho um ano para conquistar seu coração, alfa da matilha carvalho negro.
Eu paro onde estou e sem me virar para ela falo:
— Creio que chegou um pouco tarde, filha do alfa da matilha lobos do norte.
Sigo para casa depois disso, chegando em casa tomo um banho e me deito na minha cama. Tenho uma hora para descansar antes do dia desgastante de hoje.
Como Omar e Lucius ousam ir tão longe assim? Quem eles pensam que são para me empurrar aquela mulher goela abaixo? Isso não vai ficar assim. Eles me deram um ano e não se passou nem uma semana. Estou deitado pensando na mulher de cabelos brancos até que alguém b**e na porta da frente e eu me levanto. Ao abrir a porta meu tio entra preocupado.
— Eron, não vá para a sede da matilha hoje. Faça qualquer outra coisa, mas não vá para lá. — meu tio me faz rir com seu cuidado e preocupação comigo.
— Tio, se acalme, eu já sei… Hannah está lá. — ele me olha curioso.
— Como você sabe o nome dela? Vocês já se conhecem?
— Eu estive na sede e a encontrei mais cedo. Eles estão indo longe demais, primeiro me deram um ano e agora isso?
— Só fiquei sabendo quando cheguei na sede da matilha pela manhã. Eles estão omitindo coisas de mim por causa do nosso parentesco. Isso não é justo, nunca deixei a desejar como ancião. — meu tio se senta no sofá com as mãos nas têmporas.
— De certa forma me sinto culpado, eles estão pegando no seu pé por minha causa.
— Não se sinta culpado, somos família e família se protege. Mas nunca deixei isso interferir no meu julgamento com eles. Vou resolver isso, meu sobrinho… Não se preocupe.
— Vamos para a sede da matilha, tenho muito trabalho para hoje.
— Tem certeza que quer ir? Ela está lá a convite deles, expulsá-la não é aconselhável já que ela é uma convidada deles.
— Aquela mulher não vai me deixar de fora da minha sede da matilha, se ela estiver incomodada que vá embora. Vamos logo.
Subo apenas para trocar de roupa e depois sigo para a sede da matilha. Chegando lá observo Lucius e Omar com a Hannah em uma conversa cheia de risos e cordialidades. Quando me vêem fazem questão de se aproximar.
— Esse é o nosso imponente alfa, Eron. — Lucius me exibe como um troféu.
— Ele tem cuidado de todos durante anos, desde muito jovem se mostrou o melhor alfa que já tivemos. — Omar parece estar fazendo propaganda de um bom produto.
— Nós nos esbarramos mais cedo por aqui, apenas me apresentei, mas o alfa parecia estar com pressa. — ela j**a um certo charme para mim que acabo odiando esse avanço.
— Você é convidada deles, não minha. Tenho trabalho a fazer, dito isto, continuem com o que estavam fazendo. Preciso ir.
— Alfa, você não pode deixar uma convidada da sede da matilha antes de apresentar nossa alcateia para ela, isso seria rude da sua parte… A família dela pode encarar como uma afronta e não queremos isso. — Lucius tem um certo tom de ameaça em sua voz.
— Vocês a convidaram… — ambos me olham com um aviso em seu olhar e meu tio aperta meu ombro me fazendo olhar para ele — Talvez, depois do almoço eu tenha tempo. Não garanto nada. Agora preciso ir.
Os deixo onde estão e caminho pisando fundo para minha sala trancando a porta depois que entro, uma vontade de jogar tudo para o alto me consome. Mas eles não vão me ver desse jeito.
MelinaAquele alfa maldito, como ele ousou me marcar duas vezes? Agora se acha meu dono… Destinada? De onde ele tirou isso? O que aconteceu entre nós foi apenas por causa da bruma. Que incômodo é esse em mim? Parece uma irritação que não é minha… Que emoções confusas são essas?Paro de correr e balanço a cabeça algumas vezes. Preciso voltar para a casa da minha avó para voltar a forma humana e me vestir. Corro de volta para casa e na varanda já volto para a forma humana.Entro e o ambiente tem meu cheiro misturado com o dele, até eu perceber que esse cheiro vem de mim, do meu corpo. Preciso de um banho.Depois de um longo banho com sabão líquido de lavanda, visto uma roupa e me sinto exausta. Correr por aí depois do que Eron e eu fizemos me deixou no limite do cansaço, mas não vou dormir aqui não quero cruzar com Eron tão cedo.Volto para casa depois de quatro dias na casa da floresta e minha mãe vem até mim preocupada, ela me abraça e depois me olha curiosa.— O que foi, mãe? — pergu
EronDepois do almoço sou obrigado a ser cortês com Hannah levando-a para conhecer alguns bairros da nossa alcateia. Ela faz de tudo para passar mais tempo comigo dizendo querer conhecer mais pessoas e eu acabo em um bairro onde tem uma feira longa.Mas não é isso que me chama a atenção, mas sim o cheiro que me deixa fascinado, o cheiro da mulher de cabelos brancos. Olho à minha volta e não a vejo em lugar nenhum.Hannah insiste em me tocar e isso está me deixando bastante incomodado. Tiro as mãos dela do meu braço algumas vezes, mas ela sempre encontra uma oportunidade para colocá-las de volta em mim.— Olha, Eron, eu quero aquele vestido ali. — ela fala ao me abraçar.— Então compre. — falo saindo de seu abraço — Não há nada que a impeça de comprar.— Você não vai comprá-lo para mim? — ela pergunta parecendo ofendida.— E por que eu deveria? Não somos nem amigos e mesmo que fôssemos não sou obrigado a presenteá-la só porque você quer. — volto a andar no meio das pessoas da feira ao
MelinaEu não ia encontrar com Eron, mas quando dei por mim já estava aos beijos com ele. Até que desperto desse momento de insanidade com ele dizendo que tenho que morar com ele.Esse alfa não tem limites? Pensa que só por ter me marcado pode me tirar da minha casa e dos meus caminhos? Acabo voltando para casa e meu vestido se perdeu depois que eu virei loba, vou até a corda de roupas que tem nos fundos do quintal e com meu focinho puxo uma blusa e uma bermuda me vestindo rapidamente depois que volto a forma humana.Olho para os lados só para me certificar que ninguém me viu nua e entro pela porta dos fundos encontrando minha mãe na cozinha que pergunta curiosa:— De onde está vindo? Você não estava usando isso quando saiu daqui antes.— Eu… — coço minha nuca pensando numa resposta — Precisava correr um pouco. Foi só isso, mãe.— Sabe, Melina… — minha mãe fala ao se aproximar de mim — Desde pequena você adquiriu um hábito de revirar os olhos quando está mentindo. Você acabou de revir
EronEla não tem noção do quanto mexe comigo com todo esse atrevimento e sua impetuosidade. Ficando ainda mais linda nessa sensual camisola de unicórnios. Tento manter minha mente limpa para não tocar nela do jeito que desejo.Quando ela percebe que está usando algo de dormir corre de volta para o quarto dela e eu volto para a sala. Os pais dela estão conversando animados, parecem gostar muito da ideia de morar no bairro da sede da matilha.— Vou dar alguns dias a vocês para resolverem suas vidas por aqui, mas a Melina precisa ir comigo hoje.— Para nós… — o pai de Melina segura a mão da esposa — Parece um sonho maluco. Nossa filhinha, a escolhida do nosso alfa? Luna dele? Isso é surreal dado ao fato de que vocês não tinham a menor possibilidade de se conhecerem por morarmos longe.— Não importa o tempo que levaria, nossos destinos foram cruzados antes mesmo de nascermos. Estávamos destinados a nos encontrarmos.— Mãe? Pai? — Melina está usando um vestido lilás agora — Vocês concordam
MelinaQuando entramos em uma estreita estrada de terra saindo da pista principal confesso que fiquei nervosa. Por que ele estava mudando a rota? Pensei que estávamos indo para o centro do bairro da sede da matilha e aqui fica um pouco distante de lá.Mas ao perceber minha frustração ele diz que mora aqui. Ao me deparar com sua cabana de dois andares fico chocada com a beleza do lugar e surpresa com o fato dele ter feito essa linda cabana do zero.As árvores só deixam o lugar mais atraente e o som da água correndo atrás da casa me convida para mergulhar. Nós entramos e ele me mostra todo o interior da cabana, confortável, aconchegante e acolhedor é o que o interior transmite com seus móveis rústicos e ao mesmo tempo confortáveis de madeira.Ele me mostra onde fica meu quarto, me avisa que não posso abrir a porta que fica de frente para o meu quarto e eu apenas concordo. Não sou uma pessoa curiosa.Entro no meu quarto temporário e fico admirada. A cama de solteiro é larga, tem uma cade
EronDepois de toda essa loucura com Melina minha cabeça não está no lugar, vivo esquecendo as coisas e dessa vez esqueci meu celular e carteira em casa tendo que voltar na metade do caminho.Ao entrar na cabana notei o cheiro dela fraco aumentando conforme sigo para os fundos da cabana. Chegando lá me deparo com ela praticamente nua nadando no rio, não deu para controlar fiquei admirando ela ali tão tranquila até que ela nota minha presença.Ela se cobriu ao me ver e isso me incomodou, não faz sentido ela se cobrir se já vi seu lindo e perfeito corpo nu, já o tive em minhas mãos. Frustrado por desejar entrar na água e mostrar para ela que nada entre nós é passageiro, acabo indo para o meu carro.Já na sede da matilha nada muda em minha mente, Melina nadando nua virou um filme na droga da minha cabeça. Argus quer que eu largue tudo e volte para casa, mas eu ainda tenho muito o que fazer aqui.— Muito ocupado, Eron? — Hannah entra na minha sala sem ser anunciada — Hoje tenho certeza qu
MelinaNadei por um tempo no rio e quando começou a chuviscar decidi entrar para preparar algo para almoçar. Ele deixou a cozinha bem abastecida, pensei que a ideia de me trazer para cá fosse algo em cima da hora, mas não foi.Entre minhas opções decidi por um peixe grelhado, salada verde, arroz e feijão. Preparo tudo bem fresquinho, estou misturando a salada com o azeite cantando e dançando minha música favorita é quando sinto o cheiro dele.Ao olhar para o lado vejo Eron, meu alfa irradiando sensualidade. Ele me abraçou e beijou, me desliguei depois do beijo e quando dei por mim estava em cima da mesa da cozinha quase sendo fodida por ele. Se não fosse a voz de um homem chamando por ele na sala acho que teríamos transado em cima dessa mesa na cozinha.Não sou curiosa, mas acabei ouvindo a conversa deles e por alguma razão me sinto preocupada com tudo, mas não tive muito tempo para pensar nisso. Logo meu alfa me coloca sentada na mesa e me faz gozar com a sua língua.Que loucura foi
EronGosto de provocá-la, gosto de sua reação a isso e não me importo quando ela me bate. É tão estranho ter essa reação a ela e ao mesmo tempo é tão reconfortante. Mas dessa vez eu queria que ela provasse para mim que sou realmente dela, meu ombro formiga desejando ser marcado por ela.Quando senti seus dentes rasgarem minha pele, um prazer indescritível me consumiu, me senti sendo levado por ela como um tsunami arrasta uma cidade. Quente demais, intenso demais, preciso dela, aqui e agora.— Por que me provocou? — Melina pergunta olhando para a mordida feita por ela em mim.— Para que assumisse o que é somente seu!Minhas garras ficam expostas rasgo a roupa dela e em questão de segundos a deixo nua. Melina em resposta faz o mesmo comigo, com ela ainda em meu colo beijo seus lábios, desço pelo seu pescoço até chegar em seus seios que ela inclina para mim deixando claro que quer minha boca ali.Quando preencho minha boca com o seio dela a mesma geme e joga a cabeça para trás rebolando