MelinaQuando entramos em uma estreita estrada de terra saindo da pista principal confesso que fiquei nervosa. Por que ele estava mudando a rota? Pensei que estávamos indo para o centro do bairro da sede da matilha e aqui fica um pouco distante de lá.Mas ao perceber minha frustração ele diz que mora aqui. Ao me deparar com sua cabana de dois andares fico chocada com a beleza do lugar e surpresa com o fato dele ter feito essa linda cabana do zero.As árvores só deixam o lugar mais atraente e o som da água correndo atrás da casa me convida para mergulhar. Nós entramos e ele me mostra todo o interior da cabana, confortável, aconchegante e acolhedor é o que o interior transmite com seus móveis rústicos e ao mesmo tempo confortáveis de madeira.Ele me mostra onde fica meu quarto, me avisa que não posso abrir a porta que fica de frente para o meu quarto e eu apenas concordo. Não sou uma pessoa curiosa.Entro no meu quarto temporário e fico admirada. A cama de solteiro é larga, tem uma cade
EronDepois de toda essa loucura com Melina minha cabeça não está no lugar, vivo esquecendo as coisas e dessa vez esqueci meu celular e carteira em casa tendo que voltar na metade do caminho.Ao entrar na cabana notei o cheiro dela fraco aumentando conforme sigo para os fundos da cabana. Chegando lá me deparo com ela praticamente nua nadando no rio, não deu para controlar fiquei admirando ela ali tão tranquila até que ela nota minha presença.Ela se cobriu ao me ver e isso me incomodou, não faz sentido ela se cobrir se já vi seu lindo e perfeito corpo nu, já o tive em minhas mãos. Frustrado por desejar entrar na água e mostrar para ela que nada entre nós é passageiro, acabo indo para o meu carro.Já na sede da matilha nada muda em minha mente, Melina nadando nua virou um filme na droga da minha cabeça. Argus quer que eu largue tudo e volte para casa, mas eu ainda tenho muito o que fazer aqui.— Muito ocupado, Eron? — Hannah entra na minha sala sem ser anunciada — Hoje tenho certeza qu
MelinaNadei por um tempo no rio e quando começou a chuviscar decidi entrar para preparar algo para almoçar. Ele deixou a cozinha bem abastecida, pensei que a ideia de me trazer para cá fosse algo em cima da hora, mas não foi.Entre minhas opções decidi por um peixe grelhado, salada verde, arroz e feijão. Preparo tudo bem fresquinho, estou misturando a salada com o azeite cantando e dançando minha música favorita é quando sinto o cheiro dele.Ao olhar para o lado vejo Eron, meu alfa irradiando sensualidade. Ele me abraçou e beijou, me desliguei depois do beijo e quando dei por mim estava em cima da mesa da cozinha quase sendo fodida por ele. Se não fosse a voz de um homem chamando por ele na sala acho que teríamos transado em cima dessa mesa na cozinha.Não sou curiosa, mas acabei ouvindo a conversa deles e por alguma razão me sinto preocupada com tudo, mas não tive muito tempo para pensar nisso. Logo meu alfa me coloca sentada na mesa e me faz gozar com a sua língua.Que loucura foi
EronGosto de provocá-la, gosto de sua reação a isso e não me importo quando ela me bate. É tão estranho ter essa reação a ela e ao mesmo tempo é tão reconfortante. Mas dessa vez eu queria que ela provasse para mim que sou realmente dela, meu ombro formiga desejando ser marcado por ela.Quando senti seus dentes rasgarem minha pele, um prazer indescritível me consumiu, me senti sendo levado por ela como um tsunami arrasta uma cidade. Quente demais, intenso demais, preciso dela, aqui e agora.— Por que me provocou? — Melina pergunta olhando para a mordida feita por ela em mim.— Para que assumisse o que é somente seu!Minhas garras ficam expostas rasgo a roupa dela e em questão de segundos a deixo nua. Melina em resposta faz o mesmo comigo, com ela ainda em meu colo beijo seus lábios, desço pelo seu pescoço até chegar em seus seios que ela inclina para mim deixando claro que quer minha boca ali.Quando preencho minha boca com o seio dela a mesma geme e joga a cabeça para trás rebolando
MelinaDepois de marcar o meu alfa e da noite extasiante que tivemos acabamos mais uma vez no meu quarto, a princípio eu estava cansada demais para notar qualquer coisa até nós acordarmos e depois de um banho de me fazer ficar com as pernas iguais gelatina e eu me pegar olhando para a minha cama pensando no motivo para ele não me levar para o quarto dele.Será que é por que eu não sou sua falecida esposa? Por respeito a ela? Mas e eu? O que significo na vida dele? As perguntas, dúvidas e incertezas afogam meu cérebro. Eron entra, ele não me responde o que eu quero saber e isso me deixa irritada.Seguimos para a sede da matilha e eu prefiro não falar com ele dentro do carro, meu humor está péssimo e eu preciso de espaço. Não quero pensar mais no fato dele não me levar para o seu quarto.Chegando na sede da matilha eu vou para o refeitório tomar meu café da manhã. Mal tomo um café com leite, minha mente vai para o homem de um e noventa e cinco de altura que está provavelmente na sala de
EronUivo alto quando sinto o cheiro dela mais intenso, quero que saiba que estou chegando, que eu a encontrei e que me espere onde está. Acelero mais ao perceber que ela não está sozinha, tem um cheiro diferente quase que familiar.Consigo ver onde ela está, meu coração e minhas patas parecem estar no mesmo ritmo. Quando estou próximo a ela consigo sentir a confusão em seus sentimentos… Raiva, ódio, rancor, dor, mágoa, ressentimento. Isso me deixa sem rumo.— O que aconteceu com você na sede da matilha? O que a deixou assim?— Não dá! Não é que eu queira esconder algo de você, só não quero falar agora.— Você pretendia me deixar? — noto que ela está próxima demais do limite da alcateia — Depois de ontem, depois do que fizemos… Iria mesmo me deixar?Ela olha para o outro lado, o lado que lhe daria a liberdade que tanto anseia. Depois de alguns segundos vira a cabeça para mim e responde:— Não posso, não mais! O que me prende a você se tornou mais forte que o meu desejo de liberdade.—
MelinaO abraço forte de Eron me trás conforto, ao observar as coisas de Leona queimar a minha ficha cai, o quarto que não devo abrir deve ser do bebê. Quem na alcateia não ouviu falar que o alfa teve um filho que faleceu no mesmo dia do nascimento? É o que as mulheres mais velhas vivem falando.Mas não vou forçar nada, assim como foi com o quarto dele deixarei que ele decida por um fim na sua segunda jornada do luto. Afinal de contas ele precisa desejar isso também, não é algo que se possa obrigar.Voltamos para dentro da cabana e enquanto preparamos o jantar juntos ele me pergunta o que exatamente Omar e Lucius me falaram e quando eu conto Eron quebra a tigela de vidro que está a salada com as mãos.— Eron, olhe seus dedos. — mesmo sabendo que as feridas se fecharam logo não gosto de vê-lo ferido.— Vou até a casa deles, vão pagar por ter pegado tão pesado com você. — a voz de Eron está estranha, fria e assustadora.— Não faz isso. Sei me defender e já os deixei avisados que na próx
EronNão sinto arrependimento pelo passo que dei, agora tenho Melina ao meu lado no nosso quarto. Mas não consigo esquecer as coisas que ela me contou, Lucius e Omar passaram do limite ao falar aquelas atrocidades para a minha Luna.Mas as coisas só iriam piorar para ela se eu mostrar para eles que sei o que está acontecendo. O que não me impede de assumir nosso relacionamento na sede da matilha e depois na festa da colheita de primavera.Saímos para comprar as roupas dela, nosso relacionamento anda tão intenso que acabo rasgando o que ela está vestindo quando estamos nos nossos momentos de amor. Desse jeito ela vai acabar sem uma peça para usar.Depois de algumas horas comprando roupas e calçados para Melina decidimos ir almoçar em um restaurante que costumo ir quando não quero almoçar na sede da matilha.— Há quanto tempo, querido alfa. — Calvin faz reverência ao me ver entrar — Hoje trouxe uma bela companhia. Boa tarde, linda jovem.— Boa tarde, senhor. — minha Luna o cumprimenta.