Alya
Estou vivendo um momento maravilhoso, tenho medo disso. Todas as vezes que eu tive momentos felizes foi com Zhaos na cabana, nunca fora dela. Mas agora estamos na cabana do Alfa, onde ele mora sozinho, já que seu pai foi assassinado.Sempre temos por perto o Beta dele, é inseparável e nesse momento sinto falta do meu irmão. Eu trabalhava ao lado dele na sede da matilha como sua Beta e agora virei a Luna de um Alfa.— Amor? — escuto a voz do Zhaos — Minha Luna, sua mãe veio visitar.— Visitar? Mas ela não me disse que vinha, isso é estranho. Vamos descer.Eu estava no quarto e descemos juntos, assim que meus olhos se deparam com o meu berço desmontado começo a chorar.— Mãe, não precisava. — abraço minha mãe e ela se emociona também.— Você e seu irmão se recusaram a dormir em berços separados, esse era o seu e está praticamente novo… mesmo com tantos anos guardado. Então decidi quePerseu Zhaos me empurrou para dentro de uma pequena sala cheia de arquivos no momento em que eu estava me transformando para ir atrás do Pietro. Como ele ousou ameaçar a minha Luna daquele jeito descaradamente? Acabei destruindo tudo à minha volta, quando tudo se acalma em mim e volto para minha forma humana escuto a porta se abrir e uma calça foi lançada para mim. Me visto e saio. — Eu sinto muito… — falo olhando para Zhaos e depois para Alya — Tinha algum documento importante lá dentro? — pergunto envergonhado e Zhaos responde: — Vários! Mas tudo que estava lá dentro transferi para o computador em pastas organizadas há meses. Eu só gostava de guardar tudo o que estava lá dentro porque parte do que tinha lá me lembrava do meu pai. — Agora me sinto ainda pior, cunhado. — Perseu, temos algo mais urgente para tratar, não acha? — ele muda o rumo da conversa.
Perseu Eu dei o melhor de mim nessa noite de amor com a Lua tudo para que ela esquecesse o que aconteceu naquele acampamento e as consequências envolvidas. Dormimos um pouco depois das seis da manhã, despertamos por volta das nove. Fiquei ansioso, ela estava com sua cabeça deitada no meu peito e eu não sabia o que esperar dela até que me olha com um sorriso no rosto iluminando minha manhã cinzenta. — Você é incrível, eu amo você, Lobão. — Eu te amo muito mais, minha pequena humana. Entre beijos e uma certa relutância minha levantamos da cama. Ainda precisamos passar no hotel para buscar a prima da minha Luna e levá-la para conhecer a sede da matilha. Já no hotel… — Bom dia, pessoas lindas. Perseu, que hotel é esse? Pedi o café da manhã e me serviram um banquete, acho que ganhei uns dois quilos. — ela fala passando a mão na barriga. — Suponho que na próxima peça refeição para uma
Alya Meu irmão e eu temos o mesmo nível de teimosia, ele sabe bem que sou boa o suficiente para encarar o que está por vir. Sei também que sua maior preocupação é o sobrinho que está dentro de mim. Não vou ficar aqui como uma companheira obediente de Alfa com uma batalha como essa acontecendo lá fora tendo como alvo o meu irmão. Sei que muitos irão para cima dele, quero ser seu escudo, cuidar de quem vier pelas costas. Observo Perseu puxar Zhaos para o canto da sala, tento usar minha ótima audição apurada para ouvi-los, mas sou abordada pelas Alfas Sasha e Nayla. — Luna do Alfa Zhaos, como se chama? — Sasha pergunta com sua voz melodiosa e agradável. — Me chamo Alya, e quero agradecer por ajudar meu irmão e o meu Alfa! — Não sou de me envolver em questões familiares, mas… — Nayla dá uma pausa e olha para Sasha — Seu irmão está certo. Se está mesmo esperando um filh
Halley Não tenho motivos para reclamar da vida. Tenho uma família que me ama, tenho um companheiro e logo terei um filhote se tudo der certo. Tenho também a minha loba, Lupan.Ela me aconselha bastante, quando era adolescente e não podia acompanhar os meus irmãos nas caçadas ou nas rondas ela conversava comigo até tarde todas as noites.Meus irmãos e eu sempre admiramos o relacionamento dos nossos pais mesmo sabendo como tudo começou. Eles não começaram se amando como se amam hoje, mas foi intenso.Minha mãe falava que depois da marca, da mordida, tudo para ela se expandiu em um grande entendimento sobre a razão dela ser a Luna do meu pai.Contou também como o conselho de anciões anterior tentou contra a vida dela e acabou com a família do meu pai matando meu avô. Por isso me sinto privilegiada, meu romance começou sem drama, armações e ataques.Jass, desde a primeira vez que me viu se apaixonou. El
Alya Quando voltamos para casa me senti feliz com o resultado da batalha, ninguém se feriu, ninguém perdeu a vida e tudo foi resolvido pacificamente. Não consegui esconder o sorriso e a satisfação. — Minha Luna, está tão feliz. Suponho que eu tenha que me desculpar por pensar por um momento que você não seria capaz de lidar com o que aconteceu lá. Ficou calma, atenta e não se colocou em risco. — Eu nunca fiquei tão feliz depois de passar por algo tão estressante. Espero que algo semelhante não aconteça novamente, talvez não tenhamos a mesma sorte de dar tudo certo. — O que você quiser, amor, contanto que você continue com esse sorriso no rosto, faço o que você quiser. Zhaos me beija, me sinto em casa no abraço dele. Voltamos para nossa rotina na alcateia e eu tive que ir até a curandeira. Zhaos quer que eu me cuide somente com ela e eu peço a ajuda dela para fazê-lo entender que um ho
Perseu Quando cheguei na cabana dos meus pais com a noite me acompanhando não fiz barulho. Peguei uma conversa entre os meus pais e a Lua que parecia muito preocupada comigo. — Ele não deu notícias até agora, pode ter acontecido alguma coisa com ele… talvez precise de ajuda, da minha ajuda. — Minha nora, meu filho é um grande Alfa. Ouso dizer até melhor do que eu já fui, se ele não deu notícias ainda deve ter um motivo. — Escute seu sogro, mesmo sendo loba também senti esse medo que está sentindo quando quase me mataram enquanto eu estava grávida dos gêmeos. E olhe para mim, estou aqui firme e forte, com o meu filho não vai ser diferente. — Eu… — a voz da minha Luna falha, ela está chorando — Eu só queria ouvir a voz dele me dizendo que está bem. — Posso fazer mais do que isso. — falo aparecendo na porta. — Sabíamos que estava aí, mas preferimos
EronSer um alfa aos dezessete anos não era o que eu imaginei para mim, sempre soube que seria o próximo alfa. Minhas habilidades, minha capacidade de liderança e minha agilidade gritavam isso para o meu pai.Mas nunca pensei em perdê-lo tão cedo. Meu pai foi traído e enganado caindo em uma emboscada que quase me custou a vida para defendê-lo e a única coisa que carrego daquele dia horrendo é uma feia cicatriz que começa em meu peito e termina em minhas costas.Lutei bravamente, mas não consegui salvar meu pai. Meu tio, Antunes, é o responsável pelo Alfa que sou hoje. Seguiu ao meu lado me aconselhando junto com o conselho da sede da matilha e meu beta, Lucas.Quando completei dezoito anos conheci a Leona, uma mulher incrível que me fez perder a cabeça… Logo começamos a namorar, quando eu completei vinte anos estávamos acasalados e à espera do nosso primeiro filho.Tudo pareceu um sonho nos meses que se seguiram, apesar da minha preocupação em ela insistir a não ir ao médico na cidade
MelinaMinha mãe sempre me chama de branca de neve, mas não se engane, é por causa de meus cabelos brancos. Me disseram que é uma condição genética e que puxei minha bisavó e minha avó paterna.Mas o meu cabelo branco virou alvo de piadas maldosas de outras crianças na alcateia. Contudo, decidi não chatear meus pais amorosos com isso até completar meus dez anos e ver todos os meus colegas passarem pela transformação e eu não.Aquilo acabou comigo, as poucas crianças que se dispuseram a ser minhas amigas se afastaram de mim para brincar com seus amigos lobos. Eu ficava na beira da clareira, escondida nas sombras das árvores o dia todo eles se divertirem.Quando fiz quinze anos decidi que meu lugar não era mais ali. Que eu preciso ter a maior idade e me mudar para a cidade vizinha, nada mais de matilha e nem de lobo para mim.Até que completei dezesseis anos e após meus pais darem uma festa surpresa para mim convidando os adolescentes que eles pensaram serem meus amigos e nenhum aparece