PRIMEIRO DIA NA EMPRESA

Havia se passado uma semana, depois daquele dia com meu primo, onde passamos boa parte do dia juntos estreiando minha cama nova que parecia bem resistente.

E hoje eu iria começar a trabalhar na empresa Drummond, agora é sete horas da manhã, e eu estou arrumando minha camisa social e minha calça jeans e minha sapatilha social.

Pergunto-me se eu veria Gustavo novamente, mas, logo eu balanço minha cabeça me livrando dos pensamentos com ele, e foco em arrumar meu cabelo, que estava extremamente rebelde hoje, eu resolvo prender o mesmo em uma colinha, e coloco argolas médias em minha orelha uma especie de argola banhada na prata, mas , que com o tempo certamente viraria somente cobre,  para disfarçar a rebeldia de meu cabelo, com isso eu estou pronta.

Em seguida vou até minha cozinha e pego o pacote de pão de dentro do micro-ondas, e logo pego um copo de plástico e coloco leite dentro e coloco para aquecer no micro-ondas, e da geladeira pego meu requeijão e coloco sobre a mesa, preparando meu café da manhã, não tardo a tomar meu café realizando meu desjejum.

Em seguida coloco a louça na pia e arrumo a mesa e a louça, deixando tudo limpo, pois eu voltaria para casa somente depois das 18:00, o horário que eu solto do meu trabalho.

MOMENTOS DEPOIS...

Chego no trabalho, eu me sentia perdida no meio daquela enorme empresa, estou sendo apresentada as minhas funções e nisso logo me designam para uma área de escritório, com pouca privacidade, com uma pequena parede de divisória da mesa vizinha que ainda não sabia quem era, com isso respiro fundo e olho para Luiza minha treinadora, ela ficaria me orientando e tirando minhas dúvidas, a mulher aparenta ter uns quarenta anos, conservada e séria, uma mulher elegante de cabelos pretos e lisos.

E finalmente meu colega de trabalho não tarda a aparecer, e assim que eu o vejo eu congelo, não conseguia olhar para outra pessoa, somente para ele, seus olhos azuis, seu cabelo preto, seu sorriso lindo ele fala:

__Então você será minha colega Lorena?

Ele ainda recorda meu nome? Sei que parece aquele clássico de nerd apaixonada pelo cara mais bonito, mas, Gustavo é mesmo lindo, notando que eu parecia uma boba olhando para ele, eu desfaço o sorriso bobo e apenas olho calma para ele e corada digo:

__Cheguei agora, e você está desde a semana passada trabalhando aqui?

Ele mantém seu sorriso lindo e fala:

__Sim, sim.

Com isso olho para cima de minha mesa e vejo os papeis de coisa a ser feitas, eu então começo a lê los, sinto o olhar dele ainda sobre mim, e arrisco espiar de canto de olho e noto ele virar o rosto mexendo em suas papeladas, eu volto minha atenção para meus papeis e o computador, assim logo eu começo a mexer no computador, e pego a senha que Luiza me passou, insiro no computador e tudo dá certo, acesso à área de trabalho, vendo os arquivos que eu precisaria ler e trabalhar sobre.

Com isso não sinto as horas passarem, e me envolvo com o trabalho eu trabalhava na parte de marketing, eu, Gustavo e mais duas garotas dividimos o nosso canto do escritório, somos assistentes de marketing aqui, e passamos nossa ideia para resolver os problemas de propagandas, estratégias de marketing e divulgação para Luiza ela, leva até o CEO, chefe do marketing ele lida com os problemas mais severos e as reuniões, e deixa os problemas mais “fáceis“ para nossa equipe resolver, no momento sei que o mesmo anda viajando a negócios é o que foi me dito, mas Luiza enviaria tudo por e-mail para ele, no escritório tem outras divisões, como os assistentes administrativos, os assistentes de vendas e os assistentes contábeis, cada um com suas mesas separadas em grupo de quatro. Minha mente sai da sala, e entra no problema em questão, teria que criar uma propaganda para a empresa de lingerie que foi me passada, com isso estou concentrada ao máximo, até que escuto uma voz que me traz para a realidade atual, eu olho para ele ao meu lado me oferecendo um café, e coro, seus olhos azuis pousam em mim, e eu arrumo a mecha de cabelo que caiu para a frente de meus olhos e digo:

__Obrigada Gustavo, mas eu não escutei direito o que me falasse?

Ele sorri e fala:

__Eu acredito, você estava tão focada no projeto, que fiquei meio tímido de te avisar que é agora o horário do intervalo.

Com essas palavras dele eu olho para o mesmo, com um olhar surpreso e sorrio meio sem jeito e aceito o café que ele me oferecia, digo:

__Nossa … eu não percebi, eu estava lendo sobre a visão profissional da empresa e as questões que ele gostaria que fossem abordadas na propaganda… e...

Eu paro de falar e bebo um gole do café que esta muito bom por sinal, digo:

__Nossa, esse café é bom, é da máquina de café?

Gustavo sorri confortável e desprendido de formalidades, ele escora se na divisória e fala:

__Não, eu fui até a cafeteria da equina, assim como todos os outros colegas.

Ele olha ao redor, me convidando a olhar ao nosso redor e com isso eu noto que está somente eu e ele ali, ou seja, todos entraram em intervalo e eu nem notara, digo:

__Eu sou um completo desastre...nossa.

Ele sorri divertidamente e fala:

__Não é não, é admirável, na verdade, parece uma mulher esforçada e focada, mas...então, vamos almoçar?

Eu olho para ele, surpresa com sua pergunta e coro, ele fala divertido com a situação:

__Não se preocupe, é um almoço entre colegas de trabalho.

Eu assinto, mas minha mente me lança uma pergunta, se é um almoço entre colegas, porque ele não convidou a outras duas gurias para ir almoçar com a gente também? Seja como for, eu não iria me opor, com isso me levanto de minha cadeira de escritório básica e logo eu e Gustavo estávamos caminhando para fora da sala, ele fala:

__Então, viesse de qual cidade mesmo, para a capital?

Eu digo-lhe, entre um gole de café quentinho:

__Pelotas, a cidade do doce.

Ele sorri após identificar qual a cidade que eu moro, após eu usar a referência de seu apelido, minha cidade natal é reconhecida por ser a cidade do doce. Em seguida eu e ele caminhamos pelo corredor e vejo a secretária do CEO cumprimentar o mesmo, ela olha para Gustavo como se o devorasse com os olhos eu sinto uma pequena inveja, ao notar isso, porém nada digo, ao notar que ele aparenta retribuir o olhar dela, porém sinto um pequena raiva dele por ele estar correspondendo ela.

Finjo não sentir nada, finjo até mesmo não ter notado, e ele logo retorna seu olhar para mim e fala:

__Então o que espera conseguir na empresa? Um cargo e salário ou, uma carreira?

Eu olho para ele, tentando ao máximo a raiva que sentia digo em um tom que devia ser calma e desinteressada com a conversa, mas, acaba por ser um tom com certo ar de irritação:

__Uma carreira.

Notando minha irritação, Gustavo fala:

__Está tudo bem?

Eu digo:

__Claro.

Mentalmente respondo a mim mesma, desconsiderando o fato de que comesse com as trocas de olhares a secretária bunduda bem do meu lado.

Gustavo insiste:

__Você esta bem mesmo?

O olhar dele para mim, é confuso, e eu digo sem nem ao menos conseguir segurar minha própria língua:

__Estou ótima Gustavo, aliás se queres tanto passar tempo com a secretária, porque não vai almoçar com ela, relaxa eu sei me virar sozinha, já sou bem grandinha, não preciso de babá.

Ele olha me surpreso e para de andar e eu sigo andando, mas, sou interrompida quando ele me puxa pelo braço, de forma calma e sem me machucar, e olha em meus olhos e fala:

__Você está com ciúmes de mim?

Eu coro e fico furiosa, e digo:

__Vai se ferrar Gustavo!

Desvencilho meu braço de suas mãos e saio de perto dele, enquanto ele fica para trás e eu caminho, sem saber para onde eu estava indo, so queria me afastar dele, acabo por caminhar por alguns minutos xingando Gustavo mentalmente, e o triturando a cada passo mentalmente.

Até que chego na cafeteria da esquina que Gustavo havia comentado, eu entro, e então vou direto averiguar os salgados que tinha, pois, somente agora percebo que estou faminta.

Após quinze longos minutos na fila do balcão eu sou finalmente atendida, e compro três salgados, coxinha e dois pasteis de frango com requeijão e so então vejo o sanduiche de presunto, queijo, tomate, alface e beterraba e compro também, logo peço um suco de laranja para acompanhar e não tarda para eu ser atendida e vou para a mesa 7 onde me sento e começo a degustar minha refeição improvisada, noto uma movimentação em minha direção, mas a fome era maior, que eu ignoro totalmente, até ele sentar se na minha frente, enquanto eu atacava esfomeadamente um salgado de coxinha de galinha, com a boca aberta pronta para a terceira mordida, Gustavo aparece sentado bem na minha frente assistindo aquela cena deprimente que eu fazia, ele coloca uma marmita na frente dele, pois ele comprou a tal comida que ele queria e pelo que notei mandou embalar para comer em outro lugar e o mesmo coloca ao lado de sua marmita uma latinha de guaraná fanta, o cheiro daquela comida me espanca o nariz, ele fala:

__O nome dela é Fátima, e eu e ela bom, as vezes ficávamos.

Ele fala abrindo a marmita que começo a notar batata frita, bife, arroz, alface, tomate, feijão, e eu olho para meus salgados e mentalmente sem notar comparo eles com a marmita dele, meu estomago parece brigar comigo nesse momento, me dizendo para deixar o ciúme de lado e ter ido comprar a comida, mas, agora era tarde demais, continuo atacando a coxinha na esperança de acalma os protestos indecentes e barulhentos de meu estomago, o que faz notavelmente Gustavo sorrir, eu permaneço matando gradualmente minha coxinha em cada mordida, ele fala:

__Se quiser algumas batatinhas fique a vontade.

Ele começa a comer, e eu reviro os olhos e digo:

__Não.

Alguns minutos de silêncio e apenas os barulhos de mandíbulas trabalhando enquanto saciam a fome do corpo, eu me rendo as batatinha frita, pegando uma ou outra da marmita dele, Gustavo fala:

__Eu gosto de você também Lorena.

Digo em quase um rusnado entre dentes, enquanto degusto uma batatinha:

__Cala a boca ou te atiro uma batatinha.

Ele sorri e fala:

__Mas é verdade.

Eu retruco após alertar para ele não me provocar:

__E fica olhando para a bunda alheia?

Ele sorri e fala:

__Estamos só nos conhecendo eu e você.

Eu fico vermelha de irritação, mas, olho para ele seria e digo:

__Saiba que eu não gosto de homem galinha Gustavo, já tenho problemas demais para me preocupar, não preciso de mais um problema de graça.

Termino de comer a batatinha.

Após as horas do almoço eu e Gustavo deixamos de falar dobre ciúmes e Fátima, e falamos sobre o que gostávamos de fazer no tempo livre, e descobri que adorávamos caminhar, andar de bicicleta entre outros hobbies afins, com isso ele me convidou para andar de bicicleta sábado de manhã, após retrucar um horário que não fosse tão cedo, combinamos nos encontrar as 10:00 da manhã de Sábado.

DIAS DEPOIS...

Finalmente o Sábado chegou, eu fui enganada pela minha ansiedade, pois, para alguém acostumada a acordar dez horas, eu estava acordada desde as oito da manhã, com isso já deitada, eu me mexia de um lado para outro na cama, bagunçando minhas cobertas sem necessidade, em seguida olho meu celular e vejo as horas, nove horas, com isso decido me levantar, saio da cama, tomo um banho e me visto, coloco uma legue preta e uma regata branca de alcinha, o dia estava mais quentinho, uns dezoito graus, o que para um gaúcho ou gaúcha já é considerado um dia quente, um dia de primavera, eu coloco meus tênis de educação física e com isso prendo meu cabelo em uma colinha alta, e estou pronta, assim mando uma mensagem para Gustavo:

EU:

Oi Gustavo, estou pronta e você?

GUSTAVO:

Eu já estou te esperando aqui.

Ao ler a mensagem dele, eu então retorno a mensagem dizendo que eu estava a caminho, mas, na verdade, eu estou a recém saindo de casa, desço as escadas e cumprimento Beatriz que como sempre esta na recepção, com isso saio pela porta, da garagem na qual pego minha bicicleta e saio pela porta e vou para a praça Italia. No caminho eu sigo o mapa do celular, sempre muito cautelosa devido aos assaltos, eu temia muito perder meu celular, até porque não teria dinheiro para comprar outro ainda.

Chegando na praça, eu vejo sua beleza, é um local lindo, desço da bicicleta, e vejo o belo gramado e as luminárias que agora estão apagadas, pois, como é de dia, não havia necessidade em estarem acesas, com isso vou para perto da ponte que cruza de um lado para o outro do lado, caminhando olhando e desfrutando da bela paisagem enquanto carrego minha bicicleta ao meu lado, e caminho pela ponte, enquanto minha bicicleta roda do meu lado, e eu seguro em um de seus guidons, com isso atravesso vagarosamente a ponte, respirando admirada pela beleza do local, e vejo ao longe Gustavo, sorrio de canto ele estava mexendo no seu celular e parecia não ter me notado, sua roupa parecia de um bad boy motoqueiro, o que eu estranhei, mas não julguei, pois, estava acostumada a ver ele de roupa social sempre, mas, sua personalidade em nenhum momento me fez imaginar que ele usaria uma jaqueta de couro escura, uma camiseta branca justa em seu peito, o que deixa ele muito mais lindo, suas calças jeans surradas justas em seu quadril me deixa quase sem ar ao observa lo, me aproximo dele e digo:

__Nossa, nem parece o Guto que eu conheço, vestido dessa forma, e onde está sua bicicleta?

Ele para de mexer no celular e olha para mim, ele não mexe sua cabeça, pois continua inclinada em direção ao seu celular que está em sua mão direita, ele apenas ergue seus olhos azuis e sobrancelhas escuras na minha direção, lançando um olhar charmoso e sedutor para mim, o que me deixa corada e paralisada, Gustavo nunca me flertou assim, pelo menos não nessa semana que almoçamos juntos, o que esta acontecendo com ele?

Com isso escuto uma terceira voz, que parecia ser de Gustavo:

__Na verdade...eu sou o Gustavo, queria apresentar vocês, mas parecem que já estão se conhecendo.

Olho para trás em um salto quase caindo, e de fato cairia, minha bicicleta para um lado e eu para o outro, mas Gustavo me pega em seus braços, e o outro pega minha bicicleta, para não cair no chão, só então eu olho de um para o outro e minha mente processa, pensando comigo mesma, ele tem um irmão gêmeo?

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