VOCÊ É MINHA PAZ

Depois de meu belo mico e susto, escuto ambos sorrirem, eles estavam rindo de mim, era certo, e suas risadas pareciam melodia em meu ouvido, com isso consigo me afirmar em pé, e me desvencilho dos braços de Gustavo, e o irmão dele responde sem rir, mas , com um sorriso charmoso no rosto:

__Não gosto de bicicletas querida, sou mais fã de motos, so vim acompanhar meu irmão.

Gustavo para  de rir e passa sua mão entre seu cabelo, a roupa dele é mais simples que a de seu irmão, ele veste uma bermuda de abrigo cinza, regata branca e tênis de educação física, seus braços são bem definidos e muito lindo, sua regata não marca seu peito mas , eu poderia notar que tinha um volume , deixando claro que seu peitoral é bem desenvolvido, com isso ele fala:

__Esse é Victor, meu irmão , e...essa é Lorena , minha colega do trabalho.

Victor , olha me desde o alto de minha cabeça até meus pés , e sorri de canto, um sorriso que parecia conter uma segunda intenção, ele se aproxima de mim cheio de charme e beija minha bochecha , e sua mão acaricia de leve minha cintura , o mesmo me cumprimenta de uma forma que me causa arrepios, seu movimento foi tão sensual e charmoso em poucos segundos, depois ele se afasta e fala:

__Eu vou indo, bom passeio para vocês, vejo vocês mais tarde?

Ele pergunta olhando para seu irmão, Gustavo fala:

__Acho que sim, né?

Gustavo olha me , me fazendo a pergunta, eu estava tão confusa e ainda paralisada pela aproximação sedutora de Victor sobre mim, sem contar que o cheiro do perfume amadeirado dele ficou na minha narina, mas, mesmo assim meus lábios como hipnose respondem:

__Sim.

Em seguida Victor sai dali e Gustavo olha para mim e fala:

__Ele te deixou sem jeito mesmo não é?

Eu encaro Gustavo, corada e irritada por ter sido descoberta, e digo:

__Ele parece mais safado que você.

Respondo desconversando a situação,  vou até minha bicicleta que o irmão dele deixou encostada na arvore, pego minha bicicleta digo:

__Onde está sua bicicleta?

Gustavo estava sorrindo de mim de certo, parece que virei uma piada para eles, logo ele parece se recompor e fala:

__Eu pego a bicicleta publica, vem.

Com isso ele começa a caminhar e eu acompanho ele, pela calçadinha de cimento que se estende a nossa frente, digo:

__Onde exatamente vamos encontrar seu irmão hoje mais tarde? Já que mencionaram.

Gustavo , vê um grupo de bicicletas pública e vamos até lá no caminho ele me comenta sobre uma festa que será feita na casa de um amigo  de seu irmão.

Imaginei que iriamos para uma festa simples depois, uma festa com gente bebâda, e cerveja, conversas banais, coisas de jovens que estão entrando no mundo dos adultos, em seguida assinto aceitando o convite.

O mesmo se aproxima de uma das bicicletas amarelas e pública e começa a configurar, pega seu celular e logo registra o QR-code , enquanto eu falo:

__Você mora longe daqui?

Gustavo olha pra mim e fala um pouco desconsertado:

__Em um bairro aqui perto.

Eu não conhecia muito sobre a geografia da cidade , o que me deixou notavelmente sem saber onde ele mora de fato, mas isso para mim, no momento não tinha importância até porque , eu estava sondando e buscando uma conversa para conhece lo e aproveitar o nosso passeio juntos, com isso ele logo encontra um assunto para dividirmos, Gustavo fala:

__Então , aquele taxista daquela vez é um parente seu ou só conhecido?

Ele se referia ao meu tio, em seguida respondo:

__Sim, meu tio, fazia muitos anos que eu não via ele e nem sua família, tu tens parentes por aqui Guto?

Falei de forma tão natural o apelido que havia colocado em secreto nele, que so acabo por perceber o que minhas palavras proferiram após ter dito, com isso eu coro , ele sorri para mim e sobe em sua bicicleta e eu subo na minha bicicleta ele fala:

__Sim, mas então, eu gostei do apelido.

Ele parecia querer trocar de assunto e eu não insisto em manter o assunto atual, para não me tornar chata, com isso começamos a pedalar ele me pede para segui lo, e eu deixo ele tomar a frente assim me orientando para onde ir.

Confesso que estava curiosa , para saber ode exatamente ele planejava me levar, porém, no caminho eu já estava maravilhada pela belíssima paisagem, a grama bem amparada e verdinha, as arvores com sombras convidativas e fresquinhas, me sentia feliz, plena e iluminada, os raios de sol beijavam meu rosto e aquecia minha pele de forma gostosa.

Após pedalarmos por bons e longos 30 minutos, mas extremamente agradáveis, ele para de andar, nossa distância atual é de um metro um do outro, quando ele para eu em seguida paro de pedalar também, com isso noto que paramos em frente em uma casa de sucos naturais, confesso que não gosto muito de frutas, mas, eu não estragaria aquele momento, logo que descemos de nossas bicicletas, colocamos elas no suporte de bicicletas, que tinha na rua em frente a casa de sucos, com isso, adentramos o local, digo:

__Você gosta de frutas? Acreditas naquele mito?

Ele olha me e responde a primeira pergunta tranquilamente , mas ele fica confuso com a segunda pergunta:

__sim, eu gosto, como assim? Qual mito?

Fico corada quando ele não entende o mito que mencionei, pois explicar sobre seria no mínimo constrangedor, minha intenção era fazer uma piada, sobre o que as pessoas falam que quanto mais fruta o homem come, mais doce seria seu esperma. Mas ter que explicar isso para ele, me deixava vermelha e gaguejando , com isso digo apenas:

__Deixa para lá...bom então, qual suco me recomenda?

Eu e Gustavo passamos uma parte da tarde tomando sucos, ele de limão e eu de abacaxi com hortelã, o dia não estava tão quente , mas, também não estava tão frio, passamos boa parte da tarde conversando sobre a cidade e os lugares favorito dele e da cidade que eu vim , de Pelotas, descubro que ele na verdade é nascido no Rio grande do Sul , mas a família dele fez um bom mercado nas cidades sudeste e central do Brasil, como Rio de janeiro e São Paulo, então com doze anos ele foi morar no Rio de Janeiro , mas, agora ele esta voltando para o Rio Grande do sul para trabalhar.

Conversamos sobre ele e a secretária do CEO de marketing da empresa , ele disse que já conhecia ela antes e volta e meia ficavam um com o outro nada sério, eu comento:

__Você sabe, que mulher não é tão assim né? Dependendo do tempo que vocês estão juntos, é certo afirmar que ela sente algo por você, e se ela me vê com você , vai dar ruim.

Comento enquanto retornamos para as bicicletas, eu estava prestes a pegar a minha, quando noto a pergunta com um tom ousado de Gustavo e seu olhar com segundas intensões:

__Ah é... – Ele comenta de uma forma ousada e carregado de um olhar safado- Então isso é um encontro?

Eu coro e fico irritada, pois no trabalho Gustavo disse para uma de nossas colegas de trabalho que eu havia aceitado sair em um encontro com ele, e eu fiquei corada, e neguei, disse que era um passeio entre amigos, sempre fui muito tímida nessa parte da vida, com isso digo em um tom irritada para ele:

__Me poupe!

Ele sorri e eu pego minha bicicleta, assim como ele pega a dele, pergunto:

__Então, qual nosso próximo destino agora?

Ele olha para mim e fala :

__Siga me.

Com isso ele começa a pedalar e eu atrás dele com um metro de distância do mesmo, sendo sincera eu estava gostando de passar aquele tempo com ele, a paz que ele transmite , ele me provocando e eu me irritando, sem que eu note esses pensamentos me tiraram um sorriso, eu realmente estava sorrindo sozinha.

Sem notar , escuto as palavras de Gustavo, olho para o lado e ele havia parado e eu estava quase ultrapassando ele sem notar, eu paro de pedalar ao seu lado, ele  repete sua pergunta anterior:

__O que você está pensando ai? A ponto de rir sozinha, compartilha comigo essa felicidade.

Eu então olho para ele e digo:

__Gosto dessa paz e tranquilidade, que estamos tendo agora.

Ele sorri e fala:

__É reciproco, por mais que você se irrite as vezes.

Eu olho para seus olhos azuis, e digo:

__Você me provoca.

Ele mantem seu olhar sobre o meu, e eu não conseguia desviar nem por um segundo, eu queria seu beijo, e ele sabia, pois tinha uma ligação entre nós, as pessoas passavam mais adiante na calçada , mas era como essas pessoas não estivessem ali, parecia que estava somente eu e ele ali, nosso momento, nós estamos embaixo de um arvore na calçada, e havíamos parado de pedalar, um estava muito próximo do outro , a distância entre nossos rostos parecia diminuir mais e mais, eu queria seu beijo, o vento nos toca, acaricia nossos cabelos, nosso nariz toca um ao outro, desviamos eles, e gradualmente a distância entre nossos rostos, nossos lábios é menor,  até que...

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