CAPÍTULO 2

Logo após espiar pelo olho mágico da porta eu abro a mesma, com isso o homem na frente de minha porta olha para mim, noto seu olhar que me observa de cima a baixo, o mesmo expressa um breve sorriso em seguida ele  diz:

- Lorena?

Eu assinto, ele fala:

- Sou seu primo Gabriel.

Eu sorrio brevemente com leveza e convido ele para entrar, com isso ele adentra minha casa e logo fala:

- Nossa, você precisa mesmo de móveis, como conseguisse dormir essa noite?

Sorrio um pouco constrangida já que eu estava me sentindo uma mendiga tendo que depender tanto assim dos meus tios, eu digo:

- Bom eu fiz uma cama improvisada no chão.

Aponto-lhe a porta de meu quarto, onde estava aberta e os meus edredons no chão e travesseiro, digo:

- Fiz um casulo para mim.

Ele sorri de canto e fala:

- Esperta, vou mandar trazer os moveis e colocarem na sua sala, depois te ajudo a colocar no lugar, tudo bem?

Eu o escuto e vejo aquele sorriso ladino, será que ele estava flertando comigo? Nisso logo volto minha atenção para as palavras dele, digo:

- Tudo bem, eu vou me vestir.

Ele olha me de forma preguiçosa e demorada e assente, com isso vejo o mesmo sair de minha casa, e deixar minha porta aberta, ele iria falar com quem o ajudou trazer meus móveis, Gabriel é meu primo eu sei, isso parece tão errado, mas vendo pelo lado de que eu e ele não tivemos muito contato e somos praticamente estranhos um para o outro, não soa tão estranho assim. Agora preciso ajudar a arrumar as coisas em meu apartamento.

Com isso eu vou para meu quarto e ali, eu começo a me vestir. Coloco uma calça jeans, lingerie vermelho blusa preta, e jaqueta marrom, com isso calço minhas pantufas, e logo escuto os barulhos dos moveis, e meu primo falando com outro homem, ele guiava o homem onde deveria colocar os moveis.

Eu, por outro lado após terminar de me arrumar saio do meu quarto e vejo que eles já haviam trazido uma geladeira, mesa, fogão e sofá, até agora, e pelo que eu entendia faltava o guarda-roupa, cama, uma poltrona e um micro ondas. Volto para meu quarto afim de não atrapalhar eles dois e com isso arrumo minhas cobertas e travesseiros, tirando eles do chão.

Não demora muito e os móveis estão dentro de minha casa e com isso, meu primo b**e na porta de meu quarto, eu digo para ele entrar, não tarda para o mesmo abrir a porta e com isso eu olho-lhe, enquanto dobrava meus edredons do chão e os colocava em um lugar alto para não sujar mais, até porque eu quero colocar os moveis do quarto, no quarto, digo:

- Seria pedir demais, para ti me ajudar a colocar a cama e o roupeiro no quarto?

Pergunto para meu primo que me olha dos pés a cabeça me deixando sem jeito, logo digo:

-Essa é uma ótima forma de deixar uma mulher sem jeito diante de ti. Sabia? Ficar olhando assim...

Eu movo minha mão apontando para o jeito que ele me olha em seguida faço um gesto, para simplificar a situação a qual ele está me deixando, ele sorri de canto e fala:

- Você fez o mesmo quando abriu a porta para mim, entrar na sua casa, me devorou com os olhos, pensa que eu não notei?

Ele fala em um sorriso sacana de canto de lábios, eu sinto minhas bochechas corarem e resolvo mudar de assunto, logo digo:

-Vamos pegar a cama.

Com isso eu tomo a frente seguindo até a cama, e pego ela pela parte mais fácil, os pés e o meu primo pega a mesma pela cabeceira, com isso juntos erguemos a cama, e vamos levando ela com cuidado até a porta de meu quarto, e como a cabeceira é pequena, não temos grandes problemas em conseguir carregar o móvel para o quarto, com isso, o roupeiro diferiria, teríamos que leva ló em partes, para não trancar na porta, após eu colocar a cama no quarto eu respiro aliviada, colocamos o colchão em seguida, então paro para descansar um pouco e falo:

- Não vou dormir mais no chão.

Sorrio aliviada, Gabriel sorri e fala:

- Isso é bom, agora só falta o roupeiro, vou trazer a parte principal.

Assinto positivamente para a ação dele, logo me coloco a ajuda ló, para montar o roupeiro, após montar o roupeiro, eu vou até a cozinha e coloco a mesa no lugar, ligamos a geladeira, eu já tenho armários e pia, já tinha coisas importantes na minha casa, tinha micro-ondas que poderia usar para comidas pré prontas, com isso eu e Gabriel terminamos de arrumar os moveis no lugar e me sento no sofá cansada, Já havia se passado horas, provavelmente já era umas duas horas da tarde, meu primo senta se ao meu lado e fala:

- Aconselho você comprar algo para comer, já está de tarde.

Olho para minha cozinha e rio digo:

-Pois é.

Rio junto dele, ambos parecíamos cansados, mas, eu sinto que eu quero algo a mais, que eu me sinto atraída por ele, com isso digo:

- Obrigada pela ajuda.

A tarde inicia na rua, e eu abro o ifood para pedir comida para nós dois, ele olha me e fala:

- Relaxa, foi tranquilo prima.

Ele lança aquele sorriso de canto novamente, meu coração disparava, e minha preciosidade clamava por um momento sexual, respiro fundo esperando não ter transmitido lhe essa tensão sexual que eu sinto por ele, digo:

- Bom eu pensei em encomendar lanche para hoje, já pedi algo e está a caminho, acho que vai levar uma hora para chegar.

Ele sorri de canto e assente positivamente com a cabeça, eu me levanto e vou até meu celular , procuro por alguma mensagem apenas para tentar me distrair do sorriso dele, e do clima que estava palpável ali, mas Gabriel fala:

- Eu ia te indicar uma lanchonete mas se tu já pediu, então deixa para lá.

Eu olho para ele, o mesmo pega seu celular e pesquisa em seguida me mostra a lanchonete, eu vejo e digo:

- Sim, pedi comida com hambúrguer artesanal.

Ele assente, eu deixo meu celular sobre a mesa, com isso vejo ele terminar de mexer no celular digo:

- Olha eu vou tomar um banho, ok?

Minha vontade era de convidar ele para tomar banho comigo, mas, seria ousado de minha parte, por mais que eu estivesse cheia de tesão por ele neste momento, Gabriel fala:

- Pensei em tomar um banho também.

Eu me viro para ele surpresa pela ousadia dele, digo gaguejando, porém, muito tentada:

__A-agora? C-co-comigo?

Ele olha me e lança aquele sorriso sacana e fala:

- Eu tomaria um banho depois, mas, não me oponho em te fazer companhia, seria muito prazeroso.

Ele ainda mantem aquele sorriso sacana e o tom da palavra prazeroso que sai dos lábios dele, parece soar de forma veludada e sedutora, eu devo estar com um olhar de surpresa provavelmente, pois ele ri um pouco e mantem aquele ar sedutor, porém minha deusa interior queria aceitar a ideia, mas minha sub consciência diz não, eu digo:

__E-eu acho melhor depois — Noto que falei algo ambíguo, depois o que? O banho?  Depressa arrumo as palavras rapidamente — quero dizer, tu tomar depois.

Ele mantem o olhar sacana e assente, falando:

- Relaxa priminha, tudo bem.

Meu coração parecia querer sair pela boca a qualquer momento, em seguida pego minha toalha e minha calcinha e levo para o meu banheiro, meu shampoo, máscara e condicionador já estando no banheiro, assim como sabonete, com isso eu adentro o banheiro e encosto a porta, me dispo em seguida ligo meu chuveiro, penduro a toalha e deixo minha calcinha sobre a tampa fechada do vaso.

No meio de meu banho, escuto um bater na porta, eu digo:

- Sim?

Meu primo responde:

- Eu gostaria de mijar um pouco.

O boxe era de vidro escuro, com isso eu digo sim, que ele poderia entrar, ele me veria nua era fato, mas eu queria, uma ponta de minha deusa interior me toma, com isso viro de costas, para continuar meu banho e escuto a porta do banheiro abrir e fechar eu sinto o que ocorreria ali, meus seios ficam animados, eu sentia um frenezi por todo meu corpo e minha preciosidade queria isso, eu quero isso.

Depois de alguns minutos eu nada escuto, apenas silêncio e depois escuto o barulho, do boxe abrindo, então sinto o hálito quente dele em meu ouvido, ele sussurra:

- Você sabia o que eu queria quando me deixar entrar não é?

O tom da voz de meu primo era intensa, carregada de desejo eu digo no mesmo tom, no mesmo clima:

- Sim...

Sinto seus lábios em meu pescoço, respiro fundo e com isso sinto o seu hálito quente, me fazendo arrepiar, logo sinto sua mão passando por minha cintura e apalpando me, com isso eu inclino meu quadril em direção ao quadril dele, sinto nitidamente o volume entre suas pernas, seu membro estava rígido e acordado, digo:

- Nossa...

Ele sussurra ao pé de meu ouvido:

- Você me deixou assim...

Eu rebolo com meu quadril encostado no seu o convidando e atiçando mais, não tarda para o mesmo entender o que eu também quero, ele me vira de frente para ele, buscando um beijo ardente e quente em meus lábios, logo me pegando no colo, minhas pernas emendam em torno de seu quadril deixando me exposta para ele, pronta para ceder em seus braços, em sua boca, em seu corpo.

Sinto seus movimentos em mim, gradualmente se apossar mais de meu ser, meu corpo e gosto do prazer que exerce sobre mim, meus pelos de minha pele arrepiam se todos, e eu gemia alto em seu ouvido, enquanto sentia ele me dominar, amando cada segundo, cada minuto.

O cenário do banho e o banheiro se tornou apenas um cenário qualquer para nossa diversão.

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Havia se passado dois dias, depois daquele momento com meu primo, onde passamos boa parte do dia juntos, após o lanche resolvemos experimentar por diversas vezes a cama e o colchão, minha cama nova que se provou bem resistente.

E hoje eu iria começar a trabalhar na empresa Drummond, agora é sete horas da manhã, e eu estou arrumando minha camisa social e minha calça jeans e minha sapatilha social.

Pergunto-me se eu veria Gustavo novamente, mas, logo eu balanço minha cabeça me livrando dos pensamentos com ele, e foco em arrumar meu cabelo, que estava extremamente rebelde hoje, eu resolvo prender o mesmo em uma colinha, e coloco argolas médias em minha orelha para disfarçar a rebeldia de meu cabelo, com isso eu estou pronta.

Em seguida vou até minha cozinha e pego o pacote de pão de dentro do micro-ondas, e logo pego um copo de vidro e coloco leite dentro e coloco para aquecer no micro-ondas, e da geladeira pego meu requeijão e coloco sobre a mesa, preparando meu café da manhã, não tardo a tomar meu café realizando meu desjejum.

Em seguida coloco a louça na pia e arrumo a mesa e a louça, deixando tudo limpo, pois eu voltaria para casa somente depois das seis horas da tarde, o horário que eu solto do meu trabalho.

MOMENTOS DEPOIS...

Chego no trabalho, eu me sentia perdida no meio daquela enorme empresa, estou sendo apresentada as minhas funções e nisso logo me designam para uma sala de escritório, com pouca privacidade, com uma pequena parede de divisória da mesa vizinha que ainda não sabia quem sentaria ali ao meu lado, com isso respiro fundo e olho para Luiza minha treinadora, ela ficaria me orientando e tirando minhas dúvidas, a mulher aparenta ter uns quarenta anos, conservada e séria, uma mulher elegante de cabelos pretos e lisos.

E finalmente meu colega de trabalho não tarda a aparecer,  assim que eu o vejo eu congelo, não conseguia olhar para outra pessoa, somente para ele, seus olhos azuis, seu cabelo preto, seu sorriso lindo ele fala:

- Então você será minha colega Lorena?

Ele ainda recorda meu nome? Sei que parece aquele clássico de nerd apaixonada pelo cara mais bonito, mas, Gustavo é mesmo lindo, notando que eu parecia uma boba olhando para ele, eu desfaço o sorriso bobo e apenas, volto a olhar para ele, porém com mais calma e levemente corada digo:

- Cheguei agora, você está desde a semana passada trabalhando aqui, né?

Ele mantém seu sorriso lindo e fala:

- Sim, sim. É isso ai.

Com isso olho para cima de minha mesa e vejo os papeis de coisa a serem feitas, eu então começo a lê lós, sinto o olhar dele ainda sobre mim, e arrisco espiar de canto de olho e noto ele virar o rosto mexendo em suas papeladas, eu volto minha atenção para meus papeis e o computador, assim logo eu começo a mexer no computador, e pego a senha que Luiza me passou, insiro no computador e tudo dá certo, acesso à área de trabalho, vendo os arquivos que eu precisaria ler e trabalhar sobre.

Com isso não sinto as horas passarem, e me envolvo com o trabalho eu trabalhava na parte de marketing, eu, Gustavo e mais duas garotas dividimos o nosso canto do escritório, somos assistentes de marketing aqui, e passamos nossa ideia para resolver os problemas de propagandas, estratégias de marketing e divulgação para Luiza, ela por sua vez, leva até o CEO, chefe do marketing ele lida com os problemas mais severos e as reuniões, e deixa os problemas mais “fáceis“ para nossa equipe resolver, no momento sei que o mesmo anda viajando a negócios é o que foi me dito, mas Luiza enviaria tudo por e-mail para ele, no escritório tem outras divisões, como os assistentes administrativos, os assistentes de vendas e os assistentes contábeis, cada um com suas mesas separadas em grupo de quatro pessoas. Minha mente sai da sala, e entra no problema em questão, proposto pela papelada que eu li, teria que criar uma propaganda para a empresa de lingerie que foi me passada, com isso estou concentrada ao máximo, até que escuto uma voz que me traz para a realidade atual, eu olho para ele ao meu lado me oferecendo um café, e coro, seus olhos azuis pousam em mim, e eu arrumo a mecha de cabelo que caiu para a frente de meus olhos e digo:

- Obrigada Gustavo, mas eu não escutei direito o que me falasse?

Ele sorri e fala:

- Eu acredito, você estava tão focada no projeto, que fiquei meio tímido de te avisar que agora é o horário do intervalo, almoço.

Com essas palavras dele eu olho para o mesmo, com um olhar surpreso, eu em nenhum momento notei o tempo passar, sorrio meio sem jeito e aceito o café que ele me oferece, digo:

- Nossa … eu não percebi, eu estava lendo sobre a visão profissional da empresa e as questões que ele gostaria que fossem abordadas na propaganda… e...

Eu paro de falar e bebo um gole do café que está muito bom por sinal, digo:

- Nossa, esse café é bom, é da máquina de café?

Gustavo sorri confortável e desprendido de formalidades, ele escora se na divisória e fala:

- Não, eu fui até a cafeteria da equina, assim como todos os outros colegas.

Ele olha ao redor, me convidando a olhar ao nosso redor e com isso eu noto que está somente eu e ele ali, ou seja, todos entraram em intervalo e eu nem notara, digo:

- Eu sou um completo desastre social...nossa.

Ele sorri divertidamente e fala:

- Não é não, é admirável, na verdade, parece uma mulher esforçada e focada, mas, então, vamos almoçar?

Eu olho para ele, surpresa com sua pergunta e coro, ele fala divertido com a situação:

- Não se preocupe, é um almoço entre colegas de trabalho.

Eu assinto, mas, minha mente me lança uma pergunta, se é um almoço entre colegas, porque ele não convidou as outras duas meninas para ir almoçar com a gente também? Seja como for, eu não iria me opor, com isso me levanto de minha cadeira de escritório básica e logo eu e Gustavo estávamos caminhando para fora da sala, ele fala:

- Então, viesse de qual cidade mesmo, para a capital?

Eu digo-lhe, entre um gole de café quentinho:

- Pelotas, a cidade do doce.

Ele sorri após identificar qual a cidade que eu moro, após eu usar a referência de seu apelido, minha cidade natal é reconhecida por ser a cidade do doce. Em seguida eu e ele caminhamos pelo corredor e vejo a secretária do CEO cumprimentar o mesmo, ela olha para Gustavo como se o devorasse com os olhos eu sinto uma pequena inveja, ao notar isso, porém nada digo, ao notar que ele aparenta retribuir o olhar dela, porém sinto um pequeno sentimento de ciúme, que me deixa com raiva dele por ele estar correspondendo ela.

Finjo não sentir nada, finjo até mesmo não ter notado, e ele logo retorna seu olhar para mim e fala:

- Então o que espera conseguir na empresa? Um cargo e salário ou, uma carreira?

Eu olho para ele, tentando ao máximo controlar a raiva que sentia digo em um tom que devia ser calma e desinteressada com a conversa, mas, acaba por ser um tom com carregado com ar de irritação:

- Uma carreira.

Notando minha irritação, Gustavo fala:

- Está tudo bem?

Eu digo:

- Claro.

Mentalmente respondo a mim mesma, desconsiderando o fato de que comesse com as trocas de olhares a secretária bunduda bem do meu lado.

Gustavo insiste:

- Você está bem mesmo?

O olhar dele para mim demonstra grande confusão, eu digo sem nem ao menos conseguir segurar minha própria língua:

- Estou ótima Gustavo, aliás se queres tanto passar tempo com a secretária, porque não vai almoçar com ela, relaxa eu sei me virar sozinha, já sou bem grandinha, não preciso de babá.

Ele olha me surpreso e para de andar e eu sigo andando, mas, sou interrompida quando ele me puxa pelo braço, de forma calma e sem me machucar, ele olha em meus olhos e fala:

- Você está com ciúmes de mim?

Eu coro ficando mais furiosa, como se tivesse sido flagrada e digo:

- Vai se ferrar Gustavo!

Desvencilho meu braço de suas mãos e saio de perto dele, enquanto ele fica para trás e eu caminho, sem saber para onde eu estava indo, só queria me afastar dele, acabo por caminhar por alguns minutos xingando Gustavo mentalmente, e o triturando a cada passo mentalmente.

Até que chego na cafeteria da esquina que Gustavo havia comentado, eu entro, e então vou direto averiguar os salgados que tinha, pois, somente agora percebo que estou faminta.

Após quinze longos minutos na fila do balcão eu sou finalmente atendida, e compro três salgados, coxinha e dois pasteis de frango com requeijão e só então vejo o sanduiche de presunto, queijo, tomate, alface e beterraba e compro também, logo peço um suco de laranja para acompanhar e não tarda para eu ser atendida e vou para a mesa 7 onde me sento e começo a degustar minha refeição improvisada, noto uma movimentação em minha direção, mas a fome era maior, que eu acabo por ignorar totalmente que movimentação seria está, até ele sentar se na minha frente, enquanto eu atacava esfomeadamente um salgado, a coxinha de galinha com requeijão, com a boca aberta pronta para a terceira mordida, Gustavo aparece sentado bem na minha frente assistindo aquela cena deprimente que minha atacando a pobre coxinha, ele coloca uma marmita na frente dele, pois ele comprou a tal comida que ele queria e pelo que notei mandou embalar para comer em outro lugar e o mesmo coloca ao lado de sua marmita uma latinha de guaraná fanta, o cheiro daquela comida  espanca furiosamente meu  nariz, ele fala:

- O nome dela é Fátima, e eu e ela bom, as vezes ficávamos.

Ele fala abrindo a marmita, eu vejo sua marmita tem batata frita, bife, arroz, alface, tomate, feijão, e eu olho para meus salgados e mentalmente sem notar comparo eles com a marmita dele, meu estomago parece brigar comigo nesse momento, me dizendo para ter deixado o ciúme de lado e ter ido comprar a comida, mas, agora era tarde demais, continuo atacando a coxinha na esperança de acalma os protestos indecentes e barulhentos de meu estomago, o que faz notavelmente Gustavo sorrir, eu permaneço matando gradualmente minha coxinha em cada mordida até que ela não exista mais e eu comece a atacar faminta o sanduiche, ele fala:

- Se quiser algumas batatinhas fique á vontade.

Ele começa a comer, e eu reviro os olhos em silêncio , digo:

- Não.

Alguns minutos de silêncio e apenas os barulhos de mandíbulas trabalhando enquanto saciam a fome do corpo, vinte minutos depois eu me rendo as batatinha frita, pegando uma ou outra da marmita dele, Gustavo fala:

- Eu gosto de você também Lorena.

Digo em quase um rosnado entre dentes, enquanto degusto uma batatinha:

- Cala a boca ou te atiro uma batatinha.

Ele sorri e fala:

- Mas é verdade.

Eu retruco após alertar para ele não me provocar:

- E fica olhando para a bunda alheia?

Ele sorri e fala:

- Estamos só nos conhecendo eu e você.

Eu fico vermelha de irritação, mas, olho para ele séria e digo:

- Saiba que eu não gosto de homem galinha Gustavo, já tenho problemas demais para me preocupar, não preciso de mais um problema de graça.

Termino de comer a batatinha.

Após as horas do almoço eu e Gustavo deixamos de falar sobre ciúmes e Fátima, e falamos sobre o que gostávamos de fazer no tempo livre, e descobri que adorávamos caminhar, andar de bicicleta entre outros hobbies afins, com isso ele me convidou para andar de bicicleta sábado de manhã, após tentar protestar em vão para a mudança do horário, para que não fosse tão cedo , por fim , combinamos nos encontrar ás dez horas da manhã de Sábado.

DIAS DEPOIS...NO SÁBADO

Finalmente o Sábado chegou, eu fui enganada pela minha ansiedade, pois, para alguém acostumada a acordar dez horas, eu estava acordada desde as oito da manhã, com isso já deitada, eu me mexia de um lado para outro na cama, bagunçando minhas cobertas sem necessidade, em seguida olho meu celular e vejo as horas, nove horas, com isso decido me levantar, saio da cama, tomo um banho e me visto, coloco uma legging preta e uma regata branca de alcinha, o dia estava mais quentinho, uns dezoito graus, o que para um gaúcho ou gaúcha já é considerado um dia quente, um dia de primavera, eu coloco meus tênis de educação física e com isso prendo meu cabelo em uma colinha alta, e estou pronta, assim mando uma mensagem para Gustavo:

EU:

Oi Gustavo, estou pronta e você?

GUSTAVO:

Eu já estou te esperando aqui.

Ao ler a mensagem dele, eu então retorno a mensagem dizendo que eu estava a caminho, mas, na verdade, eu estou a recém saindo de casa, desço as escadas e cumprimento Beatriz que como sempre está na recepção, com isso saio pela porta, da garagem na qual pego minha bicicleta , que havia adquirido no meio da semana para não gastar com uber todos os dias no trabalho, e saio pela porta , rumo a praça, uso o g****e maps todo tempo, vou para a praça Itália. No caminho eu sigo o mapa do celular, sempre muito cautelosa devido aos assaltos, eu temia muito perder meu celular, até porque não teria dinheiro para comprar outro ainda.

Chegando na praça, eu vejo sua beleza, é um local lindo, desço da bicicleta, e vejo o belo gramado e as luminárias que agora estão apagadas, pois, como é de dia, não havia necessidade em estarem acesas, com isso vou para perto da ponte que cruza de um lado para o outro  lado, caminhando olhando e desfrutando da bela paisagem enquanto carrego minha bicicleta ao meu lado, e caminho pela ponte, enquanto minha bicicleta roda do meu lado,  eu seguro no guidom, caminhando ao lado da bicicleta, com isso atravesso vagarosamente a ponte, respirando admirada pela beleza do local, e vejo ao longe Gustavo, sorrio de canto ele estava mexendo no seu celular e parecia não ter me notado, sua roupa parecia de um bad boy motoqueiro, o que eu estranhei, mas não julguei, pois, estava acostumada a ver ele de roupa social sempre, mas, sua personalidade em nenhum momento me fez imaginar que ele usaria uma jaqueta de couro escura, uma camiseta branca justa em seu peito, que notavelmente deixa ele muito mais lindo, suas calças jeans surradas justas em seu quadril me deixa quase sem ar ao observa ló, me aproximo dele e digo:

- Nossa, nem parece o Guto que eu conheço, vestido dessa forma, onde está sua bicicleta?

Ele para de mexer no celular e olha para mim, ele não mexe sua cabeça, pois continua inclinada em direção ao seu celular que está em sua mão direita, ele apenas ergue seus olhos azuis e sobrancelhas escuras na minha direção, lançando um olhar charmoso e sedutor para mim, o que me deixa corada e paralisada, Gustavo nunca me flertou assim, pelo menos não nessa semana que almoçamos juntos, o que está acontecendo com ele? Ele está tão diferente, isso me faz sentir viva e arrepiada.

Com isso escuto uma terceira voz, que parecia ser de Gustavo:

- Na verdade...eu sou o Gustavo, queria apresentar vocês, mas, parecem que já estão se conhecendo.

Olho para trás em um salto quase caindo, e de fato cairia, minha bicicleta para um lado e eu para o outro, mas Gustavo me pega em seus braços, e o outro pega minha bicicleta, para não cair no chão, só então eu olho de um para o outro e minha mente processa, pensando comigo mesma, ele tem um irmão gêmeo?

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