Vivienne checa o horário pela décima vez, levantando-se num pulo ao constatar o óbvio, será impossível chegar no horário que o “senhor pontualidade” determinou. Corre para o banheiro, optando por um banho rápido e deixando os cachos intocados, uma batalha que definitivamente não tem tempo para travar naquele momento. Após sua higiene apressada, invade o pequeno closet, escolhendo um conjunto preto social que grita “profissional competente mesmo atrasada”. Arruma os cabelos num coque estrategicamente bagunçado, deixando alguns fios soltos para suavizar o visual, e aplica uma maquiagem básica.— É o que temos para hoje. — Resmunga para seu reflexo, checando mais uma vez o horário como se isso pudesse magicamente fazer o tempo parar. — Ai, Senhor! Aceita uma alma desesperada no céu? Porque depois do sermão que o senhor controlador irá me dar, com certeza cometerei um crime. — Murmura, visualizando o sorriso irônico que Dominic certamente exibirá ao notar seu atraso. Atravessa a sala com
Dominic ajusta rapidamente o roupão, seu corpo se movendo por instinto para criar uma barreira protetora entre Vivienne e seu avô. A presença não solicitada de Grant, após ignorar sistematicamente suas ligações, só aumenta sua irritação.— A que devo a honra desta visita matinal, senhor Muller? — Questiona, embora o sarcasmo seja evidente, seu tom formalmente hostil deixa clara sua contrariedade com a visita.— Quem é essa adorável jovem? — Grant pergunta, com uma falsa cordialidade que faz Dominic quase revirar os olhos. — Seja educado, filho, me apresente. — Insiste, com uma doçura estudada que faz o estômago de Vivienne revirar. Dominic arqueia uma sobrancelha, como se algo o incomodasse, embora não consiga identificar o que exatamente. Ele dá um passo calculado para o lado, abrindo espaço e fazendo Vivienne parecer ainda menor diante dele.— Perdoe minha falta de modos. — Dominic começa, com um sorriso forçado que mal esconde sua irritação. — Permita-me apresentar a mais recente
Assim que entra no quarto, Dominic segue diretamente para a cômoda, seus passos precisos e deliberados. Ele pega o celular com movimentos automáticos, os dedos navegando rapidamente pela tela, enquanto digita uma mensagem. Sem hesitar, seleciona um número na lista de contatos e inicia uma ligação.Ao adentrar o closet, posiciona o aparelho no viva-voz sobre uma prateleira, permitindo que suas mãos fiquem livres para iniciar sua impecável rotina de vestimenta.— Bom dia, senhor Muller. — A voz de Finn ecoa pelo ambiente.— Finn, necessito de todas as gravações existentes de qualquer câmera nas proximidades do endereço que lhe enviei, a partir da data especificada. — Dominic instrui, seus dedos trabalhando meticulosamente nos botões da camisa branca. — Verifique a existência de câmeras no próprio edifício e, caso positivo, inclua tais registros. — Continua, metodicamente, dobrando as mangas até o cotovelo em movimentos calculados. — Naturalmente, restrinja-se às imagens que mostrem a mo
Grant levanta-se com deliberada lentidão, ajustando os punhos da camisa sobre o terno num gesto provocativo. Com passos calculadamente vagarosos, aproxima-se do bar particular, examinando as bebidas com uma falsa casualidade que beira a afronta.— Você realmente não deveria manter tantas tentações ao seu alcance. — Grant adverte, voltando-se para Dominic com a garrafa de uísque mais cara da coleção.— Apenas esclareça suas ações. — Dominic exige, pressionando as têmporas numa tentativa de conter sua fúria crescente. — Por que insiste em me provocar quando conhece, intimamente, as devastadoras consequências? — Pergunta, contornando a mesa para assumir sua posição. — Suas patéticas tentativas de desviar o foco com provocações baratas não funcionarão. — Garante, sua voz carregada de convicção, enquanto cruza os braços, uma postura firme que exala determinação. — Então, por que não apresenta logo sua versão mentirosa dos fatos? — Sugere, a provocação escorrendo em cada sílaba. — Assim, sou
Dominic vira-se, seus olhos encontrando os de Vivienne com uma intensidade magnética. Com delicadeza, puxa-a para si, envolvendo-a em seus braços fortes, enquanto ela retribui o gesto com a mesma ternura, suas mãos delicadas circundando sua cintura. Seus dedos percorrem as costas dela com suavidade, subindo até a nuca num toque que provoca arrepios incontroláveis em Vivienne. Com cuidado, seus dedos encontram a presilha, libertando os cachos sedosos que tanto o enfeitiçam. Instintivamente, mergulha seu rosto entre os fios perfumados, permitindo que aquela proximidade intoxicante acalme seu corpo inquieto.— Me desculpa, foi impossível não ouvir. — Vivienne sussurra, lutando contra as sensações que os toques dele despertam. — Você está bem? — Pergunta, seu coração reconhece a dor familiar da rejeição.— Sim, estou bem. — Dominic responde, sua voz profunda e reconfortante, afastando-se apenas o suficiente para admirá-la com devoção. Seus dedos deslizam pela pele macia da bochecha dela,
Antes que Vivienne possa reagir, Dominic a gira na cama com uma precisão quase predatória, prendendo-a sob o peso de seu corpo contra o colchão macio. Seu olhar ardente deixa evidente o desejo, enquanto a mão firme se apoia ao lado do rosto dela, mantendo-a presa de forma deliberadamente possessiva. A outra mão desliza lentamente pelos cachos vermelhos, os dedos traçando um caminho provocador ao longo de seu rosto até alcançar o lábio inferior. Com o polegar, ele o acaricia suavemente, numa provocação que arranca um suspiro involuntário de Vivienne.Dominic se inclina com uma proximidade perigosa, seus lábios roçando os dela em um gesto carregado de intenção e controle. Ele observa com intensidade o desejo crescendo nas profundezas daquele olhar expressivo, enquanto a respiração dela se torna irregular, cada exalar um reflexo do turbilhão de emoções que a consome sob seu domínio sedutor.— Quente, muito quente. — Vivienne murmura, sua voz evidenciando o desejo que percorre seu corpo e
Vivienne pousa suas mãos, delicadamente, sobre as dele, seus olhares se encontrando com uma intensidade que transcende o mero desejo físico. Ela se inclina lentamente em sua direção, seus olhos fixando-se nos lábios dele com desejo contido.— Senhorita, o cal… — Silvia começa, mas sua voz falha por um breve instante ao avistar Dominic. — O caldo está pronto, senhores. — Conclui, com a mesma discrição impecável de sempre, suas mãos unindo-se atrás das costas enquanto mantém uma postura respeitosa. Seus olhos desviam rapidamente, percebendo a proximidade entre os dois, mas ela não permite que qualquer emoção escape de seu semblante profissional. — Gostariam que fosse servido agora? — Acrescenta, sua voz cuidadosamente neutra, tentando dissipar o ar carregado no ambiente.— Agradeço sua atenção, senhora Valens. — Vivienne responde, com a voz gentil, um sorriso educado, suavizando suas feições. — Por gentileza, sirva-o à mesa. — Como desejar, senhorita. — Responde, com um leve aceno de c
Vivienne se inclina provocantemente, seus lábios deslizando sobre os dele em carícias deliberadamente lentas. Seus olhares permanecem presos num duelo silencioso de desejo, enquanto a atração flui naturalmente entre eles. Com um beijo rápido e uma mordida provocante, ela se afasta exibindo um sorriso que beira a tentação.— Terá que encontrar seu próprio caminho, senhor Muller. — Vivienne declara, voltando sua atenção à refeição, lutando internamente contra a atração magnética que pulsa entre eles. — Não sou sua bússola particular. — Acrescenta, com um tom que mistura provocação e desafio, observando com satisfação velada, enquanto ele desliza os dedos pelos cabelos num gesto de frustração mal contida.— O universo está repleto de bússolas, senhorita Bettendorf. — Dominic responde, com seriedade, suas palavras, atingindo-a como pequenas flechas de ciúme que ela se recusa a admitir. — Você mencionou os privilégios de ser herdeiro. — Continua, sua mudança abrupta de assunto captura a at