A porta de entrada explode quando Dominic arremessa Noah contra o chão com uma violência bruta. O impacto é tão devastador que o corpo do irmão gira duas vezes antes de se estabilizar. Noah luta para se erguer, apoiando-se precariamente sobre joelhos e palmas trêmulas, mas Dominic, consumido por uma fúria selvagem, o atinge com um chute feroz em seu abdômen, arrancando-lhe o ar dos pulmões e devolvendo-o ao chão.— Fascinante sua tentativa de ser como eu, Noah! — Dominic dispara, removendo o paletó e jogando-o de qualquer jeito, enquanto se aproxima como um predador. — Acha que é só pegar as partes que te interessam? — Continua, sua voz assumindo um tom cortante, enquanto se inclina, entrelaçando os dedos nos cabelos do irmão para imobilizá-lo. O primeiro soco atinge com precisão, fazendo sangue espirrar dos lábios de Noah, seguido por outro igualmente impiedoso. — Que tal experimentar o peso das minhas responsabilidades? Ou melhor, por que não prova um pouco das minhas frustrações? D
Ao adentrar a sala, Dominic se depara com Charles aguardando-o de pé em frente ao sofá, sua postura imponente emanando uma autoridade como um juiz prestes a proferir sua sentença.— Você precisa de tratamento, jovem. — Charles declara, com seriedade, cada palavra carregada de condescendência. — Esse descontrole é inaceitável.— Vá se foder! — Dominic cospe as palavras, abandonando completamente sua habitual educação. — Certamente, quando for internado, terei o prazer da companhia da sua adorável filha psicótica. — Dispara, satisfeito ao ver o impacto de suas palavras, enquanto segue em direção à saída sem se dignar a esperar uma resposta.Na saída, seu olhar recai sobre o paletó jogado ao chão, uma imagem que simboliza perfeitamente o caos daqueles momentos. Com movimentos deliberadamente controlados, mesmo em meio à fúria que o consome, abaixa-se para recolhê-lo. Caminha até seu carro com passos firmes, apoiando-se na lataria onde se apoia como uma estátua quebrada.— Como odeio essa
Ao chegar em seu apartamento, Dominic segue diretamente para o banheiro. Enquanto a hidromassagem enche, ele apoia as mãos na pia de mármore, seu olhar fixando-se nas manchas de sangue que cobrem seus dedos longos, testemunhas silenciosas de sua fúria anterior. No espelho, nota os mesmos vestígios em seu rosto, marcas deixadas quando passou as mãos pela face num momento de frustração.Com movimentos deliberadamente lentos, abre a torneira e começa a lavar as mãos, observando o vermelho se diluir na água cristalina. Com as mãos limpas, enche-as de água e se inclina para frente, lavando o rosto também. Um suspiro pesado escapa de seus lábios, o cansaço não é apenas físico, mas da constante batalha que seus laços familiares representam.— Seria muito pedir um dia normal? — Resmunga, enquanto se despe metodicamente, observando a hidromassagem quase cheia.Ao submergir na água quente, sente cada músculo tenso começar a relaxar. Encosta a cabeça na borda da hidromassagem, permitindo-se um m
Vivienne checa o horário pela décima vez, levantando-se num pulo ao constatar o óbvio, será impossível chegar no horário que o “senhor pontualidade” determinou. Corre para o banheiro, optando por um banho rápido e deixando os cachos intocados, uma batalha que definitivamente não tem tempo para travar naquele momento. Após sua higiene apressada, invade o pequeno closet, escolhendo um conjunto preto social que grita “profissional competente mesmo atrasada”. Arruma os cabelos num coque estrategicamente bagunçado, deixando alguns fios soltos para suavizar o visual, e aplica uma maquiagem básica.— É o que temos para hoje. — Resmunga para seu reflexo, checando mais uma vez o horário como se isso pudesse magicamente fazer o tempo parar. — Ai, Senhor! Aceita uma alma desesperada no céu? Porque depois do sermão que o senhor controlador irá me dar, com certeza cometerei um crime. — Murmura, visualizando o sorriso irônico que Dominic certamente exibirá ao notar seu atraso. Atravessa a sala com
Dominic ajusta rapidamente o roupão, seu corpo se movendo por instinto para criar uma barreira protetora entre Vivienne e seu avô. A presença não solicitada de Grant, após ignorar sistematicamente suas ligações, só aumenta sua irritação.— A que devo a honra desta visita matinal, senhor Muller? — Questiona, embora o sarcasmo seja evidente, seu tom formalmente hostil deixa clara sua contrariedade com a visita.— Quem é essa adorável jovem? — Grant pergunta, com uma falsa cordialidade que faz Dominic quase revirar os olhos. — Seja educado, filho, me apresente. — Insiste, com uma doçura estudada que faz o estômago de Vivienne revirar. Dominic arqueia uma sobrancelha, como se algo o incomodasse, embora não consiga identificar o que exatamente. Ele dá um passo calculado para o lado, abrindo espaço e fazendo Vivienne parecer ainda menor diante dele.— Perdoe minha falta de modos. — Dominic começa, com um sorriso forçado que mal esconde sua irritação. — Permita-me apresentar a mais recente
Assim que entra no quarto, Dominic segue diretamente para a cômoda, seus passos precisos e deliberados. Ele pega o celular com movimentos automáticos, os dedos navegando rapidamente pela tela, enquanto digita uma mensagem. Sem hesitar, seleciona um número na lista de contatos e inicia uma ligação.Ao adentrar o closet, posiciona o aparelho no viva-voz sobre uma prateleira, permitindo que suas mãos fiquem livres para iniciar sua impecável rotina de vestimenta.— Bom dia, senhor Muller. — A voz de Finn ecoa pelo ambiente.— Finn, necessito de todas as gravações existentes de qualquer câmera nas proximidades do endereço que lhe enviei, a partir da data especificada. — Dominic instrui, seus dedos trabalhando meticulosamente nos botões da camisa branca. — Verifique a existência de câmeras no próprio edifício e, caso positivo, inclua tais registros. — Continua, metodicamente, dobrando as mangas até o cotovelo em movimentos calculados. — Naturalmente, restrinja-se às imagens que mostrem a mo
Grant levanta-se com deliberada lentidão, ajustando os punhos da camisa sobre o terno num gesto provocativo. Com passos calculadamente vagarosos, aproxima-se do bar particular, examinando as bebidas com uma falsa casualidade que beira a afronta.— Você realmente não deveria manter tantas tentações ao seu alcance. — Grant adverte, voltando-se para Dominic com a garrafa de uísque mais cara da coleção.— Apenas esclareça suas ações. — Dominic exige, pressionando as têmporas numa tentativa de conter sua fúria crescente. — Por que insiste em me provocar quando conhece, intimamente, as devastadoras consequências? — Pergunta, contornando a mesa para assumir sua posição. — Suas patéticas tentativas de desviar o foco com provocações baratas não funcionarão. — Garante, sua voz carregada de convicção, enquanto cruza os braços, uma postura firme que exala determinação. — Então, por que não apresenta logo sua versão mentirosa dos fatos? — Sugere, a provocação escorrendo em cada sílaba. — Assim, sou
Dominic vira-se, seus olhos encontrando os de Vivienne com uma intensidade magnética. Com delicadeza, puxa-a para si, envolvendo-a em seus braços fortes, enquanto ela retribui o gesto com a mesma ternura, suas mãos delicadas circundando sua cintura. Seus dedos percorrem as costas dela com suavidade, subindo até a nuca num toque que provoca arrepios incontroláveis em Vivienne. Com cuidado, seus dedos encontram a presilha, libertando os cachos sedosos que tanto o enfeitiçam. Instintivamente, mergulha seu rosto entre os fios perfumados, permitindo que aquela proximidade intoxicante acalme seu corpo inquieto.— Me desculpa, foi impossível não ouvir. — Vivienne sussurra, lutando contra as sensações que os toques dele despertam. — Você está bem? — Pergunta, seu coração reconhece a dor familiar da rejeição.— Sim, estou bem. — Dominic responde, sua voz profunda e reconfortante, afastando-se apenas o suficiente para admirá-la com devoção. Seus dedos deslizam pela pele macia da bochecha dela,