Vivienne checa o horário e arregala os olhos ao ver que já são quase onze horas. Há dias não dormia até tão tarde, e a surpresa a faz soltar um suspiro. Espreguiçando-se, ela se levanta, segue para o banheiro e realiza sua rotina matinal com calma, aproveitando um raro momento de silêncio.Após vestir um vestido confortável, ela sai do quarto e, como de costume, faz o mesmo que Dominic, caminha até o quarto dos filhos. Com passos suaves, aproxima-se dos berços, verificando cada um deles com carinho, certificando-se de que estão bem. Seu olhar percorre os pequenos rostinhos serenos, atentos a qualquer sinal de necessidade, mas os trigêmeos dormem profundamente, respirando de maneira tranquila.“Também, depois do espetáculo que vocês deram durante a madrugada, impossível estarem acordados.” — Pensa, soltando um leve sorriso, enquanto observa os pequenos dormindo serenamente, alheios ao caos que haviam causado algumas horas atrás.Vivienne sai do quarto, fechando a porta com cuidado, e s
Vivienne sente o ar lhe faltar por um segundo, seus sentidos completamente tomados por ele. Cada toque, cada olhar, cada mínima provocação a envolve, deixando-a presa em um jogo do qual ela não quer escapar.— Temos pou... — Suas palavras são interrompidas pelo dedo indicador dele, que pressiona suavemente seus lábios, silenciando qualquer tentativa de resistência.Dominic desliza a outra mão vagarosamente pela coxa dela, seu toque firme, mas, ao mesmo tempo, provocante. A mão que antes pressionava os lábios de Vivienne agora desliza até sua nuca, enroscando-se em seus cabelos e inclinando seu rosto para trás, reivindicando cada reação dela. Com um olhar predador, ele se aproxima, sua respiração quente misturando-se à dela. No instante em que seus dedos alcançam sua intimidade e começam a estimulá-la, um gemido escapa dos lábios de Vivienne, abafado pela proximidade dos deles, entregando-se por completo ao jogo que ele domina tão bem.— Esse é o único som que quero ouvir agora. — Sus
A suíte luxuosa da imensa propriedade em Innsbruck, na Áustria, está imersa em uma penumbra envolvente, iluminada somente pelo brilho suave das velas espalhadas pelo ambiente. O aroma de vinho caro ainda paira no ar, misturando-se ao perfume da luxúria que impregna cada canto do quarto. O calor do desejo é palpável, latente, deixando uma marca inesquecível no espaço e nos corpos entregues à tentação.Os gemidos de Florence ecoam pelo ambiente, intensos, descontrolados, reverberando pelas paredes como uma doce rendição, não ao prazer do ato em si, mas à sensação de liberdade, de conquista. Cada suspiro, cada som que escapa de seus lábios não é provocado pelo homem entre suas pernas, mas pelo sabor da vitória que se desenha em sua mente. Ela não se preocupa em ser discreta, não se importa se o mundo inteiro pudesse ouvi-la. Ali, naquele instante, nada mais existe além da sensação que a consome. Ela se sente intocável, inalcançável, como se estivesse acima de tudo, entregue apenas ao mo
Na cidade de Luxemburgo, após prolongarem um pouco mais aquele momento íntimo, enquanto seus filhos ainda dormem, Vivienne e Dominic seguem para um banho rápido. Sob a água morna, trocam carícias e beijos apaixonados, sem pressa, aproveitando os últimos instantes de tranquilidade antes que o dia comece de verdade.Assim que terminam de se vestir, como se tivessem um radar perfeitamente ajustado aos pais, o primeiro choro ecoa pela babá eletrônica, seguido pelos outros. Dominic e Vivienne trocam um olhar cúmplice, um sorriso brincando em seus lábios antes de seguirem de mãos dadas para o quarto dos filhos.Lá dentro, são recebidos por pequenos olhinhos sonolentos e bracinhos se esticando em busca de aconchego. Com paciência e carinho, eles se revezam entre alimentar, trocar e acalentar os bebês, aproveitando cada momento, mesmo no meio da rotina agitada. Quando finalmente terminam e os pequenos estão confortáveis e felizes, a campainha toca, anunciando a chegada dos convidados. Domini
O dia seguiu envolto em amor, risadas e momentos que pareciam pequenos para o mundo, mas imensos para Vivienne. Enquanto todos compartilhavam o almoço e se encantavam com cada expressão dos bebês, ela sentia seu coração transbordar. Viver aqueles momentos em família era mais do que uma realização, era a cura silenciosa de todas as feridas que carregou ao longo da vida. Pela primeira vez, não havia solidão, não havia vazio, somente amor em sua forma mais pura e incondicional.Ela sempre desejou pertencer a algo maior, ser envolvida por laços que não fossem apenas de sangue, mas de afeto genuíno. E agora, ela tinha isso. Ela era profundamente amada, acolhida pela família do homem que conquistou seu coração e que, de todas as formas possíveis, lhe deu tudo o que nunca soube que poderia ter.Dominic não somente lhe deu amor, ele a ensinou a se amar, a se permitir ser feliz, a aceitar que merecia tudo aquilo. E, acima de tudo, ele lhe deu filhos lindos, que agora eram o centro do seu mund
Vivienne Bettendorf desliza a mão pelo espelho embaçado da suíte do hotel Sofitel Le Grand Ducal, em Luxemburgo. Com os lábios entreabertos, ela observa seu acompanhante através do reflexo. Ele está no box, os movimentos lentos e provocantes enquanto seca os cabelos molhados. Cada gesto é um convite silencioso, cheio de intenções. Os músculos dele se destacam sob a pele úmida, e ela sente um arrepio percorrer sua espinha ao se lembrar de cada toque e suspiro que dividiram há pouco.O vapor do banho ainda envolve o ambiente, mas não o suficiente para ocultar o corpo dele, que brilha sob a luz suave do banheiro. Vivienne morde o lábio, incapaz de desviar o olhar, enquanto as lembranças do prazer recente inundam sua mente. Seu coração acelera, e ela ainda consegue sentir as mãos dele explorando sua pele, os gemidos abafados que escaparam de seus lábios.Ele percebe o olhar dela e, com um sorriso malicioso, ergue o rosto, os olhos cravados nela, carregados de luxúria. Sem pressa, ele se a
A viagem inesperada de Noah deixou Vivienne com um gosto amargo de frustração e decepção. Ele esteve com ela na noite passada, e nem se deu ao trabalho de avisar que partiria. A realidade de ser apenas mais uma mulher disponível para ele começou a corroê-la por dentro. E, enquanto as horas passavam, Vivienne se viu refletindo sobre tudo o que abriu mão. Ela se formou em finanças com louvor, aos vinte e quatro anos, sonhando em construir uma carreira sólida e promissora. Mas, em vez disso, se vê aprisionada ao papel de assistente do CEO da maior empresa de finanças do país, lidando com tarefas que não fazem jus à sua capacidade. — Onde estou errando? — Vivienne murmura, sentindo o incômodo crescer. Ela sabe que aceitou ser tratada dessa forma. Permitindo, ao longo do tempo, que ele invadisse sua vida e se apoderasse de seus sentimentos. Os dias passaram, e Vivienne manteve a rotina, esperando um contato de Noah que nunca chegava. Um mês depois, ela sentia-se à beira de um colapso, p
Vivienne desliza a mão pela curva das costas, próxima à base da coluna, sentindo a dor intensa onde o impacto a atingiu. O homem que ela acreditava ter algum espaço em seu coração, a observa de cima, o olhar frio e calculista, como se ela fosse um incômodo temporário, algo a ser descartado.— Por que está agindo assim, Noah? — Vivienne pergunta, a voz carregada de uma mistura de frustração e vulnerabilidade, cortando o silêncio sufocante que paira entre eles.Ele não responde de imediato. Uma risada curta, cheia de sarcasmo, escapa de seus lábios. Ele se inclina levemente sobre a mesa, mantendo os olhos fixos nela, o olhar pesado com um desprezo que ela nunca havia visto antes. Com um gesto desdenhoso, ele pressiona o botão do telefone e leva o aparelho à orelha sem desviar o olhar, sua presença imponente dominando o ambiente.— Na minha sala, agora! — Ele ordena com uma voz fria, autoritária, encerrando a chamada antes que qualquer resposta pudesse ser ouvida. Era como se qualquer re