Luna, encurralada pela culpa e pela vergonha, e medo baixou o olhar, recusando-se a revelar a identidade de Eron. A recusa dela em falar apenas aumentou a frustração e a raiva de Mateo, que, tomado pelas emoções, perdeu o controle.— Não posso, me perdoa pai, eu não posso. — suas palavras saíram baixa quase que como um suspiro seguido de um choro de culpa. — Como não vai me contar quem foi o desgraçado que fez isso com você?— ele falou segurando firme os braços da ex atendente. —Não me diga que foi um homem casado? Como você foi capaz de fazer isso comigo, me fala? Luna não tinha respostas para as perguntas feitas por Mateo, só chorava enquanto o ouvia furioso. Fora de si, Mateo precionou forte os braços de Luna, uma mistura de desespero e ira tomou conta dele.— Não, por favor!— suplicou Luna, aos gritos com as lágrimas escorrendo por seu rosto em um rastro de desespero. — Então me fala quem foi esse desgraçado, me fala de uma vez para que vá lá matá-lo. — sacolejando Luna Mateo
— Não, você está errada, todo mundo tem problemas inclusive eu, mas nem por isso pretendo desistir de viver, a vida é um presente, enquanto você está aí querendo ceifar a sua conheço várias que estão nesse momento clamando por mais uma chance. Você é jovem, e tem um futuro lindo pela frente, só queira parar só por quê encontrou um obstáculo, você é forte o suficiente para conseguir contornar ele. — Então , lentamente, Luna estendeu a mão para agarrar a de Otávio, permitindo que ele a puxasse de volta para um lugar seguro.— Isso! Que bom que me ouviu, fica calma! —Suspirou aliviado. — vai ficar tudo bem! — continuou o médico enquanto sentia o choro da ex atendente molhar o seu ombro. Em meio a soluços e lágrimas, Luna desabou nos braços do médico, deixando-se afundar em um misto de alívio e desespero. Ela não tinha certeza do que o futuro reservava, mas por ora, sabia que não estava mais sozinha naquele abismo de dor e incerteza. E talvez, só talvez, houvesse uma luz no fim do túnel,
Otávio colocou uma mão sobre a dela. E mostrando serenidade continuou — Eu acredito que você precisa de ajuda. Tenho uma amiga psicóloga excelente, posso passar o número dela para você. E quanto ao acompanhamento da sua gravidez, estou aqui para você. Eu sou o dono da clínica, que trabalho e não vou cobrar nada.— Por que faria isso por uma estranha? — Ela se mostrou surpresa e o olhou franzindo a testa estava tentando entender sua generosidade.— Porque minha mãe passou por momentos semelhantes. Quando engravidou de mim, meu pai a abandonou, deixando-a enfrentar tudo sozinha. Eu sei como é não ter apoio quando mais precisa, pois cresci ouvindo ela me contar o quanto foi complicado enfrentar tudo sozinha. Além dissi a vi trabalhar duro para que eu conseguisse ser quem eu sou. Acredite, não estou oferecendo apoio por caridade, mas por quê de alguma forma o destino lhe colocou de frente a mim e estou me identifiquei com a sua história. — Não sei como lhe agradecer, no mundo de tanta m
— Isso não vai acontecer. — Madalena colocou a mão no ombro de Gio, transmitindo conforto. —Quando ele chegar, me avise. Conversarei com ele. Mateo é um homem bom, seu coração é generoso. Tenho certeza de que não desamparará sua filha. Ele só precisa de tempo para assimilar tudo."Gio assentiu— Espero que você esteja certa, Madalena.— Concluiu. Mas antes mesmo que voltasse para casa, Mateo viu quando passou pelo portão de Madalena. Estava abatido, com os ombros caídos e o olhar distante.– Graças a Deus, você apareceu. Onde esteve? – disse Gio, com alívio na voz.— Fui espairecer um pouco a mente, já estou aqui Gio, não precisa se preocupar – respondeu Mateo, tentando forçar um sorriso.— Quando você chegar em casa precisamos conversar. Essa situação não pode se estender, um pai desprezar uma filha só porque está grávida? Onde é que já se viu isso? — Não quero me meter, Mateo, mas vê-lo aqui conversando sobre esse assunto com a sua irmã me dá margem para opi... — Madalena parou qua
Antes de Giovana e Madalena voltarem à varanda, Mateo se despediu de Eduarda e foi para casa resolver a situação com Luna. Madalena e Giovana estavam indo para a sala com suas xícaras de chá quando viram Mateo fechar o portão da casa.- Então, Duda, o que o Mateo lhe falou em relação a toda situação? - perguntou Madalena, curiosa ao ver o belo sorriso no rosto da jovem.- Vai ficar tudo bem! - respondeu Eduarda, com um leve sorriso em seus lábios Giovana, curiosa, não resistiu e perguntou- Mas afinal, o que você falou para o meu irmão cabeça-dura mudar de ideia, Duda?Eduarda sorriu. - Nada demais, apenas falei do quanto é importante o perdão. Foi me perdoando que eu me reencontrei.Madalena, tocada pelas palavras de Eduarda, sentiu os olhos se encherem de lágrimas. Ela percebeu o quanto a jovem tinha amadurecido, e isso a emocionou profundamente.*****Já em casa, Mateo entrou lentamente, porém, não deixou de notar Luna sentada no sofá, os olhos estavam vermelhos e inchados de tant
Os olhos de Luna se encheram de lágrimas. - É tão pequeno, sussurrou, emocionada.- Sim, está se desenvolvendo muito bem. Tudo parece normal para esta fase da gravidez,- confirmou Otávio - Enquanto tirava algumas medidas e registrava os dados.- Ouça isso - disse ele, ajustando o volume para que Luna pudesse ouvir os rápidos batimentos cardíacos do bebê.Luna não conseguiu conter as lágrimas. O som do coraçãozinho do bebê parecia ecoar em sua alma. -É o som mais lindo que já ouvi, - disse ela, com a voz embargada.Otávio sorriu, satisfeito. - É um som maravilhoso, não é? Agora vamos conversar sobre os próximos passos e o que você pode esperar nas próximas semanas.A consulta continuou com Otávio explicando os cuidados necessários, a importância de uma dieta balanceada e os exercícios apropriados. Ele respondeu pacientemente a todas as perguntas de Luna, garantindo que ela se sentisse segura e informada.Ao final da consulta, Luna se levantou com uma sensação nova pela primeira vez depo
Porém ele também sabia que não seria tão fácil encontrá-la. A única informação que o mafioso tinha era que o pai de Luna era do Brasil e que provavelmente ela estava nesse país. Ele se levantou da cadeira, andando de um lado para o outro no escritório, tentando organizar seus pensamentos.Decidido, Eron pegou o telefone e começou a fazer ligações. Estava pronto para gastar rios de dinheiro e todos os recursos disponíveis para encontrá-la. Cada chamada, cada ordem dada, reforçava sua determinação. Ele não aguentava mais viver sem sua presença.- Faça o que for necessário. Contrate investigadores, use nossos contatos no Brasil. Quero relatórios diários sobre o progresso - disse ele a Xavier, sua voz estava firme, mas carregada de uma emoção que ele não conseguia esconder.Desligou o telefone com um suspiro pesado. Sua mente estava cheia de lembranças de Luna. Desde que ela se foi, ele se sentia morto por dentro, vivendo no piloto automático. Ele sabia que não poderia continuar assim.Ca
Luna e Otávio se tornavam cada vez mais amigos com o passar dos dias. O vínculo entre eles se estreitou e, graças a isso, o médico conseguiu um emprego de recepcionista para ela em sua clínica. Naquela tarde, Luna estava saindo da clínica após um dia de trabalho. Ela aguardava Otávio, pois seu trajeto para casa passava pela casa dela, e ele sempre a deixava em casa.! Gio, sua tia, a acompanhava pois aproveitou para realizar seus exames de rotina. As conversas fluíam tranquilamente até que uma voz conhecida a interrompeu abruptamente.- Luna? - A presença de Eron diante dela e de sua tia deixou ambas surpresas. Luna, congelada, não conseguia esconder a perplexidade diante da inesperada aparição do homem que mexia com seus sentimentos.- Minha nossa senhora dos homens bem aperfeiçoados, quem é esse galã de novela que está vindo na nossa direção, Luna? - brincou Gio, sem perceber a tensão no ar.- É o Eron, tia! - respondeu Luna, tentando manter a calma, mas seus pensamentos já buscavam