Os olhos de Luna se encheram de lágrimas. - É tão pequeno, sussurrou, emocionada.- Sim, está se desenvolvendo muito bem. Tudo parece normal para esta fase da gravidez,- confirmou Otávio - Enquanto tirava algumas medidas e registrava os dados.- Ouça isso - disse ele, ajustando o volume para que Luna pudesse ouvir os rápidos batimentos cardíacos do bebê.Luna não conseguiu conter as lágrimas. O som do coraçãozinho do bebê parecia ecoar em sua alma. -É o som mais lindo que já ouvi, - disse ela, com a voz embargada.Otávio sorriu, satisfeito. - É um som maravilhoso, não é? Agora vamos conversar sobre os próximos passos e o que você pode esperar nas próximas semanas.A consulta continuou com Otávio explicando os cuidados necessários, a importância de uma dieta balanceada e os exercícios apropriados. Ele respondeu pacientemente a todas as perguntas de Luna, garantindo que ela se sentisse segura e informada.Ao final da consulta, Luna se levantou com uma sensação nova pela primeira vez depo
Porém ele também sabia que não seria tão fácil encontrá-la. A única informação que o mafioso tinha era que o pai de Luna era do Brasil e que provavelmente ela estava nesse país. Ele se levantou da cadeira, andando de um lado para o outro no escritório, tentando organizar seus pensamentos.Decidido, Eron pegou o telefone e começou a fazer ligações. Estava pronto para gastar rios de dinheiro e todos os recursos disponíveis para encontrá-la. Cada chamada, cada ordem dada, reforçava sua determinação. Ele não aguentava mais viver sem sua presença.- Faça o que for necessário. Contrate investigadores, use nossos contatos no Brasil. Quero relatórios diários sobre o progresso - disse ele a Xavier, sua voz estava firme, mas carregada de uma emoção que ele não conseguia esconder.Desligou o telefone com um suspiro pesado. Sua mente estava cheia de lembranças de Luna. Desde que ela se foi, ele se sentia morto por dentro, vivendo no piloto automático. Ele sabia que não poderia continuar assim.Ca
Luna e Otávio se tornavam cada vez mais amigos com o passar dos dias. O vínculo entre eles se estreitou e, graças a isso, o médico conseguiu um emprego de recepcionista para ela em sua clínica. Naquela tarde, Luna estava saindo da clínica após um dia de trabalho. Ela aguardava Otávio, pois seu trajeto para casa passava pela casa dela, e ele sempre a deixava em casa.! Gio, sua tia, a acompanhava pois aproveitou para realizar seus exames de rotina. As conversas fluíam tranquilamente até que uma voz conhecida a interrompeu abruptamente.- Luna? - A presença de Eron diante dela e de sua tia deixou ambas surpresas. Luna, congelada, não conseguia esconder a perplexidade diante da inesperada aparição do homem que mexia com seus sentimentos.- Minha nossa senhora dos homens bem aperfeiçoados, quem é esse galã de novela que está vindo na nossa direção, Luna? - brincou Gio, sem perceber a tensão no ar.- É o Eron, tia! - respondeu Luna, tentando manter a calma, mas seus pensamentos já buscavam
Eron voltou da Itália, decidido a seguir com a sua vida sem Luna, mesmo que a dor da separação ainda o atormentasse. O encontro com ela havia sido um choque. Aochegar em seus aposentos, ele foi direto para o banheiro, ansiando por um banho que talvez aliviasse a sua tristeza. Enquanto Eron fechava os olhos debaixo do chuveiro, deixando a água escorrer por todo o seu corpo, ele sentiu um olhar sobre si. Ao abrir os olhos viu Antonela nua, parada diante dele. — O que está fazendo aqui? —Eron questionou desligando o chuveiro. — Vim lhe fazer companhia — Respondeu Antonela. Eron a olhou por um momento, seu olhar era uma mistura de confusão e cansaço — Antonela, eu não posso negar, você é uma mulher extremamente atraente, mas eu não estou com cabeça. — Ele disse com sua voz carregada de tristeza. Antonela por sua vez continuou o provocando, com os olhos fixos aos deles ela deu alguns passos à frente. — Eu não sou nenhuma idiota, sei que o seu coração ainda está preso ao passado — E
Mateo, ao ouvir a notícia, ficou pálido por um instante, mas rapidamente se recompôs. — Vamos, não podemos perder tempo!Eles dirigiram o mais rápido possível até o parque, o coração de ambos batiam acelerado com a preocupação. Ao chegarem, viram Luna sentada em um banco, segurando a barriga e respirando com dificuldade.— Luna! — gritou Giovana, correndo até ela e segurando sua mão. — Estamos aqui, vai ficar tudo bem.Mateo pegou Luna nos braços — Vamos levá-la para a clínica do Dr. Otávio agora!Eles colocaram Luna no carro e dirigiram em alta velocidade até a clínica. Luna tentava focar na respiração, mas a dor se intensificava a cada minuto.Ao chegarem, Dr. Otávio os esperava na entrada, já preparado. — Luna, está tudo bem. Você está em boas mãos, não se preocupe pense que logo estará com Eronzinho em seu braços e isto com certeza aliviará a dor. — disse ele, com uma calma reconfortante.Luna foi levada para dentro rapidamente, sentindo-se um pouco mais segura ao ver o rosto fami
Luna enxugou as lágrimas, que caiam sem parar. — Eu estava com tanto medo, mãe. Medo de não conseguir.— Não sinta medo, Luna. Você é uma mulher forte corajosa e como o seu pai falou hoje, incrível.— Como você sabe?— Eu estava lá! — sorriu — Eronzinho tem muita sorte de ter você como mãe. — A voz de Noely era como um bálsamo, acalmando as inseguranças de Luna.— Por que resolveu aparecer agora, você sempre fugiu de mim nos sonhos.— Eu nunca fugi, sempre estive ao seu lado, seu medo, insegurança e dor, era o impedimento da nossa aproximação, mas hoje você conseguiu se libertar e como não existe mais essa barreira entre nós agora você consegue me vê, você se perdoou Luna, era só isso que faltava entre nós, o seu perdão.— Você aparecerá sempre agora?— Quando menos imaginar.Luna sorriu através das lágrimas, sentindo uma onda de conforto. — Você acha que vou conseguir ser uma boa mãe?— Você já é uma mãe maravilhosa. Lembre-se de que estou sempre ao seu lado, em cada riso, em cada l
Luna sorriu— Você me pegou de surpresa, o meu coração ainda está preso a um amor passado, vejo sinceridade em você, eu também preciso ser, se estiver disposto a esperar, eu prometo tentar.Os dois ficaram em silêncio por um momento, com as mãos entrelaçadas. Luna sabia que, com Otávio ao seu lado, ela e seu filho estariam seguros e amados. No entanto, uma parte de seu coração ainda estava presa a Eron. O toque de Otávio era tão suave, seus gestos tão doces, completamente diferente do toque arrebatador e intenso de Eron. Ela sentia falta do jeito devorador que Eron a olhava, do modo como ele fazia seu coração bater mais rápido. Porém ela sabia que precisava seguir em frente. Talvez o amor que ela tinha por Eron fosse apenas para ser lembrado, e não vivido.Otávio percebeu a sombra de tristeza que passou pelo rosto de Luna. — Está tudo bem? — perguntou ele. Luna forçou um sorriso, tentando afastar as memórias de Eron. — Sim, só estou um pouco cansada. Otávio acariciou sua mão com o po
A cada tentativa fracassada de romper a barreira que Eron erguera ao seu redor, Antonela sentia seu desespero e ódio por Luna aumentar. Luna, a sombra constante no coração de Eron, era uma presença que Antonela não conseguia banir. Ela se perguntava se algum dia conseguiria tocar a alma de Eron, ou se estava destinada a viver na periferia do seu mundo, sempre ao seu lado, mas nunca verdadeiramente dentro de seu coração.Naquela manhã, Antonela entrou no escritório do mafioso. Ela havia se preparado meticulosamente para essa conversa, vestia um elegante vestido vermelho que destacava sua figura e maquiagem impecável que escondia qualquer traço de ansiedade.— Olá, Eron! Então, como está para hoje? — Ela falou, tentando soar casual enquanto seus olhos observavam cada detalhe do semblante dele.Eron levantou os olhos do amontoado de papéis à sua frente. — O que tem de especial?Antonela sentiu um aperto no peito, mas manteve o sorriso. — Nosso noivado, não acredito que você esqueceu.Ele