A cada tentativa fracassada de romper a barreira que Eron erguera ao seu redor, Antonela sentia seu desespero e ódio por Luna aumentar. Luna, a sombra constante no coração de Eron, era uma presença que Antonela não conseguia banir. Ela se perguntava se algum dia conseguiria tocar a alma de Eron, ou se estava destinada a viver na periferia do seu mundo, sempre ao seu lado, mas nunca verdadeiramente dentro de seu coração.Naquela manhã, Antonela entrou no escritório do mafioso. Ela havia se preparado meticulosamente para essa conversa, vestia um elegante vestido vermelho que destacava sua figura e maquiagem impecável que escondia qualquer traço de ansiedade.— Olá, Eron! Então, como está para hoje? — Ela falou, tentando soar casual enquanto seus olhos observavam cada detalhe do semblante dele.Eron levantou os olhos do amontoado de papéis à sua frente. — O que tem de especial?Antonela sentiu um aperto no peito, mas manteve o sorriso. — Nosso noivado, não acredito que você esqueceu.Ele
Drica franziu a testa, inclinando-se para frente. — A Itália é enorme, Luna. Vocês não estão indo para a Toscana. Não tem perigo de encontrar quem eu acho que você está com medo de encontrar.Luna respirou fundo, tentando se acalmar. — Você tem razão. Qual a possibilidade de eu encontrar o Eron lá?Drica sorriu e colocou a mão no ombro de Luna. — E quem sabe você e o Otávio não se acertam de vez por lá? Não vejo a hora de vocês oficializarem o namoro. Estão há anos nesse chove e não molha. Está na hora de dar uma nova chance para o seu coração, Luna.Luna olhou para baixo, mexendo nervosamente nos livros sobre o balcão. — Eu estou tentando, me esforçando, mas eu não estou conseguindo. O Otávio é maravilhoso, mas...Drica interrompeu — Você ainda gosta do mafioso, não é?Luna fechou os olhos por um momento, lutando contra as emoções que a invadiam. — Não tem um só dia que eu não lembre dele — admitiu. Drica suspirou, apertando o ombro de Luna com mais força. — Eu sei que é complicado,
— Xavier, você mais do que ninguém sabe que na minha vida não há tempo para diversão. Eu preciso estar sempre focado, atento. Um deslize meu e tudo desanda. Isso não é bom nem para mim, nem para você.— Eu entendo a pressão que você sente. — Xavier suspirou profundamente, retirando a mão do ombro de Eron e cruzando os braços. — mas você não pode continuar assim. Está se destruindo aos poucos. Antonela e todos nós estamos preocupados. — Se é só isso que quer falar, eu já o ouvi. Agora me dê licença. Preciso organizar as coisas. Me repere no carro. — Certo. Mas não se esqueça de que estou aqui para você, Eron. Sempre.Após sua fala, Xavier se virou e saiu do escritório, deixando Eron sozinho novamente. O mafioso olhou para o relógio, sentindo o peso das responsabilidades. Sabia que precisava encontrar uma maneira de se doar mais para Antonela, afinal fazia anos que ela se dedicava intensamente para ele.Era quase 23 horas quando Iolanda ouviu o som dos motores dos carros de Eron e seu
No Brasil Luna estava terminando de arrumar suas malas e as de Eronzinho para a viagem, quando Eduarda entrou no quarto, eufórica.— Luna, o que está fazendo aqui dentro? Vem aqui fora, você está perdendo algo incrível!Do lado de fora, ao som de No me platiques más. Luis Miguel. Mateo estava na frente da casa de Madalena com um carro de som decorado com flores. O locutor, com uma voz cheia de entusiasmo, pedia para Madalena sair de casa. Entre risos, Madalena finalmente saiu, e logo toda a rua ouviu o pedido de casamento de Mateo. Gio, que estava dentro da biblioteca, saiu puxada por Drica. Algumas pessoas da vizinhança e pedestres começaram a gritar em uníssono: "Aceita! Aceita!"— Aceita logo, mãe! — gritou Duda, com um sorriso de orelha a orelha.— Isso, Madalena, aceita! Estou orgulhosa de você, pai! — disse Luna, vibrando de felicidade.Mateo, com um brilho nos olhos, ajoelhou-se.— Então, Madalena, aceita casar comigo?Madalena olhou para ele, surpresa e emocionada.— Mateo, co
Nesse momento, Eronzinho entrou na sala, chamando a atenção dos dois adultos.— Titio, eu estou bonito? — perguntou ele, com um sorriso que iluminou o ambiente.Otávio se abaixou para ficar na altura do menino e afagou seus cabelos.— É claro, você está um verdadeiro cavaleiro.Eronzinho virou-se para a mãe, com os olhos brilhando.— Viu, mamãe? Eu sou um cavaleiro!Luna sorriu, inclinando-se para beijar a testa do filho.— É sim, meu amor. E como um cavaleiro, prometa que irá se comportar.Eronzinho colocou a mão no peito, como se estivesse fazendo um juramento solene.— Eu prometo.Com isso, saíram rumo ao teatro onde aconteceria o concerto. Ao chegarem, encontraram o local completamente lotado. Luna, Otávio e Eronzinho acomodaram-se na galeria, de onde tinham uma visão privilegiada do recital. Luna olhou ao redor, maravilhada com a grandiosidade do teatro. Otávio, percebendo sua expressão, inclinou-se para sussurrar em seu ouvido.— Está gostando?Ela assentiu, ainda absorvendo o
Luna, desde que você partiu, minha vida se tornou um vazio sem fim. Cada um desses anos foi um buraco negro na minha vida, eu sei que deveria ter ficado longe. Talvez seja egoísmo meu, mas... eu não aguento mais. Preciso que você saiba que ainda amo você, Luna. Sempre amei. Os olhos dela se arregalaram, e ela abriu a boca para dizer algo, mas ele continuou, sua voz carregava dor e sinceridade.— Tentei seguir em frente, mas nada conseguiu preencher o vazio que você deixou em mim. Cada dia, cada momento, foi uma luta para sobreviver sem você. Mas agora que te vejo novamente, sinto como se uma parte de mim tivesse sido despertada. Por favor, me dê a chance de te explicar tudo que viu naquela m*****a noite. Você significa tudo para mim. Pegue este endereço, vá até lá esta noite. A gente precisa conversar.Ele falou entregando um cartão com endereço de um apartamento. Após ela segurar o papel ele a soltou. Luna sentiu o impacto das palavras de Eron. Seu coração estava dividido entre o pa
Luna sentiu o coração martelar no peito, cada batida ecoanva o turbilhão de emoções que a dominava. Ele a puxou pelos cabelos, num gesto firme, quase bruto, trazendo-a para perto de si. O corpo dele emanava calor, um calor que parecia capaz de consumir tudo ao redor. A respiração pesada dele batia contra o rosto dela, e ela sentiu o coração acelerar ainda mais, enquanto sua pele reagia à proximidade como se fosse tocada por uma chama ardente.— Quem você acha que é? Para pensar que pode esconder o meu filho de mim? — o mafioso rosnou, com a voz grave e cheia de intensidade. O tom era de quem estava ferido, mas também de quem não conseguia resistir. Seus olhos a fitavam com uma mistura perigosa de dor e desejo, a então dona da livraria sabia que ela estava à beira de se perder.Ela tentou falar, justificar-se, mas a voz não saiu. As palavras ficaram presas em sua garganta, sufocadas pela eletricidade que parecia pulsar entre eles. O corpo dele estava firme e quente contra o dela, era co
Olá leitores e leitoras! Eu sou a Júlia, estou me aventurando em um trabalho novo diferente dos demais, porém, com a mesma essência de sempre. Acreditando fielmente que o amor é a única formula que pode transcender qualquer obstáculo, seja ele qual for.Quero deixar claro que eu não sou a favor de nenhum tipo de violência que vier ser demonstrado através da escrita. O meu trabalho é retratar e tornar o mais real possível uma história contada por mim, lembrando que tudo que for contado por aqui. É apenas frutos da minha imaginação.Como nas obras anteriores teremos sugestões de músicas, como trilha sonora do casal e outras que irão sendo colocadas ao decorrer da história. Espero que estejam preparados (as) para embarcar nessa nova aventura comigo. " Eron Garossy" Era antes das 08h da manhã, quando Xavier subiu as pressas as escadas daquela enorme mansão localizada no oeste da Toscana; o homem subia a passos largos os degraus da escadaria extensa, estava com ordens que não poderiam