Eron voltou da Itália, decidido a seguir com a sua vida sem Luna, mesmo que a dor da separação ainda o atormentasse. O encontro com ela havia sido um choque. Aochegar em seus aposentos, ele foi direto para o banheiro, ansiando por um banho que talvez aliviasse a sua tristeza. Enquanto Eron fechava os olhos debaixo do chuveiro, deixando a água escorrer por todo o seu corpo, ele sentiu um olhar sobre si. Ao abrir os olhos viu Antonela nua, parada diante dele. — O que está fazendo aqui? —Eron questionou desligando o chuveiro. — Vim lhe fazer companhia — Respondeu Antonela. Eron a olhou por um momento, seu olhar era uma mistura de confusão e cansaço — Antonela, eu não posso negar, você é uma mulher extremamente atraente, mas eu não estou com cabeça. — Ele disse com sua voz carregada de tristeza. Antonela por sua vez continuou o provocando, com os olhos fixos aos deles ela deu alguns passos à frente. — Eu não sou nenhuma idiota, sei que o seu coração ainda está preso ao passado — E
Mateo, ao ouvir a notícia, ficou pálido por um instante, mas rapidamente se recompôs. — Vamos, não podemos perder tempo!Eles dirigiram o mais rápido possível até o parque, o coração de ambos batiam acelerado com a preocupação. Ao chegarem, viram Luna sentada em um banco, segurando a barriga e respirando com dificuldade.— Luna! — gritou Giovana, correndo até ela e segurando sua mão. — Estamos aqui, vai ficar tudo bem.Mateo pegou Luna nos braços — Vamos levá-la para a clínica do Dr. Otávio agora!Eles colocaram Luna no carro e dirigiram em alta velocidade até a clínica. Luna tentava focar na respiração, mas a dor se intensificava a cada minuto.Ao chegarem, Dr. Otávio os esperava na entrada, já preparado. — Luna, está tudo bem. Você está em boas mãos, não se preocupe pense que logo estará com Eronzinho em seu braços e isto com certeza aliviará a dor. — disse ele, com uma calma reconfortante.Luna foi levada para dentro rapidamente, sentindo-se um pouco mais segura ao ver o rosto fami
Luna enxugou as lágrimas, que caiam sem parar. — Eu estava com tanto medo, mãe. Medo de não conseguir.— Não sinta medo, Luna. Você é uma mulher forte corajosa e como o seu pai falou hoje, incrível.— Como você sabe?— Eu estava lá! — sorriu — Eronzinho tem muita sorte de ter você como mãe. — A voz de Noely era como um bálsamo, acalmando as inseguranças de Luna.— Por que resolveu aparecer agora, você sempre fugiu de mim nos sonhos.— Eu nunca fugi, sempre estive ao seu lado, seu medo, insegurança e dor, era o impedimento da nossa aproximação, mas hoje você conseguiu se libertar e como não existe mais essa barreira entre nós agora você consegue me vê, você se perdoou Luna, era só isso que faltava entre nós, o seu perdão.— Você aparecerá sempre agora?— Quando menos imaginar.Luna sorriu através das lágrimas, sentindo uma onda de conforto. — Você acha que vou conseguir ser uma boa mãe?— Você já é uma mãe maravilhosa. Lembre-se de que estou sempre ao seu lado, em cada riso, em cada l
Luna sorriu— Você me pegou de surpresa, o meu coração ainda está preso a um amor passado, vejo sinceridade em você, eu também preciso ser, se estiver disposto a esperar, eu prometo tentar.Os dois ficaram em silêncio por um momento, com as mãos entrelaçadas. Luna sabia que, com Otávio ao seu lado, ela e seu filho estariam seguros e amados. No entanto, uma parte de seu coração ainda estava presa a Eron. O toque de Otávio era tão suave, seus gestos tão doces, completamente diferente do toque arrebatador e intenso de Eron. Ela sentia falta do jeito devorador que Eron a olhava, do modo como ele fazia seu coração bater mais rápido. Porém ela sabia que precisava seguir em frente. Talvez o amor que ela tinha por Eron fosse apenas para ser lembrado, e não vivido.Otávio percebeu a sombra de tristeza que passou pelo rosto de Luna. — Está tudo bem? — perguntou ele. Luna forçou um sorriso, tentando afastar as memórias de Eron. — Sim, só estou um pouco cansada. Otávio acariciou sua mão com o po
A cada tentativa fracassada de romper a barreira que Eron erguera ao seu redor, Antonela sentia seu desespero e ódio por Luna aumentar. Luna, a sombra constante no coração de Eron, era uma presença que Antonela não conseguia banir. Ela se perguntava se algum dia conseguiria tocar a alma de Eron, ou se estava destinada a viver na periferia do seu mundo, sempre ao seu lado, mas nunca verdadeiramente dentro de seu coração.Naquela manhã, Antonela entrou no escritório do mafioso. Ela havia se preparado meticulosamente para essa conversa, vestia um elegante vestido vermelho que destacava sua figura e maquiagem impecável que escondia qualquer traço de ansiedade.— Olá, Eron! Então, como está para hoje? — Ela falou, tentando soar casual enquanto seus olhos observavam cada detalhe do semblante dele.Eron levantou os olhos do amontoado de papéis à sua frente. — O que tem de especial?Antonela sentiu um aperto no peito, mas manteve o sorriso. — Nosso noivado, não acredito que você esqueceu.Ele
Drica franziu a testa, inclinando-se para frente. — A Itália é enorme, Luna. Vocês não estão indo para a Toscana. Não tem perigo de encontrar quem eu acho que você está com medo de encontrar.Luna respirou fundo, tentando se acalmar. — Você tem razão. Qual a possibilidade de eu encontrar o Eron lá?Drica sorriu e colocou a mão no ombro de Luna. — E quem sabe você e o Otávio não se acertam de vez por lá? Não vejo a hora de vocês oficializarem o namoro. Estão há anos nesse chove e não molha. Está na hora de dar uma nova chance para o seu coração, Luna.Luna olhou para baixo, mexendo nervosamente nos livros sobre o balcão. — Eu estou tentando, me esforçando, mas eu não estou conseguindo. O Otávio é maravilhoso, mas...Drica interrompeu — Você ainda gosta do mafioso, não é?Luna fechou os olhos por um momento, lutando contra as emoções que a invadiam. — Não tem um só dia que eu não lembre dele — admitiu. Drica suspirou, apertando o ombro de Luna com mais força. — Eu sei que é complicado,
— Xavier, você mais do que ninguém sabe que na minha vida não há tempo para diversão. Eu preciso estar sempre focado, atento. Um deslize meu e tudo desanda. Isso não é bom nem para mim, nem para você.— Eu entendo a pressão que você sente. — Xavier suspirou profundamente, retirando a mão do ombro de Eron e cruzando os braços. — mas você não pode continuar assim. Está se destruindo aos poucos. Antonela e todos nós estamos preocupados. — Se é só isso que quer falar, eu já o ouvi. Agora me dê licença. Preciso organizar as coisas. Me repere no carro. — Certo. Mas não se esqueça de que estou aqui para você, Eron. Sempre.Após sua fala, Xavier se virou e saiu do escritório, deixando Eron sozinho novamente. O mafioso olhou para o relógio, sentindo o peso das responsabilidades. Sabia que precisava encontrar uma maneira de se doar mais para Antonela, afinal fazia anos que ela se dedicava intensamente para ele.Era quase 23 horas quando Iolanda ouviu o som dos motores dos carros de Eron e seu
No Brasil Luna estava terminando de arrumar suas malas e as de Eronzinho para a viagem, quando Eduarda entrou no quarto, eufórica.— Luna, o que está fazendo aqui dentro? Vem aqui fora, você está perdendo algo incrível!Do lado de fora, ao som de No me platiques más. Luis Miguel. Mateo estava na frente da casa de Madalena com um carro de som decorado com flores. O locutor, com uma voz cheia de entusiasmo, pedia para Madalena sair de casa. Entre risos, Madalena finalmente saiu, e logo toda a rua ouviu o pedido de casamento de Mateo. Gio, que estava dentro da biblioteca, saiu puxada por Drica. Algumas pessoas da vizinhança e pedestres começaram a gritar em uníssono: "Aceita! Aceita!"— Aceita logo, mãe! — gritou Duda, com um sorriso de orelha a orelha.— Isso, Madalena, aceita! Estou orgulhosa de você, pai! — disse Luna, vibrando de felicidade.Mateo, com um brilho nos olhos, ajoelhou-se.— Então, Madalena, aceita casar comigo?Madalena olhou para ele, surpresa e emocionada.— Mateo, co