Otávio colocou uma mão sobre a dela. E mostrando serenidade continuou — Eu acredito que você precisa de ajuda. Tenho uma amiga psicóloga excelente, posso passar o número dela para você. E quanto ao acompanhamento da sua gravidez, estou aqui para você. Eu sou o dono da clínica, que trabalho e não vou cobrar nada.— Por que faria isso por uma estranha? — Ela se mostrou surpresa e o olhou franzindo a testa estava tentando entender sua generosidade.— Porque minha mãe passou por momentos semelhantes. Quando engravidou de mim, meu pai a abandonou, deixando-a enfrentar tudo sozinha. Eu sei como é não ter apoio quando mais precisa, pois cresci ouvindo ela me contar o quanto foi complicado enfrentar tudo sozinha. Além dissi a vi trabalhar duro para que eu conseguisse ser quem eu sou. Acredite, não estou oferecendo apoio por caridade, mas por quê de alguma forma o destino lhe colocou de frente a mim e estou me identifiquei com a sua história. — Não sei como lhe agradecer, no mundo de tanta m
— Isso não vai acontecer. — Madalena colocou a mão no ombro de Gio, transmitindo conforto. —Quando ele chegar, me avise. Conversarei com ele. Mateo é um homem bom, seu coração é generoso. Tenho certeza de que não desamparará sua filha. Ele só precisa de tempo para assimilar tudo."Gio assentiu— Espero que você esteja certa, Madalena.— Concluiu. Mas antes mesmo que voltasse para casa, Mateo viu quando passou pelo portão de Madalena. Estava abatido, com os ombros caídos e o olhar distante.– Graças a Deus, você apareceu. Onde esteve? – disse Gio, com alívio na voz.— Fui espairecer um pouco a mente, já estou aqui Gio, não precisa se preocupar – respondeu Mateo, tentando forçar um sorriso.— Quando você chegar em casa precisamos conversar. Essa situação não pode se estender, um pai desprezar uma filha só porque está grávida? Onde é que já se viu isso? — Não quero me meter, Mateo, mas vê-lo aqui conversando sobre esse assunto com a sua irmã me dá margem para opi... — Madalena parou qua
Antes de Giovana e Madalena voltarem à varanda, Mateo se despediu de Eduarda e foi para casa resolver a situação com Luna. Madalena e Giovana estavam indo para a sala com suas xícaras de chá quando viram Mateo fechar o portão da casa.- Então, Duda, o que o Mateo lhe falou em relação a toda situação? - perguntou Madalena, curiosa ao ver o belo sorriso no rosto da jovem.- Vai ficar tudo bem! - respondeu Eduarda, com um leve sorriso em seus lábios Giovana, curiosa, não resistiu e perguntou- Mas afinal, o que você falou para o meu irmão cabeça-dura mudar de ideia, Duda?Eduarda sorriu. - Nada demais, apenas falei do quanto é importante o perdão. Foi me perdoando que eu me reencontrei.Madalena, tocada pelas palavras de Eduarda, sentiu os olhos se encherem de lágrimas. Ela percebeu o quanto a jovem tinha amadurecido, e isso a emocionou profundamente.*****Já em casa, Mateo entrou lentamente, porém, não deixou de notar Luna sentada no sofá, os olhos estavam vermelhos e inchados de tant
Os olhos de Luna se encheram de lágrimas. - É tão pequeno, sussurrou, emocionada.- Sim, está se desenvolvendo muito bem. Tudo parece normal para esta fase da gravidez,- confirmou Otávio - Enquanto tirava algumas medidas e registrava os dados.- Ouça isso - disse ele, ajustando o volume para que Luna pudesse ouvir os rápidos batimentos cardíacos do bebê.Luna não conseguiu conter as lágrimas. O som do coraçãozinho do bebê parecia ecoar em sua alma. -É o som mais lindo que já ouvi, - disse ela, com a voz embargada.Otávio sorriu, satisfeito. - É um som maravilhoso, não é? Agora vamos conversar sobre os próximos passos e o que você pode esperar nas próximas semanas.A consulta continuou com Otávio explicando os cuidados necessários, a importância de uma dieta balanceada e os exercícios apropriados. Ele respondeu pacientemente a todas as perguntas de Luna, garantindo que ela se sentisse segura e informada.Ao final da consulta, Luna se levantou com uma sensação nova pela primeira vez depo
Porém ele também sabia que não seria tão fácil encontrá-la. A única informação que o mafioso tinha era que o pai de Luna era do Brasil e que provavelmente ela estava nesse país. Ele se levantou da cadeira, andando de um lado para o outro no escritório, tentando organizar seus pensamentos.Decidido, Eron pegou o telefone e começou a fazer ligações. Estava pronto para gastar rios de dinheiro e todos os recursos disponíveis para encontrá-la. Cada chamada, cada ordem dada, reforçava sua determinação. Ele não aguentava mais viver sem sua presença.- Faça o que for necessário. Contrate investigadores, use nossos contatos no Brasil. Quero relatórios diários sobre o progresso - disse ele a Xavier, sua voz estava firme, mas carregada de uma emoção que ele não conseguia esconder.Desligou o telefone com um suspiro pesado. Sua mente estava cheia de lembranças de Luna. Desde que ela se foi, ele se sentia morto por dentro, vivendo no piloto automático. Ele sabia que não poderia continuar assim.Ca
Luna e Otávio se tornavam cada vez mais amigos com o passar dos dias. O vínculo entre eles se estreitou e, graças a isso, o médico conseguiu um emprego de recepcionista para ela em sua clínica. Naquela tarde, Luna estava saindo da clínica após um dia de trabalho. Ela aguardava Otávio, pois seu trajeto para casa passava pela casa dela, e ele sempre a deixava em casa.! Gio, sua tia, a acompanhava pois aproveitou para realizar seus exames de rotina. As conversas fluíam tranquilamente até que uma voz conhecida a interrompeu abruptamente.- Luna? - A presença de Eron diante dela e de sua tia deixou ambas surpresas. Luna, congelada, não conseguia esconder a perplexidade diante da inesperada aparição do homem que mexia com seus sentimentos.- Minha nossa senhora dos homens bem aperfeiçoados, quem é esse galã de novela que está vindo na nossa direção, Luna? - brincou Gio, sem perceber a tensão no ar.- É o Eron, tia! - respondeu Luna, tentando manter a calma, mas seus pensamentos já buscavam
Eron voltou da Itália, decidido a seguir com a sua vida sem Luna, mesmo que a dor da separação ainda o atormentasse. O encontro com ela havia sido um choque. Aochegar em seus aposentos, ele foi direto para o banheiro, ansiando por um banho que talvez aliviasse a sua tristeza. Enquanto Eron fechava os olhos debaixo do chuveiro, deixando a água escorrer por todo o seu corpo, ele sentiu um olhar sobre si. Ao abrir os olhos viu Antonela nua, parada diante dele. — O que está fazendo aqui? —Eron questionou desligando o chuveiro. — Vim lhe fazer companhia — Respondeu Antonela. Eron a olhou por um momento, seu olhar era uma mistura de confusão e cansaço — Antonela, eu não posso negar, você é uma mulher extremamente atraente, mas eu não estou com cabeça. — Ele disse com sua voz carregada de tristeza. Antonela por sua vez continuou o provocando, com os olhos fixos aos deles ela deu alguns passos à frente. — Eu não sou nenhuma idiota, sei que o seu coração ainda está preso ao passado — E
Mateo, ao ouvir a notícia, ficou pálido por um instante, mas rapidamente se recompôs. — Vamos, não podemos perder tempo!Eles dirigiram o mais rápido possível até o parque, o coração de ambos batiam acelerado com a preocupação. Ao chegarem, viram Luna sentada em um banco, segurando a barriga e respirando com dificuldade.— Luna! — gritou Giovana, correndo até ela e segurando sua mão. — Estamos aqui, vai ficar tudo bem.Mateo pegou Luna nos braços — Vamos levá-la para a clínica do Dr. Otávio agora!Eles colocaram Luna no carro e dirigiram em alta velocidade até a clínica. Luna tentava focar na respiração, mas a dor se intensificava a cada minuto.Ao chegarem, Dr. Otávio os esperava na entrada, já preparado. — Luna, está tudo bem. Você está em boas mãos, não se preocupe pense que logo estará com Eronzinho em seu braços e isto com certeza aliviará a dor. — disse ele, com uma calma reconfortante.Luna foi levada para dentro rapidamente, sentindo-se um pouco mais segura ao ver o rosto fami