Regina dormiu até depois da hora do almoço, e quando acordou Maria do Céu e Caleb e também Andreas e Kelly já haviam chegado. Quando percebeu a hora, ela desceu as escadas correndo para encontrar a amiga, mas o que viu a deixou surpresa.Céu não estava com uma cara ótima, parecia um pouco abatida, nem de longe trazia a alegria de uma recém-casada.Todos estavam reunidos na sala da lareira quando Regina entrou, foi direto abraçar a amiga e falou baixinho em seu ouvido.— Eu nunca vou perdoar você por sumir dessa forma. Eu sei que estava em lua de mel, mas poderia ter mandado uma mensagem vez ou outra.— Me desculpe, é que, eu andei ocupada.Foi a resposta evasiva de Céu. Regina a olhou com atenção, havia alguma coisa estranha nela, seus olhos pareciam diferentes, sem aquele brilho habitual. Parecia um pouco pálida também, não usava nenhuma maquiagem e com certeza tinha emagrecido.— Nossa, a lua de mel deve ter sido intensa mesmo, você não parece muito descansada.Céu olhou ao redor pa
— E então… Josh não é? Me diga o que você acha que a gente poderia ter para tratar?Ronan quis saber ao chegar em uma parte coberta da sacada, longe dos olhos dos outros convidados. Lá fora a chuva caia torrencialmente, seria impossível escutá-los.— Na verdade, eu particularmente, não tenho nenhum assunto com você. Eu te chamei por causa dela, é a Regina quem realmente importa.Ronan soube de cara que ele estava se referindo a ela, e aquilo fez seu sangue ferver. O sujeito deverá tê-lo chamado para deixar claro o envolvimento deles, e que Ronan era carta fora do baralho.— Continuo sem entender o que pretende com isso.Ronan respondeu, dando de ombros.— Cara, eu sei que você gosta dela, de outra forma não me olharia como se quisesse me trucidar cada vez que nos vê juntos. Eu vejo também como a olha, não adianta negar. O que eu não sei é porque vocês não ficam juntos de uma vez.— Eu acho que isso não é da sua conta, cara.— E você tem razão, não devia ser da minha conta. Só que eu n
Regina entrou em seu quarto e tirou os sapatos, eram de um modelo alto, de bico fino, bastante desconfortáveis. Tirou também as jóias e acessórios, e quando estava prestes a tentar abrir o vestido, ouviu uma batida na porta. Devia ser a sua mãe, se certificando se realmente estava bem.— Entra, não está trancada!Ela disse, se surpreendendo ao ver quem entrava era Ronan, e não a sua mãe.— O que está fazendo aqui?Ela perguntou em tom seco, com uma expressão fechada.— Eu achei que poderíamos conversar.— Conversar? Eu pensei que você já tivesse me dito tudo o que tinha para dizer!— Rê…Ele deu um passo em direção a ela, que recuou.— Entra e fecha a porta, alguém pode estar passando no corredor.Ele assentiu e fez o que ela pediu, trancando a porta atrás de si.— Ronan… eu estou cansada, não estou disposta a ter mais uma discussão agora.Ela disse, se virando de costas para guardar os brincos que havia tirado em um porta-joias.Ele se aproximou mais, ficando muito perto dela. Ronan
Regina e Ronan acordaram e desceram para tomar café da manhã. Ainda chovia muito lá fora, mas a maioria dos convidados que havia ficado para a noite já havia ido embora. Estavam todos sentados à mesa, lhe chamou a atenção que Céu seguia com aquela expressão impenetrável, como se estivesse realmente infeliz com algo. Regina decidiu que assim que conseguisse, iria colocá-la contra a parede e obrigá-la a se abrir sobre o que estava acontecendo. Andreas pediu a atenção de todos para fazer um anúncio.— Eu tenho uma grande notícia, Ronan aceitou ser meu administrador. Finalmente essa fazenda vai estar em mãos competentes. Eu suponho que também está próximo de entrar para a família?Ronan sorriu ao responder.— Sim, na verdade é só uma questão de marcar uma data. E uma não muito distante, essa mulher precisa parar de me enrolar.Ele disse, e quase todos riram à mesa, exceto Caleb, que se mantinha impassível. Até mesmo Céu, pareceu despertar momentaneamente de seu torpor e sorriu ao casal.
Era difícil ver o mundo através de um prisma cor de rosa, ou ver o copo meio cheio, quando a vida fazia questão de mostrar a cada instante o quanto você era uma perdedora de merda. Quando estava no alto daquele prédio, ela olhava para baixo e decidia se devia pular ou não. Ficou ali por umas duas horas e chegou a conclusão que estava sendo muito dramática. Ainda havia caminhos a seguir, aquele não era o fim. Desde a adolescência estava acostumada a ficar deprimida, com o que os outros faziam a ela e dessa vez não seria diferente. Ficaria mal uns dias e depois se levantaria, precisava se levantar. Desceu todos os dez andares do prédio que ficava no centro da cidade e foi caminhando a esmo, entrando no primeiro bar aberto que encontrou. O bar parecia um daqueles pubs dos filmes, com o ambiente pouco iluminado e uma decoração em que a madeira predominava. Ela escolheu sentar-se no balcão, para ficar mais próxima do bar. Ir a bares também não era um costume seu, com 22 anos de idad
— E então, vai me dizer o que te trouxe aqui essa noite?— Não acredito que isso seja da sua conta! Era incrível como aquele cara era insistente, ela estava fazendo questão de ser nem um pouco simpática e mesmo assim ele não ia embora.— Eu sei, mas isso é tipo, uma conversa de boteco. Sabe, as pessoas costumam jogar conversa fora em bares, nem todos ficam no balcão bebendo até cair.Ele disse, insinuando que era o que ela estava fazendo ali. Ela pensou por um momento e sorriu amargamente.— Quer saber, você é um estranho em um bar, que está sendo incrivelmente inconveniente. A pessoa perfeita para ouvir os meus lamentos, talvez no final possa me dar até algum conselho ou palavra de apoio. Ou talvez possa apenas rir comigo disso tudo, você que vai decidir, ninguém mandou que interrompesse o meu mento de paz e reflexão, agora aguenta.Ela disse isso e lhe contou tudo o que havia passado, enquanto ele pedia uma bebida para si mesmo. A escutava atentamente, parecendo genuinamente intere
Ronan foi direto para casa, uma kit-net que estava alugando no centro da cidade. Poderia considerar que obtiveram sucesso em sua missão, mas isso não o deixava orgulhoso de si mesmo. Quando o seu primo Caleb ligou para pedir ajuda, ele não podia negar, devia muito a ele, foram criados como irmãos. Os pais deles era irmãos, e compartilhavam um ódio mortal por um primo que havia deixado sua empresa para um estranho e não para eles. Caleb havia sido contaminado com esse ódio, pois viu o pai se lamentar até sua morte, acabando-se na bebida. Já Ronan não dava a mínima para tudo aquilo, acreditava que cada um fazia o que bem entendesse com o que era seu.Mas o primo estava obstinado a recuperar o que acreditava pertencer a sua família. Estudou administração e conseguiu um emprego na empresa, devido o seu bom desempenho subiu rapidamente de cargo, virando um dos homens de confiança do CEO, Andreas.O dono tinha uma filha única na casa dos 20 anos, o plano de Caleb era seduzi-la e casar com
Foram na moto dele até o shopping mais próximo, e ela buscava peças parecida com as que sempre usava. Depois dela lhe mostrar umas 15 e ele só balançar a cabeça em negativa, Regina começou perder a paciência.— Mas você não gosta de nada que eu escolho.— Porque parece que está escolhendo a mesma coisa que está usando agora.— Você disse não haver nada de errado com o que eu uso.Ela usou as palavras dele contra ele mesmo.— Eu disse, mas combinamos que o objetivo aqui é uma mudança, lembra?Ele falou e pegou um vestido rosa, coberto com uma renda preta. A parte rosa era mais curta um pouco e a renda ia até passar pouco os joelhos. As alças eram finas de amarrar, e o decote era sutil e arredondado.— Esse aqui ia ficar ótimo com um coturno, e não adianta negar, eu tenho certeza que você tem um, no armário.Ela fez uma careta com o comentário dele.— É tão óbvio assim?Ele só fez que sim, colocou a peça no ombro e foi procurar mais na arara de roupas. Pegou mais umas camisetas e croppe